Colegas, Gostaria, em primeiro lugar, de dizer a todos que os diretores do Banco do Brasil são ex-colegas, e não representam nenhum bancário e sim os acionistas do banco (governos e capitalistas privados), além, é claro, de seus interesses pessoais. Em audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho, na segunda-feira, dia 3 de dezembro, os representantes do BB utilizaram levianamente uma das minhas correspondências aos colegas para alegar que os sindicatos pregavam a não compensação de horas. A leitura correta do acordo não se resume ao escrito. Essa leitura deve contextualizar o que foi historicamente negociado de fato, sem considerar os valores individuais dos que assumiram a direção da empresa e/ou determinam os seus limites da negociação coletiva deste ano. "Exigir o cumprimento integral da cláusula 56ª da CCT, que prevê a compensação dos dias de greve" é posição exclusiva da atual diretoria do banco, a mesma que autoimplantou um sistema de bonificação que estabelece uma gestão de processos e não de pessoas, que transfere para uma confraria de superintendentes o "poder supremo", que contrata um seguro pessoal para, na minha opinião, fazer qualquer "barbaridade" sem responder por seus atos "de gestão". Atos estes que geram mais passivo trabalhista para o BB, além dos R$ 2,63 bilhões contabilizados no 3º trimestre de 2012. Enquanto os bancários produzem resultados, em muitos casos sacrificando sua saúde e família, esses diretores geram prejuízos de toda ordem, sem demonstrar a menor preocupação com o clima organizacional ou relacionamento interpessoal que restará após implantadas suas decisões em cada unidade. A direção do BB ameaçou, por meio de Boletim de Pessoal assinado pelos diretores Carlos Netto e Carlos Neri, abrir processo disciplinar contra grevistas e não considera isso atitude antissindical. Considero que, pelo conteúdo reiteradamente veiculado no folhetim retromencionado, este deveria ter seu nome alterado para Boletim da Direção, pois nele não se veicula, por exemplo, abertura de processos seletivos para comissionamentos nem outros temas de interesse dos bancários. Ainda é preciso explicar para eles a diferença profunda que existe entre "poderão" e "deverão". Medir o nível de conscientização e profissionalismo do corpo funcional nessa situação é um absurdo gerencial. Antes de "cobrar respeito" ao acordado no ACT dos bancários, o banco deveria cumprir a sua parte, como, por exemplo, em relação ao ranqueamento de funcionários, ao compromisso do pagamento do BET dos pré-67 na Previ, à implantação (?) do plano odontológico após estourados todos os prazos e, especialmente, ao combate ao assédio moral com o funcionamento dos Comitês de Ética, entre outros. Dizer que temos Vice Presidência e Diretoria de Gestão de Pessoas também não parece razoável, uma vez que a Diretoria que determina o plano de comissões está vinculada ao Presidente, e o gerente que determina que 16 mil postos de trabalho serão extintos é o da unidade de Relações com Investidores do BB. Para nós, bancários, antes de tudo, deve-se respeitar o ser humano! Encerro parafraseando a diretoria: "Respeitar o pactuado é fundamental para a manutenção do bom relacionamento entre as partes". Mas, antes de tudo, em todo acordo não cabem interpretações unilaterais. Eduardo Araujo de Souza Presidente em exercício do Sindicato dos Bancários de Brasília
BB dá carência de 6 meses para a 1ª prestação
Em meio a um cenário de retomada lenta da economia, os bancos estatais anunciaram ontem duas iniciativas voltadas para o setor de veículos, um dos principais motores da atividade econômica. O BANCO DO BRASIL criou um prazo de carência especial para as contratações feitas até o final do ano. Os clientes terão seis meses para pagar a primeira parcela do financiamento de veículos. Antes, a carência máxima era de 59 dias. Segundo o banco, a medida está em linha com as ações tomadas ao longo do ano para tornar a linha de financiamento mais atraente. Já a Caixa anunciou a criação de uma ação voltada para promover o financiamento de veículos nas mais de 3 mil agências, com financiamento em 60 meses e taxas entre 0,75% e 1,51% ao mês. A campanha vai até amanhã. O crédito para veí- culos foi um dos principais alvos da campanha deflagrada no iní- cio deste ano pelas instituições públicas para diminuir o custo do dinheiro no País
BB capta R$ 1,6 bi com fundo imobiliário
