Bancos oficiais fazem Banco Central elevar previsão de expansão do crédito

O Banco Central elevou sua estimativa de crescimento do crédito para este ano, por causa dos bancos oficiais. Eles serão os principais fornecedores de crédito voltado para o consumo no País em 2012, com aumento dos financiamentos bem acima do esperado para instituições privadas. A expectativa é que o aumento de oferta dos bancos estatais seja de 24% este ano, em comparação a uma previsão anterior de 21%. Esse movimento, porém, deve ter pouco efeito sobre a concorrência até dezembro. O BC manteve congeladas as previsões de expansão do crédito no setor privado, que devem ser de 10% no caso dos bancos nacionais e de 13% no dos estrangeiros este ano. Se confirmada a estimativa do BC para os bancos públicos, que detêm 46% dos empréstimos a pessoas físicas e empresas, 2012 será marcado pela maior alta da oferta de crédito por essas instituições desde 2009, quando cresceu 32%. O resultado também ficará bem próximo dos 23,8% verificados em 2011. Há três anos, o País sentia os reflexos mais contundentes da crise externa e, para amenizar seus efeitos, o governo convocou as instituições oficiais a auxiliarem na recuperação econômica. Agora, mais uma vez, a tarefa está com esses bancos. "O crédito continua como um instrumento importante para este momento de retomada da economia", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. A previsão para o aumento total do crédito subiu de 15% para 16%. O total de dinheiro emprestado no País está hoje em R$ 2,2 trilhões, equivalente a 51% do Produto Interno Bruto (PIB). Apesar de liderarem a liberação de crédito, os bancos oficiais registraram queda da inadimplência este ano, enquanto os privados amargaram alta. Maciel atribuiu esse movimento, principalmente, ao perfil dos empréstimos concedidos pelas instituições públicas, concentrados no consignado e no imobiliário, que costumam ter menos calote. Juros. Maciel disse que a expansão do crédito, de 17% nos últimos 12 meses até agosto, ocorre em um ambiente de queda dos juros. E a ação dos bancos estatais ajudou a baixar as taxas. O custo médio dos empréstimos cai há seis meses e chegou a 30,1% ao ano no mês passado, menor desde 2000, quando o BC começou a atual série histórica. O juro para pessoa física também tem caído um mês após o outro desde março, chegando ao mínimo de 35,6% ao ano no mês passado. Um pouco mais baixas, as taxas para as empresas vêm recuando desde fevereiro e chegaram a 23,1% ao ano em agosto. As três principais linhas de crédito para pessoa física monitoradas pelo BC tiveram queda nas taxas anuais de julho para o mês passado. As do cheque especial atingiram 148,6% em agosto; as do crédito pessoal, 39,4% e as de veículos, 20,5%. Veículos. Desde que o governo decidiu aplicar uma nova redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis, em junho, o BC detectou um aumento de 18,9% na média diária de financiamentos para o setor. Ao contrário do que ocorreu há dois anos, os prazos das concessões não têm mostrado ampliação. Segundo o BC, o prazo médio para aquisição em agosto era de 497 dias, 50 a menos do que há um ano. A inadimplência, que bateu recorde em maio, teve ligeira queda nos últimos meses.

Bancos privados voltam

Funcionários dos bancos privados devem começar a voltar ao trabalho hoje, em todo o país. Seguindo a orientação do comando nacional de greve, a maioria das assembleias da categoria realizadas no estados e no Distrito Federal decidiu aceitar a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que prevê reajuste salarial de 7,5%, informou ontem Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), ligada a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Com o aumento, os bancários, que ficaram parados por oito dias, terão ganho real de 2,5%. Nos bancos públicos, no entanto, a proposta dividiu os trabalhadores. Os funcionários da Caixa Econômica Federal no Distrito Federal rejeitaram o acordo e decidiram se manter em greve por tempo indeterminado. Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília Wandeir Severo, os empregados da instituição consideraram a oferta insuficiente para atender a suas reivindicações. "Por isso, a greve continua", disse. Benefícios Cordeiro, da Contraf, explicou que a proposta da Fenaban também prevê aumento de outros benefícios, como o vale-alimentação e o piso salarial. "A proposta em geral foi positiva", avaliou. Os trabalhadores terão ganhos também na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que ficou em 90% do salário, mais R$ 1.540 fixos - um reajuste de 10% -, com teto de R$ 8.414,34.

