Mantega cobra de bancos privados aumento do crédito

Menos de uma semana depois de cobrar maior participação dos bancos públicos na concessão de crédito, sobretudo para os projetos de infraestrutura, o ministro Guido Mantega (Fazenda) fez ontem o mesmo apelo às instituições privadas. O ministro e o presidente do BC, Alexandre Tombini, tiveram encontro em São Paulo com os executivos dos principais bancos privados. Entre eles: Bradesco, Itaú Unibanco, HSBC, Santander, Safra e Citibank. Os presidentes do BANCO DO BRASIL e da Caixa também participaram. A reunião, que durou cerca de uma hora, teve como foco a necessidade de mais crédito no país. Segundo a Folha apurou, o ministro disse aos banqueiros que a atuação dos bancos privados na concessão de crédito em 2012 decepcionou e que sua expectativa é que o setor tenha uma atuação mais forte neste ano. O governo está preocupado com a resistência do setor privado em acelerar a liberação de empréstimos para pessoas físicas e empresas. INVESTIMENTOS Crédito a um custo baixo é essencial para elevar os investimentos. Sem isso, há o risco de o crescimento neste ano não ser retomado no ritmo que espera o governo. Além disso, a falta de investimento pressiona a inflação. No ano passado, o estoque de empréstimos concedidos pelos bancos privados cresceu apenas 7,8%. Nos bancos públicos, a alta foi mais do que o triplo: 27,2%. Com isso, os públicos aumentaram sua participação no mercado de 43,5% para 47,6%. "Eles [bancos] estão dispostos a liberar mais dinheiro, a emprestar mais, estão otimistas com a situação da economia", disse Mantega após voltar a Brasília e se reunir com a presidente Dilma. "Se você aumentar o volume, você melhora a economia e cai a inadimplência."

Capitalizações fazem dívida federal chegar a históricos R$ 2 trilhões

BRASÍLIA O esforço do governo para turbinar a economia em 2012 mediante injeção de dinheiro em bancos públicos acabou contribuindo para que a dívida pública federal em títulos atingisse um novo patamar histórico. Segundo dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional, o estoque fechou o ano passado em nada menos que R$ 2,008 trilhões, o que representa um crescimento de R$ 142 bilhões ou 7,6% em relação a 2011. Desse total, R$ 76 bilhões corresponderam a emissões de títulos feitas ao longo do ano para capitalizar BNDES (R$ 55 bilhões), Caixa Econômica Federal (R$ 13 bilhões) e BANCO DO BRASIL (R$ 8,1 bilhões). Mas as capitalizações não foram as únicas a elevarem a dívida. Esta também foi afetada pelos juros que corrigem o estoque. Mesmo assim, o resultado foi comemorado pela equipe econômica, que avalia que o Tesouro conseguiu cumprir as metas fixadas para o ano. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF) 2012, o endividamento deveria terminar o ano em um intervalo entre R$ 1,95 trilhão e R$ 2,05 trilhão. O resultado de 2012 mostra que a dívida fechou o ano em 45,5% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 45% do PIB em 2011. Esse indicador inclui tanto a dívida mobiliária federal interna como a dívida externa. A primeira encerrou o ano passado em R$ 1,916 trilhão e a segunda, em R$ 91,3 bilhões. O plano também previa o aumento da parcela da dívida corrigida por papéis prefixados, mais vantajosos para o governo. Estes têm remuneração definida previamente, o que dá previsibilidade sobre os resgates. Segundo o relatório do Tesouro, a parcela prefixada terminou o ano em 40% do total, contra meta entre 37% e 41%. Em 2011, foi de 36,6%. Já a participação dos papéis corrigidos pela Taxa Selic caiu de 30,14% para 21,7%. Isso é bom porque um título que varia com a Selic deixa o governo mais vulnerável às mudanças de mercado. Pela meta fixada, o intervalo deveria ser entre 22% e 26%. A parte da dívida corrigida por índices de preços subiu de 28,3% 33,9% (entre 30% e 34%, pelo plano). Mercado vê inflação maior Para o economista Felipe Salto, da consultoria Tendências, o perfil da dívida melhorou em 2012, mas sua composição indica que o mercado aposta em inflação maior: - Isso significa que os investidores acreditam que o modelo macroeconômico brasileiro é baseado em juros baixos, mas com mais inflação. O governo ainda alongou o prazo médio da dívida, que terminou 2012 em quatro anos, contra projeção entre 3,6 e 3,8 anos. Já a parcela do estoque com vencimento a curto prazo subiu de 21,9% 24,4% (o plano previa entre 22% e 26%). As instituições financeiras ainda são as principais detentoras de títulos públicos (30,1%), seguidas por fundos de investimentos (24,7%) e fundos de previdência (16%). Os investidores estrangeiros têm 13,7%.

