Governo antecipa 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS

O governo vai antecipar o pagamento da primeira parcela do 13º de aposentados e pensionistas que recebem pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os recursos serão depositados na conta bancária informada por esses beneficiários entre o fim de agosto e o início de setembro, conforme programação divulgada ontem em um decreto presidencial publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

Com o pagamento extra, equivalente a 50% do rendimento, os contracheques no mês totalizarão quase uma vez e meia o montante que inicialmente seria pago. Apenas com esse reforço da Previdência Social, a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff espera injetar até R$ 10 bilhões no consumo, uma estratégia que, segundo acreditam assessores próximos à presidente, poderá dar um ânimo ao cambaleante Produto Interno Bruto (PIB) e levar o gasto das famílias a retomar o papel de destaque no desempenho econômico do país.

Mesmo que esse dinheiro tenha como destino a compra de bens, especialistas ouvidos pelo Correio recomendam prudência. O alerta é endereçado, principalmente, às pessoas que estão atoladas em dívidas e, na iminência de ter o nome incluído em listas de inadimplentes, devem usar os recursos para saldar dívidas vencidas. Com isso, não só se livram de dor de cabeça, como fogem das pesadas multas por atrasos e dos juros acumulados. Pelas contas do Banco Central, apenas no crédito consignado, os aposentados e pensionistas do INSS devem quase R$ 64 bilhões.

Aposentados lutam para receber benefícios do fundo de pensão Aerus

A partir deste mês de agosto, cerca de 10 mil ex-funcionários da Varig e da Transbrasil e outros 1.200 mil pensionistas não receberão o benefício da aposentadoria pelo qual contribuíram durante anos para o Instituto Aerus de Seguridade Social, o fundo de pensão das companhias aéreas. 
O Aerus está sob intervenção e vem apresentado problemas desde 2001, período em que a Transbrasil recolhia os valores dos funcionários, mas não fazia os repasses ao fundo. O mesmo ocorreu a partir de 2006, quando a Varig foi vendida para a Varilog, que decretou a falência da empresa em 2010. 

Após inúmeros protestos e manifestações, o governo decidiu criar um grupo de trabalho para elaborar uma minuta de acordo entre a União e o fundo de pensão. No dia 26 de julho, foi realizada a primeira reunião em Brasília.  No entanto, diante das discussões, os representantes dos aposentados e trabalhadores decidiram abandonar a reunião por considerá-la desrespeitosa com os participantes.

“No dia 17 de julho, participamos de uma reunião com o ministro chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Luiz Inácio Adams, que nos propôs a criação de um grupo para a realização de um acordo. Encerramos nosso protesto na sede do Aerus, dando um voto de confiança ao governo. Mas, chegando em Brasília, as pessoas designadas para a reunião não sabiam nada do caso, queriam conversar para saber o que nós queríamos, enquanto nós esperávamos uma decisão do governo, pois quase 20 mil pessoas (entre os aposentados, pensionistas e os funcionários da ativa) perderão seus benefícios  dentro de poucos dias. Eles não podem esperar”, disse Graziella Baggio, representante dos aposentados.

O grupo de trabalho é formado pela Advocacia Geral da União (AGU), pela Secretaria Geral da Presidência da República, pelo Ministério da Previdência, e representantes dos aposentados. Os aposentados e trabalhadores serão representados por Graziella Baggio, pelo Diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, o aposentado Zoroastro Ferreira Lima Filho, e pelos advogados da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT e dos Sindicatos, Carolina Maia e Lauro Tadeu. Uma comissão externa da Câmara dos Deputados foi criada para mediar à situação junto ao Executivo e o Judiciário.

Entenda o caso Aerus
O Aerus foi criado em 1982 pela Varig, Cruzeiro e Transbrasil, voltado tanto para os profissionais da aviação civil quanto para as empresas aéreas. Para viabilizar a implantação da entidade, além das contribuições de participantes e patrocinadoras, o governo criou uma terceira fonte de custeio (a partir da cobrança de uma taxa de 3% incidente sobre as tarifas aéreas nacionais).

“Em 1991, inexplicavelmente o Departamento de Aviação Civil, sem qualquer estudo atuarial eliminou a terceira fonte sem consultar a Secretaria de Previdência Complementar. A partir daí, o fundo começou a cambalear e foram autorizados financiamentos e refinanciamentos da Varig e Transbrasil com os recursos do fundo. Ao todo foram feitos 28 contratos, que não foram quitados pela patrocinadora”, relata o advogado da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT e dos Sindicatos (Fentac-Cut), Lauro Tadeu.

Desde então, os participantes travam uma batalha judicial com três ações que tramitam na justiça, reivindicando que a União se responsabilize pelo rombo causado ao fundo por falta de fiscalização. Em 2006, quando foi decretada uma intervenção federal no fundo, as aposentadorias começaram a diminuir, e os ex-funcionários da Varig, que integram o plano Varig 1, passaram a receber somente 8% dos valores que foram contratados. Esses recursos deixaram de ser creditados aos participantes por conta do término das reservas.

