FÉRIAS NO EXTERIOR? É BOM PREPARAR O BOLSO

BC injeta US$ 3,6 bilhões no mercado para conter alta do dólar, que já começa a encarecer viagens e compras do fim de ano A moeda norte-americana abriu o dia cotada acima de R$ 2,13 e, após três intervenções do Banco Central no mercado de câmbio, fechou a R$ 2,1205, com queda de 0,48%. O BC até persegue um valor mais elevado para a divisa dos EUA em relação ao real. Avalia que seria bom para as exportações nacionais. Mas o ritmo da elevação se acelerou nos últimos dias, com impacto direto no custo de vida dos brasileiros. Principalmente no preço de produtos importados muito comuns nesta época natalina e no bolso de quem se programou para passar férias em outro país. E se você deixou a compra das passagens aéreas para a última hora, confira levantamento do Correio sobre os destinos mais procurados pelos brasilienses. Alta da moeda norte-americana pode encarecer os produtos natalinos e as compras de fim de ano. Quem pretende viajar ao exterior nas férias deve redobrar a atenção para que os gastos não estourem o orçamento Preocupado com a inflação e com o impacto do dólar sobre o custo de vida, o Banco Central desaguou US$ 3,5 bilhões no mercado de câmbio. Realizou três operações apenas ontem: duas de swap (equivalente a venda de dólar no mercado futuro) e um leilão conjugado de compra e venda de moeda - ferramenta usada para garantir o funcionamento do mercado em momentos de escassez de recursos. Com as intervenções, a instituição conseguiu segurar o dólar e impedir uma disparada mais forte da moeda. A divisa, que tinha começado o pregão de ontem acima de R$ 2,13, terminou o dia negociada a R$ 2,1205 na venda, com queda de 0,48%. Com as duas operações de swap, o BC jogou no mercado cerca de US$ 2 bilhões. A instituição ainda deixou de renovar contratos de swap cambial reverso (equivalentes a venda de dólares no futuro) que, ao vencer ontem, liberaram mais US$ 1,5 bilhão de maneira automática. Esse movimento da autoridade monetária, porém, não indica uma mudança de estratégia. A instituição, que até a semana passada trabalhava com um teto informal de R$ 2,10 para a divisa, deve continuar a perseguir uma cotação mais elevada do que essa. Entretanto, quer que isso ocorra de maneira gradual para evitar impacto no custo de vida. "O dólar estava subindo rápido demais, e, se isso continuasse, traria muitas pressões inflacionárias", ponderou Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos. O dólar mais alto pode funcionar como uma ajuda para que a indústria exporte mais e, ao mesmo tempo, se defenda das importações. Mas, nessa estratégia, o consumidor paga a conta. Viagens internacionais e importados, a exemplo de produtos comuns na ceia de Natal, já estão mais caros, além de itens que sofrem influencia indireta da taxa de câmbio. Para os turistas que fazem as compras no cartão de crédito durante as viagens ao exterior, há ainda o risco da divisa subir até o fechamento da fatura e a conta ficar muito superior à esperada. Até ontem, quando comparado a dezembro de 2011, o dólar registrava alta de 18,4% e, para especialistas, a elevação deve continuar em 2013. As estimativas são de que a moeda pode chegar até R$ 2,30 ao longo do próximo ano. Decepção Depois do resultado frustrante do Produto Interno Bruto (PIB), que acumula no ano crescimento de 0,9%, aumentou a pressão sobre a equipe econômica em busca de soluções para a fraqueza do país. E a decisão de elevar o dólar para dar competitividade à indústria ganhou mais força. A medida, porém, enfrenta resistências, devido à possibilidade de que a ela acabe comprometendo a meta de inflação, fixada em 4,5%, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O governo também entende que está com pouca margem de manobra para garantir uma carestia comportada em 2013. A redução da tarifa de energia elétrica, por exemplo, pode ter um impacto positivo menor que o estimado no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso porque algumas companhias não querem aderir à renovação antecipada de concessões. O Ministério da Fazenda ainda precisa descobrir como acomodar um ajuste de pelo menos 10% no preço da gasolina para equilibrar o caixa da Petrobras. Na conta que irá influenciar a decisão de até onde empurrar o dólar, há ainda o fim do desconto de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos e eletrodomésticos da linha branca. A previsão é que o benefício acabe em 31 de dezembro, uma reversão que tem potencial de jogar pelo menos 0,5% de alta já no IPCA de janeiro. Com tudo isso, elevar o dólar, uma âncora tradicional da inflação, tem um limite, apontam os especialistas. "Não seria razoável esperar que o câmbio resolvesse todas as deficiências da indústria. O governo não seria ingênuo a esse ponto", avaliou Zeina Latif, sócia-diretora da Gibraltar Consulting. "Que câmbio seria esse, capaz de resolver os problemas de infraestrutura e de mão de obra? Teria de ser muito elevado", argumentou.

