O Comando Nacional dos Bancários e os sindicatos dos bancários de todo país, realizaram no último dia 20 de março, mais um dia de luta nacional contra o novo Plano de Cargos e Funções do Banco do Brasil. Em cerca de 20 cidades do país os funcionários realizaram atos, protestos e manifestações contra o banco.
Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) o novo plano do BB traz prejuízos aos trabalhadores, como as reduções das gratificações de funções.
“O plano foi uma coação, pois os funcionários que o banco migrou automaticamente tiveram somente seis dias para assinar o novo termo de posse. Estamos organizando vários movimentos, já fizemos plenárias e os sindicatos estão fazendo movimentos em seus estados. Faremos protesto no mês de março, abril até que o Banco do Brasil e o governo resolvam negociar”, afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e o coordenador da Comissão de Empresa dos funcionários do BB.
Já foram organizados outros dois dias nacionais de luta contra o plano, um no dia 7 de fevereiro e o segundo no dia 20 do mesmo mês.
Em nota o Banco do Brasil informou que a paralisação foi parcial, e realizada apenas em alguns estados, com baixo índice de adesão dos funcionários. “A respeito do Novo Plano de Funções, o BB ressalta que é um plano totalmente aderente à legislação trabalhista e que valoriza os funcionários. A adesão às jornadas se seis horas é voluntária e poderá ocorrer a qualquer tempo. No Plano anunciado pelo Banco, há aumento de 12% no valor da hora de trabalho, para quem optar pela jornada de seis horas. Ou seja, não haverá desvalorização do salário, mas redução do número de horas trabalhadas a serem pagas.”
Bancos apostam no crédito em renminbi
aposta o HSBC. E nesse cenário, o banco britânico quer acelerar o financiamento em renminbi de exportações e importações entre o Brasil e a China.
Bancos oficiais lideram crédito para antecipação
A queda nas taxas de juros promovidas pelos bancos públicos em 2012 chegou às tradicionais linhas de crédito para restituição antecipada do Imposto de Renda. A linha é oferecida pelos principais bancos brasileiros a taxas bem mais camaradas que as praticadas no dia a dia. Trata-se de uma modalidade vantajosa para os dois lados da operação. Para o cliente, o valor é liberado na hora e pode ser utilizado para quitar uma dívida tomada a juros superiores ou adquirir um bem em condições favoráveis. Para as instituições bancárias, o que prevalece é o risco praticamente zero de inadimplência, já que a quitação do empréstimo é feita no ato da restituição pela Receita.
Este ano, as taxas do BANCO DO BRASIL começam a partir de 1,59% ao mês, de acordo com o risco e o grau de relacionamento do cliente. No ano passado, a taxa mínima era de 2,63%. "De lá para cá, o custo de captação dos bancos caiu significativamente", diz Edmar Casalatina, diretor de empréstimos e financiamentos do BB. Segundo o diretor, em 2012 a liberação para esta linha foi de R$ 430 milhões, que foram contratadas por 228 mil clientes. "Estamos tendo uma aceitação muito boa e esperamos liberar cerca de R$ 500 milhões", diz. O valor do crédito é limitado a R$ 20 mil e o prazo para quitação é até fevereiro de 2014. Em 2012, a inadimplência ficou abaixo de 0,5%.
Já os clientes da Caixa Econômica Federal vão encontrar taxas ainda mais atraentes - a partir de 1,57% ao mês ante 2,2% cobrados pela mesma linha em 2012, quando foram liberados R$ 56,4 milhões. "Para este ano, a expectativa é alcançar R$ 80 milhões em contratações", diz Humberto Jose Teofilo Magalhães, superintendente nacional de cliente pessoa física, média e alta renda. O valor a ser liberado varia conforme cada cliente. Aqueles que recebem salário pela Caixa podem pleitear até R$ 30 mil. O limite para os demais clientes é R$ 20 mil. O pedido pode ser feito até 30 de novembro e o pagamento deve ser feito até 30 de dezembro.
