BC reforça intervenção no câmbio

As pesquisas eleitorais que mostram a presidente Dilma Rousseff em empate técnico com a candidata do PSB, Marina Silva, no segundo turno, levaram o real a se descolar das demais moedas diante de um dólar que se valoriza no mundo. A disparada do dólar neste mês, que culminou ontem com o rompimento da marca psicológica de R$ 2,40 pela primeira vez em sete meses, levou o Banco Central (BC) a mais do que dobrar a oferta de swaps cambiais em leilão de rolagem. O BC vai disponibilizar diariamente até 15 mil contratos, em vez dos seis mil ofertados até agora. Isso significa que serão rolados, a partir de hoje, US$ 750 milhões em contratos que venceriam no início de outubro. Antes, a rolagem estava limitada a US$ 300 milhões.

Dólar fecha perto de R$ 2,40 em meio a especulação sobre postura do BC

 O persistente “silêncio” do Banco Central, que por ora não anunciou reforço nas intervenções cambiais a despeito da disparada de quase 7% do dólar ante o real neste mês, tem dado margem para todo tipo de especulação no mercado. Esse intenso ruído ajudou a impulsionar a moeda americana nesta segunda-feira para próximo do nível crítico de R$ 2,40.

Bancos reduzem projeção de alta do crédito em 2014

Os bancos diminuíram as projeções de crescimento do crédito para 2014 em setembro, mesmo depois de o governo ter anunciado medidas de estímulo ao avanço dos financiamentos. Um levantamento realizado em setembro pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com economistas de 28 instituições financeiras, mostrou que a expectativa de crescimento do saldo de crédito neste ano é de 11,7%. Na edição de julho da pesquisa, a projeção era de avanço de 12,2%.

Queda da receita leva governo a sacar R$ 3,5 bilhões do Fundo Soberano

A frustração nas projeções de crescimento da arrecadação levou o governo a sacar R$ 3,5 bilhões do Fundo Soberano do Brasil (FSB) para impedir novo corte de despesas discricionárias (não obrigatórias). A decisão consta do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, documento divulgado a cada dois meses pelo Ministério do Planejamento, que orienta a execução do Orçamento Geral da União.

O Fundo Soberano foi formado pelo excedente do superávit primário – economia de recursos para pagar os juros da dívida pública – de 2008. A poupança serviu como reserva, caso o governo precisasse fechar as contas públicas. No fim de 2012, o Tesouro Nacional tinha sacado R$ 12 bilhões para alcançar a meta de superávit primário daquele ano.

O saque do Fundo Soberano foi necessário para compensar parcialmente a queda de R$ 10,541 bilhões na previsão de receitas da União neste ano. De acordo com a Receita Federal, responsável pelas estimativas de arrecadação, houve queda nas projeções de todos os tributos, principalmente da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e de receitas extraordinárias.

Com a retirada do Fundo Soberano, a perda de receitas caiu para R$ 7,041 bilhões. Para impedir novo contingenciamento (bloqueio de verbas) do Orçamento, a equipe econômica reduziu, no mesmo montante, a previsão de despesas obrigatórias, principalmente do auxílio à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), cuja previsão de gastos foi reduzida em R$ 4 bilhões, de subsídios e subvenções (-R$ 3,061 bilhões) e gastos com pessoal e encargos sociais (-R$ 2,218 bilhões).

A revisão para baixo das estimativas de gastos obrigatórios impediu o governo de cortar despesas discricionárias e anunciar novo contingenciamento. Na prática, o relatório manteve a meta de superávit primário para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) em R$ 80,7 bilhões sem a necessidade de novos cortes no orçamento, mesmo num cenário de queda de receitas. O contingenciamento continuou em R$ 30,8 bilhões.

O governo também aumentou em R$ 1,5 bilhão a previsão de dividendos das estatais, de R$ 23,9 bilhões para R$ 25,4 bilhões. Os dividendos são a parcela do lucro que as empresas destinam aos acionistas. No caso das estatais federais, o Tesouro Nacional, principal acionista dessas empresas, fica com a maior parte dos dividendos.

Em relação ao Refis da Crise, programa de renegociação de dívidas com a União, o governo prevê arrecadar R$ 3 bilhões até o fim do ano. Originalmente, a previsão era arrecadar R$ 18 bilhões com a reabertura do parcelamento. Desse total, a maior parte foi paga na primeira parcela do programa em agosto, mas o relatório não divulgou o montante quitado até agora. O Ministério do Planejamento informou apenas a expectativa de arrecadação com as parcelas seguintes.

Estudo ajuda a detectar precocemente doenças cardiovasculares

Prevenir é o melhor remédio. O ditado popular, mais do que nunca, se aplica a uma pesquisa da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), que desenvolveu uma metodologia para detectar precocemente doenças cardiovasculares em adultos e crianças. O trabalho, fruto da dissertação de mestrado da nutricionista Ana Luiza Gomes Domingos, conquistou, no mês passado, o 1º lugar no Prêmio Henri Nestlé, na categoria nutrição em saúde pública. Segundo a pesquisadora, é durante a infância que as pessoas começam a apresentar os fatores de risco de uma doença cardiovascular, e identificar isso com antecedência pode prevenir vários males. “Na faixa etária pediátrica, a presença da obesidade é um importante fator de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares na idade adulta. A constatação de que as doenças cardiovasculares podem ter origem na infância e na adolescência configura a necessidade de que esses fatores sejam amplamente investigados durante esse período”, destaca.

Tudo começou com a descoberta de que, dentro do cenário epidemiológico, as doenças cardiovasculares eram a principal causa de morte em Nova Era, na região central de Minas. Em 2008, de acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), 37,8% da população da cidade acima de 20 anos tinha como causa mortis alguma doença do aparelho circulatório. Ana Luiza acrescenta que, desde 2004, havia no município um monitoramento nutricional feito anualmente, por meio da Secretaria Municipal de Educação, que identificou que o sobrepeso e a obesidade na população de escolares superavam os índices de baixo peso entre os escolares da rede municipal de ensino.

“O perfil nutricional encontrado nos bancos escolares da rede municipal de ensino, associado às condições socioeconômicas dos munícipios, fez com que a nutricionista Adriana Cotote Moreira, da prefeitura, procurasse a professora Silvia Nascimento de Freitas, orientadora do projeto na Escola de Nutrição da Ufop, para a realização de uma parceria. O meu projeto surgiu daí”, recorda. Ana Luiza, mestre em saúde e nutrição pela Ufop, começou a desenvolver sua pesquisa na iniciação científica, ainda na graduação. Com o apoio da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), concentrou-se nos marcadores inflamatórios dos estudantes de Nova Era, pois poucos são os estudos que analisam suas alterações em crianças de 6 a 10 anos.

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