UNIÃO JÁ GARANTIU CORTE DE 17% NAS TARIFAS DE ENERGIA

A recusa de grandes geradoras de energia à proposta de renovação das concessões do setor elétrico terá impacto restrito sobre a queda de preço que a União pretende oferecer ao consumidor a partir de 2013. Para alcançar a meta de redução média de 20,2% na conta de luz, como prometido pela presidente Dilma Rousseff, o governo terá de lançar mão de outros instrumentos, como subsídios à tarifa. Com as usinas de Cesp, Copel e Celesc fora do plano e com probabilidade de que o mesmo ocorra com as da Cemig, estão automaticamente comprometidos quase três pontos percentuais do corte de preços pretendido. Nessa conta, a Cesp representa 1,6 ponto percentual, a Copel outros 0,2 e a Cemig, cerca de 1 ponto. O corte de preços já teria se reduzido a cerca de 17%. "Não vamos fazer a assinatura dos contratos ", afirmou ontem o presidente da Cesp, Mauro Arce, logo após a assembleia de acionistas da estatal paulista, que decidiram recusar a renovação antecipada das concessões das três hidrelétricas da companhia, Três Irmãos, Ilha Solteira e Jupiá. A reunião durou cerca de 20 minutos. A recusa da Cesp foi um golpe para o governo federal, que pretende reduzir em 20% a conta de luz dos brasileiros em 2013. Em contrapartida, a adesão de última hora da Companhia de Transmissão Paulista (Cteep) foi considerada uma vitória. Os acionistas da Cteep aprovaram ontem em assembleia a renovação das concessões, após o governo ter melhorada sua oferta, na quinta-feira à noite. A companhia receberá indenização adicional estimada em R$ 3,5 bilhões pelas linhas de transmissão construídas até 2000. Pela proposta inicial, esses ativos não seriam reembolsados. Os investidores reagiram bem à decisão da Cesp, cujas ações (PNB) subiram ontem 8,9%. Mas a mudança de opinião da Cteep frustrou o mercado: as ações (PN) da companhia fecharam em baixa de 2,7%. Segundo Arce, o governo federal e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não forneceram à Cesp informações que justificassem os valores atribuídos às tarifas e aos ativos da empresa. "Não recebemos resposta aos recursos apresentados pela Cesp. Vínhamos dizendo sempre que a decisão dependeria de uma análise final, mas não tivemos dados suficientes." Segundo ele, ainda na sexta-feira, a Cesp chegou a mandar para Brasília os nomes das pessoas que assinariam os contratos. "Esperamos o máximo possível." A empresa e seus acionistas consideraram que os valores oferecidos pelo governo federal não refletem os valores justos. O único que votou contra a não renovação foi o Sindicato dos Eletricitários de Campinas, ligado à CUT, que detém poucas ações da Cesp. A não renovação da usina de Três Irmãos, em especial, causará um problema para o governo federal. A concessão da usina já terminou em julho de 2011, portanto, a União poderá tomar esse ativo de volta a qualquer momento. "Qual será a atitude em relação a Três Irmãos? Caberá a eles [o governo federal] tomar essa decisão", disse Arce. "Pedimos uma resposta há três anos [de Brasília] e nunca nos responderam." O executivo admitiu que a Cesp não é "estratégica" para o governo paulista, que tentou por duas vezes privatizá-la. "Na Eletrobras, o governo federal poderá capitalizar a empresa. Mas o Estado de São Paulo não vai capitalizar a Cesp", afirmou, ao justificar a decisão. A Cesp questiona os cálculos feitos governo e pela Aneel para o Valor Novo de Reposição (VNR) das suas três usinas, que foi utilizado para indenizar as empresas por investimentos não amortizados. "O VNR está no nosso balanço de acordo com a tabela da Eletrobras. Usamos a mesma metodologia. Então por que há uma diferença tão grande?", questiona Arce. Segundo ele, a diferença entre os valores contabilizados pela Cesp e os valores calculados pelo governo é de R$ 5, 3 bilhões. "Teríamos de colocar esse valor como prejuízo", afirmou. Arce sugere que a Cesp irá à Justiça caso as indenizações não sejam revistas. A empresa terá direito de ser indenizada ao fim dos contratos, mesmo sem aderir à renovação. "Vamos brigar por isso, no bom sentido", disse Arce. Segundo ele, seria uma "incoerência" recusar esses valores agora para aceitá-los depois. "Mas nada na vida é irreversível. Estamos abertos à discussão. Sempre fomos muito bem recebidos [em Brasília]", afirmou logo em seguida. A decisão de não aceitar a proposta do governo foi "puramente racional", disse, ao negar qualquer motivação política. Segundo ele, a receita da Cesp cairia para R$ 184 milhões por ano se aceitasse a renovação. "Mas gastamos hoje R$ 270 milhões com pessoal, serviços e materiais. Esse seria o valor para ressarcir a empresa pelos custos operacionais. Do que adianta a empresa ter 30 anos de uma receita que não cobre os custos. Nem se mandássemos metade dos funcionários embora." Outro ponto criticado pela Cesp foi o fato de a Medida Provisória 579 não ter sido ainda aprovada pelo Congresso. Se assinasse o contrato, a empresa abriria mão de possíveis direitos.

