Suspeita de fraude em concurso da Receita

Mais um concurso de grande porte está sob suspeita de fraude. A polêmica, agora, envolve a Receita Federal, que oferece 750 vagas para analistas tributários. Segundo denúncias recebidas pela Escola de Administração Fazendária (Esaf), organizadora do certame, quatro dos candidatos aprovados nas avaliações objetivas teriam parentesco com um servidor do Fisco. Eles tiveram notas altas e idênticas. O assunto dominou os fóruns de internet e causou apreensão aos inscritos. Dois dos candidatos sob suspeita seriam filhos de funcionário da Receita, uma seria nora, e o quarto, um sobrinho. Há dúvidas se o informante que deu o gabarito aos concurseiros é analista tributário ou auditor fiscal. O filho do servidor e a nora, que trabalharia na área administrativa do Ministério da Fazenda, tiveram 189 pontos na múltipla escolha (leia quadro acima), façanha conseguida por outras 32 pessoas de um grupo de 93.692 inscritos. Os outros dois acertaram 191 questões - 31 candidatos tiveram a mesma nota. É importante lembrar que a pontuação dos quatro suspeitos em sete das oito disciplinas foi idêntica. A Esaf informou ao Correio, por meio de nota, que "está tomando as providências necessárias" em relação às denúncias, mas ressaltou que a "divulgação de qualquer informação prematura pode prejudicar o processo investigativo". Destacou ainda que, se necessário, recorrerá à Polícia Federal para chegar aos supostos responsáveis pelo vazamento das questões. Até que o caso seja esclarecido, o andamento do concurso corre normalmente. A presidente do Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal (Sindreceita), Silvia Helena Felismino, disse que enviou um ofício à Esaf e à Receita exigindo apuração dos fatos. Segundo ela, é de praxe que a Receita, em seguida, encaminhe o documento ao Ministério Público e à PF. Já o presidente do Sindicato dos Auditores (Sindfisco), Pedro Delarue, lembrou que, em 1994, 41 candidatos de Santos (SP) foram acusadas de "cola eletrônica". Um professor passou as questões por meio de ponto eletrônico. "As pessoas foram identificadas e punidas, mas a prova não foi anulada", destacou. Para Ernani Pimentel, presidente da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), caso a suspeita seja confirmada, a punição deve ser exemplar. "Já existe legislação que determina que fraudes em concursos são crime", alegou. A seu ver, "é muito importante que a investigação se aprofunde, até que todas as dúvidas sejam sanadas". Segundo o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), relator do Projeto de Lei 74/2010, que fixa regras para concursos públicos em todo país, "se o funcionário de um órgão responsável pela seleção não participar da organização, não há problema que seus parentes concorram". Ele disse que o ideal, no entanto, é proibir a participação, nos certames, de parentes de até terceiro grau de pessoas responsáveis pelos testes que serão aplicados.

Promessa de segurar o dólar

O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, afirmou ontem que o governo continuará se esforçando para manter a cotação do real em torno de US$ 2, agindo dentro das regras já estabelecidas. "O que o Brasil fez nesses últimos meses (...) é uma política cambial que os analistas estão chamando de flutuação suja. O câmbio é flutuante, mas o Banco Central tem agido, e tem agido de forma correta, porque usa os instrumentos de mercado", disse o ministro. "O Banco Central tem agido no sentido de manter o patamar do câmbio num estágio competitivo. Hoje voltou a ter competitividade", completou Pimentel, referindo-se ao início de 2011, quando o dólar chegou a R$ 1,50. O ministro negou que a intervenção no câmbio seja uma forma de protecionismo e afirmou que alguns analistas ainda consideram o real valorizado. "Mas certamente é um patamar muito mais confortável do que foi no início do ano passado", opinou. As declarações foram dadas em entrevista a jornalistas após encontro do Conselho Nacional do Desenvolvimento Industrial, no Palácio do Planalto. Pimentel comentou também a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4% para o próximo ano, apresentada no encontro pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Isso não é um desejo no governo, mas uma previsão já consolidada de vários organismos internacionais, inclusive do próprio FMI (Fundo Monetário Internacional). Nós temos solidez e robustez fiscal suficientes para propormos essa meta de crescimento de 4% do PIB no ano que vem", sustentou. O número de 2013 foi apresentado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no início do ano, quando o governo estabeleceu projeções para 2012, depois revistas. Pela estimativa atual, a alta do PIB em 2012 será de apenas 1,6% Na reunião, realizada para avaliar o andamento do Plano Brasil Maior, os empresários apresentaram duas demandas ao governo. A primeira é estender o prazo do Reintegra, restituição de impostos no valor de até 3% da receita de empresas exportadoras de manufaturados. A outra demanda é prorrogar o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), linha de financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também prevista para acabar no fim do ano.

