Ciclo da cultura japonesa traz eventos sobre música, cinema e artesanato

Mais de 100 anos de imigração fizeram com que a cultura japonesa se tornasse parte do Brasil. Até mesmo na jovem capital, Brasília, o apreço pelos costumes e pelas tradições asiáticas é latente. Por isso, há mais de 30 anos, ocorre, no mês de setembro, o Ciclo da cultura japonesa, série de eventos gratuitos sobre a música, o cinema, o artesanato e os costumes nipônicos.

“A primavera é muito aguardada pelo japoneses porque as flores colorem o país. Mas lá, acontece em abril. Optamos em fazer o Ciclo na mesma estação aqui em Brasília, sempre com início em setembro”, explica Marta Yada, uma das organizadoras do evento. “Nosso propósito é apresentar, para um público cada vez maior, os vários aspectos do nosso povo”, emenda.

Uma atração bastante aguardada, a musicista Sumiko Goto se apresenta no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no próximo dia 17. Goto já passou por mais de 50 países exibindo a técnica em koto — instrumento musical de cordas dedilhadas típico do Japão. Em Brasília, ela faz show junto ao Grupo de Koto Contemporâneo. “Cada ano, a artista viaja por um país diferente, e, nesta edição, tivemos a sorte de poder contar com a presença dela”, comemora Yada.

Em 2014, um dos destaques é a Mostra de cinema juvenil japonês, de 1º a 7 de outubro, com exibição de 11 longas que marcaram os públicos de lá e daqui, como Kids return (1996), de Takeshi Kitano, e Waterboys (2001), de Shinoku Yaguchi. 

Exposição apresenta 20 pintores de nova geração de artistas brasilienses

A pintura brasiliense tem uma cara, uma forma e uma dinâmica que, na última década, tomou corpo e se consolidou em uma produção consistente. Ela é produzida por jovens artistas que encontraram formas criativas de associação e de investigação para mergulhar na técnica artística mais antiga da história do homem. No entanto, nunca foi apresentada ao público em conjunto, reunida de forma que o percurso traçado pela nova geração de pintores pudesse ser visto em perspectiva. Por isso o curador Matias Monteiro decidiu tomar as rédeas e montar Vinte — Pintura e pictorialidade em Brasília 2000-2014, em cartaz no Espaço Cultural Marcantonio Vilaça.

Segundo Monteiro, são três os fatores que estimularam o aparacimento de uma jovem geração de pintores brasilienses. O primeiro deles é o ateliê de pintura da Universidade de Brasília (UnB). “Todos os artistas passaram por lá”, explica. À formação acadêmica soma-se a enorme quantidade de ateliês coletivos, uma alternativa aos preços praticados pelo mercado imobiliário da cidade. A convivência gera diálogo e trocas que refletem na produção. Monteiro lembra ainda o surgimento de instituições culturais como a Caixa e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que não têm muito espaço para a produção local mas que exigem a profissionalização de montadores, iluminadores e curadores, e alimentam uma cadeia fundamental nas artes visuais.

Tendências
Mais recentemente, os espaços autônomos e novas modalidades de circulação dos artistas — como o mapeamento do Rumos Visuais, as residências e o prêmio PIPA — têm fomentado o encontro de gerações e a troca de ideias. “Vivemos num momento em que os artistas estão circulando muito”, garante Monteiro, que também documentou o depoimento dos artistas em vídeo exibido durante a exposição. Vinte, ele explica, é uma tentativa de mapear a produção atual e de identificar as tendências. No conjunto selecionado pelo curador, há dois caminhos claros. A figuração é o mais explícito. “Ela é a mais forte e mais representativa na exposição”, diz. A abstração e a experimentação pictórica vêm em segundo e aqui o curador tomou a liberdade de expandir o conceito de pintura tradicional, com tela, tinta e pincel, para experiências que repensam a técnica a ponto de desconstruí-la.