Bancários aceitam reajuste de 7,5% e retornam ao trabalho hoje

SÃO PAULO Bancários de todo o país decidiram em assembleias na noite de ontem encerrar a greve e retornar ao trabalho já a partir de hoje. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a maioria dos 137 sindicatos da categoria aprovou a proposta da Federação Nacional de Bancos (Fenaban). Apenas os empregados da Caixa Econômica Federal haviam rejeitado a proposta e indicavam a continuidade da greve. Os bancários que aceitaram a proposta terão aumento de 8,5% para o piso salarial, que passa de R$ 1.900 para R$ 2.056,89, e de 7,5% para os demais salários. A proposta também reajusta o valor da participação nos lucros e resultados em 10% e aumenta o vale-alimentação, que passa de R$ 339,08 para R$ 367,92, e o vale-refeição, de R$ 19,78 para R$ 21,46 por dia. PF decide manter greve Em nove dias, a paralisação dos bancários atingiu mais de nove mil postos de trabalho, de acordo com a Contraf-CUT. No sétimo dia de greve, auge do movimento, 9.386 agências e centros administrativos foram fechados, o que representou 43,2% dos 21.713 postos de trabalho em todo o país. Já os agentes, escrivães e papiloscopistas de São Paulo decidiram por unanimidade manter a greve iniciada em 7 de agosto. Os servidores do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal (Sindpof/SP) marcaram um ato nacional na capital paulista pela reestruturação da carreira do policial federal hoje. A greve dos policiais, que ocorre em todo o país, completou ontem 52 dias. A paralisação por 24 horas, ontem, dos petroleiros não afetou a produção da Petrobras, apesar da grande adesão dos trabalhadores, informou o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes. Segundo ele, cerca de 90% dos funcionários de turno e 40% dos empregados da área administrativa das unidades da Petrobras ligadas à FUP aderiram à paralisação. - A greve não tem impacto na produção da Petrobras; não é nosso objetivo. O objetivo é protestar para que a empresa avance nas negociações - disse Moraes à agência de notícias Reuters. Os petroleiros reivindicam aumento salarial de 10%. A estatal propôs 6,5%.

