O mercado de previdência complementar negocia com a Superintendência de Seguros Privados (Susep) mudanças nas regras sobre investimentos das carteiras dos fundos. A Resolução 4.176 do Conselho Monetário Nacional (CMN), editada em 2 de janeiro, veio em linha com as solicitações do mercado, que pedia a ampliação do prazo médio para a carteira de renda fixa dos fundos de previdência complementar aberta, que inclui os planos do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
Multa do FGTS doméstico cria embate político
ANTONIO TEMÓTEO
Estudo mostra que as doenças crônicas da capital também são do interior
Belo Horizonte — O interior é o melhor lugar para envelhecer com saúde, certo? A crença está para cair por terra com os resultados do Projeto Bambuí, que há 15 anos acompanha a população idosa bambuiense. Pesquisadores do Centro de Pesquisas René Rachou, unidade em Belo Horizonte da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), descobriram que a prevalência de doenças crônicas em pessoas acima de 60 anos que vivem na cidade mineira com quase 23 mil habitantes é semelhante à de grandes metrópoles. Ao que tudo indica, a realidade poderá ser comprovada em muitas localidades no interior do Brasil e o estudo servirá para derrubar o mito de que quem mora em capitais está mais exposto a doenças.
Iniciada em 1997, a pesquisa contou com a participação de 92% dos idosos de Bambuí, o que corresponde a 1.606 habitantes. Além de retratar a incidência bem próxima de males de cidade grande no interior, os dados evidenciam a fragilidade do sistema de saúde brasileiro, ainda pouco preparado para lidar com o idoso. Para a epidemiologista Maria Fernanda Furtado de Lima e Costa, coordenadora do Projeto Bambuí, desenvolvido pelo Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento da Fiocruz, a situação é uma bomba-relógio. “O Brasil tem o processo de envelhecimento mais veloz do mundo. O que na França demorou 100 anos, aqui vai levar duas décadas”, destaca. A pesquisadora se refere à inversão da pirâmide etária, já que o número de velhos em breve ultrapassará o de jovens.
Saúde Financeira: planejamento de curto, médio e longo prazos
Há um consenso entre os educadores financeiros de que conhecer a si mesmo é importante para a consciência dos limites pessoais e planejamento de vida de cada um. Nesse contexto, buscar o equilíbrio entre receitas e despesas, razão e emoção, sonhos e concretização, respeitando as individualidades e a cultura, parece ser o caminho para que as pessoas alcancem seus objetivos.
Uruguaio Gustavo Alamón apresenta exposição em galeria da Caixa Cultural
Quando olha para a América Latina, o artista uruguaio Gustavo Alamón aciona um alarme interno. Ele não gosta do rumo que a sociedade latino-americana anda tomando nos últimos tempos, especialmente quando se trata de copiar hábitos do norte. O desenvolvimento da região é um fato, mas seu custo é caro para o espírito humano. O consumismo bestializa o homem e o afasta da única capacidade capaz de diferi-lo de outros bichos: a habilidade de raciocinar. Com isso em mente, fica difícil olhar para as pinturas dos robôs em cartaz na Caixa Cultural sem certo temor. Em cartaz até 19 de maio, a exposição Os robôs de Alamón reúne 30 obras nas quais o artista uruguaio reflete sobre a automação do homem e seu comportamento num tempo pautado pela velocidade, pelo excesso de informação e pelo consumo como máquina que faz girar a economia.
As preocupações de Alamón não estão voltadas apenas para a sociedade. A arte também, ele acredita, sofre do mesmo mal. “Quando mostrei essas pinturas na Bienal de São Paulo (em 1983), um crítico me disse que a arte europeia era marcada pelo temor e medo da guerra, e a arte latino-americana se preocupava com o homem”, conta o artista que, aos 78 anos é persistente na tentativa de desenhar uma obra crítica em relação à sociedade latino-americana. “Estamos sempre olhando para a Europa para ver o que podemos fazer aqui, mas acho que temos um laboratório humano suficiente para explorar e poder dizer as coisas que nos inquietam como seres humanos.”
Banco de horas doméstico
ANTONIO TEMÓTEO