Entre os figurativos, as temáticas são variadas. “Tem uma coisa interessante que é o bestiário, os animais da Alice Lara, do Moisés Crivelaro e do Renato Rios”, conta o curador. A diversidade, no entanto, é a marca do conjunto. As colagens de Pedro Ivo Verçosa, o diário interiorano e contraditório de Fábio Baroli, o feminino ao mesmo tempo violento e delicado de Clarice Gonçalves e as experiências minúsculas de Taigo Meireles formam um conjunto rico e promissor.

Vinte – Pintura e pictorialidade em Brasília 2000-2014
Exposição com obras de 20 artistas da cidade. Curadoria: Matias Monteiro. Visitação até 1º de novembro, de segunda a sexta, das 9h às 19h, e sábado, das 14h às 18h, no Espaço Cultural Marcantonio Vilaça (TCU – SAFS Quadra 4, Lote 1, Edifício Sede).

Contraf-CUT discute com Previ questões que preocupam participantes

A Contraf-CUT, federações e sindicatos, assessorados pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), se reuniram com a Previ nesta terça-feira (21), na sede do fundo de pensão no Rio de Janeiro, para buscar informações a respeito do fim do pagamento do Benefício Especial Temporário (BET), volta das contribuições no Plano 1, dados sobre os números e investimentos dos planos e sobre o estabelecimento de um teto de benefícios na Previ.

A reunião contou com a presença do presidente da Previ, Dan Conrado, e dos diretores eleitos Marcel Barros, Paulo Assunção e Vitor Paulo, e dos indicados pela patrocinadora, Marco Geovane e Emilio Mairynk (em exercício).

Pela parte dos trabalhadores, além das representações das entidades sindicais da Comissão de Empresa, participou também Rafael Matos, representante eleito pelos trabalhadores no Conselho de Administração do Banco do Brasil (Caref).

Fim do BET e volta das contribuições

As entidades sindicais levaram as preocupações dos participantes da ativa e aposentados do Plano 1 em relação às dificuldades naturais advindas com o fim do Benefício Especial Temporário, instituído e negociado a partir do superávit acumulado em 2010. A manutenção do BET foi uma reivindicação debatida e aprovada no 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB em 2013.

BET - A direção da Previ informou os números que balizaram a decisão de interromper o pagamento do BET a partir de janeiro. Com os resultados das ações em bolsas de valores no ano de 2013, a Previ continua com equilíbrio contábil nos planos e acumula superávit de cerca de 20 bilhões no Plano 1. Porém, as reservas de contingência ficaram abaixo dos 25%, o que levou a direção a cumprir a legislação em vigor e os regulamentos da entidade em não poder distribuir superávits quando esta reserva está abaixo desta porcentagem.

Benefícios voltam aos valores normais - As entidades sindicais questionaram qual seria o percentual médio de redução da renda mensal dos aposentados e pensionistas com a volta do valor normal do complemento de aposentadoria da Previ.

Os valores variam entre 12% e 16%. Os maiores benefícios foram cerca de 16% menores sem o BET e as faixas de benefícios menores reduziram cerca de 12% a partir de janeiro. Isso ocorre porque a remuneração total dos assistidos é a soma do complemento de aposentadoria da Previ mais o benefício pago pela previdência social. Também tem efeitos relativos à correção da tabela de Imposto de Renda.

"A informação que a direção da Previ nos passou é que com o crédito do mês de janeiro, os aposentados e pensionistas perceberam que os valores recebidos não foram diminuídos em 24,8%, ou seja, o fim do BET de 20% mais a volta da contribuição de 4,8%. No entanto, o impacto não deixe de ser muito grande na vida de nossos aposentados, pois eles receberam remuneração extra por três anos" informa William Mendes, coordenador da CEBB e secretário de formação da Contraf-CUT.

Segundo explicações da Previ, um dos grupos de assistidos que teve um impacto maior na renda mensal foi o grupo de aposentados que recebe o complemento de aposentadoria baseado no Benefício Mínimo (cerca de 2 mil participantes). Isso ocorreu porque, durante a renda extra do BET, o grupo também recebeu uma remuneração bem maior que os 20% a mais. Esse grupo recebia R$ 960 de Benefício Mínimo + R$ 1.400 de BET + Aposentadoria da Previdência Pública. Agora, o grupo voltou a receber o Benefício Mínimo + Aposentadoria Pública.

