As contas públicas registraram em setembro o maior déficit primário para o mês da série histórica do Banco Central, iniciada em 2001, de R$ 9,048 bilhões. Foi o segundo déficit consecutivo e o terceiro pior da história. Com isso, o governo não garante mais a meta de superávit primário de 2,3% do PIB para todo setor público neste ano, com a qual o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tinha se comprometido em julho.
Bancos brasileiros precisarão de US$ 347 bi
O sistema bancário brasileiro necessitará aumentar em US$ 347 bilhões seu capital em um período de cinco anos para sustentar o crescimento da economia, segundo projeção do Instituto Internacional de Finanças (IIF), em estudo ao qual o Valor teve acesso.
Governos federal e estaduais anunciam atuação unificada contra protestos
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou ontem a integração dos trabalhos de inteligência de autoridades policiais federais e de São Paulo e Rio de Janeiro - onde tem havido maior recorrência de atos violentos e de vandalismo em manifestações populares - para coibir práticas ilícitas como depredação de patrimônios e violência contra cidadãos durante atos de protesto.
91% dos brasilienses usam cartão de crédito para pagar as despesas
Brasília é a campeã no ranking das capitais com maior número de cartões do país. Cerca de 2,2 milhões de pessoas na capital federal carregam cartão de débito, de crédito ou de crediário de uma loja. O número corresponde a 91% da população, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões (Abecs). Além disso, mais de 40% dos clientes brasilienses preferem pagar as contas com cartão de crédito. Nesse cenário favorável ao dinheiro plástico, é expressivo o número de empresários na contramão. Quase nove em cada 10 comerciantes do DF preferem receber em dinheiro e 11,7% deles não aceitam nenhum tipo de pagamento por meio eletrônico.
Os dados são de duas pesquisas divulgadas esta semana. A primeira, encomendada pela Abecs, mostrou que o consumidor brasileiro já paga metade dos gastos mensais por meio do cartão,de débito, de crédito ou de loja. A pesquisa revelou que 76% da população brasileira possui algum cartão — crescimento de oito pontos percentuais em cinco anos. O outro estudo, inédito, é do Instituto Fecomércio do DF sobre o uso de meios eletrônicos de pagamento nos setores de comércio, serviços e turismo de Brasília e foi divulgado com exclusividade para o Correio.
De acordo com a Abecs, a posse de meios eletrônicos de pagamento cresceu gradativamente nos últimos seis anos, passando de 68%, em 2008, para 76% em 2013. O total de pessoas com cartões nas 11 capitais brasileiras pesquisadas supera 20 milhões. Em Brasília, o percentual sobe para 91%, sendo a modalidade débito o mais usado (89% das pessoas têm um). Além disso, 71% dos consumidores possuem cartão de crédito, metade deles nacional e 36% internacional. O número está bem acima das demais capitais. No Recife — segundo lugar no ranking nacional —, 53% da população têm cartão de crédito, 57% nacional e só 8% internacional.
Quitutes da Orla reúne 22 chefs na Ermida Dom Bosco para divulgar criações
Desde o Brasília Gourmet 2011, não se via tantos chefs juntos. Na ensolarada manhã da última segunda-feira (28/10), a coluna reuniu, na Ermida Dom Bosco, 22 chefs dispostos a ofertar suas criações a preços populares, numa maratona do sabor, que será realizada naquele local, em 9 de novembro (sábado), entre as 13h e as 22h. A festa também assinala a reinauguração do Parque da Ermida, que passa por reformas e melhoria de toda área aberta à beira do Lago Paranoá.
Sob o nome de Quitutes da Orla, o evento está baseado em dois pilares: gastronomia e convívio social, destaca Sandro Biondo, um dos organizadores, para quem o aspecto mais importante é o da acessibilidade. “Muitas vezes eu escutei alguém dizer que nunca conseguiria provar a comida de Simon Lau”, relata Biondo, que comemora o fato de o chef dinamarquês (o primeiro a obter três estrelas no Guia Brasil para o seu restaurante Aquavit), participar da jornada gourmet.
Durante mais de oito horas, o brasiliense vai poder degustar a preços que variam de R$ 5 a R$ 20 uma diversidade de sabores: do pesto ao ceviche, do yakissoba à polenta mole, do cheesecake ao risoto de quinoa.
Dormir durante o dia não repõe o sono perdido à noite
Dormir algumas horas durante o dia para compensar o sono perdido à noite não é uma estratégia eficaz. O alerta é do neurocirurgião André Cecchini, do Hospital Cristo Redentor. Segundo ele, mesmo que a pessoa se sinta recuperada do cansaço, isso não significa que o sono foi reposto. “A famosa sesta, por exemplo, não é repousante, porque não atinge o sono REM (movimento rápido dos olhos, na sigla em inglês)”, explica.
É nesse estágio profundo do sono que acontecem várias mudanças fisiológicas. A frequência dos batimentos cardíacos e a respiração aceleram, a pressão arterial aumenta. É também a fase onde normalmente ocorrem os sonhos. “A falta de sono REM dificulta todas as atividades intelectuais superiores: memória, pensamento, julgamento, aprendizado. E advém uma série de limitações, irritação, ansiedade, estresse”, enumera. De acordo com Cecchini, em longo prazo, dormir mal pode causar danos ao coração e aos sistemas hematológico e imunológico.
O neurocirurgião afirma, contudo, que é possível e recomendável recuperar pequenas quantidades de sono perdido – como descansar seis horas em um dia e dez no outro. “É o fato de dormir tarde e acordar tarde. A pessoa vai numa festa e no outro dia ela prolonga o sono. Isso é positivo”, esclarece.
No entanto, em geral, longos períodos de vigília não podem ser ajustados em um só fim de semana debaixo dos lençóis. “Se a pessoa ficou 24 horas acordada, esse sono não tem recuperação. Não é possível dormir 16 horas em duas noites e recuperar aquele pedaço do sono perdido, aquela quantidade de energia gasta. A recuperação vai se dar ao longo das próximas noites”, observa.
Escuro - Outro importante cuidado para garantir a reposição plena da energia é ir para a cama no período noturno. Segundo Cecchini, o organismo humano é biologicamente preparado para dormir no escuro. “A luz é estimulante para alguns hormônios, que ficam mais elevados e nos fazem despertar. Então, é prudente, que se durma à noite. De preferência, sempre no mesmo horário”, destaca.