Índice de Atividade Econômica do Banco Central, o IBC-Br, indica crescimento mais fraco da atividade econômica na comparação entre julho e junho O IBC-Br registrou alta de 0,42% em julho na comparação com junho, na série com ajuste sazonal. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo BC, o indicador passou de 141,66 pontos para 142,25 pontos no período na série dessazonalizada. O resultado de julho ficou pouco abaixo do crescimento de junho na comparação mensal, que foi revisado de 0,75% para 0,61% pelo BC. Na comparação entre os meses de julho de 2012 e de 2011, houve avanço de 2,34% na série sem ajustes sazonais. Na série observada, julho terminou com o IBC-Br em 144,60 pontos. Nos últimos 12 meses, o indicador registrou alta de 1,24%, na comparação com os 12 meses anteriores, sem ajuste. Em 2012, o crescimento acumulado é de 1,08%, sem ajuste. O IBC-Br é considerado pelos economistas uma prévia mensal do Produto Interno Bruto (PIB) e serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira. Revisão O Banco Central revisou os últimos dados sobre o desempenho do índice de atividade econômica calculado pela instituição, o IBC-Br. De acordo com os números atualizados hoje, o indicador foi revisado de uma expansão de 0,75% para 0,61% na comparação entre junho e maio, na série com ajuste sazonal. Na comparação entre maio e abril, com ajuste, o dado foi revisto de -0,01% para +0,03%. Em abril, na comparação com março, o dado com ajuste passou de +0,12% para +0,13%. Para março de 2012, a revisão trouxe um dado melhor que o anterior. Na comparação com fevereiro, o IBC-Br revisado teve contração de 0,15%, menor que a queda de 0,22% original. Para fevereiro, por outro lado, a revisão reduziu o crescimento ante janeiro para 0,42%, ante 0,49% da divulgação feita há um mês. O crescimento acumulado no segundo trimestre de 2012 em relação ao primeiro, após as revisões feitas nos últimos meses, ficou em 0,39%, com ajuste. O cálculo anterior apontava expansão de 0,38%.
Feira de música
Feira de Música está entre os acontecimentos artísticos que ficaram marcados de forma indelével na memória afetiva do brasiliense. Lembrada por ter movimentado a cena musical da cidade e por possibilitar o surgimento de novos talentos, esse evento - realizado periodicamente, por 12 anos, entre 1983 e 1995 - contribuiu decisivamente para fortalecer a cultura candanga, até então em fase embrionária. Vinte anos depois, a Feira está sendo resgatada. Amanhã, na área externa do Centro Cultural BANCO DO BRASIL, os antigos espectadores e o pessoal mais jovem - que conhecia o projeto de ouvir falar - poderão assistir à primeira edição dessa retomada. Na reestreia, às 16h16, Renato Matos, o Quarteto Capivara e a bandaTotem são os responsáveis pelos shows. Entre uma apresentação e outra, o palco vai ser ocupado por canjas de músicos - escolhidos entre candidatos inscritos momentos antes. Idealizada pelo compositor Carlos Elias, a Feira de Música ocupou inicialmente o Teatro Galpão (508 Sul), fixou-se por um longo período no Teatro Garagem (912 Sul), e, por fim, migrou para a Casa do Teatro Amador (hoje, Teatro Plínio Marcos), no Complexo Cultural da Funarte. Aonde quer que fosse, tinha plateias lotadas. Entre os nomes revelados, estavam Raimundos, Mascavo Roots, Little Quail, Câmbio Negro e Márcio Faraco. É do produtor cultural R.C. Ballerini a ideia de trazer de volta o projeto. Adolescente, fui frequentador da Feira de Música, inicialmente no Teatro Garagem e, posteriormente, na Casa do Teatro Amador. Como sou músico, não entendia como um projeto dessa importância não teve continuidade. Conversando com os antigos produtores, percebi que eles tinham sentimento semelhante ao meu-, conta Ballerini. No ano passado, ele apresentou ao Fundo de Apoio a Cultura (FAC) o projeto para retomada da Feira, e obteve a aprovação. Conseguiu recursos para promover, inicialmente, seis edições, no CCBB, em sábados alternados. O que pretendemos é tornar a Feira permanente. Para tanto, estamos conversando com possíveis patrocinadores, para levar adiante o projeto-, revela o produtor, que montou equipe