Após pouco mais de três anos de obras, Brasília recebe nesta terça-feira (18/12) um dos seus grandes monumentos totalmente restaurado. Agora, livre dos tapumes e grades que isolavam a área durante o período de reforma, a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida abre as portas para missa de reinauguração nesta terça-feira, às 10h. Leia mais notícias em Cidades-DF Ao todo, foram investidos R$ 25 milhões na revitalização do espaço projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. A pintura de toda a igreja foi renovada, os vitrais internos e externos trocados e o espelho d´água reconstruído. Além disso, as quatro estátuas conhecidas por Evangelistas, instaladas na praça de acesso à Catedral, passaram por processo de recuperação. Na nave da igreja, os cabos de aço que sustentam os três anjos suspensos também foram substituídos e ganharam estrutura para possibilitar o rebaixamento das esculturas, importante para facilitar a limpeza das obras. A rampa de acesso à Catedral passou por revitalização, com a troca de todas as borrachas instaladas sobre o piso. O mármore que reveste a parte interna da igreja ganhou novo polimento e o campanário teve a base reestruturada e os sinos restaurados.
Exageros nas festas de confraternização pode comprometer a saúde
Belo Horizonte - Ainda faltam alguns dias para a famosa, e geralmente farta, ceia de Natal. Mas é só dezembro começar para quem não se viu durante todo o ano arrumar mil motivos para se encontrar. Faltam datas para conciliar as reuniões com amigos de infância, a cervejinha com os colegas de faculdade, o amigo oculto dos mais queridos e, claro, as confraternizações do trabalho. A sequência de programas vem com comida e bebida demais, e sono de menos. O organismo não está preparado para tantos excessos e logo dá sinais de cansaço. Se o melhor do fim de ano é exatamente esse clima de festa e você não quer abrir mão da diversão, é bom tomar alguns cuidados para chegar inteiro no ano que vem. Dormir, por exemplo, é essencial para o equilíbrio funcional do organismo, já que são vários os impactos da privação de sono. Segundo a neurologista Maria do Carmo de Vasconcellos Santos, diretora da Sociedade Mineira de Neurologia, entre os efeitos da ausência de uma noite bem dormida estão a irritabilidade, a ansiedade, a dificuldade de atenção e de concentração, o desequilíbrio de funções metabólicas e hormonais, e a fadiga. O sono repara as energias gastas na vigília. Dormir pouco por dias consecutivos é ainda pior. Nesse caso, bem comum nessa época do ano, ocorre o chamado débito de sono, que agrava os prejuízos ao organismo.
Ciência revela complô de 3 mil anos: Ramsés III teve garganta cortada
O faraó Ramsés III teve a garganta cortada: concluíram pesquisadores baseados em raios X e análises de DNA para resolver um crime de 3 mil anos que confirma a chamada "conspiração do harém", um dos episódios mais sombrios do antigo Egito. A conspiração de membros do harém do faraó é conhecida através de documentos da época, em particular o "Papyrus judiciaire" conservado em Turim e que relata a tentativa de golpe de Estado da rainha Tiyi, uma das esposas de Ramsés III. Tiyi desejava levar ao trono seu filho, quando o sucessor legítimo de Ramsés III era o filho de Isis, a primeira esposa. A rainha Tiyi se apoiava na crescente indignação popular contra o faraó, que vivia no luxo enquanto a fome ameaçava o Egito. Apesar de viver restrita ao harém, Tiyi estabeleceu contatos com o exterior para armar o complô, que envolveu militares e até um sacerdote. Seu objetivo era simples: eliminar Ramsès III, provavelmente durante uma noite de prazer no harém. Documentos oficiais revelam que a tentativa de golpe fracassou em 1.156 a.C, e que cerca de 30 envolvidos foram condenados, mas não informam o destino de Ramsés III, que tinha em torno de 65 anos. Perdida por muito tempo, a múmia de Ramsés foi finalmente encontrada no final do século XIX, mas uma radiografia realizada nos anos 60 não revelou qualquer traumatismo no faraó. Mas o especialista em múmias alemão Albert Zink, célebre por revelar os segredos de Ötzi, o caçador primitivo descoberto em 1991 nos Alpes, se debruçou sobre o mistério do destino de Ramsés III. Com a ajuda de especialistas, incluindo Zahi Hawass, antigo responsável do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Zink examinou a múmia de Ramsés III com imagens em 3D (três dimensões) e tomografia computadorizada, e descobriu um ferimento grave na garganta do faraó, exatamente sob a laringe, que havia passado desapercebido. "O corte tem cerca de 70 mm (...) e foi feito com uma faca ou uma lâmina similar", destaca o trabalho, que será publicado nesta terça-feira no British Medical Journal. "Sua extensão e profundidade indicam que o corte provocou a morte imediata de Ramsès III", destacam os pesquisadores. A tomografia revelou ainda um corpo estranho junto ao ferimento: um amuleto de pedra, "O Olho de Horus", que os egípcios utilizavam em rituais de cura. "A garganta cortada e o amuleto provam claramente que o faraó foi assassinado", conclui Albert Zink.
