Diante do elevado número de reclamações de consumidores, o governo está de olho no relacionamento dos bancos com seus clientes. Criada no ano passado, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça apura indícios de falta de clareza e de informações nos contratos de instituições financeiras. Dados obtidos pelo Valor apontam um aumento de 31,4% nas reclamações nos Procons a respeito dos bancos nos 11 primeiros meses de 2012 em relação ao mesmo período de 2011. "A gente identificou uma falta de transparência sobre tarifas, encargos cobrados, em todas essas questões que permitem que o consumidor exerça sua liberdade de escolha", disse Lorena Tamanini Tavares, coordenadora-geral do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), vinculado à Senacon. "Esse é um problema de todas as áreas, mas em serviços financeiros isso é mais crônico." De janeiro a novembro do ano passado, foram registradas 533,6 mil reclamações contra bancos nos Procons pertencentes ao Sindec, ante 406,2 mil casos no mesmo período de 2011. Essas demandas incluem, por exemplo, problemas de cobrança, contratos e serviços de atendimento ao consumidor. A rede ligada ao Sindec aumenta de um ano para outro, mas a expansão, segundo ela, não foi muito significativa no período. A escassez de informações sobre pacotes bancários levou o órgão a notificar, em dezembro, os seis maiores bancos do país - BANCO DO BRASIL, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú Unibanco e Santander. Com as respostas que eles derem, o governo quer levantar a quantidade, a composição e o preço dos pacotes disponíveis. A reportagem não conseguiu falar com os bancos ontem, mas, em dezembro, quando houve as notificações, todos os seis bancos informaram que vão prestar os devidos esclarecimentos. O Santander respondeu ainda que "realiza suas atividades em conformidade com as regras legais vigentes e a regulamentação bancária". O BB afirmou que "cumpre integralmente as normas do Banco Central relacionadas à oferta de produtos e serviços aos seus correntistas". O Itaú Unibanco ratificou também que suas práticas encontram-se adequadas às normas vigentes. A Caixa disse que "tem como política esclarecer aos clientes, com transparência, as condições de seus produtos e serviços." Na linha de falta de transparência, a Senacon identificou indícios de descumprimento de normas - a de divulgação do Custo Efetivo Total (CET) - e problemas na cobrança de tarifas de cadastro, principalmente em financiamento de veículos, informou Lorena. Apesar da legalidade dessa tarifa ser questionada judicialmente, o trabalho do órgão, segundo ela, tem sido no sentido de buscar os critérios da cobrança, que varia de R$ 100 a R$ 2 mil, assim investigando eventuais abusos. "É importante saber o que muda para entender [a tarifa] e poder fazer as melhores escolhas", explicou. Ao desrespeitar a resolução do Banco Central sobre o CET, as instituições financeiras podem "enganar" os consumidores, que têm o "direito de saber o que está pagando no final", diz a coordenadora do Sindec. "Pelo que vimos, isso não está sendo cumprido." Sem informações suficientes, o consumidor, quando vai reclamar, tem a sensação de ter um problema de cobrança, mas na verdade pode ser falta de clareza de informações, disse Lorena. Outro ponto citado por ela é a dificuldade relatada para saber a evolução do débito. "Se o consumidor está inadimplente, ele tem o direito de saber como a dívida com o banco chegou naquele ponto", disse. Em casos de infrações ao Código de Defesa do Consumidor, as multas aplicadas às instituições financeiras podem chegar a R$ 6,5 milhões por irregularidade. Lorena lembrou ainda nesses casos que os bancos ficam taxados por apresentar diversos problemas na relação com o cliente. A ideia é aumentar a divulgação desses dados para orientar a escolha o consumidor.