Periodicidade da mamografia após os 50 anos não é consenso entre médicos

Nova pesquisa do Consórcio de Vigilância para o Câncer de Mama dos Estados Unidos reacende o debate sobre um tema que divide a comunidade médica. Falta consenso para definir quando a mamografia deve começar a figurar entre os exames de rotina das mulheres e com que frequência ela deve ser feita. Após analisarem mais de 140 mil prontuários de pacientes com idade entre 66 e 89 anos, cientistas americanos afirmam que, assim como foi anteriormente demonstrado para mulheres mais novas, o exame a cada dois anos é tão benéfico quanto o anual. O primeiro ainda teria como vantagem a menor incidência de resultados falso positivo, que podem acarretar procedimentos invasivos e um estresse desnecessário. O medo das mulheres em terem um câncer diagnosticado tardiamente, o excesso de precaução por parte dos médicos e a agressividade da doença nas mais jovens pesam do outro lado dessa balança. O estudo da instituição americana analisou os dados de mulheres submetidas a mamografias entre janeiro de 1999 e dezembro de 2006. Cerca de 3 mil participantes foram diagnosticadas com câncer de mama e quase 138 mil não apresentaram a doença. As pacientes foram divididas entre aquelas que fizeram o exame anualmente e as que passaram pelo mamógrafo a cada dois anos. O resultado das análises demonstra que a mamografia bienal tem risco semelhante de apresentar a doença em estágio avançado que a feita de ano em ano. "Isso sugere que o exame anual não levaria a um melhor equilíbrio de benefícios versus malefícios. Como no caso de mulheres mais jovens, as idosas que se submetem à mamografia anual estão em alto risco de resultados falso positivo e recomendações de biópsia, e sem benefício adicional por fazerem exames mais frequentes", concluem os pesquisadores no artigo publicado no Jornal do Instituto Nacional do Câncer, dos Estados Unidos.

Pesquisa questiona função protetora de gordura "boa"

A troca da gordura saturada de origem animal pelos óleos vegetais começou a ser recomendada pelos médicos para melhorar a dieta e proteger o coração desde a década de 1960. A banha de porco usada na cozinha saiu de cena e entraram os óleos de milho e girassol, entre outros. Mas um novo estudo, que recuperou dados de um trabalho realizado entre 1966 e 1973 na Austrália, questiona essa recomendação e mostra que há muito mais no meio do caminho entre a gordura saturada animal "má" e a gordura vegetal "boa". Os dados recuperados pertencem a uma pesquisa que avaliou mudanças na dieta em quase 458 homens de 30 a 59 anos que havia sofrido problemas cardíacos. Eles foram divididos em dois grupos: um deles foi instruído a reduzir o consumo de gordura saturada para menos de 10% das calorias ingeridas por dia e aumentar o de poli-insaturada, usando óleo vegetal e margarina, de 6% para 15% das calorias diárias; o outro não recebeu orientações sobre dieta. Os resultados revistos agora e publicados no "British Medical Journal" demonstram que os homens que aderiram ao óleo vegetal tiveram uma mortalidade mais alta do que os demais, o que contraria a expectativa inicial. Editoria de Arte/Folhapress Segundo os autores, liderados por Christopher Ramsen, dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, o achado pede uma revisão de recomendações de dieta. A Associação Americana do Coração, em suas diretrizes sobre consumo de gordura, recomendam o uso dos óleos vegetais com ômega 6 para reduzir o uso de gordura saturada animal. No Brasil, as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia também incluem a recomendação da troca da gordura saturada pelo ômega 6 para reduzir o colesterol, apesar de fazerem ressalvas quanto à proporção ideal entre esse tipo de gordura e as demais, principalmente o ômega 3, encontrado em peixes e que já tem bem estabelecida sua ação protetora. "Só somos vivos porque comemos tudo em equilíbrio. Não adianta comer só proteína nem só ômega 3", afirma o nutrólogo e cardiologista Daniel Magnoni, um dos autores da diretriz brasileira, publicada neste mês. Segundo o nutrólogo Celso Cukier faltam mais estudos que esclareçam qual é o equilíbrio ideal para obter uma dieta mais protetora. A quantidade de gordura saturada precisa ser limitada porque, além de trazer energia para o corpo, aumenta o colesterol. A troca pelo óleo vegetal tinha como objetivo reduzir o colesterol e evitar os infartos e derrames. Segundo os autores da nova pesquisa, a maior tendência do ômega 6 à oxidação e sua possível ação inflamatória podem ter contribuído para o mau resultado da dieta. Cukier chama a atenção para a redução do colesterol mas não da mortalidade. "Esse estudo mostra que não basta substituir a gordura saturada, ela não é a única vilã. É preciso saber pelo que estamos trocando."

