A partir de hoje o consumidor que for a um supermercado em São Paulo deverá levar sua própria sacola para carregar as compras. Para levar os produtos para casa, o consumidor pode optar por sacolas retornáveis de plástico, juta ou pano, caixas de papelão ou carrinho de feira, por exemplo. Nove Estados e DF devem banir sacolinhas plásticas Mercados terão sacola reutilizável "vai e vem" e querem baratear produto Supermercado que der sacolinha grátis será responsável pela coleta Quem não tiver a sua ecobag --como é chamada a sacola reutilizável-- poderá comprar uma por R$ 0,59 até fevereiro de 2013, conforme TAC (termo de ajuste de conduta) firmado entre a Apas (associação dos mercados), o Ministério Público e o Procon-SP em fevereiro. Os mercados também passarão a oferecer, em maio, uma sacola "vaivém": o consumidor terá a opção de comprar uma sacola que poderá ser devolvida na próxima compra --ao fazer isso, ele poderá receber o dinheiro de volta ou abater o valor da compra efetuada. Diferentemente do que ocorreu em 25 de janeiro, dessa vez os supermercados não vão mais vender sacolinhas descartáveis biodegradáveis por R$ 0,19 cada uma. Desde o acordo feito de fevereiro, os supermercados abandonaram a ideia de vender as embalagens, bombardeadas por consumidores e por opositores do fim das sacolinhas. Após os supermercados, feiras livres e padarias poderão adotar a iniciativa. A negociação com as associações está sendo feita pelo Ministério Público paulista. HISTÓRICO Um acordo entre o governo do Estado e a Apas levou à suspensão de uso das sacolinhas plásticas nos supermercados de São Paulo no dia 25 de janeiro. A associação lançou a campanha "Vamos tirar o planeta do sufoco" para sustentar a inciativa. As lojas chegaram a comprar mais de 100 milhões de sacolinhas biodegradáveis e até grifes como Osklen e Cavalera despertaram para o novo filão criado pelo uso de alternativas reutilizáveis. No início de fevereiro e em meio a protestos de consumidores e de representantes da indústria plástica, no entanto, a Apas teve de firmar o acordo para prorrogar a distribuição gratuita por um período mais longo. Os lojistas se comprometeram a oferecer alternativas gratuitas durante 60 dias e a treinar funcionários para informar os clientes sobre o fim da distribuição durante o período de um ano. O acordo também institui a entrega de sacolas reutilizáveis no Dia do Consumidor. Cerca de 6 milhões de unidades foram oferecidas na data. Desde a vigência do acordo, em fevereiro, o Procon autuou 21 estabelecimentos que não cumpriram as novas regras estabelecidas. Pelas infrações, as redes podem pagar multas que de até R$ 6 milhões.
Suspenso uso e venda de lote do dipirona sódica
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a partir de sexta-feira o uso e a venda de lote do analgésico dipirona sódica solução oral, de 500 mg/ml, fabricado pela empresa farmacêutica Hipolabor. A vigilância sanitária determinou a suspensão da distribuição, venda e uso do lote 0710/10 do medicamento porque testes da Fundação Ezequiel Dias (Funed) constataram teor de dipirona sódica abaixo do informado pela fabricante. Quem comprou medicamento desse lote deve parar o consumo, segundo recomendação da Anvisa. A empresa farmacêutica terá de recolher as unidades que ainda restam no mercado. Publicada no Diário Oficial da União, a medida é definitiva e válida em todo o território nacional. (Fonte: Portal G1)
Campanha nacional de vacinação contra a gripe começa em 5 de maio
A campanha nacional de vacinação contra a gripe sazonal ou gripe comum será feita entre os dias 5 e 25 de maio. A vacina utiliza as três cepas de vírus que mais circularam no país no ano anterior e, de acordo com o Ministério da Saúde, vai imunizar, também, contra a influenza A (H1N1) - gripe suína. O público-alvo da campanha inclui idosos (a partir de 60 anos), população indígena, crianças com idade a partir de 6 meses e menores de 2 anos, grávidas em qualquer período de gestação e profissionais de saúde. A pasta informou que, apesar dos casos de infecção e morte por H1N1 registrados nas regiões Norte e Nordeste em pleno verão brasileiro, não há previsão de antecipação da campanha. De acordo com a Secretaria de Saúde do Ceará, onde pelo menos duas mulheres grávidas tiveram a doença, o período de chuva provoca maior aglomeração de pessoas em ambientes fechados, o que facilita a disseminação do vírus. Dados do Ministério da Saúde indicam que, no ano passado, cerca de 25 milhões de pessoas foram vacinadas contra a gripe sazonal. Em 2011, assim como este ano, quem recebeu a vacina, também, ficou imunizado contra a gripe suína. (Fonte: Agência Brasil)
Fazenda e bancos vão estudar spread
Enquanto tenta pressionar os spreads dos bancos privados com um pacote de corte de taxas de juros do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal - a ser anunciado depois da Páscoa -, o governo vai criar um grupo de trabalho com os bancos para fazer uma análise estrutural do spread bancário e buscar propostas para baixá-lo. O grupo será formado por técnicos do Ministério da Fazenda e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A decisão foi tomada na reunião entre o ministro Guido Mantega (Fazenda) e os principais banqueiros do país, na semana passada, em Brasília. Os banqueiros saíram do encontro, que foi mantido sob sigilo pelo ministério, com a impressão de que não haverá "canetadas" do governo para tentar forçar os spreads para baixo e que a solução será negociada. Em relação ao pacote em elaboração por Caixa e BB, a mensagem transmitida aos banqueiros do Bradesco, do Itaú Unibanco e do Santander é que caberá a eles decidir o que fazer diante do exemplo que será dado pelas instituições federais. Não é difícil imaginar o que constará da agenda do grupo de trabalho a ser formado: cunha fiscal, compulsório e inadimplência deverão ser amplamente debatidos.