De volta ao mercado de trabalho
A presença de aposentados no mercado de trabalho brasileiro é cada vez mais forte. As causas desse movimento contemporâneo são diversas: questões financeiras, padrão de vida e a não adaptação à vida sem compromissos profissionais. O tempo livre desses profissionais associado à mudança da cultura empresarial que vem prestigiando os aposentados facilitam a volta ao mercado. Questões financeiras e emocionais O engenheiro civil Emy Guimarães de Lemos, de 63 anos, é um exemplo real de que voltar, ou melhor, manter-se no mercado de trabalho é uma realidade. "Minha preparação para a aposentadoria foi encontrar a certeza que seguiria no mercado. Isso é possível porque estou com saúde e disposição para aprender. Eu também tenho uma necessidade de transmitir meus conhecimentos", conta. Ele comenta que as preocupações financeiras fazem com que muitos profissionais adiem a decisão de aposentar. E é justamente por isso, que especialistas insistem em orientar os profissionais a planejarem o momento da aposentadoria. "O trabalho para o indivíduo da nossa era é fundamental. Para a saúde mental e para sua própria organização. Dedicamos um terço das nossas vidas ao trabalho. É ele quem baliza nossa identidade, as relações, o poder de consumo. Como em outros momentos de transição da vida, a aposentadoria merece cuidado, pois qualquer mudança é delicada. Quem planejar o momento da aposentadoria estará mais confortável e saberá como agir tanto do ponto de vista comportamental como das finanças. Terá noção do que é mais vantajoso para si", explica o psicólogo e diretor acadêmico da Universidade Veiga de Almeida (UVA), José Daniel Mendes Barcelos. O que fazer? Além da questão financeira, as pessoas estão vivendo mais e melhor. A necessidade de se sentirem produtivas é um fato na sociedade brasileira. O emocional é um ponto fundamental nesse processo de continuidade no mercado trabalho. Há um medo entre aposentados de ficarem sem ter o que fazer. "As pessoas se perguntam o que vão fazer. Se sentem sem identidade. Por isso, é importante o profissional que está para se aposentar pensar em uma atividade substituta, estudo, compromissos familiares, se manter trabalhando, realizar ações filantrópicas", comenta Barcelos. O psicólogo da UVA observa que muitas pessoas que não conseguem se adaptar à nova realidade abrem seu próprio negócio ou buscam atividades mais leves. De fato, o empreendedorismo no país cresceu. "São pessoas que resgatam desejos de trabalhar em determinadas atividades, que por motivos variados não conseguiram anteriormente. Há quem queira ou precise seguir trabalhando, mas sente que precisa de atividades mais leves", diz Barcelos. O psicólogo afirma que a decisão é pessoal, mas que o indivíduo precisa estar atento às implicações de cada decisão, observar a saúde, as condições de trabalho e a saúde mental. Ele ainda alerta que muitos funcionários públicos não querem enfrentar a aposentadoria, mas acabam saindo pela "compulsória" e se sente perdidos. Nesse sentido ele reforça a importância das empresas - públicas e privadas - investirem em programas de preparação para a aposentadoria. O Banco do Brasil oferece o Treinamento POP (Programa de Orientação Profissional) - Vida Ativa. O curso é promovido em diversas unidades do país desde 2010, e visa colaborar com os profissionais que estão prestes a se aposentar a elaborar um projeto de vida. Funcionários que trabalham há 28 anos no Banco ou que irão se aposentar dentro de dois ou três anos - seja pela PREVI ou pelo INSS podem participar. - 03/08/2011 - Planejando a aposentadoria
Previ Futuro tem redução nos juros atuariais para 5% ao ano
Começou a vigorar na primeira quarta-feira deste ano (2) a nova taxa de juros atuariais do Plano Previ Futuro, que teve redução de 5,5% para 5% ao ano. A diminuição foi aprovada pelo Conselho Deliberativo do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil em dezembro de 2012 e estava previsto nos cenários das Políticas de Investimentos do Plano 1 e do Previ Futuro, elaboradas para o período 2005-2012. O objetivo da redução dos juros atuariais é acompanhar as novas medidas de juros mais baixos que estão sendo praticados na economia brasileira com a trajetória de queda da taxa básica de juros (Selic). A definição da taxa atuarial envolve estudos e análises de várias diretorias da Previ até a etapa de aprovação pela Diretoria Executiva. Essa redução também implica que o fundo de pensão tenha de ser mais ousado e criativo na busca