Susto no metrô e acidentes

Os brasilienses sofreram na pele os efeitos da falta de energia que atingiu ontem 70% da capital federal. Além dos prejuízos no comércio, na educação, na saúde e em muitas empresas, que tiveram de dispensar funcionários, quem precisou se locomover também enfrentou dificuldades. Motoristas e passageiros encararam cruzamentos congestionados por causa de semáforos intermitentes. Usuários do Transporte Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) chegaram a ficar presos em vagões. Houve um acidente no Sudoeste, mas nem o Corpo de Bombeiros, nem a Polícia Militar souberam informar o estado dos envolvidos. Eram por volta das 13h quando alguns trens do Metrô em meio aos túneis. De acordo com o estudante Kevin Santos, 17 anos, houve tumulto. "Esperamos providências por cerca de 45 minutos. Algumas pessoas passaram mal por causa do calor e da superlotação. Uma grávida chegou a desmaiar. Tivemos de empurrar as janelas para sair. Eu acabei me machucando", contou. O Metrô ficou inoperante em todas as 24 estações por cerca de três horas. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, apenas dois vidros de um mesmo vagão foram quebradas porque as saídas de emergência foram acionadas. Entre as estações Asa Sul, que fica no Setor Policial Sul, e Shopping, no ParkShopping, os passageiros chegaram a deixar o trem e caminhar pelos trilhos para a plataforma mais próxima. De acordo com funcionários do Metrô, depois de quase uma hora, um gerador foi temporariamente acionado e o veículo retornou para a Asa Sul. "Deu para perceber que eles não estão preparados para este tipo de situação", ressaltou a servidora pública Maria de Oliveira Neta, 53 anos, que optou por fazer o caminho a pé. "Não nos avisaram que era falta de energia." O Corpo de Bombeiros chegou a fazer atendimentos nos túneis. Segundo a corporação, pelo menos três idosos, uma gestante e quatro adultos tiveram de ser examinados. Duas pessoas foram encaminhadas ao Hospital de Base do Distrito Federal por causa de grave quadro de hipertensão. Elas tiveram de ser transportadas em carros particulares porque só havia uma viatura dos bombeiros no local. Os passageiros disseram que houve dificuldade na comunicação com a central de atendimento do Corpo de Bombeiros pelo 193. "A gente tentava ligar e não completava a ligação. Não sei se pela falta de energia ou por estar dentro do vagão", contou Luzineide Castro, 37 anos, grávida de três meses. No Sudoeste, houve colisão de veículos. PM e Bombeiros não souberam informar estado dos envolvidos Um bombeiro que preferiu não se identificar afirmou que, com o apagão, foram registradas panes no sistema da Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade). Eles tiveram que usar os telefones pessoais para se comunicar com os batalhões, disse. A Secretaria de Segurança do DF divulgou, porém, que o Ciade não teve os serviços afetados por possuir no-breaks para os computadores. O Metrô informou que às 16h15, 15 trens voltaram a funcionar. Uma hora depois, no horário de pico, outros seis carros também entraram em operação, apesar da oscilação da energia.

"Apaguinho" de Norte a Sul

Apesar de o país ter assistido na noite de quarta-feira a um segundo apagão em larga escala - que atingiu vários estados em um intervalo de apenas 11 dias do anterior -, o governo respondeu apenas que o Sistema Interligado Nacional (SIN) passa por manutenção permanente, mas que "acidentes acontecem". De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico(ONS), responsável pelo SIN, a última falta de luz, que atingiu partes de estados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte, derivou de um incêndio num transformador da subestação da estatal federal Furnas em Foz de Iguaçu (PR). "As causas da ocorrência continuam sendo apuradas, com a análise dos relatórios de proteção e testes nos demais equipamentos", afirmou a diretoria de Furnas, em nota. As distribuidoras locais das áreas atingidas foram orientadas a desligar parte do fornecimento à população. O problema foi detectado às 20h56, e, segundo o ONS, o sistema começou a retomar o trabalho normal às 21h22. "As subestações estão em perfeitas condições e as manutenções dos equipamentos, inclusive as preventivas, em dia", comentou o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp. Ele classificou o corte de "apaguinho" e ressaltou que o país tem mais de 100 mil quilômetros de linhas de transmissão a céu aberto, expostos a todos os tipos de riscos. Ontem, dois grandes desligamentos isolados se repetiram no país, em São Paulo e em Brasília. Ontem, além de Brasília, houve série de desligamentos isolados no país, gerando confusão no trânsito em áreas populosas. Na capital paulista, um defeito no sistema de energia causou lentidão na circulação das locomotivas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) das 4h, quando começa a operação, às 7h50. No período da tarde, vários pontos do Distrito Federal apresentaram breves cortes de fornecimento, que deixaram prédios públicos às escuras, como os tribunais, e danificaram semáforos.