de 20 pessoas para essa empreitada. Fazem parte da equipe Alan Calado e Anselmo Bessa, ex-produtores da Feira de Música, que agora vão atuar como curadores. Estamos na maior expectativa em relação ao resgate da Feira. Para isso, era necessário que aparecesse sangue novo, buscando viabilizar o projeto. Felizmente, foi possível graças à iniciativa do Ballerini, que conseguiu recursos no FAC-, comemora Calado. De acordo com o curador, o formato da Feira não será alterado. Como era antes, nosso foco não será nenhum segmento específico.Vamos continuar apostando na diversidade das propostas. Nessa primeira edição, teremos o reggae do Renato Matos, a quem homenagearemos, por sua história na música de Brasília; o rockda Totem; e a MPB do Quarteto Capivara. As canjas, outra marca registrada da Feira, serão mantidas. A apresentadora será a atriz Patrícia DelRey - De acordo com Calado, a novidade é o pagamento de cachê para os participantes. Vinte anos depois, a Feira de Música será retomada a partir de amanhã, com edições quinzenais no CCBB Uma das atrações da primeira Feira, no Teatro Galpão, Renato Matos é homenageado na reestreia do evento FEIRA DE MÚSICA Reestreia amanhã, às 16h16, na área externa do Centro Cultural BANCO DO BRASIL (Setor de Clubes Sul), com a participação de Renato Matos, Quarteto Capivara e banda Totem. Entrada franca. Classificação indicativa livre. R.C. Ballerini é o responsável pela retomada do projeto Paulo de Araújo
Supremo condena mais oito por lavagem
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, ontem, oito réus por lavagem de dinheiro no mensalão, mas a realização de réplica e tréplica pelos ministros relator, Joaquim Barbosa, e revisor, Ricardo Lewandowski, voltou a alongar os trabalhos e a expectativa é a de que o julgamento ultrapasse outubro. O STF deve gastar o resto de setembro para julgar o próximo item do mensalão - a acusação de compra de apoio político, que envolve o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu e outros 22 réus. Esse item é mais do que o dobro do que foi concluído ontem, que tinha 10 réus. Barbosa estima que vai tomar duas sessões apenas para ler o seu voto e Lewandowski deve gastar tempo parecido. Os condenados de ontem foram de dois núcleos. A ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello, o ex-diretor José Roberto Salgado e Vinícius Samarane, atual vice-presidente da instituição, são do núcleo financeiro e já tinham sido condenados por gestão fraudulenta. Apenas Ayanna Tenório, ex-diretora do Rural, foi absolvida por unanimidade. Os demais foram condenados por lavagem: Kátia e Salgado por unanimidade, enquanto Samarane por oito votos a dois. Já no núcleo publicitário, a lista dos condenados envolve o publicitário Marcos Valério e seus sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, além do advogado Rogério Lanza Tolentino e da ex-diretora financeira da SMP&B Simone Vasconcelos. Apenas a ex-gerente financeira Geiza Dias, foi absolvida por sete votos a três. Nelson Jr./SCO/STF O revisor Ricardo Lewandowski Ao todo, a sessão de ontem demorou mais de seis horas, sem intervalo. Ela seria iniciada a partir do voto da ministra Rosa Weber, mas, inconformado com as divergências levantadas por Lewandowski, Barbosa fez réplica para enfatizar seu voto e foi sucedido por uma tréplica. Ambos já tinham gasto um dia cada um para proferir seus respectivos votos sobre o terceiro dos sete itens da denúncia e insistiram em ressaltar argumentos que já tinham explicitado antes. "Está havendo não só uma divergência, mas um desentendimento com relação a fatos e a descrição contida na denúncia", justificou o relator. Barbosa se incomodou com três absolvições de Lewandowski ao crime de lavagem de dinheiro - Tolentino, Geiza e Samarane. "Samarane era um dos responsáveis pelas informações a serem prestadas ao Banco Central sobre os saques no Rural, sobretudo aqueles superiores a R$ 100 mil e as operações com indícios de lavagem", disse Barbosa. "Ele era, portanto, um dos responsáveis pela omissão dos nomes dos verdadeiros ou reais sacadores", continuou. "Tolentino é companheiro de