SÃO PAULO. A recuperação das ações da Vale durante o pregão de ontem fez o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), sair do vermelho e fechar em alta de 0,72%, voltando à casa dos 62 mil pontos. O índice marcou 62.198 pontos e o volume negociado chegou a R$ 8 bilhões. No mercado de câmbio, mesmo sem a atuação do Banco Central comprando moeda americana, o dólar encerrou a sessão com valorização de 0,10%, cotado a R$ 1,8860 na venda e a R$ 1,8840 na compra. As ações PNA da Vale, um dos papéis com maior peso no Ibovespa, começaram o dia em queda, refletindo os resultados mais fracos da empresa no primeiro trimestre. Mas as ações da empresa inverteram a tendência à tarde e fecharam com alta de 1,67%, cotadas a R$ 41,79. - O preço das commodities fechou em alta no mercado externo e informações prestadas pela direção da companhia ajudaram a acalmar o mercado - disse Fausto Gouveia, economista da Legan Asset. Em teleconferência, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou que a empresa conseguirá investir o montante total de US$ 21,4 bilhões estimados para este ano. Ele disse ainda que os embarques de minério de ferro foram retomados com força em março, que a demanda da China continua aquecida e que a perspectiva é positiva para o preço do minério. A Vale e o empresário Eike Batista também anunciaram que planejam investir R$ 1,6 bilhão numa ferrovia no Rio de Janeiro até o Porto de Açu. Entre as outras ações de maior peso no Ibovespa, Petrobras PN subiu 0,52%, a R$ 21,24, e OGX Petróleo ON subiu 1,08%, a R$ 13,98. A OGX informou que identificou a presença de hidrocarbonetos no poço OGX-79, em águas rasas da Bacia de Campos. Em fato relevante, a companhia disse que serão conduzidos testes para a obtenção de mais informações sobre a acumulação. Itaú perde R$ 3,75 bilhões em valor de mercado Os papéis de bancos também começaram o dia em queda, mas se recuperaram. Bradesco PN ganhou 0,67%, a R$ 30,05, e Itaú Unibanco PN teve leve alta de 0,03%, a R$ 29,64. Apenas na quarta-feira, o Itaú Unibanco perdeu US$ 3,75 bilhões em valor de mercado, segundo cálculo da consultoria Economática, após a informação de que o banco terá que aumentar as provisões para compensar o crescimento da inadimplência. O dia na Bovespa também foi marcado pelo início das negociações das units do BTG Pactual (BBTG11). Os papéis iniciaram o dia com alta de 1,44%, chegaram a subir 3,9%, e encerraram os negócios com valorização de 0,64% a R$ 31,50. A Oferta Pública Inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do banco de investimentos movimentou R$ 3,66 bilhões. - O IPO do BTG é uma amostra da volta da confiança da comunidade internacional no mercado brasileiro de ações - afirmou André Esteves, presidente do banco, na cerimônia de abertura do pregão. Na Europa, as Bolsas fecharam sem tendência definida, influenciadas por resultados corporativos também mistos. Madri caiu 1,29%, Frankfurt ganhou 0,53%, Paris perdeu 0,13%, e Londres subiu 0,52%. Nos EUA, o mercado fechou em alta por causa das expectativas quanto a mais estímulos do Federal Reserve (Fed, banco central). Dow Jones subiu 0,87%; Nasdaq ganhou 0,69% e o SP&500 subiu 0,67%.
Brasil na direção certa
lO economista indiano Amartya Sen, vencedor do Nobel de Economia em 1998, afirmou ontem que o Brasil está na direção certa e que avançou no bem-estar da população nos últimos anos. Criador do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Sen admitiu ainda as limitações do índice para avaliar a condição de vida das pessoas. - Vocês (o Brasil) estão muito melhor do que eram. Isto é o que se deve olhar. Quando escrevi um livro sobre desenvolvimento em 1989 (Fome e Ação Pública), o Brasil era um dos mais baixos (no ranking de desenvolvimento humano), agora está muito melhor. Está indo na direção certa - disse Sen, após participar do seminário Diálogos sobre Educação, promovido pelo Instituto Unibanco ontem no Rio. O Brasil é hoje a sexta maior economia mundial, se considerado o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto dos bens e serviços produzidos num país), mas ocupa a 84 posição do ranking de desenvolvimento das Nações Unidas, entre 187 países. Sen destacou que o IDH foi criado como uma tentativa de dar uma medida geral da condição de vida das pessoas, algo que o PIB não consegue. Apenas a renda, lembrou ele, não pode explicar como vive uma pessoa. Por isso, buscou-se reunir dados não apenas de renda per capita, mas também de educação e longevidade. O economista reconheceu, no entanto, que os índices não são capazes de explicar questões complexas e que apenas um número no ranking pode soar estranho. Segundo ele, uma análise mais próxima e com detalhes permite avaliação melhor da condição de vida da população. Inspirado no IDH, foi lançado recentemente o Índice Itaú de Bem-Estar Social, que reúne dados de renda, educação, condições sanitárias, saúde e até segurança.
