Proteína que combate inflamação no cérebro pode desencadear Parkinson

Nas últimas décadas, houve muitos avanços nas pesquisas que investigam as causas do mal de Parkinson, uma doença degenerativa que afeta a coordenação motora. Já se sabe, por exemplo, que fatores genéticos e ambientais, como exposição a pesticidas, predispõem o surgimento do problema. A origem da maioria dos casos, contudo, permanece desconhecida. Agora, uma equipe de cientistas do The Scripps Research Institute da Califórnia detectou um mecanismo que explica como um importante grupo de neurônios relacionados à enfermidade começa a se deteriorar. A descoberta, que contou com a participação de uma cientista brasileira e foi publicada no Journal of Immunology, poderá ajudar a desenvolver novos tratamentos para prevenir a doença. "O mal de Parkinson é caracterizado pela perda de neurônios dopaminérgicos, que controlam os movimentos. Acredita-se que inflamações no cérebro contribuam para a morte dessas células", conta Bruno Conti, professor do Departamento de Neurociência Molecular e Integrativa do instituto. Embora a inflamação não seja uma doença, mas uma resposta imunológica do organismo a infecções ou traumas, ela também é capaz de provocar danos graves. "Ao produzir radicais livres, uma inflamação pode afetar todos os neurônios. Mas a razão pela qual apenas um grupo de células cerebrais morre de Parkinson continuava um mistério", acrescenta a neuroimunologista brasileira Maria Cecília Marcondes, que assina o artigo como primeira autora, ao lado de Brad Morrison, da Universidade da Califórnia em San Diego.

POPULARIZAÇÃO DE PLANOS DE SAÚDE SUPERLOTA HOSPITAIS

O aumento do emprego e da renda permitiu que, nos últimos seis anos, 11,4 milhões de brasileiros passassem a ter planos de saúde, que hoje atendem a 48,6 milhões de pessoas. Essa expansão provocou a superlotação de hospitais e laboratórios, porque milhões de cidadãos das classes C e D, que antes só iam ao médico em caso de urgência e usando a rede pública, passaram a recorrer à rede privada. Levantamento da consultoria Aon Hewitt Brasil mostra que entre 2006 e 2012 o número de consultas aumentou 8,3% e o de exames, 29%. Com o acesso ao convênio médico, as pessoas estão suprindo a demanda reprimida e agendando consultas, indo a hospitais e, principalmente, fazendo exames de análises clínicas e de imagem, um dos maiores gargalos do Sistema Único de Saúde (SUS). Dos simples aos sofisticados, os hospitais e laboratórios particulares estão lotados a ponto de serem comparados a estabelecimentos do sistema público de saúde. O motivo da superlotação deve-se ao seguinte quadro: nos últimos seis anos, 11,4 milhões de pessoas passaram a ter plano de saúde, com o aumento do emprego formal e da renda. No total, há no país 48, 6 milhões de usuários de convênios médicos. Pesquisa da consultoria Aon Hewitt Brasil, com 350 mil usuários de planos de saúde das principais capitais do país, mostra que entre 2006 e 2012 aumentou em 29% o número de exames solicitados para cada consulta médica realizada. O número de consultas cresceu 8,3% e o de internações, 7,4%. Essa expansão se dá, principalmente, por causa da chegada da classe C ao mercado privado de saúde. Até então, essa camada da população só tinha acesso à rede pública. Agora, com um convênio médico na mão, o brasileiro da classe média emergente agenda consultas, frequenta hospitais e, principalmente, faz exames de análises clínicas e de imagem - um dos maiores gargalos do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a Formato Clínico, consultoria especializada em medicina diagnóstica, foram realizados cerca de 700 milhões de exames no mercado privado de saúde em 2011. Em relação a 2010, o aumento é de 11,8%. Dados da Formato Clínico e da Aon mostram que cada usuário de plano de saúde realizou, em média, entre 12 e 15 exames no ano passado. "Existe uma lenda de que médico bom é aquele que pede um monte de exames. Se o profissional solicitar um exame só, o paciente desconfia e procura outro médico", diz Humberto Torloni, vice-presidente técnico da Aon Hewitt. Diante dessa demanda crescente, grupos de medicina diagnóstica aumentaram as atenções a esse público. O Grupo Fleury, reconhecido por sua presença no mercado de alta renda, criou em maio do ano passado a bandeira a+, voltada para os públicos das classes B e C. "A marca a+ registra crescimentos expressivos. É nítida a presença de novos clientes, que foram beneficiados com o emprego formal, nas nossas unidades", diz Omar Hauache, presidente do Fleury. Uma das prioridades de Hauache para os próximos anos é abrir novas unidades para que não se repita nos laboratórios o que está havendo hoje nos hospitais. É comum uma espera de duas horas no pronto-socorro de um hospital particular. Segundo estudo do Hospital São Camilo, do tempo total em que um paciente é atendido no pronto-socorro, 70% é perdido na espera. É comum faltar vagas para internação nos hospitais. Até os hospitais mais sofisticados do país sofrem com a expansão da demanda. "Em alguns dias da semana, a taxa de ocupação ultrapassa os 100%. Por isso é importante fazer o gerenciamento de leitos. Os leitos para pacientes que fazem cirurgia, por exemplo, podem ser liberados após o procedimento médico", diz Francisco Balestrim, presidente da Anahp, entidade que reúne os 45 maiores hospitais do país. Outro motivo dos hospitais estarem tão cheios é que hoje muitas pessoas procuram o pronto-socorro para tratar casos simples, que poderiam ser tratados em consultórios. "Com a demora para conseguir agendar uma consulta em um médico especialista, muitas pessoas procuram o pronto-socorro. Além disso, no hospital elas já fazem os exames e outros procedimentos necessários", diz Henrique Salvador, presidente do Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte. A maior frequência nos hospitais premium também ocorre porque o plano de saúde virou ferramenta para reter profissionais. "Nessa fase de escassez de talentos, muitas empresas estão oferecendo como atrativo, além do aumento do salário, um plano de saúde vip", disse Torloni. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que até o ano passado não exigia prazo mínimo para que uma consulta fosse agendada, estabeleceu que uma consulta precisa ser agendada em sete dias úteis e sessões com psicólogos e nutricionistas em dez dias, no máximo. A partir de julho deste ano, a ANS começou a punir as operadoras que não cumprem esses prazos - 38 foram punidas. Com a demanda em alta, os hospitais aumentaram os preços. O valor médio gasto em uma internação subiu 47,3% nos últimos seis anos, segundo a Aon.