ANABB reúne com o BB sobre novo plano de cargos e funções

presidente da ANABB, Sergio Riede, e o vice-presidente de Relações Institucionais, Fernando Amaral, estiveram reunidos na última sexta-feira, 1º de fevereiro, com Carlos Eduardo Leal Neri e José Caetano de Andrade Minchillo, respectivamente Diretor da DIREF - Diretoria de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas - e Gerente Executivo da DIPES - Diretoria Gestão de Pessoas -, para buscar esclarecimentos sobre o novo Plano de Cargos e Funções do Banco do Brasil, e suas consequências para os funcionários. Em síntese, as informações do Banco, prestadas pelo Diretor Neri e pelo Gerente Executivo Caetano, foram as seguintes: O novo Plano de Cargos e Funções começou a ser desenvolvido em 2010 e precisou ser aprovado pelo Ministério da Fazenda e pelo Ministério do Planejamento/DEST, que acompanham todas as modificações estruturais ocorridas nas empresas estatais. A proposta final aprovada teve como objetivo manter as possibilidades de ascensão profissional, identificar os cargos que, por terem o caráter de representação da empresa e de fidúcia especial, exigem a dedicação exclusiva com jornada de 8 horas e aqueles que não têm essas características e devem respeitar a jornada especial dos bancários, que é de 6 horas. O novo Plano de Cargos e Funções foi estruturado por: Funções de Confiança: são aquelas que o Banco entende que os cargos vinculados devem ser remunerados pela responsabilidade de representar a empresa, gerenciar pessoas ou que, em função do nível de estratégia ou de confidencialidade que envolve a atividade desses profissionais, devem ser cargos de dedicação exclusiva e de 8 horas; Funções Gratificadas: são aquelas que requerem dos ocupantes dos respectivos cargos conhecimento técnico-operacional e alguma responsabilidade maior do que o simples cumprimento da atividade bancária, sem necessariamente ser atividade estratégica ou de alto grau de confidencialidade. Esses cargos serão de 6 horas. O Banco tem hoje 116.800 funcionários que estão distribuídos e ficarão distribuídos de acordo com o quadro abaixo: JORNADA DOTAÇÃO ATUAL PERCENTUAL NOVA DOTAÇÃO NOVO PERCENTUAL CARGOS GERÊNCIA 8 horas 36.400 30% 36.500 30% CARGOS COMISSIONADOS 8 horas 32.200 28% 9.300 8% 6 horas 900 1% 24.000 21% ESCRITURÁRIOS 8 horas 1.000 1% 1.000 1% 6 horas 46.300 40% 46.000 40% O novo plano terá dois processos distintos de implantação: 1º Grupo: Unidades Estratégicas e Unidades Táticas (Direção Geral e Superintendências); Agências e órgãos regionais. 2º Grupo DITEC - Diretoria de Tecnologia. O Banco afirma que na DITEC está havendo uma reestruturação total, que já vinha sendo estudada há mais tempo; CRITÉRIOS PARA IMPLANTAÇÃO NA DIREÇÃO GERAL E NAS SUPERINTENDÊNCIAS Cargos de Gerência mantêm os mesmos nomes dos cargos; mantêm as mesmas remunerações; mantêm a mesma jornada de 8 horas diárias; já estão considerados alterados automaticamente. Cargos de Analistas Master, Sênior e Pleno são aproximadamente 8.000 funcionários; mudam os nomes dos cargos; mantêm as mesmas remunerações; mantêm a mesma jornada de 8 horas diárias; somente estes precisam de manifestação formal de adesão. Cargos de Analista Júnior Os cargos serão considerados "cargo em extinção", sem mais previsão de existência na Direção Geral ou nas Superintendências; O BB afirma que cerca de 70% dos atuais Analistas Júnior serão promovidos e que os outros 30% terão grande probabilidade de ascensão profissional, em função de aposentadoria normal de funcionários. Segundo o Banco, em 2011 houve 18.000 ascensões