Dólar volta a cair e fecha a R$ 1,98, a menor cotação em oito meses

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SÃO PAULO A sinalização do governo de que o câmbio será utilizado contra pressões inflacionárias mudou as expectativas do mercado, e o dólar voltou a fechar com forte queda ontem, no patamar mais baixo em oito meses. A moeda americana se desvalorizou 0,79%, sendo negociada a R$ 1,983 na compra e a R$ 1,985 na venda, a menor cotação desde 28 de maio, quando a divisa ficou em R$ 1,983 na venda. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 1,998 e na mínima, R$ 1,984. No ano, a divisa já se desvaloriza 3,07% frente ao real. Analistas já preveem que as cotações do dólar vão testar um novo piso. Há quem fale em R$ 1,70 nos próximos meses. Estimativas mais realistas indicam R$ 1,95. O dólar turismo, usado em viagens, também acompanhou a baixa do comercial e encerrou em queda de 0,46%, cotado a R$ 1,90 na compra e R$ 2,14 na venda. No BANCO DO BRASIL, porém, era vendido a R$ 2,05. No Bradesco era encontrado a R$ 2,10. Analistas dizem que quem está planejando viajar ao exterior tem uma boa oportunidade para fazer uma reserva em moeda americana no atual cenário de desvalorização do dólar. Na segunda-feira, o Banco Central rolou contratos de swap cambial, no valor de US$ 1,85 bilhão, que venceriam na sexta-feira. A operação equivale a uma venda da divisa no mercado futuro. Com isso, o dólar se desvalorizou 1,33%, fechando a R$ 2,001 anteontem. A operação do BC levou o mercado a entender que o governo quer o dólar flutuando em um patamar mais baixo. Até então, a banda de flutuação informal, segundo analistas, variava entre R$ 2,00 e R$ 2,05. Agora os analistas veem um teto de R$ 2 para a cotação. Mas ninguém arrisca dizer com certeza qual é o novo piso. - Não há como saber qual é o novo piso para o dólar. O mercado espera um sinal do BC e vai testando a moeda em patamares cada vez mais baixos - diz Sílvio Campos Neto, analista de câmbio da Tendências. Os especialistas consideram que, a curto prazo, a tendência para a moeda americana continua sendo de queda. - O movimento de queda do dólar deve continuar a curto prazo, com os investidores testando em qual patamar o BC vai voltar a intervir, desta vez para evitar uma desvalorização exagerada. Enquanto o BC não sinalizar qual é o piso, a queda da moeda americana deve continuar. Hoje, o mercado testou o patamar de R$ 1,98 e não houve movimento do BC para conter a queda -avalia Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso. Para o sócio da corretora Título Márcio Cardoso, a intervenção do BC no câmbio para evitar um repique da inflação mostra preocupação do governo com o descontrole de preços. O problema é a variação muito brusca do dólar, que afeta o planejamento das empresas. - O problema é que o dólar não poderia ter caído tão rápido. Há duas semanas não se imaginava o dólar abaixo de R$ 2. Hoje está em R$ 1,98 e com tendência de baixa. Isso atrapalha os planos das empresas - avalia Cardoso. Para Campos Neto, da Tendências, um dólar muito desvalorizado acaba sendo menos vantajoso para os exportadores. Mas ele lembra que muitos setores da indústria importam insumos. Nesse caso, se o dólar fica mais baixo, esses setores ganham competitividade. - Por isso, é difícil dizer qual é o patamar ideal do dólar para a indústria. Cada setor tem sua própria realidade. O melhor para o governo é deixar o dólar flutuar de acordo com o mercado e intervir sempre que houver excesso na valorização ou desvalorização, evitando oscilações muito bruscas na cotação - diz o analista da Tendências. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve ontem um dia de altos e baixos, acompanhando os mercado internacionais. Mas fechou em alta de 0,63%, aos 60.406 pontos e volume negociado de R$ 6,8 bilhões. Entre as ações mais negociadas do Ibovespa, Vale PNA (sem direito a voto) subiu 1,16%; Petrobras PN caiu 1,34%; OGX Petróleo ON (com direito a voto) subiu 1,49%; Itaú Unibanco PN perdeu 0,14% e Bradesco PN caiu 1,14%. Na Bolsa de Nova York, S&P 500 subiu 0,51% e Dow Jones, 0,48%. Já o Nasdaq caiu 0,02%.

