Boston - Uma versão sintética do adesivo poderoso que mantém os mexilhões grudados nas rochas apesar da força das ondas pode ter aplicação em cirurgias e tratamentos contra o câncer, indicaram pesquisadores. Os cientistas criaram um material que imita as proteínas aderentes dos mexilhões e pode ter aplicações médicas importantes para reparar membranas fetais ou criar medicamentos que destruam células cancerígenas, informaram neste sábado. Phillip Messersmith, professor de engenharia biomédica na Northwest University, é um dos pesquisadores que buscam reproduzir as qualidades do mexilhão em uma substância sintética. Com sua equipe, desenvolveu uma versão resistente à água, que serviria para fechar feridas internas, entre outras aplicações médicas. Testes clínicos estão sendo realizados, com a colaboração de pesquisadores europeus. Outro sintético em que trabalham poderia ajudar a reparar ossos quebrados ou dentes. Além das pesquisas no campo da medicina, a bióloga da Universidade de Washington Emily Carrington usa a "cola" dos mexilhões como indicador de mudanças ambientais
Bebida: um falso ídolo
Para pessoas religiosas, alcançar a paz de espírito é possível por meio de uma entidade sagrada, que acalma e dá conforto nos momentos de dificuldade. Para os psicanalistas Antonio Alvez Xavier e Emir Tomazelli, autores do livro Idealcoolismo (Editora Casa do Psicólogo), há outro lugar, não relacionado a cultos ou missas, em que alguns indivíduos vão em busca de amparo para a alma: o bar. No livro, os médicos avaliam a relação do alcoolista com o próprio álcool - e como fica a autoimagem dos doentes nessa situação. Na obra, Xavier e Tomazelli entrevistaram mais de 5 mil alcoolistas ao longo de uma década e chegaram à conclusão de que a bebida, para eles, é como um deus. Os adeptos da "religião etílica" são chamados pelos médicos de idealcoolistas. A proposta, segundo eles, não é ignorar todos os estudos que avaliam os efeitos negativos do álcool no organismo, mas abordar a doença também pelo ponto de vista psicológico. "Pensamos que não há, primariamente, uma dependência química, e sim o uso de um agente químico fortemente impregnado de fatores psicológicos e socioculturais", escreveram os psicanalistas no prólogo da obra. O indivíduo, então, usaria dos efeitos tóxicos do álcool para atingir um estado mental, não necessariamente ligado a seu aspecto biológico. O conforto, a ilusão de felicidade e o alívio proporcionado pela embriaguez trariam a mesma sensação de gratidão que um culto religioso. Antonio Alves Xavier explica que a analogia correta com um alcoolista não se aplica a toda e qualquer pessoa que tenha uma religião. "O alcoólatra é o religioso degradado", detalha. "O que ambos buscam fazer é escapar da condição humana e se tornar uma prótese de Deus." Assim como há o indivíduo que vive a crença de modo saudável e os religiosos fanáticos, dispostos a matar ou a morrer pelos preceitos da religião, também há diferenças entre usuários de álcool. "Há duas formas de alcoolização: a que a maioria das pessoas faz, que é infantil, recreativa e transitória, e a alcoolização `alcoólatra´, em que a pessoa bebe rapidamente, sem se importar com o tipo de bebida. O que interessa é que tenha álcool, e que não sobre bebida no copo." O tratamento proposto pelos psicanalistas está justamente nesta vontade de transcender, presente em todo viciado. Se a intenção ao usar a droga é esquecer que se é humano por alguns momentos, a solução para abandonar o vício é relembrar ao doente que ele é, na verdade, um mero mortal. "Chamamos esse tratamento de choque de humanidade", explica o médico. "Enquanto ele bebe e `foge para as alturas´, vira deus e deixa de ser humano. Nossa função clínica é trazê-lo de volta ao chão." Mostrar referências de tudo o que é mundano é uma das formas usadas para fazer com que o alcoolista volte a si. Segundo Xavier, é importante que médicos, amigos e familiares estimulem o paciente a descrever seus sentimentos, prestar atenção ao que acontece ao seu redor e lembrá-lo de que há uma vida a ser vivida aqui mesmo, na Terra. José (nome fictício) passou 38 dos seus 50 anos de idade bebendo. Tudo começou com um gole da cachaça do pai, quando ainda era criança. "Achei uma delícia", conta o