Diante da alta do dólar, quem precisa de moeda americana até o fim do ano para compromissos no exterior deve comprar a quantia integral o quanto antes, dizem economistas.
Governo pode rever papel da Petrobras no pré-sal
Para reduzir a pressão sobre a Petrobras, o governo avalia duas medidas: mudar a legislação para desobrigar a estatal de ser operadora e de deter pelo menos 30% de cada poço de petróleo do pré-sal e aumentar, ainda que parceladamente, os preços dos combustíveis. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, será consultado e poderá dar a palavra final sobre o reajuste da gasolina e do diesel reivindicado pela Petrobras. O aumento dos derivados só deve ser aprovado se couber no orçamento de inflação deste ou do próximo ano, disse uma fonte qualificada do Palácio do Planalto.
STF rejeita recursos de 4 réus e esgota chances de deputado
Oito meses após definir a sentença, o Supremo Tribunal Federal retomou ontem o julgamento do mensalão e de forma quase unânime rejeitou os primeiros recursos dos 25 condenados no ano passado por envolvimento no esquema de compra de apoio congressual ao governo Lula.
Governo cede, e Câmara dá aval à partilha dos royalties
Após o governo ceder para evitar turbulências no leilão do campo de Libra, a Câmara aprovou ontem projeto que destina 75% dos royalties do petróleo para educação e 25% para saúde, além de metade do capital do fundo social do pré-sal para os dois setores.
Pesquisa pode ajudar no desenvolvimento de terapias para pacientes com asma
A asma é uma doença inflamatória crônica que ataca o sistema respiratório, resultando na obstrução ou, até mesmo, na interrupção do fluxo de ar. A grande maioria das pessoas com o mal pode controlá-lo com o uso de anti-inflamatórios e broncodilatadores, geralmente ministrados com a conhecida bombinha de ar. No entanto, uma porcentagem pequena desses indivíduos, cerca de 5%, não alcança um benefício expressivo com o tratamento, mesmo quando aplicado regularmente. Esse grupo é aquele diagnosticado com a forma mais grave da doença e passa por crises diárias de falta de ar, que, em alguns casos, podem levar à morte. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) se debruçaram por mais de 10 anos em casos clínicos da doença para desvendar as causas da ineficácia das atuais e mais avançadas terapias nesses pacientes para chegar a uma possível alternativa de tratamento.
O extenso trabalho de pesquisa clínica, realizado pelas equipes do pneumologista Rafael Stelmach e da patologista Thais Mauad, da Faculdade de Medicina da USP, mostra que a estrutura de todo o sistema respiratório dessas pessoas se encontra alterada. As vias aéreas, os alvéolos pulmonares e as bolsas microscópicas, que compõem o sistema respiratório, são mais enrijecidas e espessas que o normal. Essas alterações seriam consequência de inflamações persistentes, ocorridas provavelmente ainda na infância.
Thais Mauad estuda, desde 1998, amostras de tecido pulmonar extraídas de pacientes que faleceram por decorrência da asma. No início, pouco era conhecido sobre quais compartimentos pulmonares eram afetados ao ponto de levar o doente à morte — imaginava-se que era uma doença das grandes vias aéreas. As longas análises, contudo, mostraram que o mal se estende até as pequenas vias aéreas e revelaram um remodelamento pulmonar. Esse processo é responsável por alterar algumas proteínas que estão no pulmão e formam o arcabouço pulmonar. “Normalmente, dentro de uma via aérea, você tem uma composição de fibras elásticas responsáveis por trazer o pulmão ao estágio inicial após a expiração. Conseguimos mostrar que existe uma ruptura dessas fibras no paciente com asma”, descreve Mauad. Esses foram os primeiros achados de sua equipe.
IBGE fará pesquisa nacional sobre saúde da população
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, nesta segunda-feira, 12, que está iniciando a coleta de dados para a Pesquisa Nacional de Saúde 2013 (PNS), resultado de um convênio com o Ministério da Saúde, com a participação da Fiocruz. Até novembro, cerca de 1 mil entrevistadores visitarão 80 mil domicílios em 1.600 municípios em todo o País, para conhecer a saúde e o estilo de vida da população. A pesquisa também tem o objetivo de produzir dados sobre acesso e uso dos serviços de saúde, ações preventivas, continuidade dos cuidados e financiamento da assistência de saúde.
Para saber como está a saúde no Brasil, o IBGE e a Fiocruz planejaram a pesquisa em duas etapas. A primeira consiste no preenchimento de um questionário que captará informações de todos os moradores, em todos os domicílios visitados. Além disso, será selecionado um morador maior de idade em cada um dos domicílios visitados, que responderá outro questionário e terá medidos peso, altura, cintura e pressão arterial. A escolha desse morador será feita aleatoriamente, pelo computador de mão do agente de pesquisa, no momento da entrevista.
Na segunda etapa da pesquisa, aplicada em 25% das áreas visitadas, esse mesmo morador maior de idade selecionado para as medidas antropométricas e de pressão arterial fará exames laboratoriais de sangue e urina. A informações para a pesquisa começa pelos estados de São Paulo, do Mato Grosso do Sul, de Goiás, Rondônia, Roraima, do Amapá e Rio Grande do Sul e, nas próximas semanas, alcançará todas as unidades da federação.
A previsão é de que a pesquisa seja realizada a cada cinco anos, com detalhamento nos níveis Brasil, grandes regiões, unidades da federação, regiões metropolitanas que contenham municípios das capitais e municípios das capitais, e que os primeiros resultados sejam divulgados em 2014. O sigilo das informações coletadas pela PNS é garantido por lei, inclusive os resultados dos exames laboratoriais. Os dados, garantidos pela lei do sigilo da informação estatística (Lei nº5534), só podem ser utilizadas para fins estatísticos.
Todos os entrevistadores portarão o crachá do IBGE e o equipamento eletrônico de coleta de dados (computador de mão). Também será possível confirmar a identidade do entrevistador pelo telefone 0800-721-8181. Antes de sair às ruas, eles fizeram um treinamento não só para aplicar o questionário corretamente, como para tirar as medidas antropométricas e de pressão arterial. Já os exames de sangue e urina serão realizados por laboratórios credenciados pelo Ministério da Saúde.