ANABB REPUDIA DECLARAÇÃO DE SCOLARI

Em nome dos seus 104 mil associados, a Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil - ANABB repudia declaração de Luiz Felipe Scolari, feita durante sua apresentação como novo técnico da Seleção Brasileira de futebol. Ao afirmar que "se não quer pressão, vai trabalhar no Banco do Brasil", o Sr. Scolari não ofende apenas os funcionários do BB, mas atinge todos os brasileiros que, em última análise, são sócios da empresa de economia mista. A crise financeira mundial de 2008 deixou muito clara a importância dos bancos públicos. Com a decisiva contribuição do Banco do Brasil, o nosso País foi um dos últimos a entrar na crise e um dos primeiros a sair dela, graças especialmente ao corajoso apoio ao crédito e ao desenvolvimento sustentável do Brasil, num cenário de profunda incerteza. Mesmo atuando num mercado extremamente competitivo, os funcionários do BB oferecem diariamente inúmeros exemplos de bons serviços prestados à população brasileira. Graças à garra e à competência de seus 116 mil empregados, o Banco do Brasil apresenta resultados invejáveis ao longo de muitos anos. Além disso, milhares de funcionários se dedicam ao voluntariado, promovendo ações de cidadania que ajudam a minorar o sofrimento de milhões de brasileiros, por meio de um trabalho totalmente gratuito. Com salários infinitamente menores que os do Sr. Scolari e sofrendo pressões de toda ordem, os funcionários do BB, incluindo os seus aposentados, torcem para que a Seleção Brasileira de futebol volte a conseguir resultados tão bons quanto os conquistados pelo Banco do Brasil e pelas seleções que o BB patrocina. Esperando que o Sr. Scolari tenha a dignidade de se retratar da preconceituosa declaração, a ANABB lembra que a pressão que sofre um funcionário do Banco do Brasil jamais permitiria que, no mesmo ano, ele levasse uma agência a ser rebaixada de nível e ganhasse, como prêmio, um cargo numa agência de nível mais elevado. Diretoria Executiva da ANABB

