Poupança desacelera em 2014

A poupança perdeu fôlego em 2014, depois de bater sucessivos recordes de captação desde 2012, quando o governo mudou a regra de remuneração da caderneta. A desaceleração da economia e o aumento da Selic, que torna mais atraente outros tipos de aplicação, contribuíram para a perda de ritmo, mas ainda assim não deve limitar o avanço do crédito imobiliário neste ano.

Caderneta de poupança e fundos de investimento sofrem com a inflação

O brasileiro não está conseguindo guardar dinheiro. A inflação que não dá trégua e o alto endividamento das famílias têm deixado pouco espaço para o cidadão comum poupar. Não à toa, o nível dos depósitos em caderneta de poupança registrou um tombo de 66% no primeiro semestre de 2014, para R$ 9,61 bilhões, o menor volume para o período desde 2011, de acordo com dados divulgados ontem pelo Banco Central. Além disso, os fundos de investimento tiveram o pior semestre desde 2002, com uma captação de apenas R$ 1,9 bilhão, conforme levantamento feito pela Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Na avaliação do economista Edmilson Lyra, presidente da Associação Brasileira de Educação Financeira (Abef), essa queda reflete o atual quadro da economia, com inflação acima de 6% e taxa básica de juros (Selic) de 11% ao ano, uma das maiores do mundo. O professor de finanças da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP) Fabio Gallo também considera que o endividamento das famílias e a corrosão do poder de compra pela inflação faz com que o brasileiro deixe de poupar. “Essa é uma situação que vem desde 2011. As pessoas que compraram o carro em 72 meses ainda estão pagando as prestações. Essa captação da poupança menor é uma situação já prevista e esperada pelo mercado. A inadimplência também está dentro da curva”, explicou.

Falta de hábito
Esse é o caso da servidora pública Suely Coelho da Paz, de 48 anos. Ela não consegue poupar apesar de tentar. “O preço de tudo está muito alto. Supermercado, medicamentos e plano de saúde pesam demais no bolso. Com essa inflação, sobrar dinheiro no fim do mês é quase um milagre”, desabafou. A funcionária pública reconhece que, em situações emergenciais, ter uma reserva de dinheiro é crucial. “Já precisei de ajuda em alguns casos, para cobrir gastos, mas empréstimo só em último caso porque as taxas são altíssimas”, contou ela.

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