Inadimplência caminha para normalização em 2013, diz Serasa
O nível de inadimplência dos consumidores brasileiros deve apresentar comportamento mais favorável em 2013, marcando uma trajetória de normalização após quase dois anos de crescimento, estimou nesta sexta-feira (14) a Serasa Experian. O indicador de perspectiva da inadimplência do consumidor, que permite prever os movimentos cíclicos da inadimplência com seis meses de antecedência, recuou 1% em outubro, a 98,9, mantendo uma sequência de reduções mensais. "O desemprego historicamente baixo e ganhos salariais acima da inflação, as perspectivas de manutenção dos juros básicos em patamares também historicamente baixos e a melhora gradativa do crédito contribuirão para que a inadimplência do consumidor consiga uma trajetória de normalização no ano que vem", afirmaram os economistas da Serasa em nota. O índice de inadimplência do consumidor apurado pela Serasa caiu 0,1% em novembro ante outubro, mas avançou 13% sobre um ano antes. A entidade também estimou que a inadimplência das empresas deve registrar queda gradual em 2013, após o indicador cair 1,5% em outubro ante setembro, para 92,4. Além da taxa básica de juro mantida em níveis historicamente baixos, a Serasa destacou expectativas de aceleração do crescimento econômico e a confirmação dos prognósticos de um cenário internacional menos conturbado em 2013 como fatores que podem favorecer o cenário de inadimplência das empresas.
Febraban e Banco Central discutem prorrogação de regras de Basileia 3
Dirigentes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e do Banco Central discutiram, na quarta feira em Brasília e ontem em São Paulo, o adiamento da implementação das novas regras de capitalização dos bancos públicos e privados preconizadas no acordo de Basileia 3. Algumas medidas começariam a vigorar a partir de janeiro de 2013, mas vários países, inclusive os Estados Unidos, já anunciaram que vão postergá-las. Outros como China, Japão e Austrália, vão obedecer os prazos originais. O BC teria que divulgar as normas definitivas que pretende adotar ainda este ano, assim como a data de partida para sua vigência. Os bancos querem a prorrogação, sobretudo da readequação dos créditos tributários. A resposta deve ser dada nos próximos dias. O Ministério da Fazenda também discute com o Banco Central esse cronograma, preocupado com dois impactos: sobre os bancos públicos - que podem requerer nova capitalização pelo Tesouro nacional - e com o risco de maiores restrições à expansão do crédito no ano que vem, num momento em que a oferta, pelos bancos privados, cresce apenas 3%. Apesar da solidez do sistema bancário brasileiro, a qualidade do capital exigida por Basileia 3 vai demandar um esforço redobrado de capitalização, pois parte do patrimônio de referência do sistema está fora dos padrões exigidos por Basileia 3. E isso representará menos disponibilidade de recursos para financiar as famílias e as empresas do país, com impacto sobre o crescimento econômico. Cerca de 40% dos R$ 500 bilhões de patrimônio de referência (PR) são representados por créditos tributários (R$ 90 bilhões) e dívidas subordinadas (R$ 110 bilhões). Ambos são, atualmente, contabilizados como capital mínimo. No cronograma original do BC, os bancos teriam que desconsiderá-los gradualmente a partir de 2013, concluindo esse processo em 2017. Há, porém, uma intrincada negociação com a Receita Federal sobre os créditos tributários. Para o BC, os bancos são obrigados a fazer provisão para inadimplência a partir de 90 dias. Para efeito de cobrança de impostos (Imposto de Renda, PIS, Cofins, CSLL), porém, o fisco é mais rigoroso e só admite a contabilização dos créditos de devedores duvidosos como prejuízo depois de esgotados todos os processos de cobrança administrativos e judiciais, o que em geral demora cerca de um ano. O crédito tributário é, assim, uma dívida do Tesouro Nacional com o sistema bancário gerada por um pagamento antecipado de imposto sobre créditos que exigirão provisionamento e, portanto, serão considerados prejuízos. Os bancos defendem que a regra da receita federal para o tratamento tributário sobre provisão seja mais próxima da do BC. Se concordar, o fisco perderia em antecipação de receita cerca de R$ 60 bilhões. Ontem pela manhã o presidente da Febraban, Murilo Portugal, acompanhado de Marcos Lisboa, vice presidente do Itaú Unibanco, de Osvaldo Assis, do BTG Pactual e de Júlio de Siqueira Araújo, do Bradesco - todos da diretoria da federação, estiveram com o diretor para Assuntos Internacionais do Banco Central, Luiz Pereira Awazu. Ontem a tarde Portugal esteve novamente com o diretor do BC, em SP.
