Há apenas 10 anos, indivíduos com mais de 55 anos estavam excluídos de qualquer estratégia terapêutica que envolvesse o transplante de medula óssea devido a preocupações com relação à toxicidade do procedimento. Esse é só um dos fatores que trazia receio aos médicos no momento de escolher o melhor tratamento para essa faixa etária. Idosos também tendem a ter mais comorbidades, isto é, doenças crônicas além daquela que motiva o transplante, como diabetes, dificuldades respiratórias e hipertensão. Hoje, porém, um número cada vez maior de transplantes são realizados nesses pacientes para combater cânceres sanguíneos, como leucemia, linfoma e mieloma múltiplo, mais comuns a partir dos 65 anos. A eficácia da técnica para esse público foi o principal tema discutido no 40º Encontro Anual da Sociedade Europeia de Transplante de Medula Óssea, realizado nesta semana em Milão, na Itália.
Socorro ao setor elétrico terá impacto de 10% na conta de luz
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu que os problemas do setor elétrico terão impacto sobre a conta de luz com reajustes maiores para os consumidores. Segundo cálculos de técnicos da área de energia, o peso dos empréstimos de R$ 8 bilhões que serão contratados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para socorrer as distribuidoras será de cerca de 10%. Mas o governo ainda não definiu como será o repasse para a conta de luz, a partir de 2015: se de uma vez ou em parcelas.
Maioria do STF vota pela proibição de doações a campanha política
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta quarta-feira (2/4) a favor da proibição de doações de empresas privadas para campanhas políticas. Por 6 votos a 1, os ministros entenderam que as doações provocam desequilíbrio no processo eleitoral. Apesar da maioria formada, o julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Não há prazo para o julgamento ser retomado.
O Supremo julgou a ação direta de inconstitucionalidade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra doações de empresas privadas a candidatos e a partidos políticos. A OAB contesta os artigos da Lei dos Partidos Políticos e da Lei das Eleições que autorizam as doações para campanhas políticas.
De acordo com a regra atual, as empresas podem doar até 2% do faturamento bruto obtido no ano anterior ao da eleição. Para pessoas físicas, a doação é limitada a 10% do rendimento bruto do ano anterior.
Mesmo com o pedido de vista, dois ministros pediram para adiantar seus votos. Marco Aurélio, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), manifestou-se a favor da proibição das doações de empresas privadas. Segundo o ministro, o processo eleitoral deve ser justo e igualitário. “Não vivemos uma democracia autêntica, mas um sistema politico, no qual o poder exercido pelo grupo mais rico implica a exclusão dos menos favorecidos”, afirmou.
Marco Aurélio citou dados do TSE que demonstram os gastos das campanhas eleitorais em eleições passadas. De acordo com o ministro, em 2010, o custo de uma campanha para deputado federal chegou a R$ 1,1 milhão. Para senadores, o gasto médio ficou em torno de R$ 4,5 milhões. Na disputa para a Presidência da República, os candidatos gastaram mais de R$ 300 milhões.
De acordo com o tribunal, os maiores financiadores das campanhas são empresas que têm contratos com o Poder Público, como empreiteiras. “O dados revelam o papel decisivo do poder econômico para o resultado das eleições”, disse Marco Aurélio.
Na sessão de hoje, o ministro Ricardo Lewandowski também seguiu entendimento da maioria e votou pelo fim das doações. Para ele, os repasses vultosos para campanhas políticas ferem o equilíbrio das eleições.
A maioria dos ministros seguiu o voto proferido pelo relator da ação, ministro Luiz Fux, em dezembro do ano passado. Também acompanharam o entendimento de Fux os ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Joaquim Barbosa. De acordo com o voto de Fux, as únicas fontes legais de recursos dos partidos devem ser doações de pessoas físicas e repasses do Fundo Partidário.
Fux também definiu que o Congresso Nacional terá 24 meses para aprovar uma lei que crie normas uniformes para as doações de pessoas físicas e para recursos próprios dos candidatos. Se, em 18 meses, a nova lei não for aprovada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá criar uma norma temporária.
Até o momento, apenas Teori Zavascki votou contra a proibição de doações de empresas privadas para campanhas políticas.
BC decide elevar a taxa Selic para 11% ao ano
Em linha com o esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic para 11% ao ano após um novo ajuste de 0,25 ponto percentual em decisão unânime. Essa foi a nona elevação consecutiva na taxa Selic que estava em 7,25% em abril do ano passado.
Fundos faturam com brecha fiscal
A demanda pelo aluguel de ações PN da Petrobras dobrou nas duas últimas semanas, mesmo depois de a cotação do papel ter saltado mais de 30% no mesmo período. E, por enquanto, ninguém acredita que a ação voltará ao preço visto em 17 de março, de R$ 12,57, a menor cotação do ativo desde 2005.
Orquestra Típica Fernandéz Fierro apresenta mistura de tango e rock
Em shows nesta quinta e sexta-feira (3 e 4/4), às 20h, no Teatro da Caixa, a Orquestra Típica Fernandéz Fierro faz o lançamento do T.I.C.S. — Tan Idiotas como Sempre, seu quinto disco de estúdio. Nesse trabalho, o grupo argentino se dedica em renovar o repertório tangueiro, com composições próprias e em produzir um som elaborado de muita potência.
Tan Idiotas conta com a produção do guitarrista, compositor, produtor musical e figura lendária do rock portenho, Tito Fargo. Gravado em Buenos Aires e masterizado em Los Angeles, o álbum traz registrado o tango punk, que mistura o gênero mais característico daquele país à cultura rock.
Referência para as novas gerações, a orquestra se destaca não só por sua proposta musical e estética, mas também pelo projeto cooperativo e coletivo de trabalho. Além de composições próprias — entre as quais, Infierno porteño, Brujos e científicos, Las luces del estadio, Una larga noche e Pegue sy tren — interpretam tangos clássicos. Integram o conjunto, Federico Terranova, Pablo Jivotovschi, Aledx Musatov e Bruno Giutini (violinos), Juan Carlos Pacini (viola), Alfredo Zucarelli (violçoncelo), Yuri Venturini (baixco), Flávio El Ministro Reggiani, Eugênio Soria, Fausto Salinas e Julio Cociello (bandoneóns), Santiago Bottiroli (piano) e Julieta Laso (voz). Os ingressos custam R$ 29 e R$ 10 (meia). Não recomendado para menores de 12 anos.