Cada vez mais, todos os dias recebemos em nossas caixas de e-mail ofertas, promoções, descontos em produtos diversos, de churrascarias à academias de ginástica. Os sites de compras coletivas têm ganhado credibilidade entre os consumidores online e se popularizam cada vez mais no Brasil. Enfim, esses sites têm se mostrado como uma boa opção para quem quer comprar produtos e serviços com descontos, porém, especialistas afirmam que o consumidor deve ter cuidado para não deixar o impulso falar mais alto. Quando é um bom negócio? Para o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e autor do blog Caro Dinheiro, da Folha de São Paulo, Samy Dana, há vantagens nas compras coletivas, desde que duas circunstâncias sejam respeitadas. Primeiramente, o consumidor precisa conhecer o histórico do produto/serviço, ou seja, saber qual costuma ser o preço fora da situação oferecida pelos sites de vendas coletivas. "Algumas situações apresentadas não são reais. Passa-se uma falsa impressão de desconto para seduzir o consumidor, mas na realidade o preço foi aumentado e, só posteriormente há aplicação de um - falso - desconto", explica. Depois, segundo Dana, a pessoa precisa ter consciência do que pretende adquirir e se de fato vai usar. "Tem gente que compra produtos ou serviços que acabam por não usar. É um desperdício e pode gerar complicações financeiras. As famílias brasileiras estão endividadas. É preciso ter controle do orçamento. O estímulo ao crédito e ao consumo é real, por isso sugiro cautela na hora de realizar compras coletivas. Algo que pode ser interessante financeiramente e prazeroso não deve virar um problema", orienta Dana. O professor de economia do Ibmec de Minas Gerais, Felipe Leroy, diz acreditar que há vantagens nas compras coletivas, mas ressalta que quem não tem educação financeira pode entrar em um ciclo de endividamento. "Antes de efetuar a compra, vale fazer uma busca do preço para ter base de comparação. A comodidade de se comprar sem sair de casa é um ponto positivo. Mas, é preciso cuidado com a pressão emocional. As ofertas parecem imperdíveis, mas todo dia chegará uma nova", alerta. Outro alerta de Leroy é em relação à forma de pagamento. "Como, em geral, as compras são feitas com cartão de crédito, muitas pessoas caem em uma ilusão monetária. O cartão de crédito gera um compromisso financeiro. Pode parecer lugar comum, mas é em situações como essa que é tão necessário o orçamento. Só assim a pessoa saberá qual sua receita líquida, quanto tem de despesa e quanto tem de poder de compra", afirma. Experiência O professor da FGV comenta que os jovens e os integrantes da nova classe média costumam ser mais imprudentes por não terem experiência com o acesso ao crédito. Segundo ele, os jovens ainda contam com um agravante: lidam com extrema facilidade com o mundo virtual, que os coloca em contato direto com os sites de compras coletivas, tornando-se alvos fáceis para as campanhas de vendas. A compra coletiva, então, pode ser um bom negócio, mas como todo consumo merece atenção e prudência. Promoções chegam diariamente pelos e-mails, mas prioridade e controle do orçamento devem ser o norte de toda decisão de compra. Além da compra consciente, é preciso ter atenção com a questão da segurança. Vale a pena ler a matéria de Saúde Financeira Compras pela internet: como garantir a segurança?, que aborda a questão da segurança para as compras virtuais.
Home office: em casa, mas no trabalho
Como equilibrar vida pessoal e profissional com qualidade de vida? A prática do home office é cada vez mais comum nas grandes cidades. Inclusive por aposentados que não deixaram o mercado de trabalho e adotaram novos modelos de atividades profissionais. No entanto, o home office exige desafios e responsabilidades por parte dos profissionais e das empresas. Alexandre Borin Cardoso, especialista em gestão do tempo e produtividade e CEO da Prestus, empresa de assistência pessoal, acredita que esse modelo ganhou força, pois a sociedade vive hoje a era do conhecimento. "Hoje, nos damos conta de que não precisamos mais nos deslocar até um local centralizado de trabalho (a empresa), pois não há, na maioria delas, uma linha de produção física e muito menos parafusos por apertar", explica