Sem acordo para criar banco

Os ministros de Finanças dos Brics-formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul-não conseguiram resolver as diferenças envolvendo a criação de um banco de desenvolvimento comum, indicando que as potências emergentes não conseguirão atingir a meta da reunião de cúpula que ocorre em Durban. O grupo concordou, no entanto, em formar um fundo de US$ 100 bilhões, destinado a socorrer os membros em caso de crise de liquidez. Brasil e China também fecharam um acordo para troca de reais e iuanes, até o valor de R$ 60 bilhões, para apoiar o comércio entre as duas partes.

Moderação passa a pautar instituições

Grandes bancos "correram" para buscar recursos no mercado externo em 2012. Grupo Itaú, BANCO DO BRASIL, Santander, Bradesco, BTG Pactual e Caixa Econômica Federal se destacaram em captações junto ao investidor estrangeiro, seja com a estratégia de fortalecer a estrutura de capital ou para destinar os recursos a empréstimos. 

Neste ano, com caixa reforçado e expectativas mais conservadoras em relação às carteiras de crédito no país, devido à fragilidade da economia, a tendência é de menor apetite pelo mercado internacional - pelo menos no curto prazo. 

É que além das causas já citadas, as condições para captar recursos estão mais interessantes no Brasil no momento. "A captação no mercado local acontece em bom ritmo. Lá fora vai estar sujeita às janelas de oportunidades", diz Rodrigo Fittipaldi, diretor de mercado de capitaisdo BNP Paribas, que estruturou boa parte das operações de captação dos grandes bancos realizadas no ano passado. 

Entre janeiro e março deste ano, BTG Pactual, BANCO DO BRASIL, Santander, ABC Brasil buscaram US$ 3,7 bilhões no mercado internacional, com títulos em dólares, reais e renminbi, a moeda chinesa. Já no mesmo período do ano passado, US$ 5,3 bilhões foram obtidos por Santander, Banrisul, Itaú Unibanco, BB, Bradesco e Banco BMG junto a investidores estrangeiros, de acordo com levantamento do Valor Data. 

Marlene Millan, diretora de câmbio do Brasdesco, considera que o mercado interno tem oferecido alternativas mais interessantes do ponto de vista de custo para atender às demandas de clientes. 

A recente abertura de linhas para financiar exportações pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no fim do ano passado, é citada por ela como exemplo. Na visão da executiva, a busca por financiamento de exportações e capital de giro de longo prazo deve aumentar no segundo semestre. "O Bradesco fará captações internacionais se entender que há bom nível de preço e demanda para repasse dos recursos", diz. 

A Caixa Econômica Federal, cuja primeira operação no mercado internacional aconteceu em outubro de 2012, espera repetir a dose em maio ou junho. "Já visitamos investidores nos Estados Unidos e na Inglaterra nesse ano que se mostraram interessados em fazer aportes no Brasil", diz Márcio Percival vice-presidente de finanças e mercado de capitais do banco. O foco da instituição são as operações de cinco e dez anos, como as que foram feitas no ano passado, quando a instituição captou US$ 1,5 bilhão. 

De acordo com Percival, o dinheiro obtido no exterior é destinado a financiar projetos de longo prazo na área de infraestrutura. Transportes e saneamento estão entre as áreas alvo. Assim como a Caixa, o Santander Brasil buscou recursos para empréstimos. "Não fizemos operações de reforço de capital nos últimos dois anos, fizemos para funding", diz Álvaro Fernandez, superintendente executivo financeiro do banco espanhol. 

Já o Bradesco destinou US$ 1,1 bilhão, do total de US$ 1,9 bilhão captados lá fora, para reforçar a estrutura de capital e substituir operações que estavam vencendo. O restante foi destinado ao financiamento de grandes operações de exportação e capital de giro em moeda estrangeira. "Temos um índice de Basileia bastante adequado. Mas nos deparamos com boa oportunidade de custo nessa operação de US$ 1,1 bilhão que colaborou para o capital de nível 2", diz Marlene Millan. 

O BANCO DO BRASIL, que captou US$ 4,7 bilhões fora do país em 2012, também olhou para estrutura de capital quando realizou os movimentos, além de buscá-los para funding. "O grande mote do nosso plano de acesso a mercados de médio prazo é conseguir acessar cada vez mais moedas e investidores", diz Daniel Alves Maria, gerente executivo da diretoria de finanças da instituição. 