Sandy esvazia Wall Street e reduz giro na Bovespa

A passagem do furacão Sandy obrigou a Bolsa de Nova York a suspender todas as operações por dois dias seguidos, o que não acontecia há mais de 120 anos A passagem do furacão Sandy provocou estragos na costa leste americana, fechou Wall Street e fez a liquidez dos demais mercados mundiais despencar. A Bovespa negociou apenas R$ 4 bilhões, pouco mais da metade do volume de um pregão normal. Foi o menor giro desde 3 de setembro (R$ 3,8 bilhões), feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos. E a expectativa para hoje é de um pregão tão ou mais fraco que o de ontem, uma vez que as bolsas continuarão fechadas nos EUA. Desde 1888, Wall Street não parava por dois dias seguidos devido a um evento climático. Em março daquele ano, uma grande nevasca atingiu a costa leste americana. Porém, a última vez que Wall Street suspendeu operações por tanto tempo foi em 2001, com os atentados de 11 de setembro. Apesar da pressão provocada pelas ações da Petrobras, o Ibovespa conseguiu sustentar a linha dos 57 mil pontos. O índice fechou em baixa de 0,17%, aos 57.176 pontos. Mas a análise gráfica para o índice não é animadora. Segundo o analista Raphael Figueredo, da Icap Brasil, o Ibovespa caminha para os 56.200 pontos, o que faria a bolsa zerar os ganhos em 2012. Para reverter a tendência, o índice precisa recuperar os 58.100 pontos. As ações da Petrobras concentraram as atenções ontem, após a divulgação do balanço na sexta à noite. Os papéis devolveram a alta do último pregão, quando subiram na expectativa de que o resultado seria bom. O papel PN terminou em baixa de 3,39%, a R$ 21,35, com giro de R$ 430,5 milhões. A ação ON caiu 3,45%, para R$ 22,10, com R$ 100,8 milhões. A combinação entre aumento nos custos, queda da produção e defasagem no preço dos combustíveis foi fatal para a companhia, observa o estrategista de análise para pessoas físicas da Bradesco Corretora e da Ágora Corretora, José Francisco Cataldo. "O resultado veio abaixo do consenso do mercado." O lucro de R$ 5,567 bilhões no terceiro trimestre ficou 12% abaixo do registrado no mesmo período de 2011 e 23% inferior à média das projeções dos analistas ouvidos pelo Valor, de R$ 7,2 bilhões. Outro ativo que se destacou foi Amil ON (0,76%, a R$ 30,43) pelo elevado volume negociado, de R$ 696 milhões. Segundo operadores, o giro foi inflado por um negócio direto realizado pelo Morgan Stanley e por uma operação a termo com 3,3 milhões de papéis. Mas não é de hoje que Amil vem se destacando entre as mais negociadas. O papel virou uma espécie de proteção contra a volatilidade do mercado, uma vez que seu preço está "travado" pela oferta pública de aquisição de ações por troca de controle para o UnitedHealth Group (UHG), a R$ 30,75 por ação. Ainda entre as ações mais negociadas, OGX ON (2,67%) corrigiu perdas recentes e liderou a lista de maiores altas do Ibovespa. Vale PNA (0,38%) e Itaú Unibanco PN (0,03%) passaram o dia no vermelho, mas zeraram as perdas no fechamento. Estudo da consultoria Economatica mostra que OGX, Petrobras, Vale e Itaú estão entre as companhias que tiveram perda de valor de mercado superior a US$ 10 bilhões neste ano. Segundo o levantamento, a empresa de Eike Batista registra a maior desvalorização, de 69,5%, e a quarta maior perda nominal, de US$ 16,3 bilhões, entre duas mil companhias analisadas. Fora do Ibovespa, Eternit ON perdeu 10,87%. Investidores estão preocupados com um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, que pode decidir pelo banimento do uso do amianto, principal matéria-prima da Eternit.

