A partir de hoje, mais de 400 peças e documentos do Museu da Imprensa, localizada no Setor de Indústrias Gráficas, ganham vida fora de quatro paredes e invadem a grande rede. De forma interativa e dinâmica, o portal da Imprensa Nacional (portal.in.gov.br) convida internautas a conhecer o mais novo serviço da página. Trata-se da Visita virtual, um passeio on-line não só pela minúcia dos objetos expostos, mas também pela história deles. Imagens em terceira dimensão e em alta definição, captadas em vídeos e em fotos tornam o percurso cultural ainda mais atraente. Uma solenidade, às 10h, marca a inauguração, tanto no mundo real, quanto no ambiente da internet. Nela estarão presentes estudantes, autoridades e idealizadores do projeto.
Ao longo do passeio na rede, os visitantes vão encontrar Machado de Assis, representado pelo prelo em que ele trabalhou como aprendiz de tipógrafo, em meados de 1850. A figura de dom João IV também estará presente, a partir das chapas originais que deram forma à Planta da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. O patrono da imprensa brasileira, Hipólito José da Costa, é mais um que dará o ar da graça. As cinzas do jornalista, que fundou, em Londres, o Correio Braziliense, estão depositadas em um monumento que leva o nome dele — mais uma parte do acervo. As máquinas de escrever e tantas rotativas também retratam outros públicos e anônimos que fizeram a história da imprensa.
Responsável pelo Museu, o historiador Rubens Cavalcante Junior conta que o sonho de criar o passeio virtual surgiu há 10 anos, mas somente agora ele saiu do papel. “A nossa ideia é aumentar ainda mais a visitação da nossa página. Mas não só isso, também buscamos o incremento de visitantes no ambiente físico”, mencionou.
Yayoi Kusama mergulha nos próprios distúrbios psíquicos e traz arte nascida da angústia
É difícil pensar em dor quando se adentra qualquer uma das instalações da japonesa Yayoi Kusama. Delicadeza, conforto e risada são as reações mais comuns à obra da artista. No entanto, é da dor que nasce o trabalho dessa japonesa de 84 anos, que há quatro décadas decidiu morar em uma instituição psiquiátrica. Diagnosticada com desordem da personalidade e transtorno obsessivo compulsivo, Kusama vive em um hospital desde 1977 e mantém um ateliê que frequenta durante a semana.
Dessa combinação peculiar de rotinas, saiu boa parte dos trabalhos de Obsessão infinita, exposição em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Uma retrospectiva abrangente, a mostra reúne trabalhos criados entre 1950 e 2013. Boa parte dessa produção, selecionada pelos curadores Philip Larratt Smith e Frances Morris, representa o que há de mais emblemático na trajetória da japonesa.
Yayoi Kusama é hoje uma queridinha da cena artística e do mundo fashion. A japonesa ganhou o planeta com suas bolinhas obsessivamente reproduzidas em desenhos, pinturas, esculturas, instalações, objetos e até artigos de moda.
Pesquisadores do Canadá indicam cuidados e prevenção contra o resfriado
Crianças e adultos são surpreendidos por ela a qualquer hora. Após um banho de chuva ou o contato com um colega do escritório ou da escola infectado, surge a gripe, carregada por uma infinidade de incômodos. Rotineiro, o resfriado tem uma lista também ampla de cuidados para preveni-lo e tratá-lo. Muitos ineficientes, alertam cientistas do Canadá. O grupo analisou os mais adotados e identificou as precauções indicadas e não indicadas no Canadian Medical Association Journal (CMAJ). A lista evita o investimento em terapias erradas e que uma doença comum se agrave, gerando enfermidades mais graves, como a pneumonia.
“Embora autolimitado, o resfriado comum é altamente prevalente e pode ser debilitante. Isso faz com que haja declínio em função de produtividade no trabalho, o que pode afetar outras atividades, como dirigir”, justifica Michael Allan, um dos autores do trabalho e integrante do Departamento de Medicina de Família da Universidade de Alberta em Edmonton, em um comunicado à imprensa. Dor de garganta, tosse e mal-estar, que podem durar até três semanas, estão entre os contratempos que podem agravar a situação dos pacientes.
Governo inicia articulação para resgatar credibilidade
A área econômica do governo iniciou ontem uma ação articulada para tentar mudar a percepção negativa sobre a economia brasileira. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, convocou uma teleconferência com a mídia internacional - a imprensa brasileira não teve acesso à entrevista. O ministro Guido Mantega falou aos jornalistas brasileiros. Ambos tentaram seguidamente transmitir confiança e resgatar credibilidade. Rechaçaram a avaliação - feita pelo Federal Reserve em relatório - segundo a qual o Brasil é, depois da Turquia, a segunda economia mais vulnerável entre os países emergentes.
Bovespa perde os 47 mil pontos afetada por elétricas e siderúrgicas
A bolsa brasileira repetiu o filme de ontem e se consolidou em baixa à tarde, depois de operar sem tendência pela manhã. Porém, hoje houve um ingrediente a mais: a perda do suporte gráfico dos 47 mil pontos desencadeou uma onda de ordens “stop loss” – venda a qualquer preço para limitar perdas.
Liminar do STF permite que servidores do Congresso tenham supersalários
O ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar definindo que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal devem voltar a pagar as remunerações extras aos servidores que ultrapassavam o teto constitucional. Os funcionários tiveram o benefício suspenso em outubro, após decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), em outubro. A decisão foi tomada no último sábado, mas as duas Casas do Congresso só foram notificados ontem (17).
A liminar foi concedida em favor do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas (Sindilegis), que reclamou direitos iguais para todos os funcionários. Na semana passada, o ministro Marco Aurélio havia concedido liminar para um consultor da Câmara e, em seguida, para a Associação dos Consultores Legislativos e de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados (Aslegis). Todos os mandados de segurança utilizavam o mesmo argumento: o de que os servidores não foram ouvidos e, portanto, o direito de ampla defesa não foi considerado antes da obrigatoriedade do corte.