BB, Caixa e pessoa física sustentam crédito

As projeções divulgadas ontem pelo Banco Central indicam que a desaceleração do crédito no Brasil, em 2012, só não será mais acentuada graças aos bancos públicos. Diante da ordem do governo para ajudar na sustentação da demanda doméstica da economia, além de manter o ritmo do ano passado, que não foi fraco, eles exibirão crescimento muito mais vigoroso que o da banca privada, principalmente no crédito a pessoas físicas, incluindo o habitacional. A carteira dos estatais deverá fechar o ano com variação de 24%, praticamente a mesma taxa do ano passado (23,75%), e não mais de 21%, como o BC previa até então. Para os bancos privados de controle nacional, a projeção foi mantida em 10%. Isso reforça a tendência de desaceleração nesse segmento que já vinha se observando em relação ao ano passado, apesar das reduções de taxas de juros anunciadas nos últimos meses por grandes instituições como Bradesco e Itaú. A carteira dos bancos privados de controle estrangeiro deverá crescer 13%, mais que em 2011 (8,5%), ainda assim muito menos que a dos públicos. O BC fez nova revisão de projeções depois de aproximadamente cinco meses de agressivas campanhas publicitárias e de redução de juros da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil (BB) para incrementar suas operações. O governo conseguiu fazer com que os bancos privados seguissem o exemplo e também cortassem juros. Mas as projeções indicam que eles não estão conseguindo ou não pretendem seguir os estatais também no que se refere ao ritmo de crescimento do crédito, até porque a inadimplência mostra resistência. A taxa de expansão prevista para o estoque total de crédito subiu de 15% para 16% exclusivamente em função do desempenho esperado dos bancos públicos. Os dados dos oito primeiros meses do ano antecipam que as operações com pessoas físicas serão as principais responsáveis pela expressiva taxa de crescimento do crédito no segmento estatal em 2012. Até agosto, sem contar os financiamentos habitacionais - que também são em sua maioria diretamente concedidos às famílias -, essa fatia da carteira aumentou 13,6%. Nos bancos privados nacionais, a elevação foi de apenas 5,3% e nos estrangeiros, de 5,4%. O saldo dos financiamentos habitacionais concedidos diretamente a famílias e a cooperativas de habitação subiu ainda mais expressivamente que o das demais operações com pessoas físicas. Mas esse é um fenômeno comum a todo o sistema financeiro, estatal e privado. O crédito habitacional foi a modalidade que mais cresceu em oito meses (24,7%), muito acima da média da totalidade da carteira (8,9%). O avanço foi de 26,4% nos bancos públicos, 21,8% nas instituições privadas nacionais e de 15,6% nas de controle estrangeiro. Os bancos públicos vêm sustentando também o crescimento do crédito a pessoas jurídicas. O volume de operações das instituições estatais com a indústria, com o comércio e com o setor de serviços aumentou, respectivamente, 5,1%, 8,8% e 12,3%. Nas instituições privadas nacionais, o incremento foi somente de 3,8%, de 1% e de 1,1%, respectivamente. Nos estrangeiros, a taxa de expansão só foi maior no caso das operações com indústria (8,1%), pois para o comércio e para o setor de serviços, ficou, respectivamente, em -1% e 7,2%. Consideradas todas as modalidades, o saldo das operações cresceu até agosto 14,5% nos bancos públicos, modestos 4,2% nos privados de controle nacional e 5,6% nos bancos estrangeiros. A carteira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social cresceu no acumulado de janeiro a agosto somente 5,5%, muito abaixo da média registrada pelo segmento financeiro estatal como um todo. Isso é uma evidência de que o que vem puxando o avanço são as operações de Caixa e BB. Em 12 meses, as operações dos bancos estatais cresceram 26,8%. A projeção para o ano calendário de 2012 (24%) ainda indica, portanto, alguma desaceleração, embora mais branda do que a esperada pelo BC em junho, quando se projetava crescimento de 19% para o crédito dos bancos públicos. Ao mesmo tempo, o menor crescimento das operações do BNDES ajuda a explicar por que o aumento do estoque de crédito para pessoas jurídicas (7,3% no ano) do sistema financeiro todo foi inferior ao do crédito a famílias (10,9%). A diferença fica mais acentuada quando se olha a evolução do crédito direcionado, que cresceu 17,7% para pessoas físicas e 5,5% para empresas. O BNDES opera basicamente com empresas e só com recursos direcionados. O estoque de crédito com recursos de livre aplicação pelos bancos, por outro lado, aumentou mais para pessoas jurídicas (8,4%) do que para as famílias (7,8%) nesses oito meses. As projeções do BC para 2012 apontam que o crédito direcionado vai crescer 20% e o livre, 14%. A projeção subiu apenas para o crédito livre (era de 13%). Isso indica que a expectativa da autoridade monetária é de que os bancos públicos também ajudem a incrementar o crédito livre. O governo entende que o crédito tem sido importante elemento de sustentação da demanda doméstica da economia, motivo pelo qual não tem hesitado em fazer dos bancos federais uma ferramenta para elevar sua oferta. Não é de hoje que o desempenho das instituições estatais está bem à frente. Pelo menos desde 2008, elas vêm crescendo mais do que as privadas. A diferença é que em 2012, ao contrário das privadas, elas não perderão ritmo, o que também ocorreu em 2011. Mesmo mais ousados na concessão de crédito, os bancos públicos ainda têm inadimplência menor que os concorrentes privados. Em relação ao total de operações com recursos livres e direcionados, aquelas com pelo menos uma parcela em atraso há mais de 90 dias representavam 1,9% no caso do sistema financeiro estatal, no fim de agosto. A inadimplência dos bancos privados de controle nacional era de 5,2% e a dos privados de controle estrangeiro, de 5,7%. Os números divulgados ontem pelo BC mostram ainda que a carteira das instituições estatais alcançou R$ 1,011 trilhão no fim de agosto, saldo 1,9% superior ao de julho. O saldo dos empréstimos e financiamentos dos bancos privados nacionais aumentou 0,8% e terminou o mês em R$ 828,279 bilhões. A carteira das instituições de controle estrangeiro cresceu ainda menos, só 0,3%, fechando agosto em R$ 370,835 bilhões. O BC também divulgou dados de fluxo de novas concessões. A média diária caiu pelo segundo mês consecutivo em agosto, desta vez 1,3%. Em julho, tinha recuado 10,1% em relação ao mês anterior. Além de voláteis por causa de sazonalidades, os números do fluxo, no entanto, pegam só o crédito com recursos livres e mesmo assim nem todo. Ficam de fora o crédito direcionado todo e ainda financiamentos habitacionais com recursos livres. Por isso, as projeções em relação ao estoque oferecem um panorama melhor da tendência. Na série dessazonalizada pelo BC, a média diária de concessões teve ligeira alta e não queda em agosto, disse Tulio Maciel, chefe do departamento econômico do BC, sem dar o número. Já para o Itau, a média diária, na série com ajustes sazonais, caiu 2% em agosto, após redução de 4% em julho.

