ESTOLCOMO - Um novo estudo do Instituto Karolinska, na Suécia, mostra que a cortisona - hormônio usado em certos medicamentos - aumenta o risco de pancreatite aguda. Os resultados foram publicados na revista científica "JAMA Internal Medicine". Os pesquisadores sugerem que pacientes tratados com cortisona em algumas formas podem ser informados dos riscos e alertados sobre consumo de álcool e tabaco. Entre 15% e 20% das pessoas que desenvolvem a inflamação no pâncreas conseguem monitorar a doença com tratamento. As maiores causas são cálculos biliares e o grande consumo de álcool, mas em 25% dos pacientes as causas são desconhecidas. Seis mil pacientes diagnosticados com pancreatite aguda entre 2006 e 2008 foram comparados a seis mil saudáveis do grupo de controle. Os resultados mostram que as pessoas tratadas com tabletes de cortisona têm um risco 70% maior de desenvolver a doença. Esta conexão foi observada três dias depois da medicação, confirmando as evidências de que a cortisona estaria por trás do processo. - Não houve evidências sobre o aumento do risco em pessoas que usaram outras formas do hormônio, como aerosol, como as bombinhas usadas por quem tem asma - diz o autor principal Omid Sadr-Azodi. Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/cortisona-pode-aumentar-risco-de-pancreatite-aguda-7669537#ixzz2MCCCj7nX © 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Perdendo peso em família
Família unida... Emagrece unida. Esse pode ser o novo lema de muitos lares. Crianças, jovens, adultos e idosos podem, juntos, participar de um programa de perda de peso familiar, de forma lúdica, com atividades físicas que envolvam todos. Basta ter criatividade para escolher as brincadeiras e compromisso para manter o ritmo. O personal trainer Cláudio Sofredini, colunista do site Educação Física (referência na área no Brasil - www.educacaofisica.com.br) e diretor do Blog Nutrição e Exercício (www.nutricaoexercicio.com), explica que atividades em família garantem um ganho emocional enorme. "A atividade física ativa o sistema hormonal, o que gera sensação de felicidade. E quando esse sentimento é compartilhado pela família proporciona união e melhor entendimento entre os membros", aponta. Além disso, para as crianças, ajuda na disciplina e na educação, já que promove uma oportunidade de integração e aproximação da família. Cada participante da atividade deve se adaptar às limitações impostas por seu peso e altura. Mas não é preciso ter receio de praticar atividades consideradas radicais, como patinação ou skate. Sofredini garante: todos da família podem participar. Na mesa Quem quer perder peso, porém, não pode ficar restrito a um programa de atividades físicas. É preciso ter uma boa rotina alimentar. E, também nesse caso, é possível reunir toda a família. "A alimentação saudável pode e deve ser acessível a todos. Pais, avós, e outros familiares são a referência das crianças. O exemplo deve ser dado na teoria e na prática, para que elas vivenciem uma rotina saudável e aprendam", destaca a nutricionista Lenita Borba, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e do Conselho Regional de Nutrição dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Lenita explica que é importante lembrar que existem alimentos indispensáveis para o desenvolvimento do nosso organismo em fases específicas da nossa vida. Se na infância o leite é essencial, os idosos não podem esquecer que água, fibras, cálcio e proteínas são essenciais para manutenção da função orgânica. Apesar disso, de forma geral, é possível adaptar o cardápio para atender a toda a família. "Planejar um cardápio diário, semanal e mensal é indispensável para uma boa convivência familiar à mesa. Todos temos nossas necessidades, porém, também temos aversões alimentares que podem ser trabalhadas da seguinte forma: nas refeições em que toda a família está reunida podem ser introduzidos alimentos que são aceitos por todos os membros e deixar para outras refeições as preferências que não são comuns a todos", ensina Lenita. Planejando e verificando resultados Nos dois casos - programa de atividades e elaboração de cardápio adequado - o contato com profissionais de educação física e nutrição é uma boa dica. Eles podem dar orientações específicas para cada membro da família. Ao programar atividades físicas e trabalhar com um programa alimentar adequado, é possível fazer com que toda a família emagreça brincando. E, para ver se está tudo funcionando bem, além da perda de peso, é preciso ver algo mais, conforme aponta Cláudio Sofredini: "se todos os membros estão felizes, e se todos estão praticando regularmente".
