Lucro das empresa de capital aberto teve queda de 33% no ano passado

Lílian Cunha

O lucro acumulado das 325 empresas de capital aberto do País teve queda de 33,29% no ano passado, segundo levantamento da Economática. No total, o lucro dessas companhias caiu de R$ 192,5 bilhões em 2011 para R$ 128,4 bilhões em 2012. As empresas ligadas à área de commodities (PETRÓLEO, siderurgia, mineração e energia), as do segmento de construção e os bancos tiveram os piores resultados.

"Se tirarmos as principais estatais - Petrobrás, Eletrobrás e BANCO DO BRASIL a queda é de 27,95%", diz Einar Rivero, autor do levantamento e gerente de relacionamento institucional e comercial da Economática.

O lucro líquido caiu mais dramaticamente, em porcentagem, para o setor de construção civil: despencou do resultado positivo de R$ 3,4bilhões em 2011 para um prejuízo de R$ 1,03 bilhão no ano passado, totalizando queda de 130,44%. Os R$ 2,17 bilhões em perdas da PDG Realty puxaram para baixo os números do segmento.

"Os custos da construção subiram muito", explica Catarina Pedrosa, analista do Banco Espírito Santo (BES). "Antes de iniciar uma obra, as empresas fazem um orçamento. O que aconteceu é que, no momento da construção, os custos extrapolaram esse orçamento. Essa diferença pesa nos resultados das construtoras", diz Catarina.

As empresas de siderurgia e metalurgia, mineração, PETRÓLEO e energia também tiveram um ano ruim. As siderúrgicas tiveram queda média de 103% no lucro acumulado. As de mineração amargaram diminuição de 76% e as de energia, de 61%.

O câmbio, segundo Catarina, foi um dos fatores que prejudicaram essas companhias. "O dólar começou o ano valendo R$ 1,87 e terminou a R$ 2,04. Só isso gera uma perda média de 10% sobre qualquer dívida em dólar que essas empresas têm", afirma.

Dentre esses quatro setores - todos de commodities -, dois tiveram um ano de queda no lucro por conta de fatores ligados à piora nas condições do mercado externo. Foi o que impactou as empresas de mineração e siderurgia. Os outros dois segmentos - PETRÓLEO e energia - foram afetados por medidas do governo, que acabaram influenciando também o resultado ruim dos bancos. Embora tenham sido as empresas mais lucrativas do ano, com R$ 45,7 bilhões, o resultado dos bancos encolheu R$ 4,39 bilhões, ou 8,76% em relação a 2011.

"A redução das taxas de juros : pelo governo gerou um impacto negativo no resultado dos bancos", explica Rivero. "O governo também segurou o preço dos combustíveis e isso prejudicou principalmente a Petrobrás." Já as novas regras para o setor de energia afetou as elétricas, como a Eletrobrás, que teve no fim do ano passado o pior resultado trimestral de uma companhia aberta na história do mercado financeiro brasileiro: um prejuízo de R$ 10,49 bilhões.

Do outro lado. Os números negativos do levantamento da Economática, segundo o analista André Cleto Carvalhaes, da AC2 Investimentos, refletem o cenário ruim para as commodities. Mas, desconsiderando o resultado dessas companhias e as do setor financeiro, o panorama é um pouco mais animador. Nesse grupo estão 94 companhias, principalmente as do setor de bens de consumo e comércio.

"O lucro dessas empresas aumentou de R$ 43,8 bilhões para R$ 45,1 bilhões", disse Carvalhaes. A maior delas é a Ambev, que teve lucro 20% maior. Em seguida vêm Telefônica e Cielo (veja ao lado). Tiveram grandes altas no lucro empresas como a Kroton, de educação, que lucrou 540% mais, e IMC (de restaurantes), com crescimento de 950%. "Essas empresas estão mais ligadas à economia doméstica", disse o analista.
 

Tombini diz que juros da economia devem permanecer mais baixos

As taxas de juros da economia devem permanecer mais baixas no país, independentemente de haver ciclos monetários (aumentos da taxa básica de juros, a Selic) para combater a inflação. A avaliação foi feita pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em audiência pública nesta terça-feira (2/4), na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Segundo Tombini, as taxas de juros estão mais baixas por uma séries de mudanças estruturais na economia, como o aumento do acesso da população a serviços bancários nos últimos dez e a ampliação do mercado de crédito. Ele citou ainda a redução contínua da relação entre dívida do setor pública e o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços do país, e o acúmulo de reservas.