aposentado. Aos 15 anos, José começou a beber "de verdade". Pelo menos três vezes por semana, lá estava ele, sentado na mesa do bar virando doses e doses de pinga. Com o salário que passou a ganhar quando entrou para a polícia, aos 21 anos, ficou ainda mais fácil beber. José passou a última década bebendo todos os dias, religiosamente. "Nos últimos anos, tomava, pelo menos, uma garrafa de vodca sozinho." A embriaguez e a ressaca constantes impediram José de trabalhar. Mesmo após dois anos se consultando com psicólogos da Polícia Militar, José não conseguiu deixar o vício. Ele procurou uma clínica de reabilitação e se internou por nove meses. "Vi que não conseguiria continuar vivendo daquela forma. Não aguentava mais, nem física nem mentalmente." Agora, José está sóbrio há dois anos. Ele conta que, na época em que bebia, o álcool representava algo que era necessário, essencial para se manter em equilíbrio. "O álcool faz você se sentir bem. Não existem mais problemas. Eu tinha um universo paralelo, no qual acontecia tudo do jeito que eu queria", descreve. "O momento que eu bebia era o mais importante do dia." O ápice do vício de José custou seu emprego, seu casamento e sua saúde. Mas ele se casou de novo, há 15 anos, e vive o "ateísmo etílico" ao lado da mulher (que não bebe) e da filha, de 5 anos. A briga contra a vontade é diária, e a vontade vem e vai. Até agora, José segue vitorioso, sem nenhuma recaída. Porém, mesmo sem frequentar mais bares ou locais em que a bebida alcoólica é o foco principal, o inimigo está em todos os lugares - e se mostra com frequência. "Acho muito cruel incentivar alguém a beber, como fazem as propagandas", critica. "A mensagem que elas passam é que as pessoas estão felizes, mas a realidade do alcoolista é inversa, só tem dor e solidão. A sociedade incentiva, mas, depois que você está doente, ela o exclui. É uma arma perigosa contra a juventude." Promessas perigosas Arthur Guerra de Andrade, presidente executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) e professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), explica que a autoimagem de um paciente alcoolista varia, mas, na imensa maioria dos casos, o aditivo é usado para que eles se vejam de uma maneira mais positiva. "O álcool entra como uma muleta para mudar a visão que eles têm de si. Ele passa a não se ver como um sujeito viciado, fraco e doente." Para o médico, comparar um alcoolista a um religioso fanático faz sentido, mas há uma diferença crucial na maneira que cada um dos dois vê o objeto de desejo. Enquanto um religioso ama o seu deus e quer ser parecido com ele, o alcoolista ama o efeito que esse "deus" tem em sua vida. "Tem pacientes que acham o gosto da bebida ruim e o cheiro forte, ou seja, não gostam dela em si. Mas acham que precisam estar alcoolizados para seguir com a vida." A dificuldade de aceitar que está doente é o ponto mais complicado no tratamento de pacientes alcoolistas, segundo Patrícia Aires, psicóloga da clínica Horus. "Eles computam a culpa nos outros, não na doença." Frases como "eu nem queria beber, mas tive um dia péssimo" são exemplos dessa transferência de responsabilidade. "Isso acontece porque o álcool proporciona um sentimento de companheirismo", detalha Aires. O problema é que há pessoas com predisposição a vícios e outras não. "As pessoas acham exagero falar sobre álcool, mas ele é perverso, pois tira a ingenuidade dos indivíduos. Os viciados acham mágico ser tímido, beber e, de repente, ter coragem para fazer as coisas." Flávio (nome fictício) é terapeuta em uma clínica de reabilitação involuntária. Ele conta que não pode ter dados como nome ou rosto divulgados, pois os pacientes não sabem que serão internados. Sua experiência com alcoolistas o ajudou a definir um "perfil psicológico" dessas pessoas. "O alcoolismo é a doença das emoções", explica. "O alcoólatra é alguém que não consegue lidar com os seus sentimentos. Qualquer emoção mais acentuada faz aumentar a vontade de beber." A idolatria pelo álcool existe, segundo Flávio. Mas ela não está apenas na cabeça do dependente. "Ela existe na sociedade. Você a vê na mídia, nas músicas, na imposição que a sociedade faz para que se beba. É a sociedade que está doente." O que não se mostra em anúncios é