Cassi | Novos Planos em Estudo
Luiz Satoru Ishiyama*
O planeta padece do tal "paradoxo da medicina", segundo a consultoria britânica Tower Watson, que monitora os sistemas de saúde de 55 países do planeta, com uma série histórica de mais de 50 anos.
O que é esse paradoxo da medicina?
Segundo essa consultoria, enquanto as soluções em tecnologia trazem o barateamento dos custos em todos os setores de manufatura e serviços, os adventos tecnológicos têm aumentado os custos com a medicina, por aqui monitorado pelo FIPE Saúde, ou inflação da saúde.
Dado que as nossas contribuições são corrigidas pelo IPCA (BB) e INPC (PREVI), o gap entre os nossos reajustes e a inflação da saúde é variável constante, que foi uma das principais causas dos sete anos de déficits consecutivos na CASSI, de 2012 a 2018.
As ações de reorganização interna da CASSI, modernização de TI, do parque de equipamentos, revisão de processos, renegociação de contratos com os credenciados, além das demais melhorias em andamento, e com a implantação do novo modelo assistencial tendo como originador a APS-Atenção Primária à Saúde, trarão ganhos de eficiência, com melhoria na saúde dos participantes (mas não aumentarão as receitas).
Como, então, mitigar, ou eliminar o "gap" entre os nossos reajustes limitados ao IPCA/INPC e a inflação da saúde? Somente com a geração de novas receitas, o que somente será possível com a venda de novos planos.
A CASSI estuda desde 2018 a criação de novos planos e, com a chegada do diretor Carlos Emílio Flesch e sua equipe, esses estudos estão sendo agilizados e de maneira coerente com a nossa realidade.
A CASSI é uma autogestão, portanto não pode ofertar no mercado abertamente a qualquer cidadão os planos de saúde
Esse universo de "potenciais clientes" se restringe ao quarto grau de parentesco com os associados da ativa e aposentados. Mesmo assim, estima-se que esse "mercado potencial" ultrapasse 2 milhões de parentes.
(*) Luiz Satoru Ishiyama é diretor de Risco Populacional, Saúde e Rede de Atendimento da Cassi