"O que não vai haver em 2013 é a corrida por emissão de títulos de dívida subordinada vista no ano passado", projeta Fittipaldi. De acordo com o executivo do BNP Paribas, os bancos quiseram aproveitar as janelas de oportunidades para tomar o limite máximo que podiam, sabendo que o custo das emissões de títulos de dívida subordinada - instrumento que colabora para reforçar a estrutura de capital - aumentaria substancialmente com a implementação de Basileia 3. 

O novo pacote de regras nasceu para reforçar o sistema financeiro global após as crises nos Estados Unidos e União Europeia. Não quer dizer que as instituições financeiras no país tenham problema de caixa. 

"O patrimônio dos bancos no Brasil é robusto", diz Luis Santacreu, analista de instituições financeiras da Austin Rating. "Mas se perceberem boas condições para captar em operações de longo prazo e reforçar seu patrimônio ao mesmo tempo, não deixarão a oportunidade de lado". 

Em 2012, o investidor teve apetite em várias oportunidades. Uma dessas janelas foi vista logo nos primeiros meses do ano passado, quando não havia notícias de impacto sobre o ambiente macroeconômico. O período terminou com a crise do euro estancada por mecanismos de apoio que trouxeram tranquilidade ao mercado, avaliam os especialistas. 

SUS anuncia que vai oferecer teste rápido para tuberculose até o fim do ano

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (25/3) que vai disponibilizar na rede pública, até o final do ano, um teste rápido para diagnóstico da doença. O exame pode detectar o bacilo causador da doença em duas horas, além de identificar se o paciente tem resistência ao antibiótico rifampicina, usado no tratamento.

No exame tradicional, são necessários de 30 a 60 dias para realizar o cultivo da micobactéria e mais 30 dias para obter o diagnóstico de resistência à rifampicina. Com o novo teste, os índices de sensibilidade e de especificidade, segundo a pasta, chegam a 92,5% e 99%, respectivamente, o que diminui a possibilidade de um falso positivo.

O coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, Draurio Barreira, informou que o teste rápido, chamado Gene Expert, já está sendo feito no Rio de Janeiro e em Manaus e será implantado em todos os municípios com mais de 200 novos casos de tuberculose notificados em 2012.

O exame também será disponibilizado em localidades consideradas estratégicas, como cidades com grande população prisional ou indígena e em municípios de fronteira.

Para o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, o desafio do governo é combinar ações universais de prevenção e diagnóstico da tuberculose com estratégias específicas direcionadas para as chamadas populações mais vulneráveis (presos, índios e pessoas que vivem com HIV). “Por isso, a integração com a atenção básica é fundamental”, avaliou.

A estimativa de gastos para a implementação da nova tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS) é R$ 12,6 milhões. Os recursos, de acordo com o ministério, serão usados para a aquisição de testes e de computadores com leitor de código de barras e impressora e também no treinamento de profissionais e saúde.

Estudo destaca avanço em tratamento no combate à leucemia infantil

Washington - Cientistas americanos anunciaram nesta segunda-feira (25/3) o avanço em um novo tipo de terapia celular imunológica que fez desaparecer a leucemia em uma menina usando suas próprias células T reprogramadas para combater o câncer.

O estudo do caso de Emily "Emma" Whitehead, de 7 anos, gera a esperança de um novo caminho contra um tipo de leucemia forte, conhecida como leucemia linfoide aguda (LLA), que poderia inclusive substituir a necessidade de quimioterapia e transplantes de medula óssea algum dia.

Mas a pesquisa publicada na revista New England Journal of Medicine também descreve a tentativa de reprogramar células T ou linfócitos T - os encarregados de coordenar a resposta imunológica celular no nosso organismo - em outra criança que não sobreviveu, apontando para a necessidade de mais estudos para melhorar a terapia que está sendo testada.

A LLA é a forma mais comum de leucemia em crianças e costuma ter cura. No entanto, nos casos das crianças estudadas, tratava-se de um tipo de alto risco que é resistente a tratamentos convencionais, razão pela qual seus pais decidiram que participassem dos testes clínicos deste novo método.

A técnica consiste em eliminar do sangue dos doentes os linfócitos T, principais células do sistema imunológico, para modificá-las geneticamente com a ajuda de um vírus e dotá-las de um receptor molecular que lhes permite atacar as células cancerígenas.

Sem a reprogramação, os linfócitos T não são capazes de combater a doença, mas os cientistas os transformaram em células CTL019 e voltaram a inseri-las nos pacientes, onde se multiplicaram até somar milhares. No caso de Whitehead, elas permaneceram em seu corpo durante meses.