Banco do Brasil reforça serviço on-line
O Banco do Brasil (BB) começou a distribuir 1,5 milhão de dispositivos criptográficos que armazenam um certificado digital para as empresas e as instituições governamentais que possuem conta na instituição. Com esse equipamento, a direção do banco afirma que os clientes vão ter mais praticidade e segurança para efetuar transações financeiras pela internet. O dispositivo, batizado de BB Token, foi desenvolvido pela área de tecnologia do banco, que investiu cerca de R$ 35 milhões no projeto. A ideia partiu de uma experiência parecida de um banco chinês, mas que nunca foi colocada em prática no Brasil. O equipamento, bastante similar a um pen-drive, embora não tenha a função de armazenamento de arquivos, contém um software que desempenha funções complexas de segurança, como a codificação de dados por meio de criptografia. Em outros bancos o dispositivo, conhecido como "token", já é usado para criar senhas aleatórias para acesso à conta via internet. "Procuramos fazer algo robusto em segurança, mas que trouxesse um meio de eficiência operacional", disse ao Valor Luiz Fernando Martins, gerente-executivo de soluções em segurança de negócios da instituição. Ele afirma que a engenharia do BB vai além dos geradores de senha. O BB Token permite o acesso, considerado seguro pelo banco, às transações financeiras em qualquer computador com conexão USB, sem a necessidade de liberação do equipamento - procedimento obrigatório atualmente. Sem o dispositivo, para realizar transações via internet, como pagamentos e transferências, consideradas críticas por serem alvo de fraudes, os clientes precisam permitir que o banco instale e atualize componentes de segurança nos computadores. O dispositivo dispensa tal prática. Os clientes também não vão precisar decorar uma senha especificamente para habilitar o computador a realizar as operações. Agora, a mesma senha do login será usada para a confirmação das transações. O banco já enviou cerca de 400 mil peças para os clientes ou agências. A previsão é que, até o fim do ano, o total de 1,5 milhão de empresas e órgãos governamentais que realizam transações financeiras por meio da internet estejam usando o BB Token. A direção do banco conta com a segurança oferecida pelo dispositivo para conseguir triplicar o limite que cada cliente pode movimentar pela internet. O microempresário Antônio Miguel Duarte já utiliza o dispositivo há quatro meses, porque fez parte do grupo de teste do serviço. Ele afirma que, aliado à segurança, o principal destaque do equipamento é a comodidade. Agora, Duarte e o sócio de uma empresa de turismo em Brasília podem realizar operações simultaneamente em computadores diferentes, com dispositivos distintos. Além disso, os dois sócios não precisam mais ir pessoalmente ao banco somente para assinar um termo de autorização para fazer movimentações em horários diferentes do intervalo que tinha sido estipulado. Segundo o gerente de soluções em segurança do BB, os correntistas com o perfil de pessoa jurídica ou governo que ainda não receberam o BB Token podem solicitá-lo na agência onde possuem conta. De acordo com Martins, em caso de perda não há nenhum risco à segurança porque somente a peça, sem a senha, não permite a realização de operações financeiras. O envio de um segundo dispositivo para o mesmo cliente será cobrado pelo banco, mas ainda não foi definido qual será o valor.
Anúncio de corte de juros da Caixa e BB não sai hoje
Está quase tudo pronto, mas o pacote dos bancos públicos de redução de juros às pessoas físicas não deve ser anunciado hoje junto com as medidas de incentivo à indústria. Fontes ouvidas pelo "Estado" afirmam que Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal têm quase tudo acertado para colocar as novas taxas em prática, mas há o entendimento na equipe econômica e no Palácio do Planalto de que é melhor não misturar, na divulgação, os assuntos "indústria" e "crédito para consumo". No governo, prevalece a leitura de que é mais adequado anunciar hoje apenas as medidas de incentivo à indústria. Como informou o "Estado" ontem, o pacote conta com a participação de bancos públicos, mas em linhas voltadas às empresas. Dessa maneira, a equipe econômica costura anúncio separado para o pacote de corte de juros para a pessoa física e pequenas empresas. A decisão conta com apoio do Banco do Brasil e da Caixa. Na direção dos dois bancos, segundo outra fonte, prevalece a leitura de que uma divulgação individual dará mais publicidade e espaço na mídia ao esforço das duas instituições financeiras de reduzir juro para incentivar o crédito ao consumo.