todas as horas de Valério. Em todas essas maquinações ele estava presente", afirmou Barbosa, acusando o advogado de "lavar os R$ 10 milhões que Valério desviou do BANCO DO BRASIL através da Visanet". "É bem possível que ele [Tolentino] esteja envolvido no item quadrilha pela relação que tinha com os demais réus", respondeu Lewandowski. "Mas aqui nós não estamos julgando quadrilha. Estamos discutindo lavagem de dinheiro", diferenciou. Feita a divergência, a maioria dos ministros não seguiu nem o voto do relator nem o do revisor. A grande vencedora foi a ministra Rosa Weber, cujo voto no item anterior sobre gestão fraudulenta também já havia sido vitorioso na Corte. Rosa absolveu apenas Ayanna e Geiza - a posição que prevaleceu na Corte. No caso dessa última ré, a ministra admitiu que ficou em dúvida e, por isso, alegou o princípio do "in dubio pro reo". Rosa também votou pela absolvição do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) pelo crime de lavagem. A ministra quis votar as acusações de lavagem conjuntamente e, por isso, somente ontem tratou dessa acusação contra o deputado, que foi condenado em agosto. Para Rosa, o fato de o ex-presidente da Câmara ter recebido R$ 50 mil da agência de Valério que venceu licitação daquela Casa já é uma dissimulação - corrupção - e, assim, não haveria outra - a lavagem. Ao fim, João Paulo foi condenado por lavagem por seis votos a cinco - placar que permite ao seu advogado entrar com embargos. Luiz Fux só absolveu Ayanna Tenório. Segundo ele, até a secretária "mequetrefe" (Geiza) tinha conhecimento das transferências ilícitas das agências de Valério para políticos, através do Rural. "Não é possível que uma pessoa dessas não tenha conhecimento da ilicitude. Ela manda e-mail avisando que vai ser levantada uma soma exorbitante e se despede mandando beijo", afirmou Fux indignado. José Antonio Dias Toffoli reconheceu que ficou comprovada a existência do "valerioduto" como esquema de transferência ilícita de dinheiro. Mas ele ressaltou que essa "tecnologia de movimentação financeira" foi criada em Minas Gerais, lembrou que há um processo sobre isso em curso - o mensalão mineiro, que envolve o PSDB local - e advertiu que o STF ainda vai ter que verificar se o "valerioduto" atingiu os políticos. "Depois, nós vamos verificar se os recursos do "valerioduto" foram utilizados para compra de voto no Congresso", disse. Toffoli demorou 1h20 para votar, alegando que teria que justificar uma mudança de posição teórica. "Vou mudar minha opinião sobre o crime antecedente à lavagem", anunciou. Ele reconheceu que a formação de organização criminosa pode ser considerada como crime antecedente de lavagem, mas reiterou que a legislação na época dos fatos do mensalão era frágil na definição desse crime. O ministro disse ainda que, se alguém desconfia que um dinheiro é ilícito, mas não tem certeza de sua origem, não pode ser punido por dolo (intenção) eventual. Ao fim, Toffoli absolveu Ayanna, Geiza e Tolentino e foi o ministro que mais se aproximou de Lewandowski - que além desses réus, absolveu Samarane. Os demais ministros também atestaram a existência do "valerioduto". "O dinheiro é para o crime o que o sangue é para a veia", definiu a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha. "É preciso que haja instituições financeiras para irrigar esse esquema e era notável e notório para todos que aquilo que estava acontecendo era grave. Os dirigentes agiram com dolo", completou. "Esse corpo "valerioduto" precisava de alma", disse Gilmar Mendes para, em seguida, descrever a participação dos réus no crime. A dúvida dos ministros com relação à participação de Geiza marcou o julgamento. "O comportamento de Geiza se situou entre a extrema eficiência funcional e a cumplicidade criminal", afirmou o presidente do STF, Carlos Ayres Britto. "Eu fiquei na dúvida", admitiu. "Nem todos são autores intelectuais de um crime, mas há também os autores materiais", disse Marco Aurélio Mello, ao votar pela condenação da secretária por lavagem de dinheiro. No próximo item, que será votado na segunda-feira, Geiza é acusada de corrupção ativa.