Cardoso. Daniele Mendonça, gerente de projetos de gestão de pessoas da Across, consultoria de desenvolvimento organizacional com foco em gestão de pessoas, comenta que a prática é vantajosa para o empregador pelo aspecto financeiro e pela questão da sustentabilidade. A especialista ainda diz que o home office é uma possibilidade de reter talentos, pois as exigências dos funcionários são outras de tempos remotos. Já na ótica do empregado, Daniele diz que as vantagens são a questão do deslocamento (transporte), que toma muito tempo, principalmente nos grandes centros urbanos, flexibilidade de horário e qualidade de vida. Para quem se aposenta e opta em seguir atuando profissionalmente, o home office, quando possível, pode ser um bom modelo de trabalho, já que apresenta facilidade com horário e também permite conciliá-lo com a vida familiar. Vida pessoal e profissional Cardoso diz que o profissional deve ter disciplina e automotivação, pois tanto o chefe como os colegas não estarão ao lado para motivá-lo para estabelecer seus horários e rotina de trabalho. Esse cuidado se aplica a todos, inclusive para quem aposentou, mas optou em seguir trabalhando, só que dessa vez remotamente, de casa. Para Daniele, as vantagens do home office - horário flexível, poder colaborar com os filhos, levar o neto com calma à escola, estar mais disponível para resolver questões familiares - podem ser ao mesmo tempo as armadilhas para misturar a vida pessoal com profissional. "Recomendo que seja feito um `contrato´ com a família. Na empresa, o próprio ambiente dita as regras. Em casa não há essa atmosfera, por isso, é importante fazer acordo com os familiares", diz. Daniele comenta que é preciso que o profissional tenha um bom nível de disciplina e objetivos a alcançar focando em resultados. Ao mesmo tempo, para ela, é necessário ter flexibilidade para lidar com possíveis interrupções do dia a dia da casa. "Creio que disciplina, flexibilidade e foco na produção formam uma boa combinação. Além disso, é preciso atenção à comunicação, pois ela não será pessoal. Clareza e objetividade são cruciais para o bom andamento dos processos de produção", diz Daniela. E, para quem vai montar um home office, ficam algumas dicas: o Quando possível, eleger um cômodo da casa que não seja utilizado para manter a privacidade, como o home office. o O local deve ser bem iluminado - de modo natural ou não -, com boa circulação, mobiliário leve e com atenção à ergonomia. o A tecnologia não deve ser esquecida, tanto na hora de escolher a máquina adequada quanto aos equipamentos periféricos, como impressora e escâner. Ela deve trabalhar a favor do profissional. o Criar horários e regras de utilização do espaço. o Possuir uma linha telefônica exclusiva para não misturar com o uso familiar.
Pesquisadora constata que solidão compromete sistema imunológico
Henri Lacordaire, religioso dominicano e poeta, uma vez disse que a solidão inspira os poetas, cria os artistas e anima os gênios. No meio de tantos significados e interpretações, sobretudo artísticos, o isolamento tem conquistado o interesse do mundo científico também. Lisa Jaremka, por exemplo, estudou de que modo a solidão pode afetar o organismo. O resultado da pesquisa realizada no Institute for Behavioral Medicine Research, da Universidade Ohio State, foi publicado recentemente no periódico científico Psyneuroendocrinology. Jaremka chegou à conclusão de que os solitários têm um maior número de problemas associados ao sistema imunológico. "A dor, a depressão e um conjunto de sintomas de fadiga despertam uma preocupação importante para a saúde. A solidão é um fator de risco comum a esses sintomas. Mas pouco se sabe sobre os mecanismos fisiológicos que podem ligar a solidão a esses sintomas. A desregulação do sistema imunológico é um candidato promissor", explica Jaremka. A pesquisadora tomou como base estudos anteriores que sinalizavam para o mesmo caminho. "Uma pesquisa de 1984 nos Estados Unidos descobriu que estudantes de medicina e psiquiatras hospitalares que se sentiam mais sozinhos tinham menos atividades das células assassinas naturais, que são importantes para a defesa antiviral e antitumoral, do que aqueles que se sentiam socialmente conectados".