e em 2012 foram 22.000 promoções; Os detentores desses cargos terão ainda as seguintes alternativas: Pedir transferência para a Rede ou Centrais de Suporte, mantendo-se, mesmo nessas dependências, no cargo em extinção, com a mesma jornada e remuneração, até a sua aposentadoria; ou concorrer, a qualquer momento, a quaisquer outros novos cargos; Permanecer na Direção Geral ou na Super por mais 180 dias, nas mesmas condições de hoje (mesmo salário, mesma jornada); Enquanto permanecerem na Direção Geral ou nas Superintendências, também poderão concorrer a quaisquer novos cargos; Após os 180 dias, serão transferidos para a Rede ou Centrais de Suporte, no cargo em extinção, com a mesma jornada e remuneração, até a data de suas aposentadorias ou até a sua posse em novo cargo para o qual tenham concorrido. CRITÉRIOS PARA IMPLANTAÇÃO NAS AGÊNCIAS Cargos de Gerência mantêm os mesmos nomes dos cargos; mantêm as mesmas remunerações; mantêm a mesma jornada de 8 horas diárias; estão sendo enquadrados nos novos cargos, automaticamente. Demais Cargos Comissionados mantêm os mesmos nomes; terão jornada de 6 horas; terão novos valores calculados da seguinte forma: remuneração atual, dividida por 8 horas, para achar o valor atual da hora trabalhada, no exercício do cargo; acréscimo de 12% ao valor da hora trabalhada no exercício do cargo; multiplicação por 6 horas para apurar-se o valor do novo cargo. Os detendores desses cargos terão as seguintes prerrogativas: durante um ano, poderão prestar, a seu próprio critério, 2 (duas) horas extras diárias em até 10 (dez) dias por mês, de forma a poderem manter suas remunerações atuais, por este período. CRITÉRIOS PARA IMPLANTAÇÃO NA DITEC A distribuição das atividades deixa de ser em 3 turnos de 8 horas e passa a ser de 4 turnos de 6 horas; Por conta deste novo turno, foram criados mais 230 cargos de gerência ou outras funções de confiança. Cargos de Gerência mantêm os mesmos nomes dos cargos; mantêm as mesmas remunerações; mantêm a mesma jornada de 8 horas diárias; os atuais titulares destes cargos foram migrados automaticamente. Demais Cargos foram extintos; foram criados novos cargos. O preenchimentos dos novos cargos se dará por seleção e em 3 "ondas"; 1ª "Onda": Todos os funcionários poderão concorrer aos cargos novos de gerência e cargos de confiança, em qualquer setor, inclusive para o seu próprio cargo atual. 2 ª "Onda": Após a divulgação das nomeações das seleções da primeira "onda", todos os funcionários não nomeados poderão concorrer aos cargos disponíveis no seu ou em outros setores, de 6 ou de 8 horas; 3ª "Onda": Após a divulgação das nomeações das seleções da segunda "onda", todos os funcionários não nomeados poderão concorrer aos cargos disponíveis no seu ou em outros setores, de 6 ou de 8 horas. Depois de todas as nomeações nas 3 ondas, a DITEC decidirá a forma de preenchimento de cargos por ventura ainda existentes, conforme normas regulamentares do Banco. Os funcionários que hoje fazem 8 horas na DITEC e que passarão a fazer 6 horas também poderão, durante um ano, prestar, a seu próprio critério, 2 horas extras diárias em até 10 dias por mês, de forma a poderem manter suas remunerações atuais, por este período. O BB argumenta que fazendo 8 horas em metade dos dias úteis do mês o funcionário já garantirá a mesma remuneração bruta mensal que tem hoje. COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO VOLUNTÁRIA - CCV Todos os funcionários detentores de cargos comissionados atuais, de jornada de 8 horas, que foram transformados em cargos de 6 horas, poderão apresentar