Especialistas testam o uso de células-tronco para recuperar órgão infartado

Belo Horizonte - Não é nenhum exagero afirmar que a biografia de quem sofreu um atentado dentro do peito será narrada sempre com um "antes" e um "depois" do infarto. Quem já levou esse golpe tem a sensação de que o órgão cardíaco nunca mais vai ser o mesmo, pois mais parece um lutador baqueado. Mas a ciência não quer que nessa luta a toalha seja jogada. E por isso está na busca pela "chave" capaz de reparar um coração machucado. É por meio de pesquisas com células-tronco que pesquisadores brasileiros têm experimentado terapias celulares que poderão recuperar mais rapidamente esse órgão vital, deixando-o mais forte e com mais vigor. Antenada no assunto, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais, está com dois estudos em andamento e promove, hoje e amanhã, o I Fórum de Células-Tronco e Terapia Celular do Triângulo Mineiro, que espera reunir estudantes e docentes do Brasil inteiro para discutir os avanços, descobertas e entraves do tema na área da cardiologia. Na busca por um coração mais forte, a universidade integra um esforço nacional de diversas unidades de saúde do país pelo desenvolvimento da terapia celular. Chamada Estudo Multicêntrico Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatias (Emrtcc), a experiência teve o protocolo preconizado pelo Ministério da Saúde em 2005. O centro coordenador do projeto é o Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, e conta ainda com o apoio de 34 hospitais e institutos. O objetivo principal do grupo de pesquisas é avaliar a segurança e a eficácia do implante autólogo (do próprio paciente) de células-tronco de medula óssea em 1,2 mil brasileiros, com as seguintes cardiopatias: infarto agudo do miocárdio, cardiopatia isquêmica crônica, cardiomiopatia dilatada e cardiopatia chagásica. Em Uberlândia, o trabalho dos pesquisadores tem foco no primeiro caso. Desde maio, a universidade avalia o potencial reparador das células-tronco da medula óssea em pessoas que sofreram infarto agudo do miocárdio. Segundo conta a enfermeira e mestranda do curso de pós-graduação em ciências da saúde da UFU Poliana Rodrigues Alves, até o momento, três pacientes estão em teste. "Trata-se de uma pesquisa clínica, e a previsão é de que em janeiro todo o estudo no país esteja pronto." Quando uma pessoa infarta, faltam suprimentos sanguíneos de oxigênio e nutrientes para as células do coração, como explica a enfermeira. "Como é um músculo em alto funcionamento, ele requer muita oxigenação", diz.

Síndrome de Burnout pode ser causa de afastamentos por depressão e estresse

Belo Horizonte - O afastamento de trabalhadores por transtornos mentais no Brasil subiu 2% no ano passado, atingindo a marca de 12.337 casos, segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No universo desses problemas, as doenças que mais se destacaram em 2011 foram episódios depressivos, transtornos ansiosos, reações ao estresse grave e transtornos de adaptação. Colaborando com o número crescente desses problemas está a síndrome de Burnout, doença detectada e denominada pela primeira vez em 1974 pelo pesquisador e psicanalista norte-americano Herbert Freudenberger, que a definiu como um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional. A descoberta deu-se depois de Freudenberger notar oscilações de humor e desinteresse pelo trabalho entre alguns de seus funcionários da área de saúde. Burnout significa queima (burn) e para fora, até o fim (out), ou seja, pode-se traduzir, ao pé da letra, como combustão completa. Em português, a tradução é algo parecido como "perder o fogo" ou "perder a energia".

Boletim Eletrônico

Inscreva-se em nosso Boletim Eletrônico para manter-se informado.

Mensagem da AFABB-DF

Associação com 21 anos (2000 - 2021) de atuação permanente na defesa e preservação dos interesses dos associados, o que determina nossa razão de ser!

Sempre mais forte com sua participação,

A AFABB-DF

Contato

 O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
 +55 61 3226 9718 | 3323 2781
 Setor Bancário Sul | Quadra 02 | Bloco A | Edifício Casa de São Paulo | Sala 603 | Brasília/DF | CEP: 70078-900