Prioridade para recursos do PAC será o transporte coletivo do DF

Até a Copa do Mundo de 2014, o Distrito Federal contará com corredores exclusivos de ônibus ligando Santa Maria e o Gama ao Plano Piloto, por meio da Linha Amarela, e Ceilândia e Taguatinga também ao centro da capital, pela Linha Verde, que tem como base a Estrada Parque Taguatinga (EPTG). No mesmo período, o metrô será ampliado e chegará à Asa Norte, além de passar por um processo de modernização e melhorias. Pelo menos é esta a projeção que faz o Governo do Distrito Federal (GDF) de uso dos R$ 2,186 bilhões liberados ontem, pela presidente Dilma Rousseff (PT), do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Grandes Cidades. Em todo o país, está previsto investimento de R$ 32 bilhões (leia reportagem ao lado). Dos quatro projetos apresentados pelo Palácio do Buriti ao Ministério do Planejamento em 2011, três foram aprovados. A exigência básica do governo federal para que as propostas passassem pelo crivo da equipe técnica era que elas favorecessem o transporte de passageiros em detrimento do individual. "A cidade não suporta mais a presença de tantos carros. Nesse sentido, precisamos priorizar o transporte coletivo. A aprovação dos projetos representa um avanço", disse o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), que participou da solenidade no Palácio do Planalto.

Estudo relaciona consumo de refrigerantes ao aumento de problemas de saúde

Há muito tempo, o sal tem sido associado, por meio de pesquisas, ao desenvolvimento da hipertensão arterial em adultos. Um dos principais estudos a analisar esse fato, o clássico Intersalt, de 1988, estimou a relação entre a excreção urinária de 24 horas de eletrólitos - termo científico utilizado para definir os sais, principalmente os íons - e a pressão arterial de 10.079 homens e mulheres com idade entre 20 e 59 anos e moradores de 52 locais espalhados pelo mundo. À época, chegou-se à conclusão de que populações isoladas e ingestoras de pouco sal tinham ausência de aumento da pressão arterial, que está associada a falhas do coração e a aneurismas nos vasos sanguíneos. Um estudo publicado, no mês passado, no periódico médico Journal of General Internal Medicine reafirmou essa tese e a trouxe para os dias atuais. A pesquisa mostra que o consumo de refrigerantes diet e light, que têm o nível de sódio elevado se comparado às bebidas padrões, pode ter uma associação com o aumento do risco de problemas vasculares. O artigo também ressalta a relação entre os adoçantes sintéticos presentes nesse tipo de bebida e a obesidade, a sensibilidade à insulina e a hipertensão.

Abrangência nacional

As obras anunciadas na cerimônia de ontem devem beneficiar 53 milhões de brasileiros, segundo o Ministério das Cidades. Foram selecionados 51 municípios com mais de 700 mil habitantes, em 18 estados, o que deve cobrir 59% da população do país. Os projetos selecionados preveem a aquisição de mais de mil veículos sobre trilhos, a construção de pelo menos 600 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus, 380 estações e terminais, além de 200 quilômetros de linhas de metrô. Dos R$ 32 bilhões anunciados, R$ 22 bilhões serão desembolsados pelo governo federal e o restante virá da contrapartida dos governos locais. A solenidade no Planalto do Planalto contou com a presença de prefeitos e governadores. Os municípios terão até 18 meses para apresentar os projetos finalizados. Eles foram selecionados com base em propostas preliminares, o que, na prática, significa que os gestores terão um ano e meio - que passam a ser contados a partir do dia em que os selecionados serão divulgados no Diário Oficial - para concluir o projeto e, só então, iniciarem o processo licitatório. O Ministério das Cidades ressaltou, porém, por meio da assessoria, que, caso as propostas finalizadas sejam encaminhadas antes, os recursos já começarão a ser liberados. Cerimônia Durante a cerimônia, a presidente Dilma Rousseff defendeu que o país invista mais em metrô. Ela ressaltou a importância de pensar em cidades que sejam sustentáveis e de estar na vanguarda, lembrando a proximidade da Rio +20, evento que será promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU). "Além disso, eu acredito que nós temos de olhar pelo lado da mobilidade sustentável, que é garantir, primeiro, o menor tempo de vida das pessoas perdido no transporte; segundo, menor custo; terceiro, melhor adequação ao meio ambiente", pontuou. Segundo os cálculos do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, as obras poderão economizar até 3h diárias que as pessoas perdem com o trânsito nas grandes capitais. "Estamos lançando um programa que devolverá quase um mês de ano de vida para que nossos irmãos e irmãs possam usar esse tempo de uma forma muito mais produtiva e humana", afirmou.