da rentabilidade em benefício dos investidores participantes. Para construir as políticas de investimentos, a Previ utiliza ferramentas de planejamento para visualizar panoramas macroeconômicos e fazer análises de ALM (Gestão de Ativos e Passivos), considerando cenários que vão do otimista ao de estresse. "É de extrema importância a diversificação dos investimentos, a gestão responsável dos recursos, observando as melhores práticas de governança e com a participação de representantes dos funcionários nas instâncias diretivas da Previ. É importante ressaltar que a taxa atuarial é o mínimo que os investimentos têm que render, sendo que na série histórica o Previ Futuro rendeu mais que o atuarial. No Previ Futuro, cada vez que o plano rende mais que a meta atuarial, todo o excedente vai direto para as reservas dos participantes, aumentando a sua perspectiva de benefício", destaca Wagner Nascimento, conselheiro consultivo eleito do Plano Previ Futuro. Entenda os impactos da redução da taxa O benefício a ser pago futuramente ao participante do Previ Futuro é construído com base em três pilares: o tempo de contribuição para o plano, os níveis de contribuição e a expectativa de retorno dos investimentos. A alteração da taxa de juros atuariais envolve esse último item. Como a economia do país passou a trabalhar com juros mais baixos, a expectativa de remuneração dos investimentos precisa ser adequada a metas realistas. Dessa forma, a Política de Investimentos de cada plano de benefícios considera a meta de juros atuariais e os três pilares mencionados na construção da macroalocação dos recursos de cada plano. Benefícios futuros Nos planos Contribuição Variável (CV), como é o caso do Previ Futuro, taxas menores provocam queda nos benefícios programados quando de seu cálculo, devido ao menor retorno projetado. Dessa forma, a redução da taxa atuarial do Previ Futuro de 5,5% a.a. para 5% a.a. reduz também a projeção do benefício futuro da Parte II do Plano e impacta diretamente os benefícios calculados a partir de janeiro de 2013. Simule seu benefício No Autoatendimento do site Previ, está disponível o Simulador de Renda do Previ Futuro. O simulador utiliza a nova taxa atuarial de 5% a.a. nas projeções dos cálculos do benefício futuro. Redução da taxa atuarial impacta empréstimos e financiamentos As operações, que já praticavam as menores taxas do mercado, ficam mais baratas para o participante. Com a aprovação da redução da taxa de juros atuariais do Plano Previ Futuro de 5,5% para 5% ao ano, as operações de Empréstimo Simples e de Financiamento Imobiliário contratadas pelos participantes do Plano passam a ter novas taxas a partir de 2/1. Os sistemas estão sendo ajustados para contemplar as alterações e processar eventuais acertos nos saldos devedores.
Novo salário mínimo entra em vigor
A partir desta terça-feira (1º) o valor do salário mínimo aumenta em 9% e passa de R$ 622 para R$ 678. O reajuste foi anunciado pelo governo na semana passada. O valor do salário mínimo é calculado com base no percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano retrasado mais a reposição da inflação do ano anterior pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em 2011, a variação do PIB foi de 2,73%, e a inflação de 2012 medida pelo INPC, de 6,1%. O Orçamento de 2013 - ainda não aprovado pelo Congresso - previa alta do mínimo para R$ 674,96. A proposta original do governo era de aumento de R$ 622 para R$ 670,95, mas o cálculo da inflação foi reajustado, e isso elevou o valor.
O que fazer com seu dinheiro em 2013
Chegar a 2013 será um pouco como pousar num novo planeta, onde as leis do dinheiro são meio diferentes das que valeram no Brasil até recentemente. A taxa de juros básica está no menor nível da história, 7,25%. Ela vai puxando para baixo todas as outras tanto as que contam contra nós, como os financiamentos para pagamentos de casa, carro e viagens, quanto aquelas a nosso favor, como investimentos no Tesouro Direto e fundos de renda fixa. A ameaça de uma catástrofe econômica na Europa, que prejudicaria bastante as famílias brasileiras, parece bem mais distante. Ao mesmo tempo, parece afastado também o clima de euforia com o Brasil que contagiou o mundo entre 2006 e 2010. O país ganhou mesmo nova relevância global (em parte, porque os países ricos empobreceram) e se mantém um dos mercados mais atraentes do mundo. Mas abre menos postos de trabalho e sofre com a ameaça de aumento da inflação. Diante de tanta mudança, o que fazer? O ano que