Médicos boicotam planos

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Os clientes de planos de saúde de 10 estados ficarão sem atendimento hoje. Os médicos credenciados suspenderão por 24 horas as consultas e os exames no Acre, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe - em protesto pela falta de reajuste dos honorários. Na Paraíba, a categoria promete parar apenas pela manhã. No Piauí, os beneficiários de planos ficarão sem atendimento por 72 horas. Somente procedimentos de urgência e de emergência serão mantidos, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM). Nos demais estados, estão previstas manifestações e passeatas. Em Brasília, haverá panfletagem na Rodoviária de Brasília. Os atos marcam o Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde. Os dirigentes das entidades que representam os médicos participam de audiência, às 14h, na sede da Agência Nacional de Saúde (ANS), no Rio de Janeiro, quando entregarão uma proposta para fixar os parâmetros de contratação dos profissionais e de fixação dos honorários. Eles recebem por consulta, em média, R$ 45 e reivindicam R$ 70. Querem ainda uma regulação específica que estabeleça os critérios de credenciamento e de rescisão contratual. Enquanto não há acordo entre a rede de assistência médica e as operadoras, os consumidores sofrem com a qualidade ruim do atendimento. No Distrito Federal, médicos cardiologistas estão negando a realização de determinados procedimentos mais complexos pelo convênio e só aceitando fazer "por fora", mediante pagamento pelo paciente do custo do serviço, que pode chegar a R$ 15 mil. Em audiência ontem na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Bruno Sobral de Carvalho, afirmou que a agência reguladora tem poucos poderes para fiscalizar os hospitais privados. Segundo ele, o governo enviará ao Congresso dois projetos de lei proibindo a exigência pelos hospitais de cheque-caução dos consumidores e criando punições mais severas em caso de omissão no atendimento. A ANS, disse Carvalho, pode apenas requisitar informações aos hospitais, que ficarão sujeitos a punição se não as enviarem. Ele acrescentou ainda que a agência tem apenas 70 fiscais para vigiar 46 milhões de contratos de clientes. Manifestação Na noite de ontem, dirigentes de entidades médicas iniciaram uma vigília e acenderam 600 velas no gramado em frente ao Senado, entre eles, Diogo Mendes e Raquel Almeida, diretores do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF). Em nota, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) afirmou que "não faz parte de suas atribuições discutir remuneração a prestadores de serviços" e que é livre a negociação entre eles e as operadoras. "O movimento dos médicos é aceitável, desde que não prejudique o atendimento aos beneficiários dos planos de saúde", comentou. Já a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que reúne as 15 maiores operadoras, disse apenas que suas afiliadas estão entre as que pagam os maiores honorários aos médicos.

Os clientes de planos de saúde de 10 estados ficarão sem atendimento hoje. Os médicos credenciados suspenderão por 24 horas as consultas e os exames no Acre, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe — em protesto pela falta de reajuste dos honorários. Na Paraíba, a categoria promete parar apenas pela manhã. No Piauí, os beneficiários de planos ficarão sem atendimento por 72 horas. Somente procedimentos de urgência e de emergência serão mantidos, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM). Nos demais estados, estão previstas manifestações e passeatas. Em Brasília, haverá panfletagem na Rodoviária de Brasília. Os atos marcam o Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde.

Os dirigentes das entidades que representam os médicos participam de audiência, às 14h, na sede da Agência Nacional de Saúde (ANS), no Rio de Janeiro, quando entregarão uma proposta para fixar os parâmetros de contratação dos profissionais e de fixação dos honorários. Eles recebem por consulta, em média, R$ 45 e reivindicam R$ 70. Querem ainda uma regulação específica que estabeleça os critérios de credenciamento e de rescisão contratual.

Enquanto não há acordo entre a rede de assistência médica e as operadoras, os consumidores sofrem com a qualidade ruim do atendimento. No Distrito Federal, médicos cardiologistas estão negando a realização de determinados procedimentos mais complexos pelo convênio e só aceitando fazer "por fora", mediante pagamento pelo paciente do custo do serviço, que pode chegar a R$ 15 mil.

Em audiência ontem na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, o diretor de Desenvolvimento
Setorial da ANS, Bruno Sobral de Carvalho, afirmou que a agência reguladora tem poucos poderes para fiscalizar os hospitais privados. Segundo ele, o governo enviará ao Congresso dois projetos de lei proibindo a exigência pelos hospitais de cheque-caução dos consumidores e criando punições mais severas em caso de omissão no atendimento.

A ANS, disse Carvalho, pode apenas requisitar informações aos hospitais, que ficarão sujeitos a punição se não as enviarem. Ele acrescentou ainda que a agência tem apenas 70 fiscais para vigiar 46 milhões de contratos de clientes.

Manifestação
Na noite de ontem, dirigentes de entidades médicas iniciaram uma vigília e acenderam 600 velas no gramado em frente ao Senado, entre eles, Diogo Mendes e Raquel Almeida, diretores do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF). Em nota, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) afirmou que "não faz parte de suas atribuições discutir remuneração a prestadores de serviços" e que é livre a negociação entre eles e as operadoras. "O movimento dos médicos é aceitável, desde que não prejudique o atendimento aos beneficiários dos planos de saúde", comentou. Já a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que reúne as 15 maiores operadoras, disse apenas que suas afiliadas estão entre as que pagam os maiores honorários aos médicos.

FONTE: Correio Braziliense

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