Exposição apresenta 20 pintores de nova geração de artistas brasilienses

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A pintura brasiliense tem uma cara, uma forma e uma dinâmica que, na última década, tomou corpo e se consolidou em uma produção consistente. Ela é produzida por jovens artistas que encontraram formas criativas de associação e de investigação para mergulhar na técnica artística mais antiga da história do homem. No entanto, nunca foi apresentada ao público em conjunto, reunida de forma que o percurso traçado pela nova geração de pintores pudesse ser visto em perspectiva. Por isso o curador Matias Monteiro decidiu tomar as rédeas e montar Vinte — Pintura e pictorialidade em Brasília 2000-2014, em cartaz no Espaço Cultural Marcantonio Vilaça.

Segundo Monteiro, são três os fatores que estimularam o aparacimento de uma jovem geração de pintores brasilienses. O primeiro deles é o ateliê de pintura da Universidade de Brasília (UnB). “Todos os artistas passaram por lá”, explica. À formação acadêmica soma-se a enorme quantidade de ateliês coletivos, uma alternativa aos preços praticados pelo mercado imobiliário da cidade. A convivência gera diálogo e trocas que refletem na produção. Monteiro lembra ainda o surgimento de instituições culturais como a Caixa e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que não têm muito espaço para a produção local mas que exigem a profissionalização de montadores, iluminadores e curadores, e alimentam uma cadeia fundamental nas artes visuais.

Tendências
Mais recentemente, os espaços autônomos e novas modalidades de circulação dos artistas — como o mapeamento do Rumos Visuais, as residências e o prêmio PIPA — têm fomentado o encontro de gerações e a troca de ideias. “Vivemos num momento em que os artistas estão circulando muito”, garante Monteiro, que também documentou o depoimento dos artistas em vídeo exibido durante a exposição. Vinte, ele explica, é uma tentativa de mapear a produção atual e de identificar as tendências. No conjunto selecionado pelo curador, há dois caminhos claros. A figuração é o mais explícito. “Ela é a mais forte e mais representativa na exposição”, diz. A abstração e a experimentação pictórica vêm em segundo e aqui o curador tomou a liberdade de expandir o conceito de pintura tradicional, com tela, tinta e pincel, para experiências que repensam a técnica a ponto de desconstruí-la.

Entre os figurativos, as temáticas são variadas. “Tem uma coisa interessante que é o bestiário, os animais da Alice Lara, do Moisés Crivelaro e do Renato Rios”, conta o curador. A diversidade, no entanto, é a marca do conjunto. As colagens de Pedro Ivo Verçosa, o diário interiorano e contraditório de Fábio Baroli, o feminino ao mesmo tempo violento e delicado de Clarice Gonçalves e as experiências minúsculas de Taigo Meireles formam um conjunto rico e promissor.

Vinte – Pintura e pictorialidade em Brasília 2000-2014
Exposição com obras de 20 artistas da cidade. Curadoria: Matias Monteiro. Visitação até 1º de novembro, de segunda a sexta, das 9h às 19h, e sábado, das 14h às 18h, no Espaço Cultural Marcantonio Vilaça (TCU – SAFS Quadra 4, Lote 1, Edifício Sede).

A pintura brasiliense tem uma cara, uma forma e uma dinâmica que, na última década, tomou corpo e se consolidou em uma produção consistente. Ela é produzida por jovens artistas que encontraram formas criativas de associação e de investigação para mergulhar na técnica artística mais antiga da história do homem. No entanto, nunca foi apresentada ao público em conjunto, reunida de forma que o percurso traçado pela nova geração de pintores pudesse ser visto em perspectiva. Por isso o curador Matias Monteiro decidiu tomar as rédeas e montar Vinte — Pintura e pictorialidade em Brasília 2000-2014, em cartaz no Espaço Cultural Marcantonio Vilaça.

Segundo Monteiro, são três os fatores que estimularam o aparacimento de uma jovem geração de pintores brasilienses. O primeiro deles é o ateliê de pintura da Universidade de Brasília (UnB). “Todos os artistas passaram por lá”, explica. À formação acadêmica soma-se a enorme quantidade de ateliês coletivos, uma alternativa aos preços praticados pelo mercado imobiliário da cidade. A convivência gera diálogo e trocas que refletem na produção. Monteiro lembra ainda o surgimento de instituições culturais como a Caixa e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que não têm muito espaço para a produção local mas que exigem a profissionalização de montadores, iluminadores e curadores, e alimentam uma cadeia fundamental nas artes visuais.

Tendências
Mais recentemente, os espaços autônomos e novas modalidades de circulação dos artistas — como o mapeamento do Rumos Visuais, as residências e o prêmio PIPA — têm fomentado o encontro de gerações e a troca de ideias. “Vivemos num momento em que os artistas estão circulando muito”, garante Monteiro, que também documentou o depoimento dos artistas em vídeo exibido durante a exposição. Vinte, ele explica, é uma tentativa de mapear a produção atual e de identificar as tendências. No conjunto selecionado pelo curador, há dois caminhos claros. A figuração é o mais explícito. “Ela é a mais forte e mais representativa na exposição”, diz. A abstração e a experimentação pictórica vêm em segundo e aqui o curador tomou a liberdade de expandir o conceito de pintura tradicional, com tela, tinta e pincel, para experiências que repensam a técnica a ponto de desconstruí-la.

Entre os figurativos, as temáticas são variadas. “Tem uma coisa interessante que é o bestiário, os animais da Alice Lara, do Moisés Crivelaro e do Renato Rios”, conta o curador. A diversidade, no entanto, é a marca do conjunto. As colagens de Pedro Ivo Verçosa, o diário interiorano e contraditório de Fábio Baroli, o feminino ao mesmo tempo violento e delicado de Clarice Gonçalves e as experiências minúsculas de Taigo Meireles formam um conjunto rico e promissor.

Vinte – Pintura e pictorialidade em Brasília 2000-2014
Exposição com obras de 20 artistas da cidade. Curadoria: Matias Monteiro. Visitação até 1º de novembro, de segunda a sexta, das 9h às 19h, e sábado, das 14h às 18h, no Espaço Cultural Marcantonio Vilaça (TCU – SAFS Quadra 4, Lote 1, Edifício Sede).

Fonte: Correio Braziliense

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