BB e Caixa voltam a cortar juros de empresas

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciaram ontem novas mudanças nas suas linhas de financiamento, desta vez com foco nas empresas. Pequenas e microempresas que contratarem operações de capital de giro no BB terão carência de três meses para começar a pagar. Quem já pegou o crédito antes do anúncio também poderá adiar o pagamento das prestações em até três meses, para o início de 2013. O benefício vale para as linhas BB Giro Rápido e BB Giro Empresa Flex, em caso de contratação até o dia 28 de dezembro. O banco estatal anunciou ainda incentivos para tirar clientes da concorrência. Micro e pequenas empresas com dívidas em outras instituições financeiras podem contratar empréstimos no BB em um prazo de até 60 meses para liquidar a dívida antiga. Nesse caso, as taxas de juros mínimas são de 1,17% ao mês mais Taxa Referencial (TR), de acordo com a linha. Essas condições são válidas até o fim de outubro. Duplicata. A Caixa Econômica Federal também anunciou ontem mudanças no crédito. Reduziu a taxa máxima para desconto de duplicata de 1,85% para 1,15% ao mês. A taxa mínima continua em 1,06% ao mês. De acordo com o banco, as novas condições favorecem empresas privadas comerciais, industriais e prestadoras de serviços. No mesmo produto, a Caixa oferece desconto de 100% na tarifa por entrega de borderô, cobrada a cada listagem de títulos entregue pelo cliente. Nas últimas semanas, os bancos públicos vêm anunciando quase diariamente reduções de taxas de juros para empresas e consumidores, dentro da política do governo de forçar os bancos privados a seguir o mesmo caminho. A Caixa, por exemplo, anunciou o "crédito com pausa", que permite ao cliente pular o pagamento de uma prestação a cada 11 meses, em algumas linhas. Também reduziu os juros do cartão crédito e financiamento de veículos e motos. A instituição também baixou algumas taxas de administração de fundos de investimento. O BB cortou juros para financiamento de motos e no cartão de crédito. A expectativa agora é de que reduza também tarifas bancárias, outra questão que entrou na mira do governo, após os reajustes realizados neste ano.

Governo lança nova política de tributos sobre produção automotiva no país

O governo lançou nesta quinta-feira (4/10) o novo regime automotivo, um conjunto de medidas que irá balizar a nova política de tributos sobre a produção de automóveis no Brasil. O anúncio está sendo feito esta manhã pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. O acordo estabelece um índice de nacionalização de peças e componentes utilizados pela indústria, além de limitar os níveis de poluição dos veículos a patamares próximos aos praticados na União Europeia. O novo regime automotivo, foi anunciado em abril deste ano em conjunto com as medidas de estímulo à indústria nacional. O acordo define critérios e exigências para que as montadoras possam ter a redução na tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Agnelo fecha, em Cingapura, contrato de planejamento para próximos 50 anos

Em Cingapura, Agnelo Queiroz assinou contrato de US$ 4,25 milhões com a empresa Jurong Consulants. A empresa fará o planejamento estratégico do Distrito Federal para os próximos 50 anos. Os técnicos da empresa desembarcam em Brasília na próxima semana. Durante 24 meses, eles levantarão as características topográficas, sociais e econômicas do DF. Os bairros planejados de One North Park, em Cingapura, são modelo que vai inspirar projeto estratégico A previsão é de que o planejamento estratégico esteja pronto em abril de 2014. A empresa já realizou 1,7 mil projetos semelhantes pelo mundo. No Brasil, a Jurong Consulants elaborou o corredor entre Belo Horizonte e o aeroporto de Confins. Agnelo também firmou uma parceria com o governo de Cingapura. Gestores públicos brasilienses serão treinados gratuitamente no país parceiro. Inicialmente, uma equipe de 20 servidores do GDF será recrutada para viajar à Asia e receber cursos de gestão e planejamento. Em julho deste ano, o governador viajou com uma delegação pelos Emirados Árabes Unidos, China, Alemanha, Itália e Cingapura. O objetivo era divulgar o Distrito Federal e firmar acordos e parcerias. "Hoje é um dia histórico. Estamos pensando o futuro da nossa cidade, preparando o caminho para que ela se torne uma das cinco melhores do mundo para se viver", disse o governador, disse o governador. A assinatura do contrato entre o GDF e a Jurong Consultants ocorreu na abertura do Latsia 2012, fórum anual de negócios envolvendo América Latina e Ásia. Outras três delegações brasileiras estavam presentes no evento - os governos de Minas Gerais e Rio de Janeiro e uma comitiva do Ministério da Defesa. No início de setembro, uma equipe precursora da Jurong esteve em Brasília, sobrevoou a cidade e recebeu as primeiras informações a respeito das ações do governo. "Vários dos nossos problemas, da segurança aos transportes, derivam do fato de a riqueza estar concentrada territorialmente no Plano Piloto e na região dos lagos. Precisamos distribuí-la por todas as áreas do Distrito Federal", explicou Agnelo. Para tanto, o planejamento estratégico criará uma espinha dorsal que integrará quatro grandes eixos: a cidade-aeroportuária, inicialmente programada para ser instalada nas proximidades de Planaltina; o polo logístico, entre Samambaia e o Recanto das Emas; o centro financeiro internacional, próximo a São Sebastião; e a ampliação do Polo JK, em Santa Maria, saída para Luziânia. A Cidade Digital, na região do Torto, não entrou na lista porque já está em processo mais avançado de realização - mas será considerada como corredor de desenvolvimento no projeto final. Em cada um desses locais será planejado um conceito de bairro-parque, em que as pessoas moram, trabalham, estudam e, sobretudo, se divertem. Tudo construído segundo ideias arquitetônicas próprias. A delegação do DF teve a chance de conhecer in loco aquilo do que se está falando, ao visitar, na última segunda-feira, o complexo One North Park, conjunto de quatro grandes bairros planejados pela Jurong em Cingapura.

Boletim Eletrônico

Inscreva-se em nosso Boletim Eletrônico para manter-se informado.

Mensagem da AFABB-DF

Associação com 21 anos (2000 - 2021) de atuação permanente na defesa e preservação dos interesses dos associados, o que determina nossa razão de ser!

Sempre mais forte com sua participação,

A AFABB-DF

Contato

 O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
 +55 61 3226 9718 | 3323 2781
 Setor Bancário Sul | Quadra 02 | Bloco A | Edifício Casa de São Paulo | Sala 603 | Brasília/DF | CEP: 70078-900