Dezembro chegou e, com ele, os clientes começam a lotar os shoppings e as lojas de rua do Distrito Federal. No fim de semana passada, 320 mil pessoas foram às compras, segundo levantamento do Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) e outras 450 mil devem comprar os presentes natalinos entre amanhã e domingo. De olho no aumento do movimento, muitas lojas já ampliaram o horário de funcionamento e, nos dias que antecedem ao Natal, será possível achar estabelecimentos abertos até a meia-noite.
Alguns shoppings começaram a abrir as portas uma hora mais cedo desde segunda-feira. A maioria deles, no entanto, vai mudar definitivamente o horário de funcionamento a partir de semana que vem, quando as lojas vão ficar abertas das 9h às 23h, duas horas a mais do que o normal. Muitos vão funcionar até as 22h aos domingos — normalmente ficam abertas até as 20h— e, nos 10 dias que antecedem o Natal, haverá lojas abertas por 24 horas (veja quadro).
Segundo a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), as compras de Natal devem aumentar em 10% o faturamento de dezembro dos centros comerciais de todo o país em comparação com o mesmo período do ano passado. No JK Shopping, por exemplo, inaugurado há menos de um mês em Taguatinga, a expectativa é de que 1 milhão de pessoas circulem por lá em dezembro. Somente no primeiro dia de funcionamento, o local recebeu 84 mil clientes. “Estamos muito animados com as vendas de fim de ano. Em um único dia, chegamos a vender quase R$ 1 milhão em mercadoria”, afirma o superintendente do shopping, Sidney Pereira.
Os comerciantes do DF esperam um incremento nos negócios neste Natal, mas o percentual é divergente de acordo com as entidades representativas do setor. Segundo levantamento da Federação do Comércio do DF (Fecomércio), o incremento nas vendas deve ser de 12,12%. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) estima um percentual entre 7% e 8% e o Sindivarejista, menos otimista, espera um crescimento de 5% a 6%, mas o presidente da entidade, Antônio Augusto de Morais, ressalta que há setores, como informática, jogos eletrônicos, televisores modernos e celulares, que podem acusar expansão superior a 8%. “Já notamos um aumento no movimento no último fim de semana, até pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário. As vendas aumentam gradativamente em dezembro até chegar ao ápice, nos dias 23 e 24”, diz.
Morte de Niemeyer completa um ano e obra permanece viva em todo o mundo
Há exatamente um ano, Brasília e o Brasil viveram o luto com a perda do homem que materializou o sonho do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek. Oscar Niemeyer morreu a 10 dias de completar 105 anos. Hoje, para homenagear o autor das curvas que deram identidade à capital, uma missa será realizada na Igreja Nossa Senhora da Paz, no Rio de Janeiro. As celebrações ao artista dos traços seguem até amanhã, quando haverá outra cerimônia, dessa vez, em um dos monumentos concebidos por ele. A partir das 12h15, uma missa em memória a Niemeyer será celebrada pelo padre George de Albuquerque Tajra na Catedral Metropolitana de Brasília.
Lá, um grupo de alunos da Escola de Choro Raphael Rabello tocará duas músicas — Carinhoso, de Pixinguinha, e Abismo de rosas, de Dilermando Reis — após o culto. O jornalista e escritor Silvestre Gorgulho foi quem organizou a missa em Brasília e convidou os músicos. “Esse dia não poderia passar em branco. Faremos uma coisa simples. Mas minha intenção era que fosse criado um parque no contorno da Torre Digital com o nome dele”, destacou Gorgulho. “Ao Niemeyer partir, foi-se o último cordão umbilical com os artistas criadores de Brasília. Eu acho que, com a ida dele, a sociedade brasiliense deve defender a cidade”, acrescentou. O arquiteto alagoano Carlos Magalhães, 80 anos, que foi companheiro de Niemeyer em vários projetos, afirmou que o legado do amigo será eterno. “Daqui a 2 mil anos, as pessoas ainda o reconhecerão, assim como sua obra.”
O reconhecimento pode ser visto em todo o mundo. Os projetos do mestre resistiram até a guerras, como as que ocorreram no Líbano. Ou quase. Um projeto original do arquiteto mineiro não chegou a ser completo e até mudou de nome. Desenvolvido por Oscar Niemeyer, no início da década de 1960, o nome da obra era Feira Internacional e Permanente do Líbano, em Trípoli. Hoje, o complexo arquitetônico de um milhão de metros quadrados é denominado Feira Internacional Rachid Karami, em homenagem a um político local, oito vezes primeiro ministro.
“O projeto(...) apresentou inicialmente o problema da escolha do local, que deveria ser baseada no estudo urbanístico da região a fim de que ela se integrasse organicamente à vida e à futura expansão desta cidade.” Assim registrou o arquiteto, em outubro de 1962, impossibilitado de construir junto do mar, como preferia, numa das raras menções por escrito ao projeto em Trípoli.
Receita extra surpreende e melhora situação fiscal
A adesão à reabertura do "Refis da Crise" e aos dois parcelamentos especiais de débitos tributários que beneficiam bancos, seguradoras, empresas coligadas e controladas no exterior surpreendeu o governo. A receita obtida atingiu R$ 20 bilhões em novembro, resultante de quitação à vista, com direito a desconto de multas e juros, e do pagamento da primeira parcela.
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