começa é um bom período para testar alternativas à poupança e aos fundos DI O momento é de algum suspense, porque pairam sobre nós ameaças variadas. E se o crescimento não deslanchar? Se o desemprego subir? Se a inflação avançar? Se a Europa tremer? O suspense não chega a ser paralisante, porque todas essas ameaças parecem um tanto remotas. Há grande chance de que 2013 seja um período calmo, bom para reorganizar planos, dívidas e investimentos. Seria mais difícil fazer arranjos assim em períodos agitados, como a febre com a Bolsa em 2003, a crise global aguda de 2008 ou a disparada dos preços dos imóveis em 2010. A maioria dos microempresários e profissionais autônomos também pode esperar um ano estável, mas não de forte crescimento. "É um momento para pensar no médio prazo. Estou tratando 2013 como um ano de 24 meses", diz Nicolas Tingas, economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento. O ano que começa é um bom momento para testar investimentos de renda fixa alternativos, capazes de oferecer resultado melhor que a poupança e os fundos de renda fixa ou Dl. O poupador pode conferir com seu banco, sua corretora ou seu orientador financeiro opções de investimentos considerados de risco baixo ou médio. Entram nessa categoria CDBs (empréstimo para bancos), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e vários fundos imobiliários e de crédito privado. A variedade à disposição no Brasil não chega ainda a configurar um supermercado de investimentos, mas já dá uma quitanda razoável. "Vale a pena procurar, porque uma pequena vantagem de rendimento fará muita diferença ao longo de alguns anos", diz Gabriel Leal, diretor da corretora XP. "Entre essas opções, o investidor precisa conferir o que importa para ele: se há garantia do governo para esse investimento (como na poupança ou nos CDBs), quanto ele pode investir, por quanto tempo pode deixar o dinheiro aplicado, se há isenção de Imposto de Renda." Qual é o melhor jeito de... A economia mudou muito nos últimos meses e você pode e precisa fazer a respeito nos próximos ...Comprar um carro? 3,5% a 4,5% é o aumento previsto pelas montadoras, para 2013, no número de veículos vendidos Quem está decidido a comprar carro novo pode aproveitar o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido até março. Depois disso, o preço subirá. Embora o mercado deva esfriar um pouco, a forte procura por carrosnovos deverá manter a grande diferença de preços em relação aos seminovos e usados. Nesses dois segmentos, quem souber avaliar pode encontrar ótimas oportunidades. ... tentar ganhar mais com investimentos? 70 mil pontos é a projeção do Banco do Brasil para o Ibovespa para dezembro de 2013 O principal índice da Bolsa, o Ibovespa, pouco valorizou em 2012 (ele estava perto dos 60 mil pontos em meados de dezembro). Nada sugere que ele vá avançar muito em 2013. Por isso, selecionar empresa por empresa é o melhor jeito de ganhar neste momento. Em fundos de ações, multimercado e de previdência, gestores profissionais fazem isso por você. Aproveite a calma de 2013, sem euforia, para fazer esse investimento. ...Investigar com mais segurança? 326 mil investidores começarão 2013 com dinheiro no Tesouro Direto Entre os investimentos de baixo e médio risco, tornaram-se mais acessíveis opções como o Tesouro Direto, fundos imobiliários, fundos de crédito privado. CDBs e LCIs. Eles oferecem combinações variadas de risco e rentabilidade que merecem ser avaliadas. "Vale muito a pena fazer essas migrações entre alternativas da renda fixa, mesmo que a vantagem imediata pareça pequena", diz a consultora Sandra Blanco, da Órama. Atenção: mesmo com retorno baixo, a poupança continua muito útil para quem começa a guardar e ainda tem pouco dinheiro. ... Comprar um imóvel? 20% a 25% é a expectativa de aumento na oferta de crédito para casa própria em 2013 A febre dos imóveis passou. A quantidade de crédito aos compradores deverá crescer abaixo de 25% em 2013, bem menos que o salto de 60% em 2010. Mas isso não significa que o setor esteja frio ou que os imóveis setornarão mais baratos. "O ano de 2012 foi uma freada de arrumação. As construtoras estavam sobrecarregadas e precisaram rever os lançamentos", diz Octavio de Lazari Júnior, presidente da Abecip, a associação do créditoimobiliário. Comprar imóvel como investimento ficou mais difícil. Para uso próprio. 2013 será um bom momento de ir adiante. ... Abrir ou expandir o negócio próprio? 