Brasília - A presidenta Dilma Rousseff avaliou hoje (17) como medida histórica a decisão do governo de reduzir o preço da energia elétrica em até 28% a partir de 2013. Segundo ela, o atual modelo brasileiro eliminou o risco de racionamento, criou condições para o aumento nos investimentos e ampliou as redes de transmissão e distribuição. No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma destacou que a redução no preço da energia elétrica será possível graças à renovação de contratos de concessão que venceriam entre 2015 e 2017. "O governo está oferecendo às empresas de energia elétrica a oportunidade de renová-los, mas com uma condição: que aquilo que já foi pago seja retirado da conta de luz. Porque os investimentos feitos lá atrás por essas empresas para construir as hidrelétricas e ampliar as linhas de transmissão e distribuição foram pagos pelos consumidores nas suas contas de luz", explicou. Ela lembrou que o governo também vai reduzir as taxas cobradas para a geração de energia elétrica dentro de programas como o Luz para Todos e a Tarifa Social de Energia. De acordo com a presidenta, a previsão é que sejam investidos R$ 3,3 bilhões ao ano para manter os programas. "Vamos ser ainda mais rigorosos e cobrar mais qualidade dos serviços prestados à população. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está aprimorando os índices de qualidade, que serão exigidos das empresas que fornecem energia, assim como nós estamos fazendo com o serviço de telefone, internet", explicou.
Teatro Nacional será sede este ano do Festival de Cinema de Brasília
Brasília - A partir de segunda-feira (17), a Esplanada dos Ministérios, tradicional centro de decisões e manifestações políticas, será também sede de uma das principais mostras de cinema do país. Com as obras de reforma do Cine Brasília, palco do Festival de Cinema de Brasília, a 45ª edição do evento foi transferida para o Teatro Nacional. Entre os dias 17 e 24 deste mês, 30 filmes concorrerão aos 42 prêmios do festival, distribuídos em cinco categorias. "Este ano, introduzimos um prêmio específico para [longa-metragem] documentário. No ano passado, tais filmes passavam pelo mesmo corpo de jurados da ficção. Agora, o festival abre espaço para uma linguagem que tem sido cultivada no Brasil", explicou o secretário de Cultura do Distrito Federal, Hamilton Pereira. Com a mudança, os títulos selecionados entre mais de 600 inscritos disputarão prêmios que somam mais de R$ 600 mil, que serão distribuídos aos melhores longas-metragens de ficção e documentário e curtas-metragens de ficção, de animação e documentário. Apesar de não ser pré-requisito da mostra, todos os filmes são inéditos. Os organizadores do evento acreditam que o cancelamento da quinta edição do Paulínia Festival de Cinema, em São Paulo, contribuiu para encorpar o evento deste ano em Brasília. "Como o Festival de Paulínia não se realizou, os filmes importantes vieram para cá. Temos nas mãos possibilidade rica de concentrar, nesta 45ª edição, aquilo que de mais significativo se produziu. Ressalto que democratizamos a concepção do festival e ele ganhou visibilidade pública bastante significativa. Podemos prosseguir este ano pela qualidade", disse Pereira. Os organizadores do festival esperam repetir a receita da última edição. "No ano passado, tivemos sorte. Organizamos bem, mas também tivemos uma boa safra. A gente faz o festival, os cineastas, o filme, e o público define se gosta ou não", destacou Pereira. Os filmes da mostra competitiva do ano passado são considerados adequados para qualquer circuito. "Isso, para mim, é um mérito. Não podemos conceber um festival como mostra apenas para cinéfilos. Temos que estimular as pessoas a gostar da maneira que os cineastas brasileiros fazem cinema", acrescentou. O festival deste ano tem outra característica que o diferencia dos demais: com sete títulos na disputa, produções pernambucanas lideram o ranking de filmes selecionados. "A presença de pernambucanos explica-se pelos investimentos públicos [no segmento]", disse Pereira,. Segundo ele, as produções nordestinas selecionadas superam inclusive as dos eixos tradicionais do cinema brasileiro: São Paulo e Rio de Janeiro, que ocupam a segunda e terceira posições em volume de filmes a serem exibidas. Os artistas de Brasília inscreveram mais de 100 filmes, mas apenas um foi incluído na disputa. A produção local também será contemplada na abertura do evento, com o longa Última Estação, de Márcio Curi. "É um filme muito bem cuidado, em que ele narra experiências humanas de diferentes locais do mundo. São histórias muito sensíveis, populares de pessoas de carne e osso com seus dramas e sonhos", explicou o secretário de Cultura do Distrito Federal. Os filmes exibidos no Teatro Nacional também serão apresentados, simultaneamente, no Teatro Newton Rossi, na Ceilândia, no Teatro de Sobradinho, e no Teatro Paulo Autran, do Sesc de Taguatinga. Haverá exibições também no Sesc do Gama. As reprises serão apresentadas sempre no dia seguinte à estreia dos filmes, no Centro Cultural Banco do Brasil, próximo à região central da cidade.