a face feia do "deus álcool", explica Flávio. Após a felicidade e aparente tranquilidade, há a dura realidade de uma doença incurável, progressiva e fatal. "As outras fases são repletas de depressão e ansiedade, que fazem com que ele tome a segunda dose e comece tudo de novo." Alguns tratamentos insinuam que um alcoolista pode voltar a beber socialmente, diz Flávio. Porém, ele defende que a única forma de não ser enganado pelo culto ao álcool é não testá-lo nenhuma vez. "Não viveremos para ver o fim dessa publicidade, pois, além de movimentar muito dinheiro, ela está em desenhos animados, filmes e novelas. Já está enraizada", opina. "Beber é brincar de roleta-russa. Assim que ingerir o primeiro gole, quem tem predisposição vai manifestar a doença." A forma descompromissada como o álcool é visto se reflete na forma como ele é encarado. A maioria das páginas relacionadas ao álcool no Facebook, por exemplo, tem um viés de humor. É comum encontrar pequenos bares particulares em casa. Por isso, segundo Raphael Boechat Barros, psiquiatra do Hospital Santa Lúcia, é difícil largar o vício. "As pessoas crescem vendo os outros beberem. Eventos de lazer também estão associados à bebida, como futebol e carnaval", completa. Proibir a propaganda, aumentar os preços e fazer campanhas contra a bebida são medidas que já foram tomadas em relação ao tabaco - e, para o médico, ajudariam a diminuir a incidência de novos dependentes caso fossem usadas também para bebidas alcoólicas.
Brasil tem recorde de exportação em 2012
A crise econômica ajudou a inflar o preço do ouro nos mercados internacional e contribuiu para um recorde positivo na balança comercial brasileira: depois de registrar, em 2012, o maior valor com a venda do metal sob a forma semimanufaturada (mais de US$ 2,3 bilhões de ouro em barras, fios ou perfis), o país, em janeiro, bateu também o recorde de venda de ouro em um mês, com exportações de US$ 285,8 milhões - 4% acima do volume embarcado em janeiro de 2012. Foram 5,26 toneladas, 1% a mais que o volume de um ano atrás. A forte demanda por ouro para reservas monetárias e para joalheria ajudou a sustentar o mercado e fazer crescer as vendas brasileiras, que tiveram forte aceleração a partir de 2007. O recorde deste ano é significativo, por superar o valor de janeiro de 2012, quando as vendas cresceram 40% em valor e 16% em volume. "Quando há crise financeira, a turma corre para o ouro", resume o diretor de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Marcelo Ribeiro Tunes. O crescimento das classes médias nos países emergentes têm sido outro fator de sustentação da demanda, lembra. Em 2011, a cotação do ouro chegou a superar US$ 1,8 mil e, por um breve período, alcançar US$ 1,9 mil a onça troy (unidade de medida equivalente a 31,1 gramas), bem acima dos patamares atuais, em torno de US$ 1,7 mil. No Brasil, o auge das vendas ao exterior, em volume, foi o ano de 2010, quando as exportações quase chegaram a 46 toneladas. A alta de preços garantiu sucessivos recordes de exportação mesmo em 2012, quando houve um aumento da demanda interna, com compras de 34 toneladas feitas pelo Banco Central brasileiro, seguindo a tendência mundial de aumento das reservas internacionais em ouro. Por motivos tributários, o ouro é exportado como ativo financeiro, para bancos no exterior, o que impede os exportadores de ter um quadro muito preciso sobre a demanda final do ouro brasileiro. Não há dúvidas, no setor, porém, que a tendência é de alta. "Mesmo sem o ritmo do período recente, a oferta, no Brasil, vai crescer em função dos grandes investimentos nos últimos anos", prevê o diretor-presidente da Ad Hoc, Consultores Associados, Luciano de Freitas Borges, um dos mais ativos especialista do setor. Só uma das maiores investidores no setor, a AngloGold Ashanti, sediada na África do Sul, aplicou, entre 2010 e 2012, US$ 503 milhões, nos projetos Lamego, em Sabará, Minas Gerais e Córrego do Sítio, em Santa Bárbara, também cidade mineira; além da aquisição de 50% de participação na Mineração Serra Grande, em Goiás, onde já detinha metade do investimento. O Brasil já representa 10% a 12% da produção internacional da empresa, e 15% dos rendimentos. Borges, um crítico do novo Código de Mineração em estudo pelo