Moderação passa a pautar instituições

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Grandes bancos "correram" para buscar recursos no mercado externo em 2012. Grupo Itaú, BANCO DO BRASIL, Santander, Bradesco, BTG Pactual e Caixa Econômica Federal se destacaram em captações junto ao investidor estrangeiro, seja com a estratégia de fortalecer a estrutura de capital ou para destinar os recursos a empréstimos. 

Neste ano, com caixa reforçado e expectativas mais conservadoras em relação às carteiras de crédito no país, devido à fragilidade da economia, a tendência é de menor apetite pelo mercado internacional - pelo menos no curto prazo. 

É que além das causas já citadas, as condições para captar recursos estão mais interessantes no Brasil no momento. "A captação no mercado local acontece em bom ritmo. Lá fora vai estar sujeita às janelas de oportunidades", diz Rodrigo Fittipaldi, diretor de mercado de capitaisdo BNP Paribas, que estruturou boa parte das operações de captação dos grandes bancos realizadas no ano passado. 

Entre janeiro e março deste ano, BTG Pactual, BANCO DO BRASIL, Santander, ABC Brasil buscaram US$ 3,7 bilhões no mercado internacional, com títulos em dólares, reais e renminbi, a moeda chinesa. Já no mesmo período do ano passado, US$ 5,3 bilhões foram obtidos por Santander, Banrisul, Itaú Unibanco, BB, Bradesco e Banco BMG junto a investidores estrangeiros, de acordo com levantamento do Valor Data. 

Marlene Millan, diretora de câmbio do Brasdesco, considera que o mercado interno tem oferecido alternativas mais interessantes do ponto de vista de custo para atender às demandas de clientes. 

A recente abertura de linhas para financiar exportações pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no fim do ano passado, é citada por ela como exemplo. Na visão da executiva, a busca por financiamento de exportações e capital de giro de longo prazo deve aumentar no segundo semestre. "O Bradesco fará captações internacionais se entender que há bom nível de preço e demanda para repasse dos recursos", diz. 

A Caixa Econômica Federal, cuja primeira operação no mercado internacional aconteceu em outubro de 2012, espera repetir a dose em maio ou junho. "Já visitamos investidores nos Estados Unidos e na Inglaterra nesse ano que se mostraram interessados em fazer aportes no Brasil", diz Márcio Percival vice-presidente de finanças e mercado de capitais do banco. O foco da instituição são as operações de cinco e dez anos, como as que foram feitas no ano passado, quando a instituição captou US$ 1,5 bilhão. 

De acordo com Percival, o dinheiro obtido no exterior é destinado a financiar projetos de longo prazo na área de infraestrutura. Transportes e saneamento estão entre as áreas alvo. Assim como a Caixa, o Santander Brasil buscou recursos para empréstimos. "Não fizemos operações de reforço de capital nos últimos dois anos, fizemos para funding", diz Álvaro Fernandez, superintendente executivo financeiro do banco espanhol. 

Já o Bradesco destinou US$ 1,1 bilhão, do total de US$ 1,9 bilhão captados lá fora, para reforçar a estrutura de capital e substituir operações que estavam vencendo. O restante foi destinado ao financiamento de grandes operações de exportação e capital de giro em moeda estrangeira. "Temos um índice de Basileia bastante adequado. Mas nos deparamos com boa oportunidade de custo nessa operação de US$ 1,1 bilhão que colaborou para o capital de nível 2", diz Marlene Millan. 

O BANCO DO BRASIL, que captou US$ 4,7 bilhões fora do país em 2012, também olhou para estrutura de capital quando realizou os movimentos, além de buscá-los para funding. "O grande mote do nosso plano de acesso a mercados de médio prazo é conseguir acessar cada vez mais moedas e investidores", diz Daniel Alves Maria, gerente executivo da diretoria de finanças da instituição. 

"O que não vai haver em 2013 é a corrida por emissão de títulos de dívida subordinada vista no ano passado", projeta Fittipaldi. De acordo com o executivo do BNP Paribas, os bancos quiseram aproveitar as janelas de oportunidades para tomar o limite máximo que podiam, sabendo que o custo das emissões de títulos de dívida subordinada - instrumento que colabora para reforçar a estrutura de capital - aumentaria substancialmente com a implementação de Basileia 3. 

O novo pacote de regras nasceu para reforçar o sistema financeiro global após as crises nos Estados Unidos e União Europeia. Não quer dizer que as instituições financeiras no país tenham problema de caixa. 

"O patrimônio dos bancos no Brasil é robusto", diz Luis Santacreu, analista de instituições financeiras da Austin Rating. "Mas se perceberem boas condições para captar em operações de longo prazo e reforçar seu patrimônio ao mesmo tempo, não deixarão a oportunidade de lado". 

Em 2012, o investidor teve apetite em várias oportunidades. Uma dessas janelas foi vista logo nos primeiros meses do ano passado, quando não havia notícias de impacto sobre o ambiente macroeconômico. O período terminou com a crise do euro estancada por mecanismos de apoio que trouxeram tranquilidade ao mercado, avaliam os especialistas. 

