Alimentos integrais podem ter mais açúcar e calorias, indica pesquisa
A febre pelos alimentos integrais começou na década de 1970, quando os médicos ingleses Hugh Trowell e Denis Burkitt perceberam que populações africanas que se alimentavam de cereais não processados tinham uma menor incidência de doenças intestinais. Desde então, grãos que não passaram pela refinação industrial são amplamente indicados por nutricionistas e profissionais da saúde. Mas nem todos realmente podem ser considerados mais saudáveis ou até mesmo apresentar os benefícios noticiados no rótulo. É o que indica a pesquisa da Escola de Saúde Pública de Harvard publicada na revista Public Health Nutrition deste mês. O problema, de acordo com os especialistas, se repete no Brasil.
Leia mais notícias em Ciência&Saúde
![]() |
|
A identificação de um critério unificado para identificar carboidratos de alta qualidade é uma prioridade em saúde pública |
A avaliação de 545 produtos derivados de grãos encontrados em duas grandes cadeias de supermercados americanas, uma inclusive com franquia no Brasil, surpreende. Eles identificaram que muitos produtos têm quantidades superiores de açúcar e de calorias que as versões tradicionais. O resultado levou os pesquisadores a declararem no estudo que os padrões atuais de classificação de alimentos como integrais são inconsistentes e, em alguns casos, enganosos. A equipe liderada por Rebecca Mozaffarian, do Departamento de Ciências Sociais e Comportamentais da Escola de Saúde Pública de Harvard, incita a adoção de um padrão consistente, baseado em evidências científicas para a rotulagem de alimentos de grãos integrais.
Distúrbios psicológicos podem ser desencadeados por experiências negativas
Sozinha, a predisposição física nem sempre é suficiente para causar um problema de saúde. Fatores ambientais também têm um importante papel na perturbação do organismo, dando início a uma cadeia de reações que levam a todo tipo de sintomas. Duas pesquisas publicadas nesta semana na revista Science mostram que essa combinação também parece valer no caso dos distúrbios psicológicos que comprometem o comportamento de indivíduos em grupo. Os experimentos ainda reforçam que há uma classe de hormônios que, quando combinados com experiências traumáticas, levam ao estresse social: os glicocorticoides, envolvidos na resposta do corpo a situações extremas.
A liberação desses esteroides no organismo depois de experiências estressantes, como sentir medo ou irritação, provoca um desequilíbrio que diminui a presença das dopaminas, neurotransmissores que promovem a sensação de prazer. Para entender como essas duas substâncias se relacionam, os autores de um dos estudos modificaram geneticamente ratos para que eles não tivessem receptores de glicocorticoides nos neurônios que produzem a dopamina. O objetivo era verificar se os hormônios do estresse freavam a produção do neurotransmissor ligado ao prazer.
Caso essa hipótese estivesse certa, os ratinhos modificados não apresentariam mudança de comportamento depois de sofrerem estímulos negativos. O efeito, no entanto, foi o oposto. Depois de serem submetidos a 10 dias de agressão imposta por outros animais, eles mostraram sinais de ansiedade e se recusaram a interagir mesmo com ratos mais dóceis. “Os dados sugeriam que o hormônio podia agir nos neurônios que produzem dopamina. Muito rapidamente, nós soubemos que isso estava errado, pois esses animais tiveram uma aversão social e aumentaram a ansiedade depois da agressão”, explica François Tronche, da Universidade Pierre e Marie Curie, na França, principal autor da pesquisa.
Brasil reduziu pela metade índice de mortalidade precoce de leucemia LPA
Estudo mostra que, nos últimos seis anos, Brasil, México, Chile e Uruguai reduziram pela metade o índice de mortalidade precoce do tipo mais agressivo de câncer do sangue e da medula óssea
Volume de consultas ao BNDES cresceu 75% na segunda metade de 2012
Os pedidos de financiamento feitos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um indicador antecedente importante do ânimo do empresariado em investir, apontam uma tendência de retomada dos investimentos na economia, calcada em grandes projetos de infraestrutura e concentrada especialmente no segundo semestre. Ao mesmo tempo, os números ecoam pelo menos parte das preocupações dos especialistas, ao mostrar que o nó na indústria pode levar mais tempo para ser desatado. Os projetos apresentados pelo setor também cresceram em 2012 em relação a 2011, mas muito abaixo da média.
Gasolina pode ter mais etanol em abril
A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, acenou ontem com a possibilidade de um aumento no porcentual de etanol na gasolina de 20% para 25% no final da safra de cana-de-açúcar, a partir de abril.