Nos últimos dias, a mídia falada e impressa tem noticiado o aparecimento de nova linhagem do coronavírus (Sars-CoV-2). Detectada no Reino Unido, essa variante já circula no Brasil e consta que seria 70% mais contagiosa em relação à cepa original. Mais um motivo de apreensão nesses dias difíceis.
Compreensivelmente, estamos próximos da exaustão, com ansiedade em alta e até mesmo fragilizados psicologicamente pelos mais de 10 meses de distanciamento social. Mas o momento ainda requer muita cautela. Pelo menos até que ocorra ampla imunização vacinal de todas as populações.
Luiz Carlos Dias, professor titular do Instituto de Química da Unicamp e membro da Força-Tarefa da Unicamp no combate à Covid-19, reforça informações da área da saúde de que o vírus traz uma série de problemas nos pulmões, coração, intestinos, fígado e causa distúrbios neurológicos. Ou seja, o vírus pode matar ou deixar sequelas, muitas delas irreversíveis. Segundo ele, o fim dessa crise sanitária mundial passa pelas vacinas, “talvez o grande legado da pandemia”.
Para o Dr. Luiz Fernando Lima Reis, diretor de ensino e pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, das vacinas desenvolvidas, não existe uma melhor que a outra. “Vamos precisar de todas as vacinas que passarem pelas agências regulatórias e chegarem ao Sistema Único de Saúde (SUS), para fazer ampla cobertura vacinal na população”.
Alguns imunizantes, continua Lima Reis, requerem duas doses, devendo-se ter o cuidado de tomar a segunda dose da mesma e única vacina. Mas, afirma, mesmo depois de imunizados não podemos relaxar. “É que mesmo depois da vacina, vai existir um período em que primeiro se desenvolvem os anticorpos, a resposta imune estimulada pela vacina, e depois mais um tempo até que a grande maioria da população seja vacinada e se tenha o efeito da vacina sobre a redução do espalhamento do vírus”.
Por se tratar de quadro da maior seriedade, a diretoria da Associação dos Funcionários, Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil no Distrito Federal (AFABB-DF) sugere aos associados toda a atenção aos protocolos de saúde recomendados pelas autoridades sanitárias para frear a transmissão do vírus. Ou seja, lavar as mãos com frequência, usar álcool em gel, usar máscaras, manter distanciamento físico e evitar aglomerações. Quem tiver condições, fique em casa.
Tudo isso por mais alguns meses, com serenidade e segurança, para que nossas vidas retornem à normalidade e possamos, como antes, abraçar aqueles