Polícia Federal vai investigar irregularidades no concurso do Senado

Depois de dezenas de queixas registradas, a Polícia Federal decidiu investigar as irregularidades na aplicação das provas do cobiçadíssimo concurso público para o Senado, que oferece 246 vagas com salários que vão de R$ 13,8 mil a R$ 28,3 mil. No domingo, após uma troca de provas em quatro salas da Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas (Facitec), em Taguatinga, a Fundação Getulio Vargas (FGV) anulou as avaliações para três cargos: de analista legislativo, nas áreas de análise de sistemas e análise de suporte de sistemas, que oferecem sete e três vagas respectivamente, e de técnico legislativo, na área de enfermagem, com cinco oportunidades. Agora, 10.056 pessoas terão de refazer as provas de uma seleção que já começou marcada por polêmicas. Além de a FGV ter sido contratada sem licitação para organizar o processo seletivo, a Comissão do Concurso Público do Senado Federal expulsou, no mês passado, uma das suas integrantes, a servidora Lúcia Maria Medeiros de Souza, após verificar que ela estava inscrita para concorrer a uma das vagas de consultor legislativo (leia mais na página 10).

Restrição a capital externo faz dólar subir 1,12%, a R$ 1,805

O dólar comercial começou a semana com firme alta ante o real depois que o governo anunciou nova medida cambial. Para não pagar 6% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), os empréstimos externos têm de ter prazo superior a cinco anos. Até então, o prazo era de três anos. Mas o que mais assusta é a possibilidade de novas medidas.

Bovespa fecha em baixa após dados da China e IOF

SÃO PAULO, 12 MAR - A Bovespa fechou esta segunda-feira em baixa, após dados da China prejudicarem o comportamento das commodities metálicas e ações ligadas aos setor. Também contribuiu o anúncio do governo, que estendeu a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para captações externas de prazo mais longo. O Ibovespa caiu 0,48 por cento, a 66.384 pontos. O giro financeiro foi de 5,81 bilhões de reais. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,29 por cento, enquanto o S&P 500 teve oscilação positiva de 0,02 por cento. A China registrou déficit de 31,5 bilhões de dólares, após superávit de 27,3 bilhões de dólares em janeiro. Foi o maior saldo negativo em pelo menos uma década. "O que pesou foram as commodities. Vale caiu por causa de China e por questões de impostos", afirmou o sócio-diretor da Título Corretora, Marcio Cardoso. Na última sexta-feira, fontes disseram à Reuters que a Vale enfrenta problemas para se defender em uma disputa bilionária com o governo por falta de documentos. A preferencial da Vale recuou 1,15 por cento, a 39,47 reais. A outra blue chip doméstica, a preferencial da Petrobras teve queda de 1,18 por cento, a 23,43 reais, em dia de queda no preço do petróleo, que também pesou sobre OGX, caindo 0,95 por cento, a 16,67 reais. Outro fator que pesou nos negócios nesta sessão foi a notícia de que o governo brasileiro, passou a cobrar alíquota de IOF de 6 por cento também das captações externas com prazo de até cinco anos. A medida, segundo o Ministério da Fazenda, tem caráter prudencial para reduzir a entrada de capital especulativo no país. Segundo Cardoso, os investidores também permaneceram a espera da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) na terça-feira, que poderá trazer o anúncio de novas medidas de estímulo a economia local, e caso as expectativas sejam frustradas, pode haver uma realização de lucros. No Ibovespa, a maior queda foi registrada pela TIM, com perdas de 3,34 por cento, a 10,41 reais, seguida por Pão de Açúcar, com recuo de 2,66 por cento, a 84,20 reais. Na outra ponta, Klabin teve a maior alta, de 3,11 por cento, a 9,29 reais, seguida por Hypermarcas, que após operar em forte baixa devido aos resultados do quarto trimestre, inverteu o sinal e fechou com ganhos de 2,45 por cento, a 11,73 reais. A empresa registrou lucro líquido de 49,6 milhões de reais no quarto trimestre, queda de 41 por cento em relação ao

Comissão de Ética vai investigar ex-diretor do Banco do Brasil

A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu nesta segunda-feira abrir procedimento preliminar para investigar o ex-vice-presidente do Banco do Brasil Allan Toledo. A decisão foi motivada por reportagens da Folha que mostraram que movimentações financeiras de Toledo chamaram atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras.

Mantega sob fogo cerrado

Não é só o Ibope da TV Senado que vai subir hoje. A temperatura deve ir às alturas com a esperada audiência do ministro da Fazenda, Guido Mantega, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), a partir do meio dia. A oposição está armada para abrir fogo contra o chefe da política econômica

Juros para pessoa física recuam pelo terceiro mês e atingem a menor taxa dos últimos 17 anos

São Paulo - Pelo terceiro mês seguido, a taxa média de juros para pessoa física teve redução. Em fevereiro, o percentual foi 6,33%, uma queda de 1,09% sobre o resultado registrado em janeiro (6,4%). Isso equivale a uma taxa de 108,87% ao ano, a menor da série histórica, iniciada em 1995 pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Na avaliação do vice-presidente da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, entre os motivos da queda da taxa média de juros estão as medidas adotadas pelo governo brasileiro para manter o mercado interno aquecido, como a sequência de cortes na taxa básica de juros (Selic) e a queda do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de crédito. Ele também atribuiu o recuo à tentativa do comércio em minimizar o impacto da queda nas vendas, causada pela maior concentração de compromissos financeiros nesse começo do ano, entre os quais o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), além dos gastos comuns nesta época com educação e vencimento de contas feitas no período do Natal. Segundo o levantamento, das seis linhas de crédito pesquisadas apenas a do crédito rotativo dos cartões de crédito não caiu, permanecendo estável na média de 10,8% ao mês e 238,3% ao ano. "A nossa expectativa é que as taxas de juros voltem a diminuir nos próximos meses por conta das prováveis reduções da taxa básica de juros (Selic), conforme sinalizações do Banco Central, bem como de todas as medidas que o Banco Central e o Ministério da Fazenda vêm promovendo para evitar uma desaceleração forte em nossa economia", destacou Oliveira. Já a taxa de juros para as empresas atingiu a média de 3,72% ao mês e 55,01% ao ano - o que representou um recuo de 1,85% no mês e de 2,24%, nos últimos 12 meses - a menor variação desde dezembro de 2009

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