Fica para 2013 votação do fator previdenciário

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff vem conseguindo segurar sua base aliada na Câmara e deve fechar mais um ano sem a aprovação do fim do fator previdenciário, que inibe aposentadorias precoces. É uma mudança desejada há anos pela grande maioria dos deputados. Líderes dos maiores partidos na Casa já admitem que a votação deve ficar para 2013. Mas é consenso na Câmara que, se colocada em pauta, ninguém ficará contra, nem mesmo o PT. Por isso, Dilma fez um apelo pessoal ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que ameaça cumprir a promessa de votar o projeto desde o primeiro semestre. A preocupação do governo é com o rombo que a mudança causaria nos cofres da Previdência. O déficit da Previdência para 2013 está previsto em R$ 34,2 bilhões na proposta do Orçamento Geral da União, enviada pelo governo, mas esse número deve crescer com o reajuste do valor do salário mínimo a partir de janeiro. O fator foi criado em 1999 e, nos primeiros dez anos, gerou economia de R$ 10,1 bilhões, perdendo depois o fôlego. Mesmo assim, estimativas da Previdência falam numa economia de cerca de R$ 30 bilhões até hoje. Dentro do governo há dúvidas sobre a viabilidade financeira da proposta em discussão na Câmara de substituir o atual fator pela chamada fórmula 85/95: a aposentadoria seria possível quando o contribuinte completasse a soma de 85 anos, considerando sua idade mais o tempo de contribuição, no caso de mulher; e 95 anos para homem. O governo não abre mão de que seja fixada uma idade mínima para aposentadoria. Desde agosto, o governo faz contas para o cálculo das aposentadorias, com simulações de uma fórmula que leve em conta a expectativa de vida das pessoas. Mas não consegue uma equação segura, daí a decisão política de não votar a proposta. Na Câmara, depois de Dilma entrar em campo, os líderes das maiores bancadas e o próprio Marco Maia adotaram um tom mais cauteloso. Maia chegou a prometer que poria a matéria em pauta antes do recesso do fim de ano, mas isso não deve ocorrer. Os líderes admitem que é grande a pressão nas bancadas, mas cedem ao argumento do governo de que não há como, em momento de crise econômica internacional, pôr em risco as finanças do país. O líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), assume o discurso da responsabilidade: - É hora de o governo sentar e conversar com a base, apresentar uma alternativa que faça justiça ao trabalhador, mas não crie prejuízos ao país. Do jeito que está, não votamos este ano. O líder do PT, Jilmar Tatto (SP), também considera improvável a votação do fim do fator nos próximos meses. E diz que mesmo a fórmula 85/95 não é aceita pelo governo, com o mesmo argumento do aperto fiscal por causa da crise econômica mundial. - Como está hoje, o fator prejudica os trabalhadores, mas acabar com ele seria irresponsabilidade com o país. Não podemos votar por votar, o esforço tem que ser para conversar com o governo, combinar a melhor alternativa. Presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) disse que manterá a estratégia de obstruir a votação de projetos de interesse do país e do Orçamento de 2013 como forma de pressão.

