Feriados tiram volume da Bovespa e indefinição continua na semana

A semana começou sem grandes emoções para a Bovespa que, literalmente, não saiu do lugar. E tudo indica que pouca coisa deve mudar até sexta-feira por causa do baixo volume financeiro que passará nas mesas em razão do feriado de Corpus Christi. Ontem, o movimento já foi abaixo da média devido à ausência de parte dos investidores estrangeiros, que aproveitaram o feriado prolongado no Reino Unido e as comemorações do Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth II.

Novas regras podem afetar investimentos

A nova medida estudada pelo governo para redução de preços das ligações feitas de telefone fixo para outras cidades deve aliviar a conta dos consumidores, mas pesarão no balanço financeiro das prestadoras. A avaliação é de representantes do setor que ainda analisam os impactos da medida. Alguns deles apontam para o risco de encolhimento dos investimentos no setor. A queda do custo do serviço pretendida pelo governo aconteceria com a redução do número de áreas onde são cobradas as tarifas de interurbanos. Um dos técnicos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) responsável pela elaboração da proposta, o superintendente de Serviços Públicos, Roberto Martins, disse que a ideia é reproduzir na telefonia fixa a definição de áreas de registro (DDD) usada na telefonia celular. Com isso, haveria uma redução dessas áreas de interurbano de 4.960 para 67. Ou seja, os clientes poderiam ligar para um número maior de cidades com preço de chamada local. Martins disse que o impacto financeiro da medida ainda está sendo calculado. Ele, no entanto, não descartou que o volume total possa atingir a estimativa de R$ 300 milhões por ano sobre as receita das empresas. O técnico da Anatel afirmou que cada empresa do mercado de telefonia fixa será impactada de maneira diferente. A Embratel, por exemplo, é única concessionária de longa distância nacional que atua na telefonia local como autorizada. O oposto ocorre com prestadoras como Oi e Telefônica, que atuam como concessionárias locais e autorizadas no serviço de longa distância nacional. Outras empresas, como GVT e Intelig prestam serviço no regime de autorização. O secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, informou que o governo trabalha com o conceito de "elasticidade de preços". Nele a empresa pode perder receita nas ligações interurbanas, porém ampliará suas margens com a intensificação do uso de chamadas locais a partir da nova medida. "Hoje, fazemos estudos que analisam a fundo o perfil dos usuários. Isso tem mostrado que as empresas podem ser compensadas com o uso mais efetivo do serviço", disse Martinhão ao Valor. Segundo ele, a redução das áreas de interurbano na telefonia fixa já estava prevista na estratégia de longo prazo da Anatel. Ele disse que o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ao conhecê-la, quis trazer sua implementação para este ano. Paulo Bernardo, por sua vez, confirmou ontem o plano em relação ao DDD. "Pedimos para a Anatel estudar uma revisão no número de áreas de tarifação. Temos 4,2 mil áreas diferentes, porque havia necessidade técnica. Hoje, do ponto de vista da tecnologia, não faz mais sentido", disse o ministro. Outra proposta do ministério é o compartilhamento de redes de fibra óptica, de torres, de dutos e de equipamentos. Com isso, a expectativa do governo é que os custos para o consumidor caiam. Consequentemente, em um primeiro momento pode haver queda de receita para as operadoras. O ministro participou ontem do anúncio da Oi como patrocinadora oficial dos serviços de telecomunicações e TI da Rio + 20. Quando Francisco Valim, presidente da operadora, foi perguntado pelos jornalistas sobre as consequências dessas mudanças para a companhia, Paulo Bernardo chegou a brincar: "Ele não deve ter gostado muito". Mas Valim foi diplomático. O executivo disse que o compartilhamento de infraestrutura já faz parte do contexto, mesmo podendo ser intensificado. "O compartilhamento é um processo evolutivo, sempre continua. Como a demanda aumenta, assim como o preço da banda larga, o custo por megabit vem diminuindo", comparou. E como aumenta o número de pessoas na rede, cresce também o tráfego de dados, disse o executivo. "Então, não é mutuamente excludente." No entanto, Valim reconheceu que um aumento mais intenso do tráfego leva à necessidade de mais investimentos. "Telecomunicação é um mundo cruel, tem que continuar investindo sempre", afirmou. Nos últimos dez anos, a média de investimentos no setor tem girado em torno de R$ 17 bilhões. No ano passado, chegou a R$ 21,9 bilhões e, em 2012, poderá passar de R$ 24 bilhões, podendo chegar a R$ 25 bilhões de investimentos. Paulo Bernardo falou também sobre a possibilidade de desoneração dos serviços de telecomunicações, principalmente com redução de ICMS, considerado por ele como "muito alto", além da desoneração da produção de smartphones. Sua expectativa é que, com a medida, mais empresas passem a produzir esses aparelhos no país. O ministro afirmou também que, de janeiro do ano passado até abril deste ano aumentou em quase 150% a disponibilidade de internet móvel. Entretanto, o uso do serviço cresceu 340% só em 2011.