BC não vê alta de juros em janeiro como tendência
Os números de crédito divulgados ontem pelo Banco Central (BC), com base numa nova metodologia, confirmaram que o custo médio do crédito para o tomador final no Brasil é mais baixo do que se pensava. Incluídas informações sobre o crédito direcionado, parte relevante mas até então ignorada, o BC concluiu que a taxa média de juros estava em 18% e não em 28,1% ao ano em dezembro de 2012, como indicava a amostra anterior - que limitava-se a operações com recursos de livre aplicação pelo sistema financeiro. No início de 2013, porém, a taxa subiu a 18,5% ao ano, interrompendo uma trajetória de queda de 10 meses. Em janeiro, tomar crédito ficou mais caro tanto para famílias quanto para empresas. A demanda foi menor nos dois segmentos, enquanto a inadimplência deu sinais de estabilidade. O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, vê esse movimento como uma acomodação de taxas e não como início de um ciclo de alta. Para ele, "era natural" que os juros registrassem alguma oscilação para cima após tantos meses de recuo. A queda nos meses anteriores foi favorecida não só pela redução das taxas de captação. Houve também redução do spread bancário, que caiu de 15,6 pontos percentuais para 11,5 pontos percentuais de fevereiro a dezembro. Em janeiro, foi justamente o spread que voltou a subir, alcançando na média 12,2 pontos percentuais, pois a taxa média de captação seguiu recuando, para 6,3%. O juro médio final apurado de acordo com a metodologia nova subiu de 24,3% para 24,6% ao ano nas operações com pessoas físicas e de 13,3% para 13,9% para as pessoas jurídicas. Ainda assim, ficou em patamar abaixo do que estava em fevereiro de 2012 (respectivamente 31,1% e 18,4% ao ano), como mostrou a nova série histórica do BC, retroativa a março de 2011. A inclusão do crédito direcionado nas estatísticas revelou taxas médias menores mesmo com um ajuste no conceito adotado pelo BC. A autoridade passou a classificar todas as operações contratadas com recursos de aplicação obrigatória pelas instituições financeiras (caderneta de poupança, por exemplo), mesmo que parcela delas seja a taxas de mercado. O crédito direcionado é mais barato que o livre porque, na sua maior parte, as taxas são reguladas. Na média, o crédito livre foi tomado a 26,1% ao ano em janeiro, sendo 34,5% ao ano para famílias e 18,8% ao ano para empresas. Enquanto isso, as taxas do direcionado foram, respectivamente, de 7,2%, 6,6% e 7,6% ao ano apenas. A opção do BC de mudar a metodologia é importante não só pela fatia que o direcionado representa no estoque total de crédito, superior a 40%. É relevante também por causa da política do atual governo para os bancos federais, pressionados a acelerar operações para ajudar no crescimento da economia. Tal política tende a fazer com que o crédito direcionado, mais forte nos estatais, siga se expandindo a taxas maiores que o crédito livre e ganhando espaço. Em janeiro, essa tendência se manteve, com o estoque aplicações obrigatórias subindo 1% e o de aplicações livres caindo 0,7%. Em 12 meses, enquanto o primeiro registrou expansão de 21,5%, o segundo avançou somente 13,1%. No total, o estoque de empréstimos e financiamentos do sistema financeiro ficou praticamente estável, a R$ 2,367 trilhão, após subida de 2,42% em dezembro. Com isso, caiu como proporção do PIB, de 53,6% para 53,2%. O saldo não cresceu diante do baixo volume de concessões no mês, 16,7% inferior ao de dezembro. O fluxo de crédito novo com recursos direcionados especificamente caiu quase 50%. O fato de não ter havido queda do estoque e sim aumento de 1% indica que o patamar de amortizações no mês também foi fraco. As concessões do crédito livre recuaram menos, 9,5%, mas ainda assim não foram suficientes para evitar queda do respectivo saldo. Maciel vê efeitos da sazonalidade nos dados de concessões e de estoque. A demanda por crédito costuma subir no fim do ano e depois arrefecer em janeiro, lembrou. A queda das concessões foi mais forte