A taxa Selic serve de referência para as demais taxas do mercado. Em março deste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a Selic em 7,25% ao ano, patamar fixado em outubro do ano passado. Esse é o nível mais baixo da história do Copom, criado em junho de 1996.

Com a alta da inflação, o mercado financeiro espera aumento da Selic ao longo deste ano. A expectativa é que a taxa encerre 2013 em 8,5% ao ano. Mas o mercado não espera elevação na reunião do Copom deste mês.

De acordo com Tombini, na hora de definir a Selic, serão avaliadas características como a resistência da inflação no curto prazo, “fatores mitigadores da inflação mais à frente” e o nível de disseminação da alta dos preços. Tombini ressaltou ainda que há incertezas no âmbito externo e interno e, por isso, é preciso cautela nas decisões.

Lei que cria Secretaria da Micro e Pequena Empresa é publicada no DOU

Sancionada pela presidente Dilma Rousseff na última quinta-feira (28/3), a lei que cria a Secretaria da Micro e Pequena Empresa foi publicada nesta segunda-feira (1/4) do Diário Oficial da União. A secretaria tem status de ministério, sendo o 39º do governo federal, e contará com uma estrutura já existente, deslocada do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – que tem uma área que trata do assunto. Os ministérios do Desenvolvimento e do Planejamento têm até 90 dias para efetivar a transferência de pessoal para a nova pasta.
Os programas de apoio às micro e pequenas empresas passarão a ser coordenados e supervisionados pela secretaria, que também articulará a participação delas nas exportações brasileiras de bens e serviços. O ministro que ocupará a pasta ainda não foi escolhido.

O projeto que criou a secretaria foi aprovado no último dia 7 no Senado e provocou protestos de oposicionistas que questionaram os custos e a necessidade de mais um ministério. Já o governo considera importante a criação do órgão para o estímulo à geração de empregos e ao empreendedorismo no país.

Núcleo de laboratórios vai pesquisar sobre exploração do pré-sal

Com o objetivo de reduzir os custos da exploração de petróleo, especialmente na área do pré-sal, o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) inaugurou o Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica dos Fluidos, no Centro de Tecnologia 2, na Cidade Universitária.

O núcleo é o primeiro do país a reunir, em um só local, um conjunto de laboratórios que estudam de forma integrada e complementar o processo de escoamento de óleo e gás. A perfuração de poços na camada do pré-sal requer cerca de US$ 2 milhões por dia, incluindo pessoal e equipamentos, estima a Coppe.

Nos três laboratórios, que ocupam área total de 5.400 metros quadrados, serão feitos estudos e ensaios sobre perfuração, intervenção de poços de petróleo, elevação artificial e separação primária do óleo. A iniciativa visa a desenvolver técnicas e equipamentos capazes de contribuir para aumentar a produção da Petrobras, como, por exemplo, processo para reduzir o tempo de separação do petróleo da água.

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A maior parte do investimento veio da própria Petrobras e os recursos adicionais foram repassados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

De acordo com a Coppe, o objetivo principal é buscar soluções para otimizar a exploração na camada do pré-sal. Os laboratórios de separadores compactos (pesquisas sobre a separação do petróleo da água e de gases) e de escoamentos multifásicos em tubulações (estudos sobre o óleo em altas pressões) estão funcionando há alguns meses, antes da inauguração oficial, na semana passada.

Já o Laboratório de Engenharia e Tecnologia de Poços (que vai pesquisar sobre peças e processos para a perfuração) entrará em operação no segundo semestre deste ano.

Medicamentos fabricados para uso exclusivo do SUS devem ser identificados

Todos os medicamentos adquiridos das indústrias farmacêuticas para uso exclusivo do Sistema Único de Saúde (SUS) terão que ser devidamente identificados. O objetivo é criar um mecanismo que ajude a coibir desvios e a comercialização indevida desses remédios.

A matéria foi aprovada em caráter terminativo nesta quarta-feira (27/3) na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Agora, segue para apreciação da Câmara dos Deputados e, se aprovada, vai para sanção presidencial.

O relator do projeto, Romero Jucá (PMDB-RR), destacou que, além de medicamentos, a medida deverá ser estendida a equipamentos médico-hospitalares e odontológicos. O projeto prevê que os produtos e a identificação serão definidos em lei suplementar após a sanção presidencial.

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