Grandes bancos "correram" para buscar recursos no mercado externo em 2012. Grupo Itaú, BANCO DO BRASIL, Santander, Bradesco, BTG Pactual e Caixa Econômica Federal se destacaram em captações junto ao investidor estrangeiro, seja com a estratégia de fortalecer a estrutura de capital ou para destinar os recursos a empréstimos. 

Neste ano, com caixa reforçado e expectativas mais conservadoras em relação às carteiras de crédito no país, devido à fragilidade da economia, a tendência é de menor apetite pelo mercado internacional - pelo menos no curto prazo. 

É que além das causas já citadas, as condições para captar recursos estão mais interessantes no Brasil no momento. "A captação no mercado local acontece em bom ritmo. Lá fora vai estar sujeita às janelas de oportunidades", diz Rodrigo Fittipaldi, diretor de mercado de capitaisdo BNP Paribas, que estruturou boa parte das operações de captação dos grandes bancos realizadas no ano passado. 

Entre janeiro e março deste ano, BTG Pactual, BANCO DO BRASIL, Santander, ABC Brasil buscaram US$ 3,7 bilhões no mercado internacional, com títulos em dólares, reais e renminbi, a moeda chinesa. Já no mesmo período do ano passado, US$ 5,3 bilhões foram obtidos por Santander, Banrisul, Itaú Unibanco, BB, Bradesco e Banco BMG junto a investidores estrangeiros, de acordo com levantamento do Valor Data. 

Marlene Millan, diretora de câmbio do Brasdesco, considera que o mercado interno tem oferecido alternativas mais interessantes do ponto de vista de custo para atender às demandas de clientes. 

A recente abertura de linhas para financiar exportações pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no fim do ano passado, é citada por ela como exemplo. Na visão da executiva, a busca por financiamento de exportações e capital de giro de longo prazo deve aumentar no segundo semestre. "O Bradesco fará captações internacionais se entender que há bom nível de preço e demanda para repasse dos recursos", diz. 

A Caixa Econômica Federal, cuja primeira operação no mercado internacional aconteceu em outubro de 2012, espera repetir a dose em maio ou junho. "Já visitamos investidores nos Estados Unidos e na Inglaterra nesse ano que se mostraram interessados em fazer aportes no Brasil", diz Márcio Percival vice-presidente de finanças e mercado de capitais do banco. O foco da instituição são as operações de cinco e dez anos, como as que foram feitas no ano passado, quando a instituição captou US$ 1,5 bilhão. 

De acordo com Percival, o dinheiro obtido no exterior é destinado a financiar projetos de longo prazo na área de infraestrutura. Transportes e saneamento estão entre as áreas alvo. Assim como a Caixa, o Santander Brasil buscou recursos para empréstimos. "Não fizemos operações de reforço de capital nos últimos dois anos, fizemos para funding", diz Álvaro Fernandez, superintendente executivo financeiro do banco espanhol. 

Já o Bradesco destinou US$ 1,1 bilhão, do total de US$ 1,9 bilhão captados lá fora, para reforçar a estrutura de capital e substituir operações que estavam vencendo. O restante foi destinado ao financiamento de grandes operações de exportação e capital de giro em moeda estrangeira. "Temos um índice de Basileia bastante adequado. Mas nos deparamos com boa oportunidade de custo nessa operação de US$ 1,1 bilhão que colaborou para o capital de nível 2", diz Marlene Millan. 

O BANCO DO BRASIL, que captou US$ 4,7 bilhões fora do país em 2012, também olhou para estrutura de capital quando realizou os movimentos, além de buscá-los para funding. "O grande mote do nosso plano de acesso a mercados de médio prazo é conseguir acessar cada vez mais moedas e investidores", diz Daniel Alves Maria, gerente executivo da diretoria de finanças da instituição. 

"O que não vai haver em 2013 é a corrida por emissão de títulos de dívida subordinada vista no ano passado", projeta Fittipaldi. De acordo com o executivo do BNP Paribas, os bancos quiseram aproveitar as janelas de oportunidades para tomar o limite máximo que podiam, sabendo que o custo das emissões de títulos de dívida subordinada - instrumento que colabora para reforçar a estrutura de capital - aumentaria substancialmente com a implementação de Basileia 3. 

O novo pacote de regras nasceu para reforçar o sistema financeiro global após as crises nos Estados Unidos e União Europeia. Não quer dizer que as instituições financeiras no país tenham problema de caixa. 

"O patrimônio dos bancos no Brasil é robusto", diz Luis Santacreu, analista de instituições financeiras da Austin Rating. "Mas se perceberem boas condições para captar em operações de longo prazo e reforçar seu patrimônio ao mesmo tempo, não deixarão a oportunidade de lado". 

Em 2012, o investidor teve apetite em várias oportunidades. Uma dessas janelas foi vista logo nos primeiros meses do ano passado, quando não havia notícias de impacto sobre o ambiente macroeconômico. O período terminou com a crise do euro estancada por mecanismos de apoio que trouxeram tranquilidade ao mercado, avaliam os especialistas. 

Fonte: ANABB

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