O presidente da Previ reforçou a informação de que não houve nenhuma redução de benefício.

Volta das contribuições de participantes e Banco do Brasil - em relação à volta das contribuições para os participantes do Plano 1, as entidades sindicais sugeriram que a Previ abra a possibilidade do pessoal que está na ativa de optar por utilizar as reservas acumuladas pela distribuição do BET em contas individuais (siBET - saldo individual do BET) para manter as contribuições suspensas. 

A Previ explicou em primeiro lugar que não há risco algum para os cerca de 27 mil participantes da ativa do plano 1 em relação a estas reservas individuais. Elas estão em um fundo específico, rendendo atuarialmente o que é previsto (INPC + 5%) até que cada um aposente e receba o montante.

Quanto à proposta de opção por utilizar os valores do siBET para descontar contribuições mensais, a Previ afirmou que tem alguns impedimentos na legislação e que fez uma consulta à Previc.

Suspensão das prestações de empréstimos - A CEBB sugeriu para a Previ a possibilidade de suspensão por até seis meses nas prestações dos empréstimos simples. A Previ tem cerca de 70 mil contratos de empréstimos de 56 mil tomadores. Até o dia 17 de janeiro a entidade recebeu o pedido de 18 mil participantes para a suspensão das prestações por 3 meses.

"A direção da Previ não negou a possibilidade de estender a suspensão para seis meses mas, até o momento, eles avaliam que foram poucas as demandas (um terço dos tomadores de empréstimos). Caso os participantes ainda não tenham feito o pedido de suspensão das prestações, devem fazê-lo o mais breve possível" afirma o dirigente sindical.

Empréstimos imobiliários - A Previ alegou também dificuldades em suspender as prestações dos empréstimos imobiliários porque os contratos têm escrituras públicas e as mudanças gerariam custos para os participantes e haveria problemas de resíduos nos empréstimos ao final.

Investimentos dos planos Previ 1 e Previ Futuro

A Contraf-CUT e as entidades sindicais têm recebido muitas demandas com preocupações dos trabalhadores da ativa e aposentados sobre a saúde financeira dos fundos e aplicações dos planos da Previ. Também tem circulado muitas informações sobre problemas de déficits e perdas nos fundos de pensão brasileiros, tanto pelo efeito das ações em bolsas de valores como de grandes empresas com perdas enormes em seus papeis.

Uma das questões levantadas pela CEBB é se houve alguma perda da Previ nas empresas do Grupo X e se a Previ tem algum investimento no banco BVA.

A direção da Previ informou que não houve nenhuma aplicação no banco BVA e que no Grupo X houve uma perda residual no Previ Futuro porque as ações deles compunham o índice que a Previ persegue em seus investimentos. No entanto, a perda foi pequena porque a Previ saiu antes das grandes perdas daquele grupo.

Segundo a direção da entidade, a política de investimentos é feita com planejamentos de médio e longo prazo, de 5 anos adiante. As ferramentas de gestão e de investimentos já têm quase vinte anos de acúmulo de expertise e raramente a Previ é surpreendida com perdas significativas em seus investimentos.

Resultados da Previ foram melhores que bolsa de valores - os dados ainda são da contabilidade gerencial e não finais, após os trâmites e aprovações contábeis e de auditoria, mas a direção informou que enquanto a bolsa perdeu no ano de 2013 perto de 15% a Previ terá crescido em torno de 6%.

Previ Futuro - perguntada sobre os investimentos e os resultados do Plano Previ Futuro, a direção da entidade afirmou que o Previ Futuro é um plano em fase de acumulação e os investimentos são de longo prazo. O histórico tem sido de boas rentabilidades na última década. É um plano com cerca de 80 mil participantes.

As entidades sindicais cobraram que é necessário melhorar a comunicação sobre o que tem ocorrido com os planos e é necessária uma maior assessoria e educação financeira na questão da escolha dos perfis de investimentos. 