De acordo com o advogado Lauro Tadeu, a União já foi condenada em três instâncias, mas continua a recorrer das ações. Em julho de 2012, um juiz da 14º Vara Federal de Brasília, determinou que a União iniciasse o cumprimento da antecipação de tutela. A União se recusou a cumprir com a decisão e um desembargador, no dia 26 de outubro de 2012, suspendeu a antecipação de tutela. No dia 5 de julho de 2013, o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, negou o recurso do Sindicato Nacional dos Aeronautas e da Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas da Transbrasil, por considerar inadequado o meio processual utilizado.

“Nós temos ainda uma ação civil pública da Varig contra a União, que pode ser uma solução para o caso, ela diz respeito ao congelamento das tarifas imposto pelo governo, que causou danos à Varig. O julgamento está previsto no STF, para ser julgado após o caso do mensalão. O que queremos é que seja julgado logo, mesmo que os votos sejam negando, mais que não se prolongue o sofrimento dessas pessoas. Nesses processos temos a receber de R$ 6 a 7 bilhões a ser negociado junto a União”, finaliza o advogado da Fentac-Cut. Os recursos provenientes dessa ação são para o pagamento dos encargos trabalhistas dos ex-funcionários da Varig.

Para o presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) José de Souza Mendonça, o caso da Aerus se resume a uma série de ingerências políticas e administrativas, que favoreceram a quebra do plano. “Foram vários os erros: a patrocinadora parou de pagar o plano; os empregados que faziam a gestão do plano geriram mal; e o governo, por meio dos órgãos responsáveis, teriam que ter realizado a fiscalização necessária, e ter feito a intervenção no fundo antes. Essa série de erros de fiscalização, administração e gestão são atípicas e não aconteceriam atualmente por conta da legislação vigente e da seriedade dos fundos de pensão”, diz Mendonça.

STF: reajuste do IPTU acima da inflação deve ser feito por lei

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira que os reajustes acima da inflação no Imposto sobre a Propriedade Predial Territorial Urbana (IPTU) devem ser feitos por uma lei, sendo necessária a aprovação da Câmara de Vereadores do município. Antes da decisão, os prefeitos podiam editar um decreto para realizar os reajustes.

“Todo ano, o IPTU deve sofrer atualização monetária, ou seja, deve simplesmente recompor aquilo que a inflação corroeu. Isso é feito por meio de um ato do poder Executivo que pega o índice oficial da inflação e edita um decreto dizendo qual é a porcentagem de atualização, independentemente da aprovação de uma nova lei”, explicou ao Terra o presidente da Comissão de Direito Administrativo da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB/SP), Adib Kassouf Sad.

De acordo com Sad, a partir de agora, o chefe do Executivo pode editar um decreto para o reajuste do IPTU apenas se o novo valor do imposto for compatível com a inflação do período. “A mera atualização monetária pode ser feita através do decreto, porém, a majoração (aumento real) do valor venal dos imóveis pra fim de cálculo do IPTU não dispensa a edição de lei”, afirmou.

O advogado também explicou que antes da decisão do STF, a criação de uma lei para alterações no imposto só era indispensável em caso de “criação, extinção ou majoração de um produto”.

“Se o Executivo fosse mudar a alíquota do IPTU, ele estaria alterando o imposto. Nesse caso seria necessário fazer esse aumento por meio de uma nova lei”, explicou.

A decisão do STF se deu após um recurso interposto pelo município de Belo Horizonte no qual requeria manter o reajuste do IPTU instituído pela prefeitura da cidade em 2006. A prefeitura questionava a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) que derrubou o novo valor venal dos imóveis do município por ele ter sido fixado por decreto, e não por lei.

BC amplia oferta de dólar e garante hedge a empresas

 

Nos últimos dois meses, o Banco Central (BC) despejou US$ 31 bilhões no sistema financeiro em contratos derivativos. Embora esse tipo de operação tenha efeito idêntico à venda de dólares à vista, do final de maio até a sexta-feira a moeda americana valorizou 7,32%, 12,6% no ano e ronda R$ 2,30. A intensa venda de contratos de swap busca um alvo bem definido - garantir uma zona de conforto a bancos e empresas que pressionam a demanda por hedge para seus negócios. Além disso, impede uma arrancada brusca das cotações que teria potencial para "quebrar" empresas e ampliar a já elevada instabilidade nos mercados.

Cai capacidade de expansão da economia

Com menos investimentos, produtividade em queda e o mercado de trabalho que pode estar chegando ao limite, não é somente o crescimento econômico que frustra expectativas trimestre a trimestre. Cai também o chamado Produto Interno Bruto (PIB) potencial, conceito que leva em conta a capacidade produtiva total do país e mede quanto a economia poderia crescer sem aceleração de preços se essa capacidade fosse totalmente utilizada - quando a expansão efetiva é maior do que esse potencial, a inflação tende a subir.

Aposentadoria: quanto antes começar a pensar, melhor

É consenso entre os especialistas que o diálogo entre pais e filhos é fundamental para o desenvolvimento das crianças. E a aposentadoria deve estar entre os temas colocados em discussão. Isso pode garantir que os jovens aprendam, desde cedo, sobre a importância do planejamento para o futuro.

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