Novos dirigentes da PREVI tomam posse

"O desafio da PREVI é o grande compromisso com os associados. Se a PREVI é deste tamanho e faz os investimentos que faz é para garantir a tranquilidade das 193.696 pessoas que dependem da Entidade e é disso que vamos cuidar. Para isso, vou dar toda a minha dedicação e a minha melhor inspiração para fazer com que a PREVI seja forte como ela é e para fazer com que todos se orgulhem dela", disse Dan Conrado, novo presidente da PREVI, no encerramento da cerimônia de posse dos dirigentes, realizada na última sexta-feira, 1/6, no Rio de Janeiro. "Eu estarei absolutamente comprometido com a PREVI e vocês podem contar comigo", afirmou se dirigindo aos funcionários da Casa. "Os gurus da administração costumam dizer que o técnico, o coach é o gestor do time. Mas eu prefiro me ver como o capitão do time porque o capitão joga junto, está dentro do campo. Ele vai suar junto com o time, vai ganhar junto com o time e vai estar lá para o que der e vier. Então, contem comigo como o capitão do time", completou Dan. Foram empossados 29 representantes - 11 eleitos pelos participantes e 18 indicados pelo Banco do Brasil-, que passam a ocupar cargos como titulares e suplentes no Conselho Deliberativo, na Diretoria Executiva, no Conselho Fiscal e nos Conselhos Consultivos do Plano 1 e PREVI Futuro. Compareceram à cerimônia cerca de 600 pessoas, entre funcionários da PREVI, dirigentes do Banco do Brasil, de empresas participadas, de fundos de pensão e de entidades representativas dos participantes. Ao dar as boas vindas aos novos representantes, o presidente do Conselho Deliberativo, Robson Rocha, reconduzido ao cargo, enfatizou que "graças ao modelo de estatuto que temos hoje podemos nos beneficiar da saudável alternância dos gestores. Os novos membros que constituem a instância de governança da PREVI poderão verificar e confirmar que a entidade se utiliza de gestão profissional, técnica e ética, acompanhando os melhores padrões e referências mundiais". "Se os avanços da PREVI dos últimos anos foram extraordinários, deve-se em boa parte ao nosso modelo de governança, que é motivo de respeito e referência no mercado. A PREVI busca se posicionar de forma estratégica diante das oportunidades que se apresentam com estrita observância da política de investimentos. Por isso, tem conseguido se alinhar ao debate e à agenda nacional, proporcionando rentabilidade adequada dos investimentos e contribuindo para o crescimento da economia do nosso país", completou Robson Rocha. Para o novo diretor de seguridade, Marcel Barros, "a cerimônia de posse significa a celebração de uma conquista fundamental para o fortalecimento da PREVI: a participação dos associados através do voto". E completou: "renovo, em nome de todos os eleitos que tomam posse hoje, o compromisso de garantir que a PREVI continue sendo referência na gestão dos recursos e na capacidade de gerar benefícios, com solidez e segurança, com transparência, firmeza, seriedade e honestidade. É o que esperam de nós", enfatizou. Todos os colegiados - Foto: Americo Vermelho Dan Conrado - Foto: Renato Velasco

ANS: mudanças para aposentados e demitidos

A partir de hoje passam a valer novas regras para a manutenção de demitidos e aposentados nos planos de saúde, informou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Só terão direito a continuar com o benefício ex-empregados que tenham contribuído no pagamento da mensalidade do plano de saúde empresarial. Especialistas na área dizem que as novas regras aperfeiçoam as resoluções sobre o assunto, mas o consumidor deve refletir muito antes de resolver ficar no mesmo plano pois há também desvantagens, como o reajuste devido à sinistralidade, o que pode aumentar muito o valor da mensalidade.

