O Banco Central (BC) quer estimular o barateamento das operações de transferência de recursos via DOC, num momento em que os bancos se preparam para extinguir o valor mínimo para realização de Transferências Eletrônicas Disponíveis (TED). Para o regulador bancário, o DOC é uma ferramenta de custo mais baixo para as instituições e mais eficiente em termos de gestão de liquidez.
Ameaça de nova moratória faz índice da bolsa da Argentina cair 4,3%
A ameaça de uma nova moratória da dívida argentina repercutiu nesta quinta-feira (19/6) na Bolsa de Valores do país, provocando uma queda de 4,3% do Índice Merval (o principal índice da bolsa argentina). A desconfiança do mercado deve-se as informações desencontradas de funcionários do governo argentino, advogados e do juiz Thomas Griesa de Nova York, que deu sentença favorável a uma minora de credores, que não aderiu aos pacotes de reestruturação da dívida, feitas depois do calote de 2001.
Na noite de quarta-feira o Ministério da Economia da Argentina divulgou uma nota dizendo que a decisão de Griesa “impossibilita o pagamento, em Nova York, do próximo vencimento da dívida reestruturada e mostra falta de vontade de negociar com condições diferentes”. No dia 30 de junho, a Argentina deveria pagar US$ 900 milhões, em Nova York, aos credores que aceitaram o desconto de 60% proposto pelo governo nos pacotes de reestruturação da divida de 2005 e 2010.
A Argentina tem o dinheiro mas a sentença de Griesa determina que o governo argentino só pode pagar esses US$ 900 milhões e, no mesmo dia, pagar US$ 1,3 bilhão a minoria que não aceitou os pacotes de reestruturação. “Se o governo não cumprir a sentença e depositar apenas US$ 900 milhões, esse dinheiro será embargado para pagar os credores que ganharam na justiça”, explicou a Agência Brasil o economista Fausto Spotorno.
Na terça-feira à noite, ao saber que a sentença de Griesa seria implementada, o ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, disse que enviaria uma comitiva de advogados para falar com o juiz. Também mencionou a possibilidade de a Argentina negociar com os credores que aceitaram renegociar trocar seus títulos por outros, que seriam pagos na Argentina e sujeitos, portanto, à lei local. Desta forma, evitaria o embargo.
Griesa reagiu dizendo que essa opção e inviável porque com isso a Argentina estaria “evadindo” a decisão da justiça norte-americana. “Passar títulos de uma jurisdição à outra não é tão simples quanto parece: envolve bancos e muitos deles norte-americanos, que não querem ser acusados de descumprir uma ordem judicial”, explicou Sportorno.
Griesa também questionou a boa vontade do governo argentino de honrar seus compromissos, citando a discurso da presidenta Cristina Kirchner. Ela assegurou que iria pagar a dívida reestruturada, mas alertou que não iria se submeter a “extorsão” da minoria de credores. O motivo, explicou, o grupo favorecido pela sentença de Griesa não e o único que entrou na justiça: outros fizeram o mesmo e se todos ganharem a Argentina terá que desembolsar US$ 15 bilhões (metade das reservas do Banco Central, o que seria inviável).
Hoje de manhã o chefe de gabinete da presidência, Jorge Capitanich, voltou atrás no anúncio feito por Kicillof na terça-feira. “Não há delegação ou missão viajando para os Estados Unidos”, disse. Economistas, como Fausto Spotorno, dizem que existe ainda esperança de uma solução negociada: o governo pode pagar aos “fundos abutres” com novos títulos da dívida (sem desconto). Na Argentina e nos Estados Unidos, políticos do governo e da oposição respaldaram a “vontade de pagar” manifestada pela presidenta Cristina Kirchner.
“A ninguém interessa uma nova moratória, mas a negociação é delicada, tem muitas complicações legais e tampouco pode ser feita através de trocas de farpas na imprensa”, disse Spotorno.
Fundos lucram com calote da Argentina
Alguns fundos de hedge que enfrentaram a Argentina numa disputa judicial sobre títulos de dívida estão agora em condições de começar a computar seus ganhos. Neste ano, o Gramercy Funds Management vendeu com lucro a maior parte dos papéis que começou a comprar em 2007. As vendas ocorreram antes de a Suprema Corte americana recusar um recurso do país, que queria anular a decisão da Justiça que o obriga a pagar os fundos que não aceitaram a reestruturação do débito. Na quarta-feira, o governo sinalizou que negociaria com esses credores.
Geração Y e aposentadoria
Jovens devem se preparar para o futuro
Vacina reforça sistema imunológico e faz corpo reagir ao câncer de pâncreas
Para acabar com as células malignas, a quimioterapia precisa aniquilar também as estruturas normais que possam estar no caminho, até mesmo o sistema imunológico do paciente. Uma nova estratégia nessa guerra tem potencial de reforçar a resposta do exército de defesa em detrimento de arremessar uma “bomba de destruição geral”. Nesse sentido, a imunoterapia pode ser considerada uma das maiores promessas da medicina para o tratamento de doenças, incluindo o câncer. Mas é inócua para alguns tipos de enfermidade, como os tumores malignos no pâncreas. A falta de resposta a esse tipo de intervenção torna as opções de tratamento da grave doença restritas. Agora, uma vacina desenvolvida por pesquisadores da Escola de Medicina de Johns Hopkins, nos Estados Unidos, está prestes a mudar essa história.
A equipe liderada por Lei Zheng estudou entre 2008 e 2012 os efeitos da ação combinada de baixas doses de quimioterapia e a vacina GVAX, desenvolvida por eles. Cinquenta e nove pacientes diagnosticados com adenocarcinomas do duto pancreático (PDAC, em inglês) participaram do estudo. Eles foram divididos em três grupos. O primeiro recebeu somente a vacina, o segundo também foi medicado com uma dose única intravenosa de uma substância quimioterápica (200mg/m² de ciclofosfamida) e o último teve, além da GVAX, doses orais uma vez por dia em semana alternadas de quimioterápico (100mg de ciclofosfamida).
Aproximadamente duas semanas depois do pré-tratamento, todos os voluntários foram submetidos à cirurgia de remoção dos tumores. Dos 59, 39 permaneceram livres da doença após a cirurgia. Os tumores foram levados para análise, e os pacientes, submetidos a sessões de quimioterapia e de radioterapia contra recidiva. As avaliações laboratoriais mostraram que a combinação GVAX e quimioterapia resultou na formação de agregados linfoides dentro dos tumores de 33 dos 39 participantes curados. Os agregados linfoides são estruturas imunológicas funcionais, transformam tumores antes “não percebidos” em combatíveis. Os pesquisadores usaram para as análises comparativas amostras de tumores de 58 pacientes de outros estudos. Desses, quatro pertenciam a não vacinados e 54 foram colhidos anteriormente à imunização.
Sobrevida
Zheng analisou extensamente vários tipos de células imunes encontradas nos tumores e descobriu um crescimento da proporção de células T efectoras e células T reguladoras após o uso da vacina. Segundo o líder do time, esse aumento, além de estar associado a uma melhora na sobrevida dos pacientes, indica que os tumores se tornaram imunogênicos, isto é, as células do sistema imunológico passaram a ser capazes de combater as cancerígenas na área do cancro.
AFABB-DF - Expediente em Função da Copa do Mundo - Alteração (II)
Em aditamento à mensagem do dia 09/06, informamos que, por razões supervenientes, não haverá expediente no próximo dia 23/06 (segunda-feira) dia de jogo do Brasil aqui em Brasília.