requerimento para negociar diretamente com o Banco seus direitos à 7ª e 8ª horas durante os últimos 5 anos, a contar da data da adesão ao cargo de 6 horas; Na CCV deverão estar presentes o funcionário, o Banco e o Sindicato da base do funcionário e o acordo deverá ser homologado na respectiva justiça do trabalho; Para que o funcionário tenha acesso a esse direito, será necessário que o sindicato de sua base tenha aderido ao contrato de realização da CCV. O Diretor da DIREF, Carlos Neri, destacou que "nenhum funcionário perde com o novo Plano de Cargos e Funções. Todos terão alternativas para manter a remuneração bruta atual, sendo que houve aumento real no valor da hora trabalhada para quem fazia 8 horas e passa a fazer 6". Para o Gerente Executivo Caetano Minchillo, da DIPES, "apenas 8.000 funcionários precisam manifestar adesão aos novos cargos de 8 horas. Mais de 50% deles já haviam aderido até a sexta-feira, 01.02.2013". Ao meio-dia de 4 de fevereiro, segundo o Banco, as adesões chegaram a cerca de 80%. AVALIAÇÃO DA ANABB Diante das informações prestadas pelos executivos do Banco, os dirigentes da ANABB reconheceram que o novo Plano de Cargos e Funções contém vários pontos positivos, dentre os quais pode-se destacar: Permissão para que os funcionários (mesmo aqueles que permanecerem em cargos em extinção) concorram, a qualquer tempo, a novos cargos; Possibilidade de o funcionário que passar a fazer 6 horas manter a remuneração bruta mensal com 2 horas extras a serem realizadas em 10 dias ao mês durante 1 ano; Possibilidade de as pessoas permanecerem em cargos em extinção até a aposentadoria, se assim o desejarem; Garantia de o funcionário em cargo em extinção permanecer na mesma dependência por 180 dias e na mesma praça até a aposentadoria, se assim o desejar; Oportunidade de ascensão imediata para 70% dos Analista Júnior; Criação de 230 novas vagas comissionadas na DITEC. No entanto, Riede e Amaral expuseram aos executivos do Banco a preocupação com alguns riscos: O prazo de apenas 6 dias para adesão aos novos cargos, exigido de 8.000 funcionários, é extremamente curto para quem, estando em jornada de trabalho, precisa ler com calma o que está sendo proposto, refletir, fazer consultas e tirar dúvidas. Dessa forma, Riede e Amaral entenderam ser necessária a dilação do prazo. Até porque, se o Banco tem certeza de que este é um Plano que não subtrai direitos de ninguém, e que é bom para todos os funcionários, o coerente seria dar tempo suficiente para que todos pudessem perceber isso e aderir com convicção; O Banco poderá enfrentar contestações na justiça em função de não ter incluído os atuais analistas pleno e sênior na jornada de 6 horas. Na visão dos dirigentes da ANABB, estes são exemplos de cargos que não possuem, em sua essência, os requisitos legais indispensáveis para serem de 8 horas; A decisão do Banco, ratificada no Boletim Pessoal de 01.02.2013, de que vai descomissionar os funcionários de Função de Confiança que não assinarem a adesão até esta segunda-feira é um ato de força que poderá trazer consequências indesejáveis do ponto de vista do clima organizacional e poderá ser encarado pela justiça do trabalho como descomissionamento imotivado, imputando novos ônus ao Banco. Além disso, poderá ser questionada judicialmente a perda de comissão exercida por quem está no cargo há mais de 10 anos, sem qualquer registro de problemas disciplinares ou de desempenho; A transformação de milhares de cargos de 8 horas em cargos de 6 horas sem aumento de dotação poderá trazer problemas operacionais sérios