Giro da Bovespa alcança R$ 11 bi ao dia

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A proximidade das eleições para a presidência da República fez as negociações na Bolsa de Valores de São Paulo darem um salto em outubro. O volume financeiro médio diário no mês, até o dia 15, atingiu R$ 10,95 bilhões, um aumento de 55% sobre a média do ano, na casa dos R$ 7 bilhões. O giro vem crescendo desde julho, mês de férias no hemisfério Norte e que tradicionalmente mostra redução no ritmo de transações, quando R$ 6 bilhões foram movimentados.

A proximidade das eleições para a presidência da República fez as negociações na Bolsa de Valores de São Paulo darem um salto em outubro. O volume financeiro médio diário no mês, até o dia 15, atingiu R$ 10,95 bilhões, um aumento de 55% sobre a média do ano, na casa dos R$ 7 bilhões. O giro vem crescendo desde julho, mês de férias no hemisfério Norte e que tradicionalmente mostra redução no ritmo de transações, quando R$ 6 bilhões foram movimentados.

"Como desde março a bolsa tem se mostrado muito volátil e influenciada pela política, e as eleições terminam no dia 26, os investidores estão tentando fazer dinheiro de curto prazo", diz o estrategista da SLW Corretora, Pedro Galdi. "Ainda tem dinheiro especulativo, tanto de estrangeiros, quanto de locais, para se aproveitar neste momento", acrescenta.

O presidente da Magliano Corretora, Raymundo Magliano Neto, atribui o aumento dos negócios ao embate entre estrangeiros, que compraram ações até setembro, e locais, que atuaram na ponta de venda. "Desde março, o estrangeiro tem comprado e o brasileiro vendido. Parte dessa briga está sendo desmontada em outubro", diz. "Na indefinição sobre as eleições, o estrangeiro está preferindo realizar lucros", afirma.

Ele acrescenta um fator global para as movimentações maiores de outubro. Segundo Magliano Neto, outubro tradicionalmente é mês de início de redefinição de carteiras em todo o mundo, num processo que começa nos Estados Unidos. "Os investidores voltam de férias em setembro e, em outubro, começam a repensar os portfólios", comenta.

O saldo de capital externo, que bateu recordes seguidos de ingresso no ano, ficou negativo em outubro, até dia 15, em R$ 2,89 bilhões. Mas o volume negociado pelo estrangeiro também cresceu. As compras nos 11 primeiros pregões de negociação somaram R$ 63,2 bilhões e as vendas, R$ 66,086 bilhões. No mesmo período de setembro, as compras somavam R$ 50,3 bilhões e as vendas, R$ 47,3 bilhões.

Para Galdi, o volume tende a cair nos próximos meses, logo após as eleições. "Acredito que o estrangeiro já surfou a onda da Bovespa e deve retirar recursos para comprar treasuries nos Estados Unidos", afirma. "Após as eleições, a bolsa deve cair em qualquer situação. Se a Dilma ganhar, o mercado deve afundar, mas também terá ajuste com Aécio, muito por causa do capital externo", acredita.

Magliano Neto também vislumbra que os próximos meses dependerão sobretudo do comportamento do investidor estrangeiro, que responde atualmente por mais de 50% do total negociado na Bovespa. Ele cita um fator técnico que pode pesar contra: o capital externo está com grandes posições montadas em opções de venda de Ibovespa para dezembro. "Não dá para saber se esse dinheiro é de longo prazo ou de curto prazo mas, se for de curto prazo, pode deixar o país."

Segundo o boletim diário da Bovespa, havia, em 14 de outubro, R$ 17,7 bilhões em opções de compra sobre Ibovespa futuro (opção de comprar o índice em determinada data) no mercado e R$ 24,3 bilhões em opções de venda. Os valores são referenciais do número de contratos e a bolsa não abre os números por tipo de investidor.

Um operador comenta que as cifras são elevadas e reforça a sensação dos investidores nos últimos meses de que a liquidez cresceu muito em operações de arbitragem entre mercados. Números de 15 de outubro mostram que o estrangeiro diminuiu seu saldo comprado no mercado futuro de Ibovespa, mas segue com posição positiva de 40.200 contratos.

Na sexta-feira, o Ibovespa subiu 2,63%, para 55.723 pontos. Uma rodada de dados positivos nos Estados Unidos trouxe alívio aos investidores, que passaram a semana tensos com sinais de fraqueza da economia mundial. A bolsa brasileira acumuloterminou a semana com leve alta de 0,74%.

Fonte: Valor econômico

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