Instituições podem renegociar em até 10 anos seus débitos; prazo termina dia 31 de agosto O Banco Central publicou ontem no Diário Oficial da União (DOU) a nova relação de instituições financeiras que fazem o recolhimento compulsório sobre recursos à vista. Os nomes das instituições estão na Carta Circular 3.584. No primeiro grupo estão instituições como o Bradesco, Itáu, BANCO DO BRASIL, Banco da China Brasil e o Banco de La Nación Argentina. No segundo grupo estão Ban co Cacique, Caixa Geral de Depósitos (CGD) Brasil, Credit Agricole Brasil, Credit Suisse (Brasil) e Banco da Amazônia. Até 31 de agosto deste ano, o devedor poderá renegociar, em até dez anos, o montante consolidado de seus débitos com os descontos, segundo dados da autoridade monetária.
Dólar volta a cair e fecha a R$ 1,98, a menor cotação em oito meses
SÃO PAULO A sinalização do governo de que o câmbio será utilizado contra pressões inflacionárias mudou as expectativas do mercado, e o dólar voltou a fechar com forte queda ontem, no patamar mais baixo em oito meses. A moeda americana se desvalorizou 0,79%, sendo negociada a R$ 1,983 na compra e a R$ 1,985 na venda, a menor cotação desde 28 de maio, quando a divisa ficou em R$ 1,983 na venda. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 1,998 e na mínima, R$ 1,984. No ano, a divisa já se desvaloriza 3,07% frente ao real. Analistas já preveem que as cotações do dólar vão testar um novo piso. Há quem fale em R$ 1,70 nos próximos meses. Estimativas mais realistas indicam R$ 1,95. O dólar turismo, usado em viagens, também acompanhou a baixa do comercial e encerrou em queda de 0,46%, cotado a R$ 1,90 na compra e R$ 2,14 na venda. No BANCO DO BRASIL, porém, era vendido a R$ 2,05. No Bradesco era encontrado a R$ 2,10. Analistas dizem que quem está planejando viajar ao exterior tem uma boa oportunidade para fazer uma reserva em moeda americana no atual cenário de desvalorização do dólar. Na segunda-feira, o Banco Central rolou contratos de swap cambial, no valor de US$ 1,85 bilhão, que venceriam na sexta-feira. A operação equivale a uma venda da divisa no mercado futuro. Com isso, o dólar se desvalorizou 1,33%, fechando a R$ 2,001 anteontem. A operação do BC levou o mercado a entender que o governo quer o dólar flutuando em um patamar mais baixo. Até então, a banda de flutuação informal, segundo analistas, variava entre R$ 2,00 e R$ 2,05. Agora os analistas veem um teto de R$ 2 para a cotação. Mas ninguém arrisca dizer com certeza qual é o novo piso. - Não há como saber qual é o novo piso para o dólar. O mercado espera um sinal do BC e vai testando a moeda em patamares cada vez mais baixos - diz Sílvio Campos Neto, analista de câmbio da Tendências. Os especialistas consideram que, a curto prazo, a tendência para a moeda americana continua sendo de queda. - O movimento de queda do dólar deve continuar a curto prazo, com os investidores testando em qual patamar o BC vai voltar a intervir, desta vez para evitar uma desvalorização exagerada. Enquanto o BC não sinalizar qual é o piso, a queda da moeda americana deve continuar. Hoje, o mercado testou o patamar de R$ 1,98 e não houve movimento do BC para conter a queda -avalia Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso. Para o sócio da corretora Título Márcio Cardoso, a intervenção do BC no câmbio para evitar um repique da inflação mostra preocupação do governo com o descontrole de preços. O problema é a variação muito brusca do dólar, que afeta o planejamento das empresas. - O problema é que o dólar não poderia ter caído tão rápido. Há duas semanas não se imaginava o dólar abaixo de R$ 2. Hoje está em R$ 1,98 e com tendência de baixa. Isso atrapalha os planos das empresas - avalia Cardoso. Para Campos Neto, da Tendências, um dólar muito desvalorizado acaba sendo menos vantajoso para os exportadores. Mas ele lembra que muitos setores da indústria importam insumos. Nesse caso, se o dólar fica mais baixo, esses setores ganham competitividade. - Por isso, é difícil dizer qual é o patamar ideal do dólar para a indústria. Cada setor tem sua própria realidade. O melhor para o governo é deixar o dólar flutuar de acordo com o mercado e intervir sempre que houver excesso na valorização ou desvalorização, evitando oscilações muito bruscas na cotação - diz o analista da Tendências. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve ontem um dia de altos e baixos, acompanhando os mercado internacionais. Mas fechou em alta de 0,63%, aos 60.406 pontos e volume negociado de R$ 6,8 bilhões. Entre as ações mais negociadas do Ibovespa, Vale PNA (sem direito a voto) subiu 1,16%; Petrobras PN caiu 1,34%; OGX Petróleo ON (com direito a voto) subiu 1,49%; Itaú Unibanco PN perdeu 0,14% e Bradesco PN caiu 1,14%. Na Bolsa de Nova York, S&P 500 subiu 0,51% e Dow Jones, 0,48%. Já o Nasdaq caiu 0,02%.