"Emily permanece saudável e não tem câncer 11 meses depois de ter recebido linfócitos T geneticamente modificados que permitiram se concentrar em um objetivo concreto presente neste tipo de leucemia", destacou a Universidade da Pensilvânia em um comunicado.

A segunda criança acompanhada neste estudo de duas pessoas tinha 10 anos e também demonstrou evidências de câncer durante dois meses após o tratamento, mas sofreu posteriormente uma recaída fatal quando o câncer voltou na forma de células de leucemia que não abrigavam os receptores das células específicas que eram o objetivo da terapia.

"O estudo descreve como estas células têm um efeito anticancerígeno poderoso nas crianças", afirmou o co-autor da pesquisa, Stephan Grupp, do Hospital Infantil da Filadélfia, onde os pacientes participaram dos testes clínicos.

"No entanto, também aprendemos que em alguns pacientes com LLA precisaremos modificar mais o tratamento para nos concentrarmos nas outras moléculas na superfície das células da leucemia", acrescentou.

Os cientistas da Universidade da Pensilvânia desenvolveram primeiro esta terapia de linfócitos T para ser utilizada em pacientes adultos que sofriam uma forma diferente de leucemia, conhecida como leucemia linfática crônica (LLC).

Em 2011, um pequeno teste com três adultos já tinha demonstrado um primeiro êxito inicial com o método. Dois desses pacientes ainda demonstram uma remissão do câncer mais de dois anos e meio depois.
 
Fonte: Correio Braziliense.
 


 

ANABB inicia parceria com Observatório Social do Brasil

A ANABB realizou na última sexta-feira, dia 22 de março, uma reunião com os Diretores Regionais escolhidos para integrar o projeto piloto de instalação das unidades dos Observatórios Sociais do Brasil (OSB).  A parceria firmada entre a ANABB e o OSB garante a destinação de R$ 2 mil para cada unidade instalada que deverá ser utilizado para estruturação e manutenção do Observatório por 12 meses. Após o término deste prazo, será feita avaliação que servirá de subsídio para instalação de novos Observatórios. 

Neste primeiro momento, participarão os seguintes Diregs: Valdineir Ciro de Souza (MS), Fábio Gian Braga Pantoja (PA), Oraida Laroque Medeiros (RS) e Adílson Antônio Meneguela (SP).  Os dirigentes do Observatório Social também participaram da reunião, entre eles o vice-presidente de Assuntos de Controle e Defesa Social, Ney da Nóbrega Ribas, e a diretora executiva, Roni Enara. O vice-presidente Administrativo e Financeiro da ANABB, Reinaldo Fujimoto, e o vice-presidente de Comunicação, Douglas Scortegagna, acompanharam a reunião. 

Na reunião, os dirigentes do OSB forneceram uma visão mais detalhada sobre o processo de criação de um Observatório. Além da parte legal, falaram sobre necessidade de voluntários, como convocá-los, estrutura de trabalho, crescimentos das unidades, onde cada Direg vai atuar etc. “Os diretores regionais serão articuladores de novos observatórios em seus estados. É muito importante que eles compreendam que esse é um trabalho de cidadania e de responsabilidade”, ressalta a diretora Roni.  

Aos Diregs também foram passados exemplos positivos de atuação dos Observatórios pelo país. Em um caso, por exemplo,  uma unidade do Observatório conseguiu detectar uma fraude na compra de escovas de dente para um município. As escovas foram comercializadas ao preço de R$ 5 cada uma. Descobriu-se, no entanto, que uma parte da escova era quebrada, justamente no local onde estava sugerido o preço de venda pelo fabricante. O Observatório percebeu a irregularidade e conseguiu reverter o preço das escovas para R$ 0,33 cada uma.  Uma economia de mais um R$ 1 milhão para o município. 

“Se cada brasileiro se conscientizar da importância de se evitar atos de corrupção em qualquer nível de atividade, certamente o legado que deixaremos para filhos e netos será de um Brasil muito melhor para se viver. A ANABB está dando um passo importante na contribuição para alcançarmos esse objetivo”, ressalta o vice-presidente de Comunicação da ANABB Douglas Scortegagna, que também participou da reunião.

O Observatório Social do Brasil atua na fiscalização de contas públicas por meio do monitoramento de licitações e cobrança de providências em caso de irregularidade.  A ideia da Diretoria Executiva da ANABB é envolver os associados e seus familiares na promoção de espaços para o exercício da cidadania e de iniciativas democráticas e apartidárias.

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