governo, que ele acusa de inviabilizar as pesquisas por investidores e empresários de menor porte e de ter paralisado as outorgas de concessões de lavras, nota que, desde a década de 90 não se registram descobertas de depósitos gigantes, e aumentam as barreiras tecnológicas, políticas e ambientais para exploração de jazidas. Em médio prazo, porém, a maturação de grandes projetos, no Pará, Minas Gerais e outras regiões deve levar a produção anual a crescer pelo menos 50%, prevê. A demanda está garantida por fatores como a emergência das classes médias em regiões da China, da Índia e no Norte da África, onde o ouro ainda é o maior instrumento de reserva de valor. Os especialistas comentam que o mercado de ouro se beneficia de um pouco de crise, mas, com o agravamento da situação econômica, sofre devido à perda de liquidez e o aumento do temor dos investidores. Para Agostinho Tibério Marques, diretor financeiro da AngloGold Ashanti, foi essa incerteza que fez o mercado de ouro "andar de lado" no ano passado - como, aliás, comprovou o relatório anual sobre as tendências do setor, divulgado ontem pelo Conselho Mundial do Ouro (World Gold Council). O relatório indicou um recorde na demanda de US$ 236,4 bilhões, apesar de uma pequena queda, de 4%, no volume demandado; e previu que as compras da Índia, um dos principais atores no mercado, devem cair ligeiramente em volume, elevando, porém, os valores gastos "O ano passado foi atípico, muita indefinição, informações desencontradas sobre a crise europeia, incerteza sobre a Grécia", lista o diretor. "Muita gente se desfez de investimento em ouro para cobrir necessidades de capital, pagar compromissos." Embora reconheça a existência de estimativas no mercado que apontam para a possível superação da marca dos US$ 2 mil por onça troy em futuro próximo, Marques não vê, por enquanto, mudanças significativas na demanda, que manteve a cotação de 2012 do metal em US$ 1,67 mil, patamar elevado em termos históricos. (Colaborou Eduardo Campos)
Último dia para aplicar os créditos
O elevado número de acessos simultâneos ao site da Secretaria de Fazenda impôs dificuldades aos contribuintes que adiaram a definição do destino dos créditos acumulados com o Programa Nota Legal. O maior fluxo foi entre as 11h e o meio-dia, quando 2,5 mil pessoas fizeram a operação. Hoje, termina o prazo para indicar a utilização do valor a ser deduzido dos impostos sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e/ou de Veículos Automotores (IPVA). O órgão prevê que os usuários vão enfrentar uma lentidão ainda maior do sistema (ver quadro) e avisa que não haverá prorrogação. O contribuinte que não possui casa ou carro próprios poderá receber o benefício do programa em dinheiro. Ele terá de 1º a 30 de junho para cadastrar o número da conta-corrente. Os repasses vão começar em 1º de julho. Só em 2014 A Secretaria de Fazenda reconhece que o participante que deixou para hoje a indicação dos créditos poderá enfrentar problemas. O órgão informa que não adianta recorrer a um dos postos da Receita. A operação para reduzir o valor a ser recolhido com o IPVA e/ou IPTU somente pode ser feita pelo site do órgão. Quem não conseguir poderá usar o abatimento no próximo ano. Até dia 8 passado, último balanço divulgado, 391 mil pessoas ainda não tinham indicado os créditos. No total, são 605 mil cadastradas. O medo de não conseguir os créditos do Nota Legal preocupa o aposentado Ullysses Caiuby Côrrea, 75 anos, e a mulher Sônia da Silva Soares Côrrea, 65. Os dois estão com dificuldades para usar os créditos acumulados em 2012. Segundo ele, desde a semana passada o filho do casal tenta obter o desconto no IPTU, mas o sistema sempre fica fora do ar. "Eu não gosto de informática, então pedi para o meu filho me ajudar. Tentamos no carnaval e não conseguimos. A solução agora é arrumar outro computador. Se eu não conseguir, vou ficar muito decepcionado", conta. Sônia também não esconde a chateação diante da dificuldade. "Dá tanto trabalho pedir a nota, checar se a empresa creditou junto à Secretaria, para, no fim, não ter a recompensa desse trabalho". Dificuldades A advogada Janaína Delvaux, 31 anos, acessou o site logo na primeira semana de fevereiro e não teve dificuldade. Porém, quando foi pedir