Governo quer reduzir benefícios em casos de aposentadoria por invalidez

BRASÍLIA - O governo quer reduzir as despesas com aposentadorias por invalidez e estuda fixar uma meta de corte de 40% na quantidade de benefícios até 2019. Para alcançar essa meta, está elaborando um plano de reabilitação dos segurados, tanto do ponto de vista da saúde quanto da profissão, que permita a reinserção dos profissionais no mercado de trabalho. De acordo com estimativas da Previdência, a medida levará a uma economia de R$ 25 bilhões por ano, quando todo o sistema estiver funcionando. Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/governo-quer-reduzir-beneficios-em-casos-de-aposentadoria-por-invalidez-6906839#ixzz2DzLIVLVq © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Movimentos do corpo revelam sentimento de uma pessoa, diz pesquisa

Distinguir emoções como dor, alegria, prazer ou sofrimento parece óbvio. Basta olhar o rosto de uma pessoa para saber se ela acaba de ganhar na loteria ou recebeu, há segundos, uma notícia trágica. Decifrar os sentimentos alheios em momentos extremos, porém, não é tão simples assim. De acordo com uma pesquisa publicada na revista Science, é o corpo, e não a face, que entrega o verdadeiro estado de espírito de um indivíduo. Estudioso da linguagem não verbal e autor de diversos artigos científicos, o neuropsicólogo Hillel Aviezer, da Universidade de Princeton, explica que saber identificar as emoções por meio de expressões corporais e faciais ajuda a conduzir as interações entre as pessoas. "Se você percebe que alguém está sofrendo, pode ir até lá e oferecer ajuda. Ou se o indivíduo parece contente, talvez seja um convite para se aproximar. Por outro lado, a forma como uma pessoa se comporta pode ser um alerta para que você saia de perto o mais rápido possível", diz.

Cientistas da Universidade de Cambridge criam células-tronco do sangue

Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, desenvolveram uma forma de criar células-tronco a partir do sangue e da pele. A pesquisa mostra que essas células-tronco podem ser usadas no combate às doenças de circulação e do coração. O cientista Amer Rana, do Departamento de Medicina da Universidade de Cambridge, disse que a descoberta aumenta a esperança dos doentes que sofrem com os problemas cardiovasculares. A pesquisa foi publicada na revista científica Stem Cells: Translational Medicine. "Estamos entusiasmados por ter desenvolvido um método prático e eficiente para criar células-tronco", disse Rana. O estudo, financiado pela Fundação Britânica do Coração (cuja sigla em inglês é BHF) e pelo Conselho de Pesquisa Médica (MRC), faz uma série de experiências a partir das amostras de sangue e tecidos da pele e a aplicação de diferentes de produtos químicos. Leia mais notícias em Mundo De acordo com as pesquisas, as células de sangue podem ser congeladas e armazenadas, depois transformadas em células-tronco. Segundo os cientistas, essa possibilidade é considerada essencial, pois o material não perde a validade. Shannon Amoils, do BHF, disse que há, ainda, expectativas de que, futuramente, essas células-tronco desenvolvidas a partir do sangue e da pele possam colaborar para reparar o tecido danificado, sem ser atacadas pelo sistema imunológico do corpo. Mais informações podem ser obtidas no site da Universidade de Cambridge.

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