para o Banco, para os funcionários e para os clientes, mesmo com todos os cuidados que a empresa possa tomar no sentido de melhorar a eficiência operacional e compensar a necessidade de mão-de-obra com as horas extras que o Plano está autorizando; A transferência compulsória de funcionários para outras dependências, mesmo sendo na mesma praça, poderá trazer transtornos para as famílias e impactos no clima organizacional. Quando do momento das transferências, após os prazos previstos, o BB poderia definir as dependências de destino disponíveis na mesma praça e permitir os pedidos de transferências dos funcionários, tentando assim decidir em conjunto com o funcionário; A implantação do novo Plano de Cargos e Funções, na DITEC, onde todas as funções serão repreenchidas com novos nomes de cargos, necessitará do compromisso formal da empresa de que os recentes conflitos em função das denúncias de retaliações aplicadas por gestores do Banco aos funcionários grevistas, aos que não compensaram os dias de greve e aos que ganharam a 7ª e 8ª hora na justiça, não serão considerados no momento das respectivas seleções. Somente assim poderão ser corrigidas injustiças a fim de termos uma nova estrutura legitimada e produtiva como deseja a administração do BB e esperam seus funcionários; O fato de, na DITEC, os cargos técnicos terem sido extintos (e não colocados em extinção, como nas demais dependências do Banco) representa uma discriminação em relação aos demais funcionários, trazendo consequências danosas aos seus atuais ocupantes que não poderão manter suas condições atuais até a aposentadoria, se assim o desejarem; O Banco poderá enfrentar questionamentos na justiça sobre redução de salários; Embora o Banco tenha informado de que não haverá qualquer prejuízo para os que optarem pelos novos cargos comissionados, há relatos de funcionários de que, em alguns cargos comissionados, embora a remuneração bruta dos novos cargos tenha sido mantida, houve alteração nas verbas que compõem tal remuneração, podendo trazer implicações para efeitos de aposentadoria pela Previ. Todos devem ficar atentos para isso e, se for o caso, informar imediatamente aos sindicatos. Além dessas primeiras observações, a ANABB analisará as informações recebidas, vai continuar ouvindo o funcionalismo, as entidades sindicais e o Banco, e buscará dar suas contribuições, com críticas e sugestões que permitam atender os interesses legítimos dos funcionários e ajudar a construir um Banco do Brasil cada vez mais útil à sociedade.

Brasil tem 3 bancos entre os 25 de marca mais valiosa

Três bancos brasileiros aparecem entre as 25 marcas mais valiosas do setor no mundo: Bradesco, Itaú e BANCO DO BRASIL. Segundo a consultoria britânica Brand Finance, o Brasil tem oito representantes entre as 500 marcas e ocupa a sexta posição entre as nações com os setores bancários de maior valor. Somadas, as marcas brasileiras alcançaram US$ 37,957 bilhões. Os EUA lideram o ranking, com 93 marcas e um valor somado de US$ 230,6 bilhões. O Bradesco, em 16º, é o grupo brasileiro com o melhor desempenho. A marca vale US$ 13,61 bilhões. Em seguida aparecem Itaú (18º) e BB (22º) com valores de US$ 12,442 bilhões e US$ 9,883 bilhões, respectivamente. Para chegar ao valor da marca, a consultoria considera aspectos intangíveis e ponderado pelo desempenho financeiro das instituições. No Brasil, mais de 16 mil pessoas respondem a um questionário para avaliar mais de 35 indicadores, como atendimento, localização da agência e transparência.

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