Cliente antigo não ganha juro menor
Os correntistas dos bancos privados não têm se beneficiado das reduções dos juros promovidas pelas instituições financeiras. Segundo pesquisa da Proteste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, os bancos privados estão oferecendo taxas acima dos juros mínimos anunciados para os clientes atuais e condicionando juros vantajosos à mudança de banco. "Fica clara a atual abordagem: os bancos privados querem trazer novos clientes, mas não querem beneficiar os que já têm um relacionamento e um histórico com o banco", afirma a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci. O levantamento da Proteste foi realizado em instituições bancárias públicas e privadas do Rio e São Paulo, na segunda e terça-feira. "Com os bancos públicos, nós percebemos que eles não beneficiavam a maioria diante das exigências e dos critérios utilizados", diz a coordenadora da Proteste. Durante o levantamento, a Proteste simulou um empréstimo pessoal de R$ 10 mil em 30 meses e um financiamento de veículo com 40% de entrada e o restante a ser pago em 24 meses. Os resultados mostraram que a taxa média dos bancos ficou acima das taxas mínimas anunciadas. No crédito pessoal, a taxa mais barata encontrada foi de 1,99% ao mês no Banco do Brasil, mas ela só é liberada para novos clientes. No Bradesco, a taxa cobrada chega a 7,31% ao mês, acima da taxa mínima de 1,97% (veja no quadro). No financiamento de veículo, a menor taxa de juros encontrada foi de 1,59% no Banco do Brasil, acima de 0,95%, valor mínimo cobrado pelo banco. Já no Bradesco, o financiamento variou de 2,04% a 2,22% - a taxa mínima anunciada foi de 0,97%. No Itaú, a taxa na simulação chegou a 2,04% ao mês. "O banco posterga ao máximo a decisão de reduzir um juro se a pessoa já é correntista, porque já conhece o perfil do cliente", disse Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Na avaliação dele, as instituições têm interesse em atrair novos clientes para aumentar a sua receita. "Isso não quer dizer que o cliente que já é do banco nunca vai conseguir reduzir a taxa." No levantamento, a Proteste informou que teve dificuldade para fazer uma simulação com as taxas cobradas pelo HSBC. O professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Samy Dana lembra os clientes que em alguns contratos já assumidos o juro já foi definido, o que inviabiliza uma redução das taxas. "As pessoas estão trocando as bolas. Se um financiamento já foi contratado, os bancos não são obrigados a mudar os juros." Bancos. Procurado, o Bradesco informou que as taxas de financiamento de veículos podem sofrer alteração de acordo com o "perfil e relacionamento" com o banco. Ainda segundo o banco, a taxa de 7,31% refere-se ao limite de crédito pessoal rotativo disponível . "Isso significa que o cliente tem opções de financiamento mais em conta na rede de agências", informou. O Banco do Brasil afirmou que as taxas de juros para empréstimo pessoal "são válidas para todos os clientes". O Itaú ressaltou que boa parte das taxas reduzidas entra em vigor em 2 de maio e "as taxas mais baixas do MaxiConta Portabilidade Salário também serão estendidas aos novos clientes que transferirem o domicílio de seu salário para o Itaú". Já o HSBC informou que as taxas anunciadas são para novos clientes.
Hipertensão atinge 50% dos maiores de 55 anos
A hipertensão atinge mais da metade das pessoas com 55 anos ou mais no Brasil, indica o Vigitel 2011, pesquisa telefônica anual que questionou 54 mil adultos em todas as capitais do País. Entre os entrevistados em geral, 22,7% são hipertensos, taxa menor do que a medida pela mesma pesquisa em 2010 (23,3%). "Esses dados mostram a importância da hipertensão como um dos principais problemas de saúde pública do novo Brasil, que envelheceu mais e ficou mais obeso", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A pressão alta eleva o risco de infarto, problemas renais e derrame, que é a maior causa de morte no País. Os dados do inquérito indicam como é esperado, que a hipertensão do brasileiro avança com a idade. Têm pressão alta 5,4% dos jovens de 18 a 24 anos. Já entre as pessoas com 55 a 64 anos, essa taxa chega a 50,5% e, entre pessoas com 65 anos ou mais, a 59,7%. A hipertensão se mostra mais presente entre as mulheres em todas as faixas etárias medidas (a partir de 18 anos). Enquanto 52,4% dos homens com 65 anos ou mais são hipertensos, o percentual chega a 64,3% entre as mulheres da mesma idade. Campanha A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) coordena campanha de conscientização em todo o País para reduzir o consumo de sal, açúcar, frituras, temperos prontos, derivados de leite integral, carnes gordurosas e industrializados, que contribuem para agravar a hipertensão. (Fonte: Diário do Nordeste)
Genéricos do Brasil vão ao mercado latino-americano
Depois de ganharem espaço no mercado de genéricos no Brasil com a aquisição de importantes laboratórios nacionais, a americana Pfizer e a francesa Sanofi-Aventis começam a levar seus medicamentos produzidos no País para América Latina. A Sanofi já deu início à sua estratégia para exportar seus genéricos com a marca Medley para o México. O próximo passo será a Venezuela. A Pfizer estuda fazer o mesmo com os seus remédios produzidos pela Teuto. A regionalização dos medicamentos genéricos produzidos pelas multinacionais no Brasil deverá crescer. "O fenômeno da classe média não ocorre apenas no Brasil", afirmou Heraldo Marchezini, presidente da Sanofi-Aventis no Brasil e América Latina. "Queremos regionalizar a marca Medley para a América Latina. É a realidade regional", disse. (Fonte: Valor Econômico)
Apneia do sono: uma questão de qualidade de vida
Dormir bem não significa apenas um descanso mental e físico. Durante o sono o organismo sofre diversos processos metabólicos que quando alterados podem afetar o equilíbrio de toda a mecânica do corpo humano. Ao ler esta matéria de saúde na Sala dos Participantes desta semana, veja como é possível diferenciar apneia de ronco, as dificuldades das pessoas em perceber a doença e quais são os principais tratamentos. Leia aqui a entrevista completa.