BC vai endurecer fiscalização sobre tarifa e concorrência
Depois de dar como encerrada a temporada de faxina no sistema financeiro, o Banco Central (BC) vai passar a monitorar a conduta das instituições financeiras para além dos temas de liquidez e solvência. No radar da autoridade, está o comportamento dos bancos em relação a temas como tarifas, concorrência e até correspondentes bancários. A partir de 2013, a diretoria de fiscalização, chefiada por Anthero de Moraes Meirelles, contará com uma equipe de 50 pessoas, cujo objetivo será fazer a chamada "supervisão de conduta". A missão desses funcionários será verificar se as instituições estão seguindo as regras existentes hoje para uma série de assuntos, que vão da prevenção à lavagem de dinheiro ao microcrédito. (ver quadro ao lado) A avaliação do Banco Central é que até agora esse trabalho só era feito quando surgiam problemas específicos, sem uma supervisão mais constante da aderência das instituições às normas. Reclamações dos correntistas sobre tarifas, por exemplo, levam a autoridade a verificar a existência ou não daquele problema específico, mas sem uma ação prévia que poderia ter evitado o transtorno do consumidor. Outras áreas dos bancos como exposição a derivativos, captações, carteiras de crédito, câmbio e liquidez já são monitorados diariamente por meio de softwares, por serem temas vitais às instituições financeiras. Em meio à varredura feita nos bancos desde 2010, depois da descoberta de fraudes que levaram a um rombo de R$ 4,3 bilhões no PanAmericano, o Banco Central avalia que o monitoramento da conduta dos bancos acabou ficando em segundo plano. Intensificada, a vigília fez com que, nos últimos três anos, seis bancos mudassem de controle e outras quatro instituições fossem liquidadas. Dos processos administrativos abertos por causa das irregularidades, as penas aplicadas aos ex-banqueiros já somam cerca de 500 anos de inabilitação para atuar no mercado financeiro. Por considerar que esse processo de limpeza já chegou ao fim com a intervenção no BVA, feita em outubro, o Banco Central quer a partir de agora tratar com o mesmo rigor a aderência dos bancos a outras regras não ligadas a liquidez e solvência. Essa dupla supervisão do Banco Central teve como inspiração modelos já adotados em países como Portugal e Reino Unido. Inicialmente, a equipe de Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, se debruçará no próximo ano especificamente sobre três temas: correspondentes bancários, concorrência e controles do direcionamento obrigatório de depósitos para créditos, como o imobiliário e o microcrédito. Não é à toa que o Banco Central elegeu alguns desses tópicos. Os chamados "pastinhas", agentes responsáveis pela venda de produtos bancários, são de longa data uma controversa figura. Esses correspondentes cobram dos bancos uma comissão por serviços vendidos. O tamanho dessa comissão é alvo constante de discussão entre bancos e agentes. O debate em torno da concorrência também está aquecido. Em outubro, por meio de um acordo, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) fez o BANCO DO BRASIL abrir mão de uma cláusula que embutia nos contratos com órgãos públicos. Ela obrigava os funcionários de administrações que recebem salário pelo banco a obter o crédito consignado apenas com o BB. O Termo de Compromisso de Cessação da Prática (TCC) prevê ainda que o banco público desembolse R$ 99,5 milhões.