Gasto com viagens ao exterior tem 1ª queda em 30 meses

A recente subida do dólar já de-sanima brasileiros que planeja-vam ir ao exterior. Dados do Banco Central mostram que, em março, o gasto de turistas em viagens internacionais caiu 1,1% na comparação com igual mês do ano passado. Foi a primeira retração desde setembro de 2009. Após passar boa parte do ano passado na casa de R$ 1,60, o dólar avançou ao nível de R$ 1,70 no início do ano até atingir R$ 1,80 em março. "Sem dúvida, a desvalorização do câmbio também influenciou", reconhe- ceu o chefe do departamento econômico do BC, Tulio Maciel, ao lembrar que as viagens reagem rapidamente a oscilações da moeda. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que o número de passagei-ros em voos internacionais de empresas brasileiras caiu 3,1% em março ante igual mês de 2011. Em janeiro, já havia recuado 4,5%. Apesar dessa contração, os gastos no exterior no primeiro trimestre somaram US$ 5,38 bilhões, novo recorde para o pe-ríodo. Mas o BC acredita que os números podem se tornar moderados a partir de agora.

Inflação, de 0,43%, quase dobra em abril

Alta provoca revisões no IPCA do mês. Entretanto, analistas esperam que a taxa se aproxime da meta no fim do ano A prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), veio com mais força em abril. A taxa subiu para 0,43%, quase o dobro do que se viu em março (0,25%). Reajustes nos salários de empregados domésticos, nos preços dos cigarros e dos aluguéis puxaram o IPCA-15 para cima. No ano, a inflação subiu 1,87%, abaixo do resultado no mesmo período de 2011 (3,14%) e, nos últimos 12 meses, desacelerou para 5,25%. O resultado de abril ficou acima das expectativas dos analistas - que, na mediana, chegaram a apostar em 0,37%. Para especialistas, a alta nos preços já provoca revisões em projeções do IPCA fechado do mês. Entretanto, os analistas ainda esperam que a inflação se aproxime da meta no fim do ano - uma perspectiva que contribui para justificar os recentes cortes na taxa de juros. - Uma aceleração era esperada, mas o que se previa era uma aceleração menor. A curto prazo as boas notícias de inflação parece que terminaram. Contudo, há uma convergência para a meta. A velocidade dessa convergência é que diminuiu - disse André Perfeito, economista da Gradual Investimentos. Empregada doméstica, o maior impacto na taxa Dentro das despesas pessoais, o cigarro registrou alta média de 5,56%, em resposta ao aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Empregada doméstica - maior impacto individual da taxa - também encareceu em média 1,87% em abril, ante 1,38% em março. Em habitação, a pressão inflacionária veio de aluguel residencial, que aumentou 0,82% em abril, após subir 0,45% em março. Também influenciaram os aumentos de condomínio, de 1,01%; mão de obra para pequenos reparos, de 1,31%; artigos de limpeza, de 0,95%; e água e esgoto, de 1,60%. Já o aumento nos medicamentos, que chegou a 0,48%, veio por causa do reajuste ocorrido a partir de 31 de março. Os artigos de vestuário voltaram a subir, passando de 0,16% para 0,49%, assim como os alimentos, que foram de 0,22% para 0,31%. Ficaram mais caros itens como feijão carioca (6,74%) e pescados (3,73%). Em queda, o destaque foi a carne que, com deflação de 1,59%, representou o mais intenso impacto para baixo (-0,04 ponto percentual). - A inflação apresentou reajustes sazonais, como o do setor vestuário, com as coleções. Mas é preciso observar a questão do câmbio que pode se tornar uma ameaça mais forte aos preços. Afinal, o dólar influencia para cima ou para baixo os preços. Se o câmbio passar de R$ 2, pode começar a ficar complicada a inflação a curto prazo. Sem falar que as expectativas de inflação vão se deteriorar - complementou Perfeito. Para Luis Otavio Leal, economista do banco ABC, o resultado não é favorável. Ele qualifica, por exemplo, o comportamento dos serviços como "preocupante", já que, em 12 meses, passaram de 7,58% para 7,69%. "Isso é, sem dúvida, reflexo do aumento do salário mínimo e mostra que a demanda deve continuar pressionada, como demonstram os resultados do empregados domésticos (1,87%), manicure (1,29%), serviços médicos e dentários (1,30%) e consertos e manutenção (1,19%)", disse em relatório. Diante do resultado, o banco revisou a projeção do IPCA de abril: passou de um intervalo entre 0,50% e 0,55% para algo entre 0,55% e 0,60%. A aceleração dos preços, segundo ele, virá dos alimentos, dos vestuários, e das despesas pessoais - que ainda virão fortemente pressionadas por cigarros. A Prosper Corretora também revisou sua expectativa para o IPCA, de 0,56% para 0,59%, em abril.