"A Previ deve reforçar a explicação de como funcionam os perfis de investimentos. Qualquer mudança de perfil deve ser avaliada com cautela neste momento em que as bolsas tiveram resultado ruim no exercício de 2013, pois mudanças podem levar os participantes de perfis mais agressivos a realizarem prejuízos. No entanto, visto no longo prazo, como é característica de planos de previdência, os resultados dos investimentos da Previ têm sido muito positivos", alerta William.

A Previ deve reforçar a educação financeira e previdenciária para explicar que mudanças devem ser de médio e longo prazos. Hoje a carência para se mudar de perfil é de um ano. Isso preserva os próprios participantes.

Teto de benefícios

A Contraf-CUT e as entidades sindicais questionaram da direção da Previ como está a discussão no âmbito da entidade sobre o estabelecimento de um teto remuneratório para os benefícios. Tem saído na imprensa que haveria um acordo sendo discutido entre o patrocinador BB e a Previc. Essa questão também é uma deliberação do 24º Congresso dos Funcionários do BB.

A direção da Previ disse que já se manifestou sobre a questão e que apontou que o teto de benefícios deveria ser o salário de diretor do banco (maior função que exige quadro de carreira) como corte no momento da implantação. A partir dali, o reajuste seria de acordo com os reajustes dos participantes da ativa, definidos em suas campanhas salariais.

O presidente da Previ disse também que um TAC está sendo construído entre patrocinador e Previc, mas não cabe a Previ falar a respeito enquanto não for formalizado.

Em valores atuais, a remuneração de diretor é cerca de R$ 44 mil. O maior valor pago hoje entre os assistidos como Benefício da Previ é de cerca de R$ 39 mil.

Negociações e resoluções congressuais do funcionalismo

No encerramento da reunião, a Contraf-CUT e as entidades sindicais reforçaram que a participação dos trabalhadores nas gestões dos fundos de pensão foram fundamentais para os avanços que vêm ocorrendo desde a reforma estatutária da Previ, que permitiu a eleição direta para diretorias e conselhos do fundo. 

Em todos os momentos importantes e decisivos da Previ, as entidades sindicais lideraram as negociações como legítimas representantes dos bancários. Isso ocorreu em 2001 e 2002, quando a luta e os sindicatos impediram os interventores à época de sacar recursos da Previ. Mais tarde, os recursos do Fundo Paridade foram negociados como melhorias de benefícios em 2005. O mesmo se deu com as negociações dos superávits em 2007 e 2010 também sendo revertidos como melhorias e rendas aos participantes.

A Contraf-CUT vai buscar negociações com o Banco do Brasil para estabelecer em definitivo um teto de benefícios, conforme deliberações do 24º Congresso dos Funcionários do BB, porque qualquer acordo que esteja sendo construído entre o patrocinador e a Previc não resolverá a questão do teto, por se tratar de competência do Conselho Deliberativo da Previ, segundo o regulamento da entidade.

As entidades sindicais também estão na luta contra as resoluções da CGPC 26, pois entendem que elas favorecem os patrocinadores de fundos e expõem os direitos dos trabalhadores a riscos.


Fonte: Contraf-CUT

Rumo a 2020

Reportagem de capa da edição nº 175 da Revista PREVI mostra a elaboração das Políticas de Investimentos dos Planos para os próximos anos.

Ao final de cada exercício, a PREVI revê suas Políticas de Investimentos para os seis anos seguintes. São elas que orientam os gestores sobre a administração dos recursos de cada um dos planos de benefício. Esse estudo leva em conta diversos fatores, como o cenário econômico e fluxo de pagamentos, com o propósito de gerar os resultados que permitirão à PREVI cumprir o compromisso de pagar benefícios a seus quase 200 mil participantes por muitas décadas. 

Boletim Eletrônico

Inscreva-se em nosso Boletim Eletrônico para manter-se informado.

Mensagem da AFABB-DF

Associação com 21 anos (2000 - 2021) de atuação permanente na defesa e preservação dos interesses dos associados, o que determina nossa razão de ser!

Sempre mais forte com sua participação,

A AFABB-DF

Contato

 O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
 +55 61 3226 9718 | 3323 2781
 Setor Bancário Sul | Quadra 02 | Bloco A | Edifício Casa de São Paulo | Sala 603 | Brasília/DF | CEP: 70078-900