nas operações com empresas, o que, na opinião dele, só reforça o caráter sazonal. As concessões do BNDES, que lida principalmente com empresas, por exemplo, caíram 65,6%, com destaque para os financiamentos de investimentos (menos 67,4%). Apesar de mais fraco, o fluxo foi suficiente para evitar queda do saldo da carteira de operações do banco estatal, que fechou janeiro em R$ 448,036 bilhões, 0,3% acima do que era em fim de dezembro. A metodologia do BC revelou que a inadimplência também é menor do que sugeria a amostra antiga, baseada em parte do crédito livre. Na nova forma de apurar, as operações com pagamento em atraso há mais de 90 dias representavam, no fim de dezembro, 3,7% do total e não 5,8%, como indicava a amostra sem o crédito direcionado, cuja inadimplência também é menor. Em janeiro, essa taxa se manteve estável no geral e para empresas (2,2%). No caso das operações com pessoas físicas recuou de 5,6% para 5,5%.
Bancos federais chegam ao limite da baixa de juros
Esgotou-se a margem para os bancos públicos forçarem novas quedas nos juros do sistema bancário, disse ao Valor PRO , serviço de notícias em tempo real do Valor, um dirigente de uma instituição financeira federal. Neste momento, o BANCO DO BRASIL e a Caixa Econômica Federal discutem como manter os juros mais baixos caso se configure um cenário em que o Banco Central promova um aperto monetário. Eventuais reduções de juros nos bancos federais, de agora em diante, dependerão de ganhos de eficiência, e não de economias de escala. "Acabou a margem para reduzir os juros, pelo menos no momento", disse a fonte. Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram a interrupção, em janeiro, na tendência de queda nos juros bancários, um processo desencadeado pelo corte das taxas pelas instituições federais - atendendo a determinação da presidente Dilma Rousseff de ampliar a competição no mercado de crédito. O pano de fundo para a redução dos juros bancários foi a queda na Selic patrocinada pelo Banco Central, que trouxe a taxa básica para 7,25% ao ano, mais próxima dos padrões vigentes em economias emergentes. Hoje, porém, o Banco Central está mais inclinado a subir o juro básico, ainda que não aos altos patamares observados no passado recente, caso se consolide uma deterioração no quadro inflacionário. Na avaliação da fonte ouvida pelo Valor PRO, o mais provável é que a alta de juros, se de fato ocorrer, seja feita apenas no segundo semestre. O simples risco de aperto monetário já está levando a uma alta nos juros futuros praticados no mercado financeiro, com alguma influência sobre o custo de captação dos bancos. Esse seria, por enquanto, um custo facilmente administrável pelos bancos, dada a estrutura de captação predominantemente pós-fixada vigente no mercado bancário. Uma alta de juros, porém, se efetivada, teria repercussões mais imediatas sobre os bancos federais. Mas a expectativa é que, se o movimento de fato ocorrer, ele será bastante comedido, na ordem de 0,5 ponto percentual. Os juros médios cobrados pelos bancos nos empréstimos bancários com taxas livremente pactuadas no mercado subiram de 25,3% para 26,1% ao ano entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, segundo os dados divulgados ontem pelo Banco Central. Foi a primeira alta de juros observada desde fevereiro de 2012, período imediatamente anterior à determinação da presidente Dilma para o BANCO DO BRASIL e a Caixa Economica Federal cortarem suas taxas de empréstimos. Entre fevereiro e dezembro, os juros bancários caíram o equivalente a 7,2 pontos percentuais. Segundo balanços de 2012 divulgados na semana passada, os bancos federais já começam a compensar, com o aumento de volume de crédito, a perda que tiveram com a redução de juros. No caso do BB, a equação da queda de juros e aumento de volume pode levar mais um ou dois anos para ser fechada. Mas a percepção é que o banco já recuperou a sua margem financeira líquida graças ao menor risco dos clientes que foram atraídos pelos empréstimos mais baratos.
