Os grandes bancos brasileiros de varejo fizeram, nos últimos dias, dois movimentos paralelos mas com uma causa em comum. Os bancos anunciaram cortes nas taxas de juros para financiamento de veículos, ainda que hoje a taxa básica de juros (Selic) esteja em seu maior nível desde 2011. Também se tornaram mais agressivos na tentativa de comprar carteiras de crédito de instituições financeiras menores, chegando até a assediar bancos de atacado à caça de portfólios de crédito corporativo à venda. As atípicas movimentações são resultado das mudanças nas regras do depósito compulsório anunciadas desde o fim de julho pelo Banco Central (BC).
Instituições financeiras cogitam enxugar depósitos a prazo
A medida do Banco Central que liberou uma fatia de 60% do recolhimento compulsório sobre depósitos a prazo dos bancos na semana passada poderá acelerar a queda da captação dos bancos via Certificados de Depósitos Bancários (CDBs). Com esse movimento, os bancos conseguiriam reduzir o impacto da ação, uma vez que a alíquota do recolhimento compulsório sobre depósito a prazo corresponde a 20% desse estoque.
Fundos setoriais rendem mais de duas vezes o CDI em 2014
Se até o início do ano as palavras de ordem eram garimpar oportunidades e analisar os papéis um a um, hoje os indicadores mostram um novo cenário. Segundo os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as carteiras focadas em setores ou em apenas um papel brilharam com os melhores desempenhos entre todas as categorias de fundos no Brasil no acumulado do ano e o segundo maior ganho em agosto atrás apenas de Ações IBrX Ativo.
Mantega promete aumentar gasolina e critica plano econômico de Marina Silva
O ministro da Fazenda Guido Mantega, em coletiva convocada para comentar o aumento de 0,7% da produção industrial em julho, prometeu “um terceiro trimestre positivo”.
Mas o ministro foi além nas promessas dele. Disse que vai haver aumento de gasolina ainda este semestre. “Todo ano tem aumento da gasolina e este ano não deve ser diferente”. No entanto, ele não adiantou quando a majoração nos preços irá acontecer.
Mantega aproveitou também para criticar o plano econômico apresentado pela candidata Marina Silva (PSB). Ele disse que reduzir a participação dos bancos públicos na economia vai provocar retração da atividade econômica.”Significa menos financiamentos e juros mais altos e hoje nós sabemos que o setor de máquinas e equipamentos teriam elevação de custo, porque sem os subsídios, eles vão encarecer.
Se depender só dos bancos privados, hoje eles cobram taxas mais elevadas”. Além disso, ele afirmou que combater a inflação com um choque muito grande, também pode ser temerário e afirmou que “não se pode voltar ao passado com aumentos de 20%, 30%, 40% como foi praticado antes do nosso governo”.
Quando perguntado sobre o aumento das faixas para dedução de Imposto de Renda de pessoa física, Mantega afirmou que “ainda não existe uma definição sobre como vai ser encaminhado isso”. E indagado sobre a Argentina, Mantega apertou o passo e entrou no ministério sem responder.
Fazenda diz que alta de juros foi fator que mais derrubou PIB
Às vésperas da reunião em que o Banco Central deve manter inalterada a taxa de juros, o Ministério da Fazenda fez um estudo no qual calcula que o recente ciclo de alta dos juros foi responsável por um recuo de até um ponto percentual no desempenho da economia brasileira.
Ibovespa sobe à espera de pesquisas
A Bovespa teve um pregão volátil ontem, novamente na esteira dos rumores sobre a corrida presidencial. Investidores estão ansiosos pela divulgação de duas pesquisas eleitorais nesta quarta-feira, do Ibope e do Datafolha.