Saúde Financeira: como fechar o orçamento com as despesas de início de ano
No início do ano, para muitas pessoas, o orçamento financeiro não fecha. A renda é a mesma, mas as contas a pagar não. Pagamento da fatura do cartão de crédito das compras de final de ano, gastos com material escolar e despesas extras com as férias. Tudo isso, coincide com a obrigação de pagar o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), por exemplo. Paulo Sain, sócio-fundador do site www.minhaseconomias.com.br. , diz que o peso de cada imposto vai variar conforme o local de moradia e do padrão de vida. "Muitos dos impostos aparecem embutidos já no preço do produto ou serviço. Outros, como o IPVA e o IPTU, são pagos à parte e, para piorar, são cobrados no começo do ano para pagamentos à vista, justamente no período que coincide com os pagamentos das compras de Natal e das compras de material escolar. Moradores de cidades grandes e caras acabam pagando um IPTU, imposto municipal, muito maior do que moradores de pequenas cidades. Quanto ao IPVA, um imposto estadual, Estados como São Paulo cobram alíquotas maiores do que Estados como Minas Gerais e Paraná. Pessoas que moram em residências de alto padrão em bairros nobres e possuem automóveis de luxo, pagam impostos altíssimos. Já moradores de bairros periféricos, em muitos casos, não pagam IPTU", analisa Sain. Chegou a hora de pagar: à vista ou parcelado? Independentemente do orçamento familiar, as obrigações com os impostos estão aí. Pagar à vista vale a pena? Como eleger as prioridades? Para Ewerson Moraes, professor de finanças da Faculdade IBS Business School/Fundação Getulio Vargas (IBS/FGV), em relação à prioridade de pagamento, o ideal é verificar aquele que dá o melhor desconto à vista. Ele ainda alerta que, no caso dos impostos, a inadimplência traz vários problemas legais, como multas. Clécio Chiamulera, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças no Paraná (IBEF-PR), diz que os impostos mais comuns que podem ser parcelados são IPTU e IPVA, e esses, quase sempre, apresentam vantagens para pagamento à vista. "Se o consumidor tiver o dinheiro disponível, o recomendado é pagar à vista, pois o rendimento de uma aplicação é sempre inferior ao desconto. Se o consumidor tiver que fazer empréstimo para pagar o imposto, geralmente é mais vantajoso fazer o parcelamento", analisa. O planejador financeiro Leonardo Gazini Facchini concorda. Para ele, sempre que houver a possibilidade do pagamento à vista de um imposto é melhor. "Apesar de os valores do desconto em reais parecerem baixos, em percentual são bons e uma excelente oportunidade de economia. Por isso, se você tiver dinheiro guardado na caderneta de poupança, vale mais a pena sacar a quantia e pagar à vista. O rendimento do investimento será muito menor do que o valor do desconto", afirma o planejador financeiro. Dori Boucault, advogado e contabilista, especialista em direitos do consumidor e educação financeira, não recomenda o empréstimo para o pagamento de impostos, pois para ele é como sair de uma dívida para entrar em outra. "Só vale se achar uma boa taxa, que seja mais barata do que o desconto. O que normalmente não acontece", afirma.