O BANCO DO BRASIL captou R$ 1,592 bilhão com o encerramento da oferta do Fundo de Investimento Imobiliário BB Progressivo II, no que foi a maior operação desse tipo realizada neste ano. A demanda superou em 12 vezes o valor da oferta, com grande adesão de investidores pessoas físicas de varejo, que subscreveram 93% do volume total ofertado. A oferta, coordenada pelo BB Investimentos, compreendeu a venda de 64 agências bancárias de propriedade do banco. Os imóveis serão locados para o BB. O banco vendeu os imóveis para o fundo na oferta primária e subscreveu todas as cotas, que foram vendidas para os investidores na oferta secundária. Foram distribuídas 15.919.690 cotas, com aplicação mínima de R$ 2 mil. O período de reserva foi de 13 a 26 de novembro e as cotas serão negociadas na BMu0026amp;FBovespa a partir de 12 de dezembro. Segundo o BB, o reconhecimento total da diferença entre o valor de mercado dos imóveis transferidos para o fundo e o valor contábil dos mesmos no balanço patrimonial do BB produzirá um impacto, líquido de impostos, de R$ 705,9 milhões no resultado do banco. Segundo o vice-presidente de atacado e negócios internacionais do BB, Paulo Rogério Caffarelli, esse valor deve ser contabilizado já no quarto trimestre. Esse efeito pode contribuir para um aumento de cerca de 10,4 pontos-básicos no índice de Basileia do banco, considerando os números de setembro de 2012. No fim do terceiro trimestre, o BB contava com índice de Basileia de 14,8%. O banco conta atualmente com 4.341 imóveis próprios e pretende realizar novas operações desse tipo. "Não faz sentido termos em nosso imobilizado um volume tão grande como tínhamos até então, e vamos direcionar os nossos recursos para o nosso "core business" que é crédito e serviços financeiros", afirmou Caffareli. A realização de novas ofertas depende da seleção de imóveis que ofereçam uma rentabilidade atrativa. A rentabilidade alvo do BB Progressivo II é de 8,5%, corrigidos anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo Caffarelli, o banco pretende reforçar a atuação na área de mercado de capitais. "No ano passado unimos a área de atacado com mercado de capitais e queremos ser o primeiro banco de mercado de capitais no país."
Aumenta a procura por pré-pagamento
As últimas medidas do governo para baratear a tomada de crédito externo já foram sentidas dentro das agências do BANCO DO BRASIL, uma das principais instituições do país na concessão desse tipo de financiamento. Já os empréstimos sindicalizados devem retomar o fôlego apenas no ano que vem. Desde o começo da terça-feira, quando o governo anunciou a ampliação de um para cinco anos no prazo das linhas de Pagamento Antecipado de exportações (conhecidas como PA) que não pagam Imposto sobre Operações Financeira (IOF), de 6%, o BANCO DO BRASIL já sentiu um aumento da busca por esses empréstimos, "devido a uma demanda que estava claramente reprimida", afirma João Carlos Pinto de Mello, gerente executivo da diretoria de negócios internacionais do BB. "Já sentimos nos últimos dias essa procura por linhas de maior prazo", disse. "Aparentemente havia uma forte demanda reprimida para operações de prazo mais longo. A expectativa é de começarmos imediatamente a fazer novas contratações dentro dessas linhas." Segundo o executivo, os números exatos desse aumento ainda não foram mensurados, mas a busca pelas linhas aumentou significativamente. As que foram mais procuradas ontem e anteontem foram as de pré-pagamentos de exportação e outras de financiamentos diretos. Paralelamente, o BB não acredita que os Adiantamentos de Contrato de Câmbio (ACC) deixarão de ser considerados pelos exportadores. Esses contratos chegaram a ser muito procurados logo que a incidência de IOF começou a ser imposta aos empréstimos, justamente por não terem de pagar esse imposto. Segundo Mello, as concessões via ACC já retornaram aos níveis observados anteriormente às medidas anunciadas a partir de março, e devem se manter na média vista nos últimos meses. Dados do BC mostram que o estoque de empréstimos via ACC no sistema financeiro nacional somava R$ 51,146 bilhões no fim de outubro, valor 33,1% superior ao registrado no fim de 2011, segundo dados do BC - o BB é o banco líder na modalidade, com cerca de 30% de participação de mercado. "A nossa sensação é de que não haverá uma diminuição da procura por ACC. Ela tende a se manter", disse o executivo. Mello também citou o crescimento da procura nos últimos meses por financiamento por meio de notas de crédito à exportação (NCEs), em que os empréstimos são feitos em reais. Já as concessões por meio de empréstimos sindicalizados, operação mais estruturadas em que vários bancos participam, a busca por novas linhas deve ser sentida a partir do ano que