Em mais uma manobra articulada com o Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), escalou nesta terça-feira, 13, os três senadores que faltavam para compor a CPI exclusiva do Senado para apurar denúncias envolvendo a Petrobrás. O peemedebista indicou os senadores goianos Cyro Miranda (PSDB), Lúcia Vânia (PSDB) e Wilder Morais (DEM) - os dois últimos já recusaram a escolha. As vagas de suplentes ficaram com Jayme Campos (DEM-MT) e Vicentinho Alves (SDD-TO).
Dívida da Petrobras sobe para US$ 100 bi
O mercado viu com preocupação o aumento do endividamento da Petrobras no primeiro trimestre, fruto das captações para honrar os investimentos, que em 2014 serão de US$ 40 bilhões. No primeiro trimestre a dívida líquida alcançou a marca de US$ 100 bilhões no fim de março. Com investimento elevado e sem contabilizar ainda o esperado aumento da produção, o reajuste nos preços da gasolina e diesel, atualmente com defasagem, é uma das questões mais importantes para o equilíbrio financeiro da companhia.
Rede perde espaço para rivais
Em 1º de julho de 2010, quando Cielo e Rede (ex-Redecard) perderam a exclusividade de capturar operações de pagamento com cartões Visa e MasterCard, a expectativa era que a data marcasse mudanças profundas para o setor no país. Algumas transformações vieram, sim, mas de forma muito diferente do que se imaginava à época. Hoje, quase quatro anos depois, 95% do mercado segue concentrado nas máquinas das duas companhias pioneiras no setor. No entanto, a Rede perdeu mais espaço. Da enxurrada de empresas que prometiam ganhar mercado, apenas o Santander é representativo.
Agência libera renovação antecipada de portos
Uma das principais ondas de novos investimentos no setor portuário está finalmente perto de deslanchar. Em troca de desembolsos imediatos na ampliação da capacidade de terminais operados pela iniciativa privada, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) deu sinal verde aos dois primeiros pedidos de renovação antecipada de contratos de arrendamento que expiram apenas na virada da década.
Especialistas indicam ajustes em ambientes domésticos para idosos
Rampas, barras, quinas arredondadas e uma quantidade substancialmente menor de móveis distribuídos no cômodo passam a ser a decoração da casa à medida que as dificuldades de mobilidade começam a surgir com o envelhecimento. O ambiente perde alguns pontos no quesito estético, mas são inúmeros os ganhos para o trânsito do indivíduo em casa e a quantidade de problemas de saúde que podem ser evitados. As adaptações não devem se ater somente à solução das dificuldades de mobilidade. Cada condição de saúde deve ter ajustes para facilitar a vida do idoso dentro do ambiente doméstico.
“O idoso não pertence a um grupo homogêneo, mesmo porque a velhice vai dos 60 aos 100 anos, e ele pode ter demências, dificuldades de mobilidade, deficiência visual”, enumera a professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Marcella Guimarães Assis. Ela ministrou um curso sobre as estratégias mnemônicas para idosos com demência no Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, realizado no início deste mês, em Belém. Segundo Assis, para esse grupo, as necessidades tendem a se diferenciar do que é normalmente indicado àqueles em processo normal de envelhecimento. “O espaço, no caso das demências, deve ser utilizado para facilitar as perdas cognitivas. Então, o excesso de estímulos precisa ser evitado, mas a falta deles também. Quando você adapta um ambiente, tem que pensar no que a pessoa precisa saber para utilizar aquele local.”
Para prevenir o câncer de mama, mulheres devem evitar alguns químicos
Cientistas americanos identificaram as substâncias químicas mais cancerígenas presentes no ambiente cotidiano que as mulheres devem evitar para diminuir o risco de câncer de mama, uma pista que consideram importante para a prevenção da doença.
O estudo, publicado nesta segunda-feira na revista Environmental Health Perspectives, também confirma que os produtos químicos que provocam tumores cancerígenos nas glândulas mamárias dos ratos também estão vinculados ao câncer de mama nos humanos.
O estudo elaborou uma lista de 17 substâncias cancerígenas prioritárias porque provocam tumores mamários nos animais, às quais muitas mulheres estão expostas. São produtos cancerígenos presentes na gasolina, no diesel e em outras substâncias que emanam dos veículos, assim como ignífugos, solventes, corrosivos de pinturas e derivados de desinfetantes usados no tratamento de água potável, entre outros.
"Esta pesquisa fornece elementos para prevenir o câncer de mama identificando produtos químicos prioritários aos quais as mulheres estão expostas com mais frequência e mostra também como controlar esta exposição", explica o médico Ruthann Ruden, diretor de pesquisa no instituto Silent Spring de Newton (Massachusetts, nordeste), co-autor da pesquisa.
"Estas informações guiarão os esforços para diminuir o contato com estas substâncias ligadas ao câncer de mama e ajudarão os pesquisadores a estudar como as mulheres são afetadas", acrescenta.
As pesquisas realizadas até agora sobre o câncer de mama não levavam em conta a exposição de mulheres a uma grande quantidade de produtos químicos, sobretudo pela falta de informação sobre os produtos que deveriam ser analisados.
Segundo estes pesquisadores, os grupos de consulta de especialistas da Casa Branca, o Instituto Americano de Medicina e o Comitê de coordenação para a pesquisa ambiental e o câncer de mama ressaltaram que as substâncias químicas presentes no ambiente cotidiano eram uma pista promissora para a prevenção de tumores malignos mamários.
- Reduzir a exposição a produtos químicos -
"Todas as mulheres nos Estados Unidos estão expostas a substâncias químicas que podem aumentar o risco de câncer de mama, mas lamentavelmente este vínculo é amplamente ignorado", comentou Julia Brody, diretora-geral do Silent Spring Institute e co-autora do estudo. "Reduzir a exposição aos produtos químicos tóxicos pode salvar a vida de muitas mulheres", considerou, acrescentando que "quando se fala ao povo do câncer de mama, não se pensa no risco que as substâncias químicas representam".
Finalmente, lamenta a pesquisadora, "os fundos direcionados à pesquisa sobre o vínculo entre o câncer de mama e os produtos químicos no ambiente só representam uma parte ínfima do total". "É imprescindível que as indústrias e os governos atuem para reduzir a exposição às substâncias mais perigosas", insistiu Kristi Marsh, autora de uma obra sobre o tema chamada "Little Changes".
Marsh foi diagnosticada com câncer de mama aos 35 anos e ela, que não tinha antecedentes familiares, o atribui a uma exposição a químicos cancerígenos. Para Dale Sandler, principal epidemiologista do Instituto Nacional americano de Ciências de Saúde ambiental (NIEHS), "esta pesquisa examina de maneira extensa e profunda os dados toxicológicos e os biomarcadores vinculados ao câncer de mama". Também é uma "importante fonte de informação" para estudar o vínculo entre o ambiente e o câncer, diz.
Os Institutos Nacionais da Saúde (NIH) irão incorporar recomendações do estudo ao mesmo tempo em que se preparam para testar amostras mamárias de 50.000 mulheres no âmbito de uma investigação sobre irmãs para determinar as causas do câncer de mama.
O câncer de mama é a segunda causa de mortalidade por câncer entre as mulheres nos Estados Unidos, com 40.000 falecimentos estimados em 2014 e 232.670 novos casos diagnosticados, segundo o Instituto Nacional do Câncer, que estima que 2,89 milhões de mulheres sofrem atualmente deste tipo de câncer.