Segundo a Confederação do Comércio, 74,8% das famílias que têm débitos a pagar estão atoladas com faturas do dinheiro de plástico As dívidas no cartão de crédito se tornaram o maior tormento para as famílias brasileiras. Dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostram que, do total de lares com algum tipo de débito a pagar, 74,8% estão atolados com as faturas do dinheiro de plástico, cujos juros chegam a 600% ao ano no crédito rotativo. "Infelizmente, bancos e lojas criaram uma série de facilidade na hora de oferecer cartões, mas boa parte dos que tiveram acesso a esse meio de pagamento não tinha conhecimento suficiente das regras", disse Mariane Hanson, economista da CNC. Pior: como as administradoras de cartões fazem apenas uma avaliação do perfil de clientes, não identificaram os que acabaram caindo na inadimplência em outras linhas de crédito. Ou seja, continuaram permitindo gastos, apesar do alto risco de calote. O publicitário Geraldo Lopes, 44 anos, é o retrato fiel das dificuldades enfrentadas pelos brasileiros para honrar os compromissos em dia. Há seis meses, ele devia R$ 3.757 no cartão de crédito. Como não conseguiu pagar o total da fatura, foi rolando uma parcela dos débitos. Agora, com os juros, deve mais de R$ 8 mil. "Perdi o controle do meu orçamento e não imaginei que a fatura fosse ficar tão alta", lamentou. Lopes contou que conseguiu um acordo com a instituição financeira da qual é cliente para pagar o saldo devedor em 24 parcelas mensais de R$ 337. A boa notícia é que, durante esse período, o cartão ficará bloqueado. A situação da atendente de turismo Layane Oliveira Carvalho, 20 anos, não está diferente. Depois de se esbaldar com três cartões - um de banco, dois de lojas -, viu seu dia a dia se tornar um inferno. Em apenas um dos cartões deve R$ 900, valor superior ao da sua renda mensal, de R$ 830. "Estou desesperada. Não sei o que fazer para pagar as contas", afirmou. Ela lembrou que, no começo, os limites de gastos de cada cartão eram de R$ 200. Porém, aos poucos, os valores foram sendo reajustados e acabou se perdendo nas despesas. Ciente das dificuldades, a assistente administrativa Daiane Pereira, 25, ficará um bom tempo sem usar seu cartão de crédito, por causa da fatura de R$ 1,5 mil com roupas e sapatos. Ela só consegue pagar o mínimo todos os meses, o que poderá levá-la à inadimplência. Para Mariane Hasson, da CNC, o quadro do endividamento no país é preocupante. Mesmo com o total de famílias endividadas caindo do pico de 64,1%, de junho de 2011, para 57,3% neste mês, os lares com débitos em atraso se mantiveram estável, em 23,2%. "Isso quer dizer que nem os juros mais baixos estão facilitando o acerto de dívidas", frisou a economista.
GOVERNO QUER IDADE MÍNIMA PARA APOSENTADORIA DO INSS
ara acabar com o fator previdenciário, criado há 12 anos para inibir aposentadorias precoces pelo INSS, o governo propôs estabelecer idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens. Com isso, acabaria a possibilidade de o segurado requerer aposentadoria ao completar 30 anos de contribuição (mulheres) e 35 anos (homens), independentemente da idade. A mudança valeria apenas para quem ainda vai ingressar no mercado. Para os trabalhadores atuais, a proposta é substituir o fator previdenciário pela chamada "fórmula 85/95". Para receber o benefício integral, o segurado terá de somar o tempo de contribuição com a idade, de forma que as mulheres só possam se aposentar quando o total atingir 85 e os homens, 95. Enquanto discute os gastos com a Previdência, o governo teve de evitar a aprovação, na Câmara, de projetos que podem provocar grande impacto nas contas. Mas a Comissão de Finanças aprovou emenda à LDO de 2013 que garante uma fórmula para, no futuro, aprovar reajuste para os servidores do Legislativo e do Judiciário Governo propõe exigência de idade mínima para acabar com fator previdenciário no INSS BRASÍLIA GASTOS PÚBLICOS Ao negociar com o Congresso para acabar com o fator previdenciário - mecanismo criado no início dos anos 2000 para inibir aposentadorias precoces no setor privado (INSS) -, o governo federal propôs ontem, em contrapartida, mudanças substanciais para os trabalhadores que ainda vão ingressar no mercado de trabalho: acabar com a possibilidade de o segurado requisitar aposentadoria ao completar 30 anos de contribuição (mulheres) e 35 anos (homens), independentemente da idade; e estabelecer a idade mínima para aposentadoria, sendo 60 anos para mulheres e 65 anos para homens. Hoje, a idade média de quem se aposenta por tempo de contribuição é de 55 anos (homens) e 52 anos (mulheres). Além da aposentadoria por tempo de contribuição, o INSS paga o piso previdenciário (salário