Belo Horizonte - Não é nenhum exagero afirmar que a biografia de quem sofreu um atentado dentro do peito será narrada sempre com um "antes" e um "depois" do infarto. Quem já levou esse golpe tem a sensação de que o órgão cardíaco nunca mais vai ser o mesmo, pois mais parece um lutador baqueado. Mas a ciência não quer que nessa luta a toalha seja jogada. E por isso está na busca pela "chave" capaz de reparar um coração machucado. É por meio de pesquisas com células-tronco que pesquisadores brasileiros têm experimentado terapias celulares que poderão recuperar mais rapidamente esse órgão vital, deixando-o mais forte e com mais vigor. Antenada no assunto, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais, está com dois estudos em andamento e promove, hoje e amanhã, o I Fórum de Células-Tronco e Terapia Celular do Triângulo Mineiro, que espera reunir estudantes e docentes do Brasil inteiro para discutir os avanços, descobertas e entraves do tema na área da cardiologia. Na busca por um coração mais forte, a universidade integra um esforço nacional de diversas unidades de saúde do país pelo desenvolvimento da terapia celular. Chamada Estudo Multicêntrico Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatias (Emrtcc), a experiência teve o protocolo preconizado pelo Ministério da Saúde em 2005. O centro coordenador do projeto é o Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, e conta ainda com o apoio de 34 hospitais e institutos. O objetivo principal do grupo de pesquisas é avaliar a segurança e a eficácia do implante autólogo (do próprio paciente) de células-tronco de medula óssea em 1,2 mil brasileiros, com as seguintes cardiopatias: infarto agudo do miocárdio, cardiopatia isquêmica crônica, cardiomiopatia dilatada e cardiopatia chagásica. Em Uberlândia, o trabalho dos pesquisadores tem foco no primeiro caso. Desde maio, a universidade avalia o potencial reparador das células-tronco da medula óssea em pessoas que sofreram infarto agudo do miocárdio. Segundo conta a enfermeira e mestranda do curso de pós-graduação em ciências da saúde da UFU Poliana Rodrigues Alves, até o momento, três pacientes estão em teste. "Trata-se de uma pesquisa clínica, e a previsão é de que em janeiro todo o estudo no país esteja pronto." Quando uma pessoa infarta, faltam suprimentos sanguíneos de oxigênio e nutrientes para as células do coração, como explica a enfermeira. "Como é um músculo em alto funcionamento, ele requer muita oxigenação", diz.
Belo Horizonte — Não é nenhum exagero afirmar que a biografia de quem sofreu um atentado dentro do peito será narrada sempre com um “antes” e um “depois” do infarto. Quem já levou esse golpe tem a sensação de que o órgão cardíaco nunca mais vai ser o mesmo, pois mais parece um lutador baqueado. Mas a ciência não quer que nessa luta a toalha seja jogada. E por isso está na busca pela “chave” capaz de reparar um coração machucado. É por meio de pesquisas com células-tronco que pesquisadores brasileiros têm experimentado terapias celulares que poderão recuperar mais rapidamente esse órgão vital, deixando-o mais forte e com mais vigor.
Antenada no assunto, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais, está com dois estudos em andamento e promove, hoje e amanhã, o I Fórum de Células-Tronco e Terapia Celular do Triângulo Mineiro, que espera reunir estudantes e docentes do Brasil inteiro para discutir os avanços, descobertas e entraves do tema na área da cardiologia.
Na busca por um coração mais forte, a universidade integra um esforço nacional de diversas unidades de saúde do país pelo desenvolvimento da terapia celular. Chamada Estudo Multicêntrico Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatias (Emrtcc), a experiência teve o protocolo preconizado pelo Ministério da Saúde em 2005. O centro coordenador do projeto é o Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, e conta ainda com o apoio de 34 hospitais e institutos. O objetivo principal do grupo de pesquisas é avaliar a segurança e a eficácia do implante autólogo (do próprio paciente) de células-tronco de medula óssea em 1,2 mil brasileiros, com as seguintes cardiopatias: infarto agudo do miocárdio, cardiopatia isquêmica crônica, cardiomiopatia dilatada e cardiopatia chagásica.
Em Uberlândia, o trabalho dos pesquisadores tem foco no primeiro caso. Desde maio, a universidade avalia o potencial reparador das células-tronco da medula óssea em pessoas que sofreram infarto agudo do miocárdio. Segundo conta a enfermeira e mestranda do curso de pós-graduação em ciências da saúde da UFU Poliana Rodrigues Alves, até o momento, três pacientes estão em teste. “Trata-se de uma pesquisa clínica, e a previsão é de que em janeiro todo o estudo no país esteja pronto.” Quando uma pessoa infarta, faltam suprimentos sanguíneos de oxigênio e nutrientes para as células do coração, como explica a enfermeira. “Como é um músculo em alto funcionamento, ele requer muita oxigenação”, diz.
FONTE: Correio Braziliense