o desconto no IPVA descobriu que o Departamento de Trânsito do DF (Detran) não tinha dado baixa em um débito antigo. Como a advogada não deixou para usar os créditos na última hora, ela conseguiu ir ao Detran para pegar uma certidão negativa e apresentar à Secretaria de Fazenda. "Se eu não tivesse acessado o site com antecedência, não teria conseguido usar os créditos este ano. Agora, é um absurdo o estado errar e o consumidor ter que provar que pagou. Além disso, nada é interligado, isso dificulta." Problemas para acessar o site não são os únicos enfrentados por participantes do Nota Legal. Quem não guardou o comprovante de compra corre o risco de ter surpresas desagradáveis. O consultor agrícola Mauro Vaz de Mello, 71 anos, morador do Lago Norte, tem o hábito de conferir as notas fiscais lançadas pelo programa. "Os produtos comprados em um supermercado perto da minha casa nunca vão para o sistema. Fiz uma reclamação formal, mas não resolveram meu problema. É um absurdo." A secretaria, por e-mail, admitiu que tomou conhecimento da reclamação, mas não poderia dar explicações sobre a não geração do crédito, por envolver informações da empresa protegida pelo sigilo fiscal. Desde então, Mello não recebeu retorno. "Até hoje o valor não voltou. Não entendo por que ajudar se, mesmo quando reclamo, me sinto lesado", criticou.
Sindicato continua visitas às agências do BB para debater o novo plano
O mês de fevereiro começou com mais visitas do Sindicato aos funcionários do Banco do Brasil em diversas áreas do Distrito Federal. Nos dias 7 e 8, diretores do Sindicato percorreram as agências de Sobradinho, SIA Trecho 2, Central do Sede I e Ceasa. Os principais temas debatidos foram o novo plano de funções do BB e as ações judiciais impetradas pelo Sindicato relativas às 7ª e 8ª horas. O diretor do Sindicato Eduardo Araújo conversa com bancários da agência Central no Sede I Os bancários foram lembrados de que foi prorrogado o prazo para adesão às funções de confiança do novo plano até o dia 6 de março. O Sindicato dos Bancários de Brasília obteve na Justiça uma liminar prorrogando o prazo. Em caso de descumprimento da decisão, o BB pagará multa diária no valor de R$ 20 mil. "O Sindicato também tem divulgado uma série de blocos de respostas às perguntas enviadas pelos funcionários do Banco do Brasil com esclarecimentos acerca do novo plano de funções", lembra Eduardo Araújo, diretor do Sindicato, que participou da reunião na agência Central do Sede I. Funcionários da agênca Ceasa recebem o diretor Jeferson Meira Thaís Rohrer Do Seeb Brasília
Em reunião com o Sindicato, BB diz que problemas com o cartão-alimentação serão resolvidos "mercado a mercado"
Em reunião nesta quinta-feira 14, a Diretoria de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas (Diref) do Banco do Brasil informou ao Sindicato que a Diretoria de Cartões (Dicar) está acompanhando as negociações entre a Alelo, empresa que administra o Visa Vale/Alelo, com os pontos de vendas e supermercados do DF que deixaram de receber pagamentos com os cartões-benefício. Segundo a Diref, as negociações vêm sendo feitas "mercado a mercado". A reunião foi realizada a pedido do Sindicato. A medida teve início na segunda-feira passada, prejudicando milhares de bancários do BB, Bradesco e Santander, além de trabalhadores da CTIS, Confederal e Telemont. Redes como o Big Box, Super Maia, SuperCei e Caíque aderiram à suspensão, sendo que Riacho Fundo, Lago Norte, Cruzeiro e Candangolândia são as regiões administrativas mais afetadas, com adesão de cerca de 50% da rede credenciada. Segundo a Diref, contudo, os hipermercados Carrefour, Walmart, Extra e Pão de Açúcar, entre outros, estão recebendo normalmente pagamentos com os cartões. "O Sindicato vai continuar acompanhando o andamento do processo negocial e, caso o problema não seja resolvido até o final de fevereiro, irá reivindicar do Banco do Brasil a mudança de administradora do cartão alimentação", adverte o diretor Eduardo Araújo, que representou o Sindicato na reunião. O Sindicato está cobrando também do Bradesco e do Santander que se movimentem de modo a resolver o problema o mais rapidamente possível, caso contrário irá solicitar a troca da bandeira do cartão. Renato Alves Do Seeb Brasília