BB se reúne com investidores em RS (Home Broker)
Banco ainda se reunirá com interessados em Fortaleza, Rio de Janeiro e Brasília O BANCO DO BRASIL (BB) e a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais - Sul (ApimecSul) farão uma apresentação à analistas e investidores na semana que vem. O evento, que será realizado no Hotel Plaza São Rafael (Av. Alberto Bins n° 509, Centro, Porto Alegre /RS), tem início às 17h com o credenciamento e o Welcome Coffee. A apresentação está marcada para às 18h. As inscrições podem ser feitas até segunda-feira. O BANCO DO BRASIL ainda se reunirá com analistas e investidores de Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF). A confirmação de presença ser feita pelo telefone (51) 3224-3121oupelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..
Taxa de juros para pessoas físicas é a mais baixa desde 1995, diz Anefac
Pela sexta vez no ano, as taxas de juros das operações de crédito tiveram redução no mês de agosto, aponta pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). O estudo, divulgado nesta quarta-feira (12), mostra uma queda de 0,10 ponto percentual na taxa de juros média geral para pessoa física, passando de 6,12% ao mês, em julho, para 6,02% em agosto. Esse é o menor índice registrado na série histórica da pesquisa, iniciada em 1995. De acordo com a associação, as reduções podem ser atribuídas à melhora dos indicadores econômicos, assim como à redução da taxa básica de juros, a Selic, adotada pelo Banco Central, em 29 de agosto. Ainda em relação à pessoa física, das seis linhas de crédito pesquisadas, apenas as taxas do cartão de crédito rotativo ficaram estáveis (10,69% ao mês). As demais foram reduzidas. No comércio, as taxas para pessoa física diminuíram 2,15%, passando de 4,65% ao mês em julho (72,53% ao ano) para 4,55% ao mês em agosto (70,56% ao ano). Os juros do cheque especial também teve queda, de 0,25%, e ficaram em 8,05% ao mês. Os juros dos financiamentos de automóveis apresentaram redução maior, de 5,56%, passando de 1,80% ao mês em julho para 1,70% ao mês em agosto. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica, por sua vez, teve redução de 0,09 ponto percentual em agosto, chegando a 3,44%. Em julho, o índice tinha ficado em 3,53%. Das três linhas de crédito pesquisadas nesse segmento, todas tiveram redução. A expectativa da Anefac para os próximos meses é que as taxas de juros continuem caindo, considerando as sinalizações do Banco Central em relação a novos cortes da taxa Selic. Outro fator que deve influenciar a queda é a perspectiva de que os índices de inadimplência diminuam no segundo semestre. Fonte: Agência Brasil
Benefício: Revisão de cálculos
Homologado acordo para revisão de benefícios do INSS Um acordo sobre revisão e pagamento pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) dos benefícios de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte, concedidos com base em um cálculo que havia reduzido o valor do benefício, foi homologado. A ação foi ajuizada, em março deste ano, pelo Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi) e pelo Ministério Público Federal. Segundo a ação, o INSS deveria fazer o cálculo dos benefícios com base na média dos valores dos 80% maiores salários de contribuição, conforme previsto na Lei 8.213/91. No entanto, a autarquia havia feito o cálculo com base em 100% dos salários de contribuição pagos pelo trabalhador. O acordo prevê também que o INSS não promoverá a revisão dos benefícios cuja concessão tenha ocorrido há mais de dez anos, a contar da data de citação na Ação Civil Pública, feita em 17 de abril de 2012. Além disso, serão revisados, independentemente de requerimento, os benefícios elegíveis a partir dos dados constantes do sistema informatizado do INSS, servindo estes dados de parâmetro à obtenção de novas rendas mensais. A autarquia enviará correspondência aos beneficiários com diferenças a receber, indicando a data do pagamento, de acordo com o Plano de Comunicação que será estabelecido entre as partes. O cronograma de pagamento prioriza beneficiários idosos e pessoas que estejam acometidas de neoplasia maligna (câncer), doença terminal ou portadores do vírus HIV. A homologação do acordo, celebrado entre o INSS, o Sindnapi e o Ministério Público Federal, foi feita pelo juiz federal Leonardo Estevam de Assis Zanini, substituto da 2ª Vara Federal Previdenciária em São Paulo. O acordo põe fim ao processo em questão. Com informações da Assessoria de Imprensa da Justiça Federal em Primeiro Grau em São Paulo. Ação Civil Pública 0002320-59.2012.403.6183 (Consultor Jurídico)