Governo central cumpre 25% do superávit
Puxado pela forte arrecadação de tributos em janeiro, o superávit primário do governo central (que inclui as contas do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) somou R$ 26,146 bilhões no mês passado, nível mais alto para meses de janeiro desde 1997, o que representa 24% da meta para o ano. Depois das severas críticas feitas ao governo pelo uso de manobras fiscais como antecipação de dividendos e resgate do Fundo Soberano do Brasil (FSB) para cumprimento da meta de superávit primário de 2012, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, fez questão de enaltecer o desempenho de janeiro, ressaltando que, além de ser uma demonstração "bastante eloquente" da solidez fiscal do país, serve como sinalizador da retomada da economia. Pelo menos no primeiro mês de 2013, não foram utilizadas manobras fiscais para alavancar resultado. "Acreditamos que o processo de reativação da economia está em curso e a receita de janeiro é um bom indicador. Mas isso tem que ser visto com cuidado, temos de considerar o conjunto. Não dá para dizer que um único mês é uma tendência", disse, ponderando que o resultado não pode ser considerado como uma indicação firme de comportamento futuro. O secretário também disse que o objetivo do primário é reduzir a relação dívida/Produto Interno Bruto, que já caiu bastante no passado e deve seguir em queda neste ano. Nos meses de janeiro existe o efeito sazonal de pagamento da primeira cota ou cota única do IRPJ e CSLL do resultado apurado no último trimestre do ano anterior. Por isso mesmo, ao comentar os resultados, o secretário do Tesouro se mostrou otimista, mas sem abandonar a cautela. Augustin não quis fazer comentário sobre que meta de superávit primário o governo persegue em 2013. A economia para pagamento de juros do governo central é de R$ 108 bilhões e a "meta cheia" de 3,1% do PIB é de R$ 155,85 bilhões. Antes de fazer qualquer afirmação, o secretário espera a aprovação do Orçamento pelo Congresso Nacional. O secretário explicou, ainda, que a falta da peça orçamentária não contribuiu para o forte resultado fiscal. "Algum impacto sempre tem, mas isso não é significativo", disse. Ele lembrou que o governo editou medida provisória no fim do ano permitindo a liberação de R$ 42,5 bilhões de investimentos para este ano. Ou seja, a ausência da peça orçamentária não impediu novos investimentos, apenas limitou o crescimento de outras despesas, cujos pagamentos estavam limitado a 1/12 avos do previsto para o ano. Tanto é que os investimentos totais do governo federal somaram R$ 9,6 bilhões em janeiro, alta de 24,7% sobre janeiro do ano passado, sendo R$ 4,3 bilhões do Minha Casa Minha Vida. Olhando apenas as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ano começou com pagamentos de R$ 5,7 bilhões, diante de R$ 3,3 bilhões em janeiro de 2012, uma elevação de 73,4%. "O PAC mostra que teremos resultados bastante promissores. A tendência é de pagamentos maiores em 2013", disse Augustin, depois de ressaltar que a perspectiva é de elevação dos investimentos ao longo do ano. Segundo o sexto balanço do PAC, divulgado na semana passada, o valor empenhado em dois anos do PAC 2 foi de R$ 89,2 bilhões, o que representa uma ampliação de 170% em relação ao mesmo período da primeira etapa do programa. Agora em 2013, o governo poderá descontar do superávit primário até R$ 45,2 bilhões de investimentos referentes ao PAC e pediu autorização para poder abater mais R$ 20 bilhões referentes a desonerações que deverão ser anunciadas ao longo do ano. Segundo Augustin, esse pedido por mais R$ 20 bilhões é uma maneira de dar maior flexibilidade às desonerações, além de ser uma forma de "termos todas as armas necessárias".