Nos bancos privados, há otimismo com a adesão dos clientes à linha. "Oferecemos o produto há três anos e sempre tivemos ótima aceitação", diz Sami Foguel, diretor de produtos e segmentos do HSBC. Sem revelar números, Foguel espera um crescimento entre 8% e 10% em 2013. A linha do HSBC tem taxa única de 2,99% ao mês e estará disponível até o dia 10 de junho. Após este prazo, a aprovação será avaliada caso a caso. O valor teto é de R$ 30 mil. "O tíquete médio fica entre R$ 2 mil e R$ 10 mil", diz Foguel.
O Bradesco oferece taxas a partir de 1,89% ao mês e está aberto também para os não correntistas, desde que abram uma conta corrente para indicar o banco no momento de receber a sua restituição. No Bradesco, os clientes que recebem salário por meio de crédito em conta podem antecipar até 100% do valor da restituição do IR. Os demais podem antecipar até 80%. O empréstimo está limitado a R$ 20 mil e o vencimento para pagamento da operação é 31 de dezembro.
No Itaú, a taxa de juros começa em 1,9% ao mês e o crédito pode ser contratado até 31 de outubro. O crédito é pré-aprovado. O correntista pode fechar o contrato tanto nas agências como nos caixas eletrônicos. O pagamento da operação pode ser feito na data de recebimento da restituição ou no dia 16 de dezembro. Segundo Luiz Veloso, diretor do Itaú Unibanco, o produto tem boa aceitação. "O cliente pode contar com recurso antecipado em um período de grande concentração de gastos, o primeiro trimestre."
No Santander, a linha de crédito pode ser acessada nas agências, pela internet e na central de atendimento telefônico. As taxas começam em 1,59% ao mês e dependem de aprovação prévia. A data limite para contratação é até 31 de outubro e o vencimento é no dia 20 de dezembro. "Nossos gerentes estão treinados para orientar os clientes a respeito de suas necessidades financeiras", diz Paulo Duailibi, superintendente executivo de empréstimos do Santander. (GM)
BC lista 19 bancos estrangeiros na fila para entrar no Brasil
Existem 19 instituições estrangeiras interessadas em entrar no sistema financeiro do Brasil, afirmou ao Valor, Sidnei Correa Marques, diretor do Banco Central (BC) responsável pela área de autorização de novas empresas. A conta inclui os pedidos em análise e aqueles que ainda devem ser protocolados, mas cujo interesse pelo mercado brasileiro já foi manifestado em conversas com diretores do BC.
Estudo revela tratamento genético promissor contra leucemia em adultos
Cinco pacientes com idades entre 23 e 66 anos, que sofriam de leucemia linfoblástica aguda, tiveram uma remissão completa depois de receber linfócitos geneticamente modificados provenientes de seu próprio sistema imunológico.
Este tratamento parece ter eliminado as células cancerosas que tinham reaparecido apesar da quimioterapia, indicam os resultados deste teste clínico, chefiado pelo doutor Renier Brentjens, oncologista do hospital Memorial Sloan-Kettering em Nova York. O estudo é publicado na última edição da revista Science Translational Medicine.
Esta remissão, obtida entre uma semana e 59 dias, segundo os participantes, permitiu que quatro deles recebessem transplante de medula óssea, um tratamento eficaz para eliminar este tipo de leucemia mas que requer que o paciente tenha força para enfrentá-lo.
No quinto participante, a leucemia ressurgiu três meses depois do uso do tratamento fenético, quando o paciente estava muito doente para um transplante de medula óssea. Ele morreu pouco tempo depois.
Dos quatro que receberam transplante de medula óssea, um morreu de embolia pulmonar e outros ainda estão em tratamento.
Esta técnica genética consiste em recuperar no sangue dos doentes os linfócitos T, as principais células do sistema imunológico, para modificá-los geneticamente com um vírus e dotá-los de um receptor molecular, o que os permite atacar o câncer.
Uma vez modificados, estes linfócitos são devolvidos ao paciente via perfusão. Também têm a capacidade de se multiplicar no corpo para uma remissão duradoura. Esta técnica já foi usada com sucesso nos Estados Unidos em crianças com leucemia.
"Embora este novo tratamento contra o câncer seja promissor, ainda deve ser ajustado para que se obtenha a máxima eficácia e sustentabilidade, assim como para reduzir ao mínimo os efeitos colaterais", afirmaram os autores da pesquisa.