A economia em ritmo lento e a falta de perspectivas de uma melhora significativa em 2015 têm aumentado a procura pelos serviços de reestruturação de dívidas prestados por butiques financeiras e bancos de investimentos. O movimento é encabeçado por empresas que se alavancaram nos últimos anos contando com projeções de mercado que não se concretizaram. Em muitos casos, são companhias que tiveram alta de custos e sentiram o baque da redução nas vendas.
Pesquisa mostra que cartões de crédito são surpresas desagradáveis em conta
Adquirir um pacote bancário exige atenção redobrada do consumidor. Com a ausência de regras claras, os clientes quase sempre contratam o serviço sem entender direito quais são os benefícios e os cálculos das tarifas pagas. O resultado da falta de informação coloca o segmento financeiro como um dos líderes de queixas nos Procons. Somente no Distrito Federal, bancos e financeiras corresponderam, nos últimos seis anos, a 9,2% dos atendimentos que chegaram ao órgão de defesa local. No Banco Central, outro canal de reclamação, foram registradas 12.071 manifestações somente no primeiro semestre do ano.
Esses índices não cedem porque, segundo as associações de defesa, os bancos têm dificuldade para melhorar os serviços oferecidos. Inclusive, há uma resistência do setor em obedecer às regras do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Para essas instituições, a relação de consumo entre eles e o cliente se revela diferenciada, por isso, deveriam ser regulamentadas apenas pelo Banco Central por causa das especificidades da atividade. No entendimento jurídico, porém, elas também devem seguir o CDC.
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostrou que os seis maiores bancos brasileiros — Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, HSBC e Santander — enfrentam problemas básicos em respeito ao Código de Defesa do Consumidor e em relação às normas estabelecidas pelo Banco Central. Um exemplo é a entrega do contrato firmado. Segundo o Idec, apenas metade dos bancos pesquisados entregou o documento. Clientes que contratam o Santander, o HSBC e a Caixa saem da agência sem a principal prova do vínculo deles com a empresa. E a obrigação é prevista em resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Durante o inverno, aumenta a incidência de infecções respiratórias
A estação mais fria do ano exige cuidado redobrado com a saúde. O ar mais seco facilita o aumento da poluição e a proliferação de vírus, o que, consequentemente, contribui para elevar a frequência de infecções nas vias respiratórias. Breno Figueiredo Gomes, diretor da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e clínico-geral do Hospital Mater Dei, alerta que há várias razões para as pessoas adoecerem no inverno, não apenas a redução da temperatura. “O mais importante é o fato de elas ficarem em locais fechados. Dessa forma, a contaminação, principalmente por vírus, se torna mais frequente.”
As infecções respiratórias são as vilãs dessa estação, e muitos sofrem com as mais comuns, como sinusite, otite, pneumonia, gripe, resfriado, rinite, asma, amigdalite e bronquite. “O sintomas são muito semelhantes — coriza, dores no corpo, tosse, febre e mal-estar em geral —, e uma avaliação médica é fundamental para a definição adequada do diagnóstico”, alerta o clínico, enfatizando que as atitudes mais corretas para evitar esses problemas são “evitar ambientes fechados com pessoas doentes, lavar as mãos e proteger a boca ao tossir”.
Breno Gomes diz que há muitos equívocos em relação a crenças populares que apontam como desencadeadores das doenças de inverno andar descalço, dormir com o cabelo molhado, tomar sorvete, beber água gelada, abrir geladeira, pegar chuva e ficar no sereno. “Essas atitudes que levariam a infecções respiratórias são mais mitos do que verdades. Tudo que irrita as mucosas predispõe a infecções: alergias e mudanças climáticas, por exemplo.”
O médico chama a atenção também para um erro comum nesse período: a automedicação. As pessoas invadem as farmácias atrás de medicamentos para gripes e resfriados (muitas não diferenciam um do outro) e se entopem de anti-inflamatórios e/ou de cápsulas de vitamina C. “A regra é uma só: sempre passe por uma avaliação médica. Segurança é fundamental”, reforça.
Banco Central prepara o desmonte das medidas macroprudenciais
A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada ontem, confirma a mensagem que já havia sido antecipada pelo Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, na semana passada: a sua estratégia não contempla baixar os juros. Mas o colegiado se move para desmontar algumas medidas macroprudenciais remanecescentes do pacote de 2010.
Eleição deve adiar decisão do STF sobre planos econômicos
O julgamento dos planos econômicos no STF (Supremo Tribunal Federal), com impacto potencial bilionário para os bancos brasileiros, ficará para depois das eleições.
BC manda seu recado: emprestem
Os bancos privados são criticados pelo governo, especialmente pelo ministro Guido Mantega, por resistirem a ampliar a oferta de crédito a empresas e famílias desde sempre.