Programa bilionário de inovação sai em março
Decidida a fazer funcionar os diversos programas de apoio à inovação existentes no governo, alguns deles com recursos paralisados por falta de demanda, a presidente Dilma Rousseff quer lançar no próximo mês o programa de apoio a inovação que coordenará o financiamento ao setor privado por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e projetos (Finep). "Quero fazer com a inovação o que fizemos com a Bolsa Família", disse Dilma, em reunião com os encarregados do programa, ontem, comparando a reunião de diversos programas sociais feita com o Bolsa Família no governo Lula ao modelo centralizado de financiamento que será anunciado pelo governo. O pacote de inovação será divido em seis editais distintos, um para cada setor beneficiado pelo programa: petróleo e gás, etanol, energias renováveis, defesa e aeroespacial, saúde e tecnologia da informação e comunicação. Estimado no ano passado em R$ 20 bilhões e, mais recentemente em R$ 27,5 bilhões, o programa de apoio à inovação, para aumento de competitividade, deve, segundo um assessor da presidente, ultrapassar os R$ 30 bilhões. A principal novidade, além do reforço de verbas, será a centralização da administração desses recursos, que permitirá aos beneficiários negociar em um só guichê a combinação de diferentes modalidades de financiamento - de verbas a fundo perdido para associações com instituições de pesquisa a participação acionária do BNDES e Finep em projetos relevantes. O modelo foi testado em dois programas-pilotos lançados em 2011, nos quais o BNDES e a Finep atuaram coordenados no financiamento de projetos associados a centros de pesquisa: o Inova-Petro, para o setor de petróleo e o Paiss, o programa de incentivo à competitividade do setor sucroalcooleiro. Os técnicos do governo apelidaram o programa de "porta única" de entrada no sistema de apoio e financiamento à inovação. Na prática, os interessados poderão reunir no mesmo plano de negócios as diversas modalidades de apoio oficial, como recursos não reembolsáveis (para centros de pesquisa associados a grandes empresas), subvenção econômica (para empresa menores ligadas a e desenvolvimento tecnológico), créditos do Programa de Sustentação do Investimento do BNDES e até, em alguns casos, a participação societária da Finep e do BNDES em projetos de empresas tecnológicas ou tecnologia. O programa reunirá, além de pelo menos R$ 20 bilhões em recursos novos destinados ao BNDES e Finep, recursos já existentes, como os depósitos obrigatórios das concessionárias de energia e telecomunicações reunidos em fundos controlados pelas agências reguladoras para pesquisa e desenvolvimento, recursos para inovação incluídos no plano de safra gerido pelo BANCO DO BRASIL, e o orçamento do Sebrae para inovação de micros e pequenas empresas. A maior parte dos recursos novos virá do PSI, pelo qual o BNDES financia aquisição e máquinas e equipamentos. A informação foi publicada originalmente no Valor PRO, o serviço de tempo real do Valor. O PSI inclui os financiamentos da Finep destinados à inovação e tem validade até dezembro de 2013. O Congresso analisa a Medida Provisória 594, que amplia em R$ 85 bilhões o limite dos financiamentos do programa, cujo orçamento inicial é de R$ 227 bilhões. Do pacote, cerca de R$ 3 bilhões serão recursos a fundo perdido para projetos empresariais de desenvolvimento de patentes em associação com universidades. Há, ainda, créditos subsidiados para outras etapas do desenvolvimento tecnológico de produtos e processos. Na avaliação do governo, os recursos do PSI não são usados integralmente por desconhecimento ou falta de projetos adequados. Com a integração de projetos de grandes, médias e pequenas empresas e centros de pesquisa e universidades, os técnicos esperam aumentar a demanda pelos recursos públicos e estimular o setor privado a investir em pesquisa e desenvolvimento. A meta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é ampliar os investimentos em inovação dos atuais 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), para 2%, até o fim de 2014. O cálculo final dos recursos que formarão o pacote de apoio a investimentos em inovação será concluído nos próximos dias, por ordem de Dilma, pelos ministros da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Eles participaram da reunião ontem com a presidente, em que foram apresentadas as propostas de apoio à inovação formuladas pelos técnicos dos dois ministérios.