mínimo) a quem atinge 60 anos (mulheres) e 65 anos (homens), e tenha um tempo mínimo de contribuição - benefício normalmente pago a donas de casas, por exemplo. Para os trabalhadores atuais, a regra do fator previdenciário (que considera idade, tempo de contribuição e expectativa de vida para calcular o benefício) seria substituído pela chamada "Fórmula 85/95". Ela consiste na soma do tempo de contribuição com a idade: assim, mulheres poderiam se aposentar quando o total chegar a 85 e os homens, 95. Hoje, o valor máximo de aposentadoria pago pelo INSS é R$ 3,9 mil. Regra de transição para novos trabalhadores Para não prejudicar quem está prestes a se aposentar, seria criada uma regra de transição de cinco anos para que o segurado possa optar entre o fator e a nova fórmula. Quem entrou no mercado recentemente terá que ir além da soma de 85/95 anos. O governo quer aumentar essa conta gradativamente até chegar ao teto de 100 (homens) e de 90 (mulheres). Pretende, ainda, igualar aos poucos as regras entre homens e mulheres. As medidas em estudo preveem também que, para evitar esqueletos, frutos de ações judiciais, o Executivo deixe claro que o fim do fator não será retroativo. Ou seja, quem já se aposentou, utilizando a atual fórmula de cálculo não terá direito à revisão no valor do benefício. Segundo fontes do governo, há uma grande preocupação da equipe econômica com o fim do fator, que gerou entre 2000 e 2011, uma economia de R$ 31 bilhões para os cofres públicos. Para este ano a projeção é de R$ 9 bilhões. Por isso, a ordem é negociar com o Congresso um acordo que permita acabar com a forma de cálculo atual, mas, ao mesmo tempo, assegure novas receitas para não comprometer a sustentabilidade do regime de aposentadoria dos trabalhadores do setor privado. O assunto foi discutido ontem entre os ministros Guido Mantega (Fazenda), Garibaldi Alves (Previdência) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) com os líderes aliados na Câmara. Foi incluída na pauta de votação do plenário da Câmara, semana que vem, a proposta alternativa ao fator previdenciário, de autoria do deputado licenciado e atual ministro Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário). - Sai da reunião confiante num acordo - afirmou Garibaldi Alves, que é favorável à exigência de idade mínima no INSS. Intenção é votar em, no máximo, dois meses Após a reunião no Ministério da Fazenda, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que haverá novas reuniões e que as medidas serão votadas em, no máximo, dois meses: - Faremos uma nova reunião no dia 10, depois de o governo levantar o número e as implicações, mas com o compromisso que em até dois meses votemos. É claro que é mais fácil falar do que fazer, mas era meu papel e dos líderes mostrar para o governo que este é um tema que está pautado e vai ser votado. Então é preciso ter os elementos disponíveis para negociar. Chinaglia confirmou que a chamada "Fórmula 85/95", de Pepe Vargas, começa a ser aceita até pelas centrais sindicais, mas que ainda são necessários estudos para manter a Previdência equilbrada. O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), que pautou a votação para semana que vem, afirmou: - As centrais estão a favor. Não acaba com o fator, melhora. É um projeto importantíssimo para o trabalhador, corrige uma injustiça. O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), reafirmou a pressão pelo fim do fator previdenciário: - O anseio é votar o texto do hoje ministro Pepe Vargas, todos querem votar. COLABORARAM Vivian Oswald e Isabel Braga
Superavit despenca
O governo federal conseguiu economizar em maio apenas R$ 1,8 bilhão para o pagamento de juros da dívida pública. É o menor superavit primário %u2014 receitas menos despesas %u2014 obtido em 18 meses. Em abril deste ano, a economia foi de R$ 11,2 bilhões. A Secretaria do Tesouro Nacional admitiu que o resultado ruim é devido à forte desaceleração da economia brasileira. A arrecadação caiu 15,6%. As despesas também tiveram queda, mas em ritmo menor (10,6% menos). Apesar do resultado fraco do mês de maio, o governo cumpriu, nos cinco primeiros meses do ano, 48% da meta fiscal prevista para 2012. Já conseguiu economizar R$ 46,3 bilhões de janeiro a maio, R$ 300 milhões a mais que os R$ 46 bilhões programados. Embora parte da equipe econômica defenda a redução da meta para 2012, de R$ 99,7 bilhões, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou que a manutenção desse objetivo é importante para que o Banco Central possa reduzir a taxa básica de juros, pois o superavit primário forte abre espaço para a política monetária. Segundo o secretário, o resultado do ano dá tranquilidade ao governo para alcançar a meta.