Médicos boicotam planos

Os clientes de planos de saúde de 10 estados ficarão sem atendimento hoje. Os médicos credenciados suspenderão por 24 horas as consultas e os exames no Acre, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe - em protesto pela falta de reajuste dos honorários. Na Paraíba, a categoria promete parar apenas pela manhã. No Piauí, os beneficiários de planos ficarão sem atendimento por 72 horas. Somente procedimentos de urgência e de emergência serão mantidos, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM). Nos demais estados, estão previstas manifestações e passeatas. Em Brasília, haverá panfletagem na Rodoviária de Brasília. Os atos marcam o Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde. Os dirigentes das entidades que representam os médicos participam de audiência, às 14h, na sede da Agência Nacional de Saúde (ANS), no Rio de Janeiro, quando entregarão uma proposta para fixar os parâmetros de contratação dos profissionais e de fixação dos honorários. Eles recebem por consulta, em média, R$ 45 e reivindicam R$ 70. Querem ainda uma regulação específica que estabeleça os critérios de credenciamento e de rescisão contratual. Enquanto não há acordo entre a rede de assistência médica e as operadoras, os consumidores sofrem com a qualidade ruim do atendimento. No Distrito Federal, médicos cardiologistas estão negando a realização de determinados procedimentos mais complexos pelo convênio e só aceitando fazer "por fora", mediante pagamento pelo paciente do custo do serviço, que pode chegar a R$ 15 mil. Em audiência ontem na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Bruno Sobral de Carvalho, afirmou que a agência reguladora tem poucos poderes para fiscalizar os hospitais privados. Segundo ele, o governo enviará ao Congresso dois projetos de lei proibindo a exigência pelos hospitais de cheque-caução dos consumidores e criando punições mais severas em caso de omissão no atendimento. A ANS, disse Carvalho, pode apenas requisitar informações aos hospitais, que ficarão sujeitos a punição se não as enviarem. Ele acrescentou ainda que a agência tem apenas 70 fiscais para vigiar 46 milhões de contratos de clientes. Manifestação Na noite de ontem, dirigentes de entidades médicas iniciaram uma vigília e acenderam 600 velas no gramado em frente ao Senado, entre eles, Diogo Mendes e Raquel Almeida, diretores do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF). Em nota, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) afirmou que "não faz parte de suas atribuições discutir remuneração a prestadores de serviços" e que é livre a negociação entre eles e as operadoras. "O movimento dos médicos é aceitável, desde que não prejudique o atendimento aos beneficiários dos planos de saúde", comentou. Já a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que reúne as 15 maiores operadoras, disse apenas que suas afiliadas estão entre as que pagam os maiores honorários aos médicos.

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