Brasileiros passaram a comprometer mais de seus orçamentos com saúde
gasto dos brasileiros com saúde aumentou de 7% do orçamento familiar, no período de 2002 e 2003, para 7,2%, em 2008 e 2009. Os dados fazem parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 - Perfil das Despesas do Brasil, divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento nesse tipo de despesa foi puxado pelas regiões Sudeste, cujos gastos passaram de 7,5% para 7,9% no período, e Sul, que passou de 6,6% para 7%. Já nas outras regiões, os gastos com saúde passaram a representar uma parte menor de seus orçamentos: Nordeste (que passaram de 5,4% para 4,9%), Nordeste (de 6,6% para 6,5%) e Centro-Oeste (de 6,8% para 6,4%). Em termos absolutos, o brasileiro gastava, em média, R$ 153,81 por mês com saúde no período de 2008 e 2009. Na Região Sudeste, o gasto é maior: R$ 198,89. Já a Região Norte é o local onde os brasileiros gastam menos: R$ 82,22. Há diferença também entre áreas urbanas e rurais: os moradores das cidades gastam R$ 167,58 por mês, mais que o dobro gasto pelos moradores do campo (R$ 79,19). A maior parte dos orçamentos de saúde dos brasileiros é gasta com remédios (48,6%) e planos de saúde (29,8%). Outras despesas representam menos de 5%, cada um, como consulta e tratamento dentário, consultas médicas e hospitalização. Tanto os gastos com remédios quanto com planos de saúde aumentaram em relação ao período de 2002 e 2003, quando os itens representavam, respectivamente, 44,9% e 25,9% dos orçamentos destinados à saúde. Na pesquisa de 2008 e 2009, o IBGE observou que há diferenças nos gastos com saúde por faixas de renda. As famílias de menor rendimento gastaram 74,2% de seus orçamentos de saúde com remédios, enquanto para aqueles de maior renda, os remédios representaram apenas 33,6% dos gastos com saúde. "A gente vê que os remédios tiveram maior peso para as famílias com os menores rendimentos. Por outro lado, as despesas com planos de saúde são muito maiores para as famílias de maior rendimento", afirma o pesquisador do IBGE José Mauro Freitas. A Pesquisa de Orçamentos Familiares é realizada de cinco em cinco anos pelo IBGE e analisa a composição orçamentária das famílias brasileiras, investigando hábitos de consumo, alocação de gastos e distribuição dos rendimentos.
Pular corda é melhor que correr, afirma o treinador físico Marcio Atalla
Conhecido por conta do quadro "Medida Certa", do Fantástico, Atalla quer ser o educador físico dos sedentários e acaba de lançar o livro "Sua vida em movimento" (Paralela, 102 págs, R$ 17). Ele defende que se exercitar por 15 minutos diários é melhor que frequentar a academia de forma irregular e critica grupos de corrida de rua. * Folha - Em seu livro, você diz que basta subir nove andares de escada ou caminhar 30 minutos por dia para deixar de ser sedentário. Deixar de ser sedentário é suficiente? Se for, por que as pessoas passam duas horas na academia? Marcio Atalla - Abandonar o sedentarismo -- ou seja, apenas subir os nove andares ou fazer a caminhada -- já afasta 60% dos problemas cardíacos e reduz em 30% as chances de diabetes, então, posso te dizer que já é uma grande coisa. Quem passa mais tempo se exercitando é porque tem metas maiores: quer um corpo definido, quer ficar mais forte e ter ainda mais saúde. Claro que é melhor se exercitar mais, mas a chave da questão é a constância. Subir nove degraus por dia, todos os dias, traz mais benefícios a longo prazo que fazer quatro meses de academia por ano e ficar sedentário no resto do tempo. O foco do livro são as pessoas sedentárias e que se exercitam pouco. Você já viveu uma fase assim ou apenas atendeu pessoas com esse perfil? Em comparação com as pessoas comuns, nunca estive sedentário, mas tive fases de inércia, dessas que a gente comenta com os outros treinadores: "Poxa, estou um péssimo exemplo para os alunos, só vim na academia quatro vezes na semana". Atualmente está bem complicado para eu conseguir me exercitar. Viajo bastante, tenho horários loucos. Muitas vezes, a solução é improvisar no quarto do hotel, com exercícios que usam o peso do meu próprio corpo. Você faz aquela mesma sequência que descreve no livro, com 20 agachamentos de perna, dez flexões de braço etc? Pula corda? Faço sequências um pouco mais exigentes, as do livro são mais gerais, para não machucar ninguém. E pulo bastante corda em casa. Se você tem apenas 15 minutos, pule corda. É um exercício aeróbico incrível e fortalece os músculos da perna. Mas o impacto não é grande demais, a pessoa não pode se machucar se fizer sem orientação? Ao pular corda, naturalmente contraímos as musculaturas dos glúteos e das pernas, o que protege contra lesões. É muito mais seguro do que correr na rua sozinho. A quantidade de pessoas que se machucam correndo na rua é impressionante. Cerca de 40% dos corredores de rua amadores passam pelo menos um mês por ano parados por conta se lesões. Para atletas amadores, é um número muito alto. Vejo muita gente correndo em grupos de corrida que não têm nem sequer uma planilha individualizada. Se for para correr nessas condições, acho muito mais adequado pular corda.
