Bancos têm déficit de capital de até US$ 870 bi

Ser grande demais para falir tende a se mostrar um epíteto oneroso para os maiores bancos do mundo, num momento em que os reguladores exigem que eles aumentem o volume de títulos para cobrir prejuízos, para o caso de falirem. O rombo com que se defrontam bancos que vão desde o J.P. Morgan Chase até o HSBC Holdings pode ser de até US$ 870 bilhões, segundo estimativas da gestora de investimentos AllianceBernstein, ou de não mais do que os US$ 237 bilhões projetados pelo Barclays.

Giro da Bovespa alcança R$ 11 bi ao dia

A proximidade das eleições para a presidência da República fez as negociações na Bolsa de Valores de São Paulo darem um salto em outubro. O volume financeiro médio diário no mês, até o dia 15, atingiu R$ 10,95 bilhões, um aumento de 55% sobre a média do ano, na casa dos R$ 7 bilhões. O giro vem crescendo desde julho, mês de férias no hemisfério Norte e que tradicionalmente mostra redução no ritmo de transações, quando R$ 6 bilhões foram movimentados.

Gasto em alta e arrecadação em baixa pressionam as contas públicas

A situação econômica do Brasil em 2015 tende a ser ainda mais difícil do que neste ano por vários motivos. Mas um deles tem o poder de resumir todos os outros: as contas públicas. A incapacidade de o governo limitar os gastos ao que arrecada tem se agravado nos últimos três anos e exigirá uma correção, segundo economistas, qualquer que seja o resultado das urnas no próximo domingo. “Como ocorre em todo período eleitoral, há aumento de despesas. Isso não seria tão grave se a inflação estivesse comportada e o país crescendo a uma taxa de 4%, como se imaginava. Mas as contas pioraram e os outros problemas também”, nota Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos.

A situação fiscal é combustível para a carestia e um obstáculo ao crescimento. O excesso de despesas do setor público agrava ainda mais a baixa disponibilidade de recursos para investir, um problema crônico do país. Aqui, a taxa de poupança foi só de 16,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado. Na China, foi 49,7%. Neste ano, a diferença entre receitas e despesas deverá ficar negativa em 3,7% do PIB, bem mais do que os 2,6% do ano passado. Para não ficar tão mal na foto, o Brasil usa parâmetro diferente, o resultado primário, que desconta as despesas com juros da dívida pública.

Esse índice é positivo, porém não para de cair nos últimos três anos. No ano passado, o superavit foi de 1,9%. A meta para este ano era mantê-lo nesse patamar. Mas ficará em 1,2% pelas previsões mais otimistas — há quem fale que ficará próximo de 1%, ou abaixo disso.

Cientistas desenvolvem técnica que ataca diretamente as células de câncer

Engenheiros biomédicos da Universidade Estadual da Carolina do Norte e da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, ambas nos Estados Unidos, desenvolveram um sistema de envio de medicamentos que consiste em “casulos” de DNA feitos em nanoescala, que têm o potencial de atingir diretamente as células cancerosas. Ao chegar até as estruturas doentes, o casulo é absorvido pelo organismo e libera a droga diretamente no alvo.

“Esse sistema é baseado no DNA, o que significa que é biocompatível e menos tóxico para os pacientes do que os sistemas que usam materiais sintéticos”, observa Zhen Gu, principal autor de um artigo sobre o trabalho, publicado no Journal of the American Chemical Society, revista da Sociedade Americana de Química. Em sua superfície, o nanocasulo tem ligantes (moléculas que se associam a outras) que se unem aos receptores químicos das células cancerosas, fazendo com que ele as identifique facilmente e aja somente nelas, preservando o material sadio.

“Essa técnica tem como alvo específico a célula de câncer e pode carregar muitas quantidades de medicamento, liberando a droga rapidamente depois que entra nela”, conta Gu. “Além disso, como usamos métodos de automontagem de DNA, é um sistema relativamente fácil de se produzir”, conta Wujin Sun, principal autor do artigo e estudante de pós-doutorado no laboratório de Gu.