O Dilema dos Planos de Saúde

Nada preocupa mais os brasileiros do que saúde. É natural portando que, com a estabilidade da economia e o aumento renda da população os brasileiros tenham disparado na busca pela contratação de planos de saúde particulares. "A oferta de novos planos de saúde hoje é vital para o Brasil. Se ela não existisse, apenas uma ínfima parte da população continuaria tendo acesso a certos tratamentos", afirma José Marcus Rotta, presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. "Mas é preciso encontrar um equilíbrio entre a saúde financeira dos planos, a dos pacientes e as condições de trabalho dos médicos", diz. No momento, o aperto na fiscalização às empresas se justifica. São muitas ainda as zonas cinzentas que permitem aos planos dificultar a vida de seus clientes. Queixas de procedimentos negados e cirurgias atrasadas são as mais comuns - o tipo de dor de cabeça que as pessoas pensaram que evitariam ao contratar um plano particular. A melhor saída, de acordo com entidades de defesa do consumidor e advogados que atuam na área, é recorrer à Justiça. O Procon-SP admite que sua taxa de sucesso na resolução desse tipo de caso é baixa. Um número crescente de brasileiros está sacrificando parte do orçamento familiar para garantir um melhor atendimento na área de saúde. É justo exigir que os prestadores desse serviço correspondam ao esforço. (Carolina Rangel e Otávio Cabral) Fonte: Dr. Previdência

Por falhas de atendimento, Anatel multa Embratel e Oi

BRASÍLIA A diretoria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aplicou ontem duas multas na Embratel, no valor total de R$ 62,4 milhões. Por não ter instalado postos de atendimento aos consumidores em 581 municípios, a empresa terá que pagar R$ 54,2 milhões. O valor foi calculado levando em conta o custo de manutenção de uma loja. A segunda multa, de R$ 8,2 milhões, foi aplicada por deficiência na qualidade dos serviços prestados. A agência também multou a Oi (Telemar) em R$ 4,5 milhões, porque a empresa não instalou orelhões em localidades do Pará, conforme previsto nos contratos. A Embratel preferiu não se pronunciar alegando que ainda não fora notificada. A Oi informou que vai avaliar a decisão da Anatel e poderá entrar com recurso. nono dígito Até 2016 no país A Anatel definiu o cronograma de implantação do nono dígito para o Serviço Móvel Pessoal. Até o fim de 2016, todos os celulares do país contarão com um número a mais, padronizando a telefonia brasileira. A implantação começará pelo interior do estado de São Paulo, que estará com todo o sistema em funcionamento até 31 de dezembro de 2013. A partir de janeiro de 2014, será a vez dos moradores do Rio e do Espírito Santo contarem com o nono dígito nos celulares. Rodrigo Zerbone, diretor da agência, explicou que, depois que a área 11 (capital e mais 63 municípios de São Paulo) começou a utilizar o nono dígito, o maior problema de falta de numeração se apresenta no Rio, mas não é urgente. Em São Paulo, com o nono dígito, a capacidade de numeração aumentou de 44 milhões para 90 milhões.

Por falhas de atendimento, Anatel multa Embratel e Oi

BRASÍLIA A diretoria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aplicou ontem duas multas na Embratel, no valor total de R$ 62,4 milhões. Por não ter instalado postos de atendimento aos consumidores em 581 municípios, a empresa terá que pagar R$ 54,2 milhões. O valor foi calculado levando em conta o custo de manutenção de uma loja. A segunda multa, de R$ 8,2 milhões, foi aplicada por deficiência na qualidade dos serviços prestados. A agência também multou a Oi (Telemar) em R$ 4,5 milhões, porque a empresa não instalou orelhões em localidades do Pará, conforme previsto nos contratos. A Embratel preferiu não se pronunciar alegando que ainda não fora notificada. A Oi informou que vai avaliar a decisão da Anatel e poderá entrar com recurso. nono dígito Até 2016 no país A Anatel definiu o cronograma de implantação do nono dígito para o Serviço Móvel Pessoal. Até o fim de 2016, todos os celulares do país contarão com um número a mais, padronizando a telefonia brasileira. A implantação começará pelo interior do estado de São Paulo, que estará com todo o sistema em funcionamento até 31 de dezembro de 2013. A partir de janeiro de 2014, será a vez dos moradores do Rio e do Espírito Santo contarem com o nono dígito nos celulares. Rodrigo Zerbone, diretor da agência, explicou que, depois que a área 11 (capital e mais 63 municípios de São Paulo) começou a utilizar o nono dígito, o maior problema de falta de numeração se apresenta no Rio, mas não é urgente. Em São Paulo, com o nono dígito, a capacidade de numeração aumentou de 44 milhões para 90 milhões.

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