Cuidado ao utilizar fones de ouvido
De acordo com especialistas, o uso excessivo é prejudicial à saúde A crescente venda de mp3 players e outros dispositivos de áudio significam também que cada dia mais pessoas estão conectadas a seus fones de ouvido. Entretanto, a popularização desse acessório preocupa especialistas que afirmam que o uso excessivo do fone pode resultar em perda auditiva leve ou, em casos mais graves, em surdez. O uso do fone de ouvido é prejudicial quando ele ultrapassa os níveis saudáveis para o aparelho auditivo. Quando a medida de som - o decibel - vai além dos 80 é hora de começar a ficar alerta, como explica o otorrinolaringologista Salomão Caruí. "A altura recomendada é a metade do volume máximo emitido pelo aparelho. Uma dica prática é perguntar às pessoas próximas se estão escutando o som que sai pelo seu fone de ouvido. Se sim, é melhor baixar o volume". Segundo a sociedade Brasileira de Otologia, a 85 decibéis, o tempo máximo de exposição por dia é de oito horas. Conforme o volume aumenta, o tempo de exposição tem de ser reduzido. A 115 decibéis, por exemplo, que seria ficar na balada perto da caixa de som, a exposição não deve ultrapassar os sete minutos. Um dos mitos em relação ao fone de ouvido é que o fone de inserção (pequeno colocado dentro da orelha) seria pior que o de oclusão (externo). Na verdade os dois são prejudiciais, como acrescenta Salomão. "Os menores, por estarem em contato direto com o canal auditivo, podem agredir mais, mas tudo depende da equação formada pelo tempo de exposição e a altura do som, se a soma for negativa, ambos farão mal". Um dos primeiros sintomas de que algo não vai bem com o aparelho auditivo é o tinnitus, o conhecido - e chato - zunido. Se você tem problemas para escutar o que alguém diz, em um tom normal de voz, estando em um ambiente com pouco ruído, é aconselhável procurar um fonoaudiólogo e diminuir imediatamente a intensidade do uso do fone. Felizmente, o uso do fone de ouvido não é somente prejudicial. Desde que utilizado na medida certa, ele pode trazer diversos benefícios para a saúde e o bem-estar. O fone é um excelente aliado para te ajudar a relaxar em momentos de estresse no trabalho ou para aumentar seu pique na hora da malhação. (Fonte: R7)
Desconto máximo de tarifa elétrica, de 28%, valerá só para 15 empresas
BRASÍLIA A redução máxima da tarifa de energia elétrica, de 28%, destacada pela presidente Dilma Rousseff e incluída no pacote de incentivo ao setor, vai beneficiar um grupo restrito de 15 empresas enquadradas no nível de tensão mais alto do sistema interligado nacional. Entre essas empresas, estão as indústrias de alumínio e de cimento, alguns dos setores que mais consomem energia na produção. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 174 mil empresas terão desconto na tarifa superior aos 16,2% que serão aplicados para clientes residenciais e que consomem na baixa tensão, a partir de fevereiro de 2013. Mas, do total, 165 mil empresas terão a segunda menor redução, de apenas 19,4%. O desconto de 16,2% beneficiará 70,7 milhões no país. Ontem, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, voltou a indicar que o governo federal pretende negociar com os governos estaduais a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) aplicado à tarifa de energia elétrica pelos estados, e que respondem por cerca de 20% das tarifas. (Danilo Fariello e Vivian Oswald)BRASÍLIA A redução máxima da tarifa de energia elétrica, de 28%, destacada pela presidente Dilma Rousseff e incluída no pacote de incentivo ao setor, vai beneficiar um grupo restrito de 15 empresas enquadradas no nível de tensão mais alto do sistema interligado nacional. Entre essas empresas, estão as indústrias de alumínio e de cimento, alguns dos setores que mais consomem energia na produção. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 174 mil empresas terão desconto na tarifa superior aos 16,2% que serão aplicados para clientes residenciais e que consomem na baixa tensão, a partir de fevereiro de 2013. Mas, do total, 165 mil empresas terão a segunda menor redução, de apenas 19,4%. O desconto de 16,2% beneficiará 70,7 milhões no país. Ontem, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, voltou a indicar que o governo federal pretende negociar com os governos estaduais a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) aplicado à tarifa de energia elétrica pelos estados, e que respondem por cerca de 20% das tarifas. (Danilo Fariello e Vivian Oswald)