vem. Para Samuel Canineu, diretor de empréstimos sindicalizados do ING Capital, não deve haver um volume maior de concessões já em dezembro. Isso por dois motivos: muitas empresas já captaram o necessário em moeda estrangeira para fechar o ano e, em segundo lugar, porque não há tempo hábil para lançar e fechar novas operações de empréstimos sindicalizados ainda este ano, explica. A ideia é compartilhada por Mello, do BB. Segundo o executivo do ING Capital, algumas empresas devem se aproveitar das medidas para contratar pré-pagamentos de exportação de longo prazo num primeiro momento, a fim de refinanciar linhas de curto prazo tomadas ao longo do ano, o que permitiria que entrem em 2013 com um perfil de dívida melhor. "Contudo, o volume do que pode ser fechado ainda este ano é limitado, pois serão provenientes mais de operações bilaterais, já que não há mais tempo para novas operações sindicalizadas este ano", explicou. Outro fenômeno que pode ocorrer, aponta Canineu, é que empresas que tomaram empréstimos externos ao longo do ano e que mantiveram os recursos lá fora poderão se aproveitar para trazer esses recursos ao Brasil via pagamento antecipado à exportação. "Mas o maior fluxo por essa modalidade deve também acontecer no ano que vem." Uma outra alternativa às empresas seria recorrer ao mercado de dívida externa e emitir bônus, mas operações desse tipo dificilmente têm prazo inferior a cinco anos e praticamente não são feitas por empresas menores, devido a seus custos. "Certamente, a ideia do governo é aumentar o fluxo de entrada de dólares no país", disse Jaime Ferreira, operador da Intercam Corretora de Câmbio. "Especialmente neste momento de fim de ano, em que as empresas equilibram as suas contas." "Após várias medidas de controle de capitais tomadas anteriormente no ano, as duas decisões [de terça-feira e quarta-feira] estimulam a entrada de capital em um mês que é geralmente marcado por fortes saídas", diz relatório do Itaú Unibanco, assinado pelo departamento de pesquisa, coordenado pelo economista-chefe Ilan Goldfajn.
Maior arquiteto brasileiro, Oscar Niemeyer, morre aos 104 anos no Rio
O arquiteto Oscar Niemeyer morreu na noite desta quarta-feira (5/12), no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, às 21h55. Ele estava internado desde o último dia 2 de novembro. Segundo o hospital, o arquiteto morreu após um quadro de infecção respiratória. Em outubro, ele ficou internado por 15 dias no mesmo hospital, com um quadro de desidratação. No dia 2, Niemeyer voltou a ser hospitalizado para a colocação de uma sonda gástrica. Na quinta-feira (8/11), o hospital informou que o paciente teve uma piora na função dos rins e na sexta (9/11) ele foi transferido para a Unidade Intermediária. No dia 19/11, Niemeyer foi para a Unidade Coronariana após apresentar agravamento em seu estado clínico. Já com insuficiência renal teve um episódio de hemorragia digestiva. Contudo, permanecia lúcido. Durante esta noite começou a hemodiálise. No dia 4 de dezembro houve piora no estado clínico do arquiteto. Niemeyer apresentou uma infecção respiratória e, na manhã desta quarta-feira (5/12), passou a respirar com a ajuda de aparelhos e foi sedado
Cães conseguem detectar câncer de pulmão com o olfato, diz estudo
Viena - Os cães têm uma grande capacidade para detectar o câncer de pulmão com seu olfato apurado, uma descoberta que abre caminho para um diagnóstico precoce desta doença, afirma um estudo realizado na Áustria e publicado nesta quarta-feira (5/12). "Os cachorros não têm qualquer problema para identificar os pacientes com tumores cancerígenos", explica Peter Errhalt, chefe do departamento de pneumologia do hospital de Krems (nordeste da Áustria) e um dos autores da descoberta. Os cães do estudo sentiram o cheiro de 120 amostras de hálito de pessoas doentes e saudáveis e conseguiram identificar em 70% dos casos as que sofriam com câncer de pulmão. Este resultado é tão promissor que está previsto um novo estudo de dois anos com amostras de 1.200 pessoas, indicou Peter Errhalt em coletiva de imprensa. Os resultados do estudo austríaco coincidem com outros testes realizados nos Estados Unidos e Alemanha. O objetivo em longo prazo é determinar quais são exatamente os odores que os cachorros são capazes de detectar, explica Michael Muller, do hospital Otto Wagner de Viena, que colaborou com o estudo. Se for alcançado este objetivo, os cientistas poderão construir uma espécie de "nariz eletrônico" para diagnosticar o quanto antes o câncer de pulmão e aumentar assim as possibilidades de sobrevivência dos pacientes.