Doação de órgãos: 63% das famílias se recusam a doar

Todos os dias, seis famílias dizem "não" para a doação de órgãos. Os dados são da Associação Nacional de Transplantes (ABTO) que lançou ontem uma campanha para reverter as recusas que somam 63% entre os potenciais doadores do Brasil. Segundo os dados divulgados, entre janeiro e junho deste ano, os hospitais de todo País identificaram 4.073 pacientes com diagnóstico de morte cerebral, que poderiam doar coração, pulmão, rim, fígado e pâncreas para salvar a vida das mais de 23.863 pessoas que estão na fila de espera. Deste total, somente 1.217 se tornaram doadores efetivos. Foram 1.073 recusas, uma média de seis por dia. Segundo o presidente da ABTO, José Medina Pestana, a recusa da família ainda é a principal barreira para a doação: Para combater esse cenário foi lançada a campanha "Doar não é um tabu. Conte para sua família. Conte com sua família". "O objetivo é estimular as famílias a conversarem abertamente sobre o assunto, sem preconceitos e sem medo", afirma Medina. Para ser um doador de órgãos, basta manifestar esse desejo aos familiares, sem a necessidade de um registro formal no RG ou CNH. Segundo o mapeamento feito pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde os principais motivos de morte dos doadores são as causas externas (acidentes de carro, tiros, quedas) e os acidentes vasculares cerebrais (AVC) de pessoas jovens, com menos de 40 anos. Na análise dos especialistas, o fato de serem mortes inesperadas surpreende a família, pois não há tempo para refletir sobre o tema e optar pela decisão de doar os órgãos de um ente querido. Além disso, o conceito de morte cerebral não é totalmente compreendido. O coração continua batendo, mas não há chance da pessoa recuperar as funções cognitivas, a fala, a respiração e a interação com meio. Em poucas horas, os batimentos cardíacos da vítima param, mas a espera inviabiliza a retirada do coração ou de qualquer outro órgão para o transplante em outro paciente. (Fonte: Midia News)