SÃO PAULO A sinalização do governo de que o câmbio será utilizado contra pressões inflacionárias mudou as expectativas do mercado, e o dólar voltou a fechar com forte queda ontem, no patamar mais baixo em oito meses. A moeda americana se desvalorizou 0,79%, sendo negociada a R$ 1,983 na compra e a R$ 1,985 na venda, a menor cotação desde 28 de maio, quando a divisa ficou em R$ 1,983 na venda.

Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 1,998 e na mínima, R$ 1,984. No ano, a divisa já se desvaloriza 3,07% frente ao real. Analistas já preveem que as cotações do dólar vão testar um novo piso. Há quem fale em R$ 1,70 nos próximos meses. Estimativas mais realistas indicam R$ 1,95.

O dólar turismo, usado em viagens, também acompanhou a baixa do comercial e encerrou em queda de 0,46%, cotado a R$ 1,90 na compra e R$ 2,14 na venda. No BANCO DO BRASIL, porém, era vendido a R$ 2,05. No Bradesco era encontrado a R$ 2,10. Analistas dizem que quem está planejando viajar ao exterior tem uma boa oportunidade para fazer uma reserva em moeda americana no atual cenário de desvalorização do dólar.

Na segunda-feira, o Banco Central rolou contratos de swap cambial, no valor de US$ 1,85 bilhão, que venceriam na sexta-feira. A operação equivale a uma venda da divisa no mercado futuro. Com isso, o dólar se desvalorizou 1,33%, fechando a R$ 2,001 anteontem.

A operação do BC levou o mercado a entender que o governo quer o dólar flutuando em um patamar mais baixo. Até então, a banda de flutuação informal, segundo analistas, variava entre R$ 2,00 e R$ 2,05. Agora os analistas veem um teto de R$ 2 para a cotação. Mas ninguém arrisca dizer com certeza qual é o novo piso.

- Não há como saber qual é o novo piso para o dólar. O mercado espera um sinal do BC e vai testando a moeda em patamares cada vez mais baixos - diz Sílvio Campos Neto, analista de câmbio da Tendências.

Os especialistas consideram que, a curto prazo, a tendência para a moeda americana continua sendo de queda.

- O movimento de queda do dólar deve continuar a curto prazo, com os investidores testando em qual patamar o BC vai voltar a intervir, desta vez para evitar uma desvalorização exagerada. Enquanto o BC não sinalizar qual é o piso, a queda da moeda americana deve continuar. Hoje, o mercado testou o patamar de R$ 1,98 e não houve movimento do BC para conter a queda -avalia Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.

Para o sócio da corretora Título Márcio Cardoso, a intervenção do BC no câmbio para evitar um repique da inflação mostra preocupação do governo com o descontrole de preços. O problema é a variação muito brusca do dólar, que afeta o planejamento das empresas.

- O problema é que o dólar não poderia ter caído tão rápido. Há duas semanas não se imaginava o dólar abaixo de R$ 2. Hoje está em R$ 1,98 e com tendência de baixa. Isso atrapalha os planos das empresas - avalia Cardoso.

Para Campos Neto, da Tendências, um dólar muito desvalorizado acaba sendo menos vantajoso para os exportadores. Mas ele lembra que muitos setores da indústria importam insumos. Nesse caso, se o dólar fica mais baixo, esses setores ganham competitividade.

- Por isso, é difícil dizer qual é o patamar ideal do dólar para a indústria. Cada setor tem sua própria realidade. O melhor para o governo é deixar o dólar flutuar de acordo com o mercado e intervir sempre que houver excesso na valorização ou desvalorização, evitando oscilações muito bruscas na cotação - diz o analista da Tendências.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve ontem um dia de altos e baixos, acompanhando os mercado internacionais. Mas fechou em alta de 0,63%, aos 60.406 pontos e volume negociado de R$ 6,8 bilhões. Entre as ações mais negociadas do Ibovespa, Vale PNA (sem direito a voto) subiu 1,16%; Petrobras PN caiu 1,34%; OGX Petróleo ON (com direito a voto) subiu 1,49%; Itaú Unibanco PN perdeu 0,14% e Bradesco PN caiu 1,14%.

Na Bolsa de Nova York, S&P 500 subiu 0,51% e Dow Jones, 0,48%. Já o Nasdaq caiu 0,02%.

FONTE: O Globo

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