Lichia pode ser aliada da saúde
Fruta rica em vitamina C, a lichia ajuda no fortalecimento do sistema imunológico, funciona como um antioxidante natural, tem baixa caloria, apresenta vitaminas importantes para o metabolismo, entre outras propriedades. Na cultura milenar dos chineses, a lichia é vista como uma fruta que oferece diversos benefícios à saúde, mas não há comprovação científica. Ainda assim, na China, há o hábito de usar a casca da fruta e a semente em pó para curar problemas intestinais e, ainda, como analgésico. O fato é que, mesmo tendo uma aparência pouco sedutora, a fruta vem conquistando os brasileiros. Novas descobertas Brisa Baptista Pereira, nutricionista do Centro de Endometriose de São Paulo, comenta que estudos recentes sugerem que os polifenóis presentes na lichia têm efeito anti-inflamatório, possuem capacidade de proteger as células do fígado e dos rins, além de apresentar ação benéfica das células do tecido adiposo. Mas, a profissional alerta que não há nenhum estudo conclusivo ou qualquer indicação terapêutica com uso da lichia. A nutricionista e mestre em Ciências Nefrológicas, Hevoise Fátima Papini, explica que a lichia é uma fruta rica em vitamina C. Tal característica ajuda no fortalecimento do sistema imunológico, além de funcionar como um antioxidante natural e responsável pela ativação das enzimas produtoras de colágeno, dando mais firmeza à pele. "A vitamina C também auxilia na cicatrização de feridas e aumenta a absorção de ferro pelo intestino, sendo ideal para ser consumida junto com alimentos vegetais ricos em ferro, como feijão. Além disso, a fruta apresenta vitaminas do complexo B, potássio, cálcio e fósforo, elementos importantes para o metabolismo", diz. Benefícios da lichia Débora Almeida, nutricionista da Contours Alto de Pinheiros, São Paulo (SP), explica que a lichia é considera uma aliada nas dietas, pois é docinha, matando a vontade de comer açúcar. Ela ainda afirma que a fruta também tem poucas calorias e contém potássio, que é diurético e evita a retenção hídrica. "A lichia é uma vitamina importante para reduzir os radicais livres e ajudar a diminuir o hormônio do stress, o cortisol. A vitamina C encontrada na lichia é um cofator essencial na formação do colágeno, que se forma a partir do trio: proteína, vitamina C e silício", comenta Débora. Sandra da Silva Maria, nutricionista funcional da Clínica Gastro Obeso Center, São Paulo (SP), afirma que a lichia reduz níveis de Fator de Necrose Tumoral (TNF-alfa), que são marcadores inflamatórios, reduz a resistência insulínica e, assim, contribui para o emagrecimento. Consumo Em relação ao consumo, a nutricionista Sandra orienta que as frutas são alimentos muito importantes na nutrição humana por serem fontes de fibras e de vitaminas. Mas, alerta: o excesso no consumo de frutas, como a lichia, pode levar a um aumento na glicemia por alta ingestão de frutose. "Por exemplo, indivíduos que apresentam Diabetes Mellitus devem limitar o consumo de frutose e, nesses casos, devem procurar orientação nutricional individualizada para estabelecer as quantidades adequadas", afirma. Outro alerta é dado por Débora: "Toda fruta possui restrições para pacientes com doença renal crônica, como a insuficiência renal. Por isso, é importante ter o acompanhamento de um nutricionista, caso haja alguma alteração renal".
Instituto no Rio fará cirurgia em pacientes com problemas de mandíbula
Rio de Janeiro - Pacientes com problemas de desenvolvimento de mandíbula poderão fazer, a partir desta terça-feira (29/1), novo tratamento cirúrgico no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jammil Haddad (Into). A cirurgia de alongamento ósseo beneficiará crianças e adolescentes, com idade de 5 a 15 anos, que têm deformidades congênitas ou adquiridas em traumatismos. De acordo com o Into, a técnica de reparação tem como objetivo atenuar o crescimento deficiente da mandíbula, utilizando um aparelho feito com titânio que é afixado no maxilar do paciente para estimular o desenvolvimento de tecido ósseo no local. Com os movimentos diários do aparelho - que podem ser internos ou externos - ocorre o alongamento do osso, proporcionando melhorias funcionais e estéticas. Segundo o chefe do Centro de Cirurgia Crâniomaxilofacial do instituto, Ricardo Cruz, o aparelho externo, apesar de parecer incômodo quando colocado no rosto, é um procedimento menos invasivo e que possibilita a alta do paciente em poucos dias. "Existem outras alternativas para tratar essas doenças, mas o alongamento mandibular ou distração óssea é o mais moderno hoje e consideramos a melhor opção em pacientes jovens com anomalias congênitas ou adquiridas", disse Cruz. A cirurgia é indicada ainda para casos de microssomia hemifacial, em que um lado do rosto nasce menor que o outro, síndromes de Pierre-Robin e Treacher-Collins, além de anomalias em trauma e sem causa específica, como a anquiose temporomandibular, em que uma ridigez na articulação impossibilita o crescimento da mandíbula. Leia mais notícias em Ciência&Saúde Por meio do tratamento, o paciente apresenta melhora em suas atividades de mastigação e respiração, além de uma estética mais adequada. Para a completa recuperação, é necessário que os pacientes recebam acompanhamento médico e fonoaudiológico por cerca de quatro meses. Desde 1989, o Into vem realizando o alongamento ósseo de pessoas com doenças no aparelho locomotor, permitindo a correção de deformidades nos membros superiores e inferiores, por meio da aplicação de aparelhos de fixação externa.
BB diminui salários em 16%
Na tentativa de resolver parte de um passivo trabalhista, que chega a aproximadamente R$ 2,7 bilhões e nos nove primeiros meses de 2012 rendeu despesas de R$ 530 milhões, o BANCO DO BRASIL reformulou a estrutura de cargos e a jornada de trabalho. Funcionários terão de decidir, até o fim desta semana, se aceitam passar seus contratos de oito horas diárias para seis - uma mudança que acarretará perda de 16% na remuneração mensal dos trabalhadores. Não há estimativa, até o momento, de quanto as alterações vão gerar de economia para o banco, mas se prevê um desempenho financeiro melhor da instituição após essas mudanças.