Poupança desacelera em 2014

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A poupança perdeu fôlego em 2014, depois de bater sucessivos recordes de captação desde 2012, quando o governo mudou a regra de remuneração da caderneta. A desaceleração da economia e o aumento da Selic, que torna mais atraente outros tipos de aplicação, contribuíram para a perda de ritmo, mas ainda assim não deve limitar o avanço do crédito imobiliário neste ano.

A poupança perdeu fôlego em 2014, depois de bater sucessivos recordes de captação desde 2012, quando o governo mudou a regra de remuneração da caderneta. A desaceleração da economia e o aumento da Selic, que torna mais atraente outros tipos de aplicação, contribuíram para a perda de ritmo, mas ainda assim não deve limitar o avanço do crédito imobiliário neste ano.

No primeiro semestre, a poupança teve captação líquida (diferença entre resgates e aplicações) de R$ 9,61 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC). O resultado representa uma queda significativa ante os R$ 28,27 bilhões captados nos seis primeiros meses de 2013. Em abril, a caderneta chegou a ter resgate de R$ 1,3 bilhão.

"A poupança vai fechar o ano com captação positiva ainda, mas nossa expectativa é que seja bem inferior a do ano passado", afirma Octávio de Lazari Júnior, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Na visão dele, embora o desemprego estável em níveis baixos contribua para a formação de poupança, o fraco crescimento econômico limita esse efeito e a caderneta cresce menos.

Isso não quer dizer que faltará recurso para o financiamento imobiliário. Para a Abecip, a poupança deve seguir como fonte quase exclusiva de recursos para o financiamento da casa própria até o fim de 2015. Segundo Lazari, as regras que criam no Brasil a letra financeira imobiliária (LFI), espécie de CDB do crédito imobiliário, que vai complementar a poupança, devem sair até o fim de 2014.

No acumulado de janeiro a maio, dado mais recente da Abecip, os desembolsos de crédito imobiliário com recursos da poupança somaram R$ 44,09 bilhões, avanço de 14,6% na comparação com mesmo período de 2013. Considerando apenas maio, quando foram desembolsados R$ 9,68 bilhões, houve queda de 0,7% na comparação anual. A expectativa da associação é de alta de 15% em 2014.

A captação mais modesta ajudou também a afastar o temor de alguns bancos de que a poupança crescesse tanto que ficaria difícil cumprir o percentual mínimo de 65% da caderneta que precisa ser direcionado para o crédito imobiliário. No começo do ano, mesmo com o avanço a largos passos do financiamento imobiliário, algumas instituições financeiras estavam com dificuldades para dar um destino aos recursos que chegaram de tantos poupadores.

"Havia uma preocupação, para o segundo semestre, de carência de crédito para cumprir a exigibilidade. A desaceleração da poupança afastou esse temor", afirma Lazari, que também é diretor do Bradesco. "A elevação do teto do valor de imóvel para que ele possa ser financiado com recursos da poupança também tem contribuído nesse sentido." Em setembro do ano passado, o governo anunciou que imóveis de até R$ 750 mil, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal, poderiam ser incluídos na conta dos recursos da poupança. Antes esse teto era de R$ 500 mil.

 

 Fonte: Valor econômico

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