Exercícios físicos na vida adulta diminuem os riscos de demência
NOVA YORK - Estar em forma na vida adulta está associado a um menor risco de demência na velhice, segundo um novo estudo do Instituto Cooper, em Dalas. Entre 1971 e 2009, 19.458 adultos saudáveis de até 65 anos fizeram um teste de esforço na esteira como parte de um exame de saúde. Os pesquisadores acompanharam os dados médicos dos indivíduos por 24 anos, em média. Após o ajuste para idade, tabagismo, diabetes, colesterol e outros fatores de saúde, os pesquisadores descobriram que, em comparação com os 20% de mais baixa aptidão na meia-idade, aqueles com mais de 20% tinham um risco 36% menor de desenvolver demência. A razão para a associação não ficou clara, mas foi indepedente de riscos cardiovasculares e cerebrovascular, sugerindo que The reason for the association is unclear, but it was independent of cardiovascular and cerebrovascular risk factors for dementia, suggesting that both vascular and nonvascular mechanisms may be involved. - Demência é uma doença sem cura ou bons tratamentos - disse a autora do estudo, Laura F. DeFina, diretora científica interina do Instituto Cooper, em Dalas. - Atividade física pode ser uma maneira preventiva para tratar demência em vez de abordar os custos de um ancião com deficiência. A população estudada era na maioria branca e com alto nível de escolaridade e segundo os pesquisadores os resultados não podem ser generalizados. Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/exercicios-fisicos-na-vida-adulta-diminuem-os-riscos-de-demencia-7561033#ixzz2KxoAUqXU © 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Sindicato se reúne com BB na quinta-feira 14 para tratar de problemas com o Visa Vale
O Sindicato se reúne na próxima quinta-feira 14 com a Diretoria de Relações com os Funcionários e Entidades Patrocinadas (Diref) do Banco do Brasil para tratar da suspensão do pagamento com Visa Vale por supermercados de Brasília a partir desta segunda-feira 11. Segundo o diretor do Sindicato Eduardo Araújo, foram muitos os questionamentos de bancários que chegaram à entidade, preocupados com a medida, que também valerá para a Alelo, o que levou a entidade a agendar uma reunião com o banco. Ambos os cartões-benefício, Visa Vale e Alelo, são administrados pela mesma empresa. Em nova reunião nesta quinta 7, representantes da Visa Vale e Alelo e da Associação de Supermercados de Brasília (Asbra) não chegaram a um acordo. Cartazes e adesivos afixados nos caixas dos supermercados justificam a medida como resultado de "desacordo comercial". O atrito entre os estabelecimentos e a operadora dos cartões se acirrou neste início de ano e pode afetar as compras de milhares de brasilienses, entre eles bancários. Comunicado da Asbra: Supermercados associados suspendem recebimento dos cartões Visa Vale/Alelo a partir do dia 11 As transações com Visa Vale e Alelo respondem por 25% do fluxo de clientes do setor no Distrito Federal, de acordo com a Asbra. O benefício mensal pago por empresas públicas e privadas chega a quase R$ 900 em alguns casos. O descredenciamento pode envolver cerca de 700 pontos de venda, incluindo pequenos e médios estabelecimentos, além das grandes redes com unidades na capital do país. Segundo a Asbra, são os seguintes os supermercados que aderiram ao movimento até esta sexta-feira 8: - Rede Supermaia; - Rede Caíque; - Rede Superbom; - Rede Nana Utilidades; - Primor Supermercado; - Rede Tókio; - Rede Big Box; - Supermercado Ponto Alto; - Rede Veneza; - Supermercado Vitória; - Supermercado Caprichoso; - Supermercado 3 Irmãos; - Supermercado Espirito Santo; - Rede Supercei; - Supermercado Minibox; - Rede PraVocê; - Rede Egon´s; - Rede Dona de Casa; - Rede Tatico; - Supermercado Mineirão; - Supermercado Armazém do Geraldo. Da Redação com informações da Asbra e do Correio Braziliense
Brics discutem tamanho de fundo comum de reservas
Um fundo comum de reservas internacionais dos países que formam os Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - poderá dispor de algo entre US$ 90 bilhões e US$ 120 bilhões. Essas cifras serão discutidas nesta sexta-feira em reunião de vice-ministros do grupo. A criação do fundo de proteção contra choques externos, no entanto, deverá ser decidida apenas na reunião de líderes dos Brics em março, na África do Sul. É quando o volume dos recursos também será definido. A China era o membro mais ambicioso e chegou a sugerir um fundo comum de US$ 240 bilhões, montante idêntico ao da Iniciativa de Chiang Mai, que reúne países do sudeste asiático. Mas tende a prevalecer um volume intermediário, considerado importante, em todo caso, para sinalizar aos mercados que o grupo dos emergentes tem como se proteger. Formalmente, também continua na mesa uma proposta para o fundo dispor de apenas US$ 70 bilhões. Os ministros deverão avaliar amanhã também a viabilidade da criação do banco de desenvolvimento dos Brics, para financiar projetos de infraestrutura e de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL também em outros países em desenvolvimento. A Rússia continua a ser o mais reticente. O vice-ministro das Finanças do país, Sergei Storchak, foi especialmente evasivo quando indagado sobre a criação do banco, mas negociadores dizem que os russos têm indicado que dá para ir adiante no projeto. A tendência é de o capital inicial do banco ser mesmo de US$ 50 bilhões, embora os negociadores não descartem ainda a cifra de US$ 70 bilhões. O vice-ministro sul-africano Ebrahim Ebrahim disse à imprensa de seu país que cada membro dos Brics fornecerá US$ 10 bilhões para a criação do banco. A África do Sul é um dos mais entusiasmados com o banco, esperando obter as maiores vantagens, inclusive abrigar sua sede. Analistas dizem que a reação ocorre também por causa de forte suspeita e ressentimento em relação ao FMI na África. Quanto à China, o banco dos Brics duplica os instrumentos de financiamento na África, já que o país faz isso atualmente pelo China Exim Bank e pelo China Development Bank. A reunião dos Brics em Moscou deixou de ser a nível ministerial porque o representante indiano não compareceu. (AM)