73,2 é o índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios para o primeiro trimestre de 2013.0 indicador vem caindo, mas ainda é bom As expectativas para 2013 ainda são duvidosas. O país pode crescer pouco, e uma piora na situação global teria efeitos ruins por aqui. Mas a economia brasileira abrirá o ano com alguns sinais animadores de aceleração. Onível de emprego e o consumo segue em alta. 0 crédito para pequenos negócios continua se tornando mais barato e abundante. "O momento é favorável e ainda é hora de abrir negócios que aproveitem a Copa e as Olimpíadas", diz Luiz Felizardo Barroso, consultor financeiro e especialista em franquias. Ao lado das novidades, impera nesse mercado o Tesouro Direto, há 11 anos à disposição do poupador. Ele continua subaproveitado, com apenas 326 mil investidores. A rentabilidade anual dos títulos, empréstimos ao governo federal, vem caindo rapidamente, com os juros. Mas ele segue como ótima combinação de segurança e retorno financeiro - principalmente para quem pode deixar o dinheiro investido por alguns anos. Em 2012, o retorno do Tesouro Direto foi de pelo menos 8% - dependendo do título, do prazo e do momento do resgate, a rentabilidade pode ter chegado à casa dos 20% ou 30%. Os mesmos 8% são praticamente um teto para os fundos Dl, e a poupança ficou em 6,6%. O dinheiro dedicado a essas opções deve dar ao poupador tranquilidade para honrar dívidas no futuro próximo, cobrir imprevistos e passar por ao menos alguns meses sem renda. Quem já resolveu essa parte e pode ousar mais também precisa prestar atenção ao que muda no novo planeta econômico em que agora vivemos. Ao longo dos últimos anos, houve períodos em que deu certo adotar regras simples para ganhar com ações. O investidor pode ter se dado bem ao aplicar em fundos que acompanhavam o principal índice da Bolsa, o Ibovespa, empresas pagadoras de bons dividendos, setores em forte expansão, como imóveis ou varejo, ou mesmo uma única grande produtora de matérias-primas, como Petrobras ou Vale. Todas as regras simples, no momento, tornaram-se questionáveis. Muitas das ações estão caras, e isso dificulta novas valorizações. Há algumas expectativas otimistas para o Ibovespa, como a ação do Banco do Brasil (ganho de cerca de 17% até o fim de 2013). Mas as apostas, agora, tornaram-se muito pulverizadas. Para quem pode, vale a pena arriscar parte do dinheiro na Bolsa, principalmente neste momento, em que não há euforia com ela. O investimento pode ser feito em fundos de ações ou fundos que incluam ações, como multimercado ou de previdência. Mas não tenha pressa para colher os resultados. Encare 2013 como um ano muito bom - para se preparar para os anos seguintes.
Quem já gastou o 13º salário deve readequar despesas, alertam especialistas
Para quem torrou o 13º salário sem pensar no fim da festa, chegou a hora da ressaca financeira. Além de arcar com a fatura do cartão de crédito, os que gastaram mais do que podiam terão, neste início de 2013, de encarar os impostos e os pesados reajustes nos preços de serviços. O Correio elencou as principais despesas dos brasilienses a partir de janeiro e reuniu dicas para evitar que as dívidas transformem o começo do ano em um pesadelo. A maior parte dos trabalhadores diz reservar o salário extra para quitar débitos ou poupar. Mas, na prática, a história costuma ser diferente. Levados pela tentação do consumo, muitos chegam ao réveillon com as contas apertadas, quando não no vermelho. Com a inflação ainda assombrando, o educador financeiro Álvaro Modernell recomenda: "Para quem está sem reserva de caixa, vale acender a luz amarela antes que seja tarde". Leia mais notícias em Cidades Reavaliar o orçamento e dar um jeito de cortar gastos é a saída para o grupo dos endividados. "Ninguém gosta de reduzir o padrão de vida, mas não tem outro jeito", reforça Rogério Olegário, também educador financeiro. Ao comentar a situação dos que perderam o controle das compras no fim do ano, ele não perde a chance de dar bronca: "Todo ano é a mesma coisa: as pessoas não aprendem a se planejar e a cuidar das finanças o ano inteiro". As contas do analista de sistemas Lairson Giesel, 35 anos, estão sob controle, mas isso não garante sossego. "A gente tenta se preparar, mas os aumentos parecem que sempre nos pegam de surpresa", comenta ele, pai de três garotos. As mensalidades das escolas particulares do Distrito Federal ficaram até 15% mais caras para 2013. Itens de papelaria e livros didáticos também subiram de preço no fim de 2012 - entre 5% e 7% - e novos aumentos não estão descartados.