Bancos reduzem juros do crédito

O Bradesco, a Caixa e o BRB reagiram à queda de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros da economia (Selic), decidida na última quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom), e anunciaram ontem reduções no valor cobrado dos clientes nas operações de crédito, tanto para as pessoas físicas como para as empresas. O Santander informou que repassará a queda a partir de hoje. "Fomos o primeiro banco a começar a reduzir os juros, ainda em março, e agora temos uma das melhores taxas do mercado no crédito consignado", afirmou o diretor financeiro do BRB, Francisco Cláudio Duda. Os juros mínimos cobrados pelo banco na modalidade estavam em 1,5% ao mês no ano passado, caíram a 0,89% em março e passarão hoje para 0,74%. Segundo Duda, ainda há espaço para que as instituições financeiras continuem promovendo reduções, na medida em que o Copom prossiga com os cortes na Selic. "Mas essas quedas serão cada vez mais seletivas: os bancos terão de escolher os segmentos de sua carteira em que serão mais agressivos, para defender sua fatia de mercado", analisou. No Bradesco, as reduções valem a partir da próxima segunda-feira. Para pessoas físicas, a taxa mínima do crédito pessoal foi reduzida de 1,97% para 1,93% ao mês. No crédito direto para a compra de veículos, a mínima caiu de 0,97% para 0,93% ao mês e a máxima, de 2,95% para 2,91%. Na Caixa, os empréstimos consignados para funcionários públicos e empregados de empresas que possuem convênio com o banco tiveram redução da taxa máxima de 1,95% para 1,67% ao mês. Para os aposentados e pensionistas do INSS, a máxima foi reduzida de 1,77% para 1,67%, sendo a mínima de 0,75%. Poupança Com a redução para 8,5%, a Taxa Selic atingiu o menor patamar, desde que foi criada, nos anos 1990. A decisão, tomada de forma unânime pelos integrantes do Copom, tomou por base no cenário de fragilidade da economia global, que, segundo o Banco Central, permite que os juros continuem a ser reduzidos sem o risco de aumento de pressões inflacionárias. A queda também contribui para estimular a economia doméstica, que deve apresentar neste ano crescimento bem inferior à meta de 4,5% inicialmente fixada pelo governo. Hoje, o IBGE divulgará o resultado do Produto Interno Bruto (soma do valor da produção) no primeiro trimestre. Com a baixa da Selic, começou a valer também a nova regra para determinar o rendimento das cadernetas de poupança. De acordo com medida provisória baixada no início de maio, sempre que a taxa básica ficar igual ou abaixo de 8,5%, as cadernetas terão rendimento mensal equivalente a 70% da Selic (0,48% a partir de ontem) mais a Taxa Referencial (TR). Se os juros básicos retornarem a um nível de 8,5% ou mais, voltará a regra antiga, e a poupança terá rendimento de 0,5% ao mês mais TR, cálculo que vale, de qualquer forma, para os depósitos feitos antes da mudança. "Essas quedas serão cada vez mais seletivas: os bancos terão de escolher os segmentos de sua carteira em que serão mais agressivos, para defender sua fatia de mercado" Francisco Cláudio Duda, diretor financeiro do BRB

Bolsa perde 11,86% em maio, pior mês desde a crise global de 2008

Impasse na Grécia provocou perdas de US$ 4,5 trilhões nas bolsas mundiais A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) avançou ontem 1,29%, aos 54.490 pontos pelo Ibovespa, seu principal índice. Mas nada suficiente para apagar o turbulento mês de maio, marcado pela piora da crise na Europa e a perda total de US$ 4,5 trilhões em valor de mercado das bolsas no mundo. O Ibovespa recuou 11,86% no mês, seu pior desempenho mensal desde outubro de 2008 (-24,80%), o auge da crise financeira internacional. Foi a terceira queda mensal seguida do mercado e o pior resultado para meses de maio desde a crise cambial russa, em 1998. - O gatilho das perdas foi o impasse político na Grécia, no começo do mês, que aumentou a possibilidade de o país sair da zona do euro. Isso provocou aversão ao risco e levou estrangeiros a sacar dinheiro de aplicações em países emergentes. Esse dinheiro é colocado em lugares mais seguros, como o dólar e títulos públicos de países desenvolvidos. O dólar comercial acumulou assim um avanço de 5,82% em maio, a terceira alta mensal seguida. No ano, a valorização chegou a 7,97%. No pregão de ontem, a moeda valorizou-se 0,09%, a R$ 2,018, após uma queda de braço entre operadores em torno da formação da Ptax, a taxa que liquida contratos de câmbio no mercado futuro. O Banco Central (BC) apenas assistiu, sem intervir na moeda. Dow tem maior queda mensal em dois anos Segundo analistas, somente a Bolsa de Madri recuou mais do que a brasileira em maio (13,14%), onde o setor bancário tem sido colocado em xeque. O mês foi, porém, de fortes perdas pelo mundo. O Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, registrou baixa de 6,21% em maio, a maior em dois anos. Na Europa, o índice Stoxx Europe 600 - das principais ações da região - caiu 7% e teve o pior resultado mensal desde agosto de 2010. Ontem, as Bolsas abriram em queda com a divulgação de dados negativos sobre o mercado de trabalho americano: o setor privado gerou 133 mil novos empregos em maio, contra expectativa de 157 mil postos. Na parte da tarde, as perdas foram amenizadas por rumores de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) estaria preparando um plano de socorro à Espanha, o que acabou negado pelo governo espanhol.

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