O paradoxo dos cartões

O número de cartões de crédito emitidos no Brasil dobrou nos últimos cinco anos. Existem hoje quase 180 milhões deles em circulação, praticamente um para cada habitante. No ano passado, as transações feitas com eles movimentaram 426 bilhões de reais. As vantagens dos cartões são muitas. Além de o seu uso ser muito mais seguro do que carregar altas somas em dinheiro ou talões de cheques, eles restringem a sonegação. Para os lojistas, a venda com o chamado dinheiro de plástico elimina o risco da inadimplência. No Brasil. porém, os juros elevados do crediário deram aos cartões uma particularidade: a possibilidade de parcelar em diversas vezes a compra de um bem, em alguns casos em até dezoito vezes. sem juros. Essa foi a maneira encontrada pelos bancos e pelas operadoras de cartão para conquistar um espaço antes ocupado pelos cheques pré-datados. Dividir a aquisição de um aparelho eletrônico ou de materiais de construção em diversas vezes no cartão é uma vantagem para os consumidores (que evitam os juros do crediário) e para as lojas (que não ficam expostas a eventuais calotes). Metade do volume gasto atualmente com os cartões de crédito é de compras parceladas. Quem cobre as perdas. no caso da inadimplência dos consumidores, são os bancos emissores do cartões. Essa é a razão principal. segundo as instituições financeiras, de outra particularidade brasileira: os juros elevadíssimos do crédito rotativo. Segundo dados do Banco Central, aproximadamente 10% do valor total das faturas não é pago no prazo e, por isso, cai no rotativo. Dessas dívidas, 28% não são quitadas em noventa dias. A inadimplência elevada, segundo os bancos, empurra as taxas de juros para o alto. O financiamento dos cartões é o dinheiro mais caro do mercado. Um brasileiro chega a pagar em juros, num único mês, o que americanos e europeus desembolsam em um ano. Tem-se aí um exemplo de como as distorções existentes na economia brasileira acabam por criar novas distorções. Os bancos só podem oferecer a vantagem do parcelamento sem juros, um recurso para driblar o custo elevado do crediário. cobrando taxas pesadíssimas dos inadimplentes. Afirma Fernando Teles, diretor de cartões do Itaú Unibanco: "Se não houvesse o parcelamento, a taxa média efetiva de juros de todas as vendas seria de 2.5% ao ano". Em outras palavras, os juros do rotativo servem não só para cobrir o alto índice de insolvência (28%. contra 3% nos EUA), mas também para tornar possível o parcelamento sem acréscimo. Formou-se, no entanto. um ciclo vicioso, em que os juros são altos por causa da inadimplência elevada, mas os juros altos dificultam o pagamento das dívidas atrasadas e mantêm a inadimplência elevada. A questão entrou na lista de prioridades do governo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, classificou os juros de "escorchantes". Sua equipe, em conjunto com técnicos do Banco Central, está discutindo com executivos do sistema financeiro para encontrar uma maneira de reduzir as taxas e, assim, estimular o aumento do consumo. Mas, como em outras distorções na economia, não haverá saída simples. Recentemente, o BC elevou o pagamento mínimo da fatura de 10% para 15%. O governo avaliou a possibilidade de aumentar esse porcentual para 20%, mas, por ora, a medida está descartada. Seu efeito, no curto prazo, seria dificultar ainda mais o pagamento dos débitos. Outra opção seria limitar o número das parcelas sem juros. Nesse caso, poderia haver duas consequências adversas: a queda nas vendas do comércio e o ressurgimento dos pré-datados. "Qualquer transição terá de ser feita com extrema cautela". afirma o presidente de um dos maiores bancos do país. Reforça o presidente de uma das principais operadoras de cartão: "Extinguir o parcelamento. agora, seria um retrocesso. Levará anos para o país se livrar de mais essa distorção". Enquanto isso, o governo tenta usar os bancos públicos para forçar a queda nos juros. A Caixa e o BANCO DO BRASIL, assim como haviam feito com o cheque especial. reduziram as taxas de seus cartões para perto de 5%. O risco, nesse caso, é de eventuais perdas operacionais desses bancos serem cobertas pelo Tesouro Nacional, com o dinheiro dos contribuintes brasileiros.

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