Terceira Idade: Musculação Terapêutica
Musculação Terapêutica melhora qualidade de vida de pacientes na Terceira Idade Como se sabe, não é novidade que a prática de exercícios físicos traz benefícios importantes à saúde, além de ser indicada a qualquer idade, desde que se respeitem as características de cada fase da vida, com o tipo de exercício físico praticado. A Musculação Terapêutica na terceira idade é um exercício físico que tem demonstrado muita eficiência na melhora da qualidade de vida, principalmente em pessoas com mais de 65 anos. Constatamos isso, pois a fraqueza muscular, os encurtamentos, a rigidez articular, os desequilíbrios e os cansaços para pequenos esforços, começam a ser notados nesta fase da vida, e deixam o indivíduo precocemente dependente, suscetível a quedas, e limitado na execução das atividades do dia-a-dia. Para minimizar tais sinais, a Acquaterapia indica o tratamento de Musculação Terapêutica, realizado por meio de equipamentos especialmente desenvolvidos para produzir uma ótima ativação muscular, com o mínimio de sobrecarga articular. Os equipamentos destinados a esta finalidade possuem alavancas ajustáveis, que permitem arcos de movimentos seguros, além de regulagens que garantem uma ótima ergonomia durante o trabalho desempenhado. Como principais características, a Musculação Terapêutica apresenta a oportunidade de controlar todas as variáveis que envolvem o treinamento, como: posição do corpo; velocidade, eixo e amplitude do movimento; cargas; intensidade do exercício; número de repetições; e tempo de intervalo. Isso explica o baixo índice de lesões durante a prática deste tipo de atividade, tornando-o um exercício muito seguro e eficaz nesta fase da vida. Estudos recentes evidenciam que indivíduos hipertensos, que praticam atividade de musculação, possuem uma sobrevida 48% maior, se comparados a indivíduos sedentários. Além disso, a Musculação Terapêutica proporciona benefícios à pacientes da terceira idade durante a reabilitação física, tais como: diminuição da pressão arterial, aumento da densidade óssea, diminuição da massa gorda, aumento da flexibilidade articular e elasticidade muscular, proteção das articulações com relação a desgastes prematuros, além de melhora na resposta do sistema imune, no equilíbrio, e no retorno venoso. O programa de Musculação Terapêutica apenas é iniciado após uma criteriosa avaliação funcional e clínica, que determina as cargas iniciais de trabalho, as amplitudes a serem trabalhadas, e os aparelhos que devem fazer parte deste programa. Todo o trabalho deve ser acompanhado por um profissional com competência específica para este público, para garantir os melhores resultados. (Saúde Business Web)
Expansão em banco público é mais que o dobro de privado
As carteiras de empréstimos e financiamentos dos bancos públicos cresceram 2,5% em maio, mais que o dobro da taxa de expansão registrada pelas instituições financeiras privadas. O saldo das operações do sistema financeiro privado subiu 1% no caso dos bancos de controle nacional e 0,9% nos de controle estrangeiro, segundo dados apresentados ontem pelo Banco Central (BC).
Judiciário parado
Hoje é o segundo dia da paralisação de 48 horas dos servidores do Judiciário e do Ministério Público da União (MPU) no Distrito Federal. A categoria vai protestar na Câmara dos Deputados, pela aprovação do Projeto de Lei Nº 6613/2009 - que trata do novo plano de cargos e salários - na Comissão de Finanças e Tributação. Apesar das manifestações de ontem, o PL não foi incluído na pauta de hoje da comissão. Por isso, os sindicalistas buscarão o apoio dos parlamentares em uma manobra para que o projeto entre na pauta ainda nesta quarta-feira. Se aprovado, o PL seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A maior dificuldade para aprovação da lei, entretanto, é a falta de previsão orçamentária que garanta o pagamento do reajuste. "Esperamos que o Supremo Tribunal Federal (STF) inclua o PCS no Orçamento de 2013 e que o Executivo não o retire, como fez no ano passado", declarou Jailton Assis, coordenador-geral do Sindicato dos Servidores do Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (Sindijus-DF). O relator do PL Nº 6613, deputado João Dado (PDT-SP), já adiantou que recomendará a aprovação do projeto. O relatório defende a compatibilidade orçamentária do projeto, contudo, não apresenta a forma de implementação, deixando a definição a cargo da negociação entre o Executivo e o Judiciário. Entre as mudanças, Dado incluiu um parecer da Procuradoria-Geral da República considerando procedente uma ação de inconstitucionalidade por omissão do governo federal, ao não prever no Orçamento deste ano o reajuste do Judiciário, que está tramitando no Congresso desde 2009.