Fome, pobreza e tráfico de mulheres é tema de seminário em Brasília

No Cariri cearense, região que registrou 220 feminicídios nos últimos dez anos, segundo dados do Movimento Frentes das Mulheres do Cariri, as mulheres continuam sofrendo com a falta de medidas que combatam esse tipo de violência. Mas, a cada dia, é mais intensa a luta delas por mudanças. “As dificuldades são imensas, mas a luta por políticas públicas e por alternativas para que tenhamos vida em abundância tem muita beleza”, disse Verônica Carvalho. Segundo ela, discutir essa realidade é fundamental para fortalecer a luta contra a opressão de gênero.

Verônica é uma das participantes do Seminário Internacional Mulheres: Fome, Pobreza e Tráfico Humano, promovido pela Cáritas Brasileira, organização humanitária vinculada à Igreja Católica. A iniciativa integra a campanha internacional Uma Família Humana: Pão e Justiça para Todos, também articulada pela Cáritas e com parcerias da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Pastoral da Mulher Marginalizada e da entidade norte-americana Catholic Relief Services.

Na programação do seminário estão previstas palestras, grupos de discussões e atividades culturais que buscam evidenciar a situação das mulheres na América Latina. Segundo a vice-presidenta da Cáritas Brasileira, Anadete Gonçalves, “a ideia é falar da fome, da pobreza e do tráfico, a partir de um olhar feminino, para com isso construir uma plataforma com propostas de políticas para a equidade de gênero”

Logo na abertura do evento, a professora da Universidade de Brasília (UnB) e integrante da coordenação da Rede Ibero-Americana de Prevenção e Cidadania de Pessoas em Situação de Violação de Direitos, Maria Lúcia Leal, disse que as mulheres sofrem mais com a pobreza, mesmo quando estão inseridas no mercado de trabalho formal, onde elas trabalham mais, mas ganham menos proporcionalmente que os homens. “A pobreza tem que ser explicada pela questão das desigualdades, que precisam ser descortinadas”, defendeu.

“Para as mulheres, a realidade de carência é mais aguda, já que realizam inúmeras atividades que não são remuneradas, o que faz com que muitas vezes sejam dependentes financeiramente”, disse Maria Lúcia, para quem o cuidado da casa e da família são exemplos de atividades não pagas. Conforme a professora, é preciso entender que a pobreza está relacionada à forma de organização social e envolve, além da questão da renda, as diversas desigualdades, a exclusão social e a exposição das mulheres a situações de vulnerabilidade.

Uma dessas situações é a do tráfico de pessoas. Segundo a pesquisadora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Márcia Maria de Oliveira, os últimos anos registraram aumento do tráfico de mulheres, que, de acordo com ela, têm sido levadas a migrar para fugir de situações de dominação, por causa das mudanças no mundo do trabalho, ocorridas após a crise econômica mundial ou, especialmente, devido à crescente indústria internacional do sexo, “setor da economia que mais cresceu em plena crise”, destacou.

A situação é mais comum do que se imagina, segundo a CNBB, que este ano fez do tráfico humano o tema da Campanha da Fraternidade. Participante do seminário, o representante da entidade, dom Leonardo Ulrich Steiner, disse que ficou “admirado com quantas pessoas nos buscavam para dar testemunhos de alguém que já foi explorada ou traficada”. Com as discussões, “eu creio que quando chega um convite para ir para o exterior, as pessoas agora ficam mais atentas e com uma cautela muito maior”, avaliou.

O seminário segue até sexta-feira (17), em Brasília. O evento também conta com a Cáritas da França e Espanha, além das secretarias de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e a de Segurança Alimentar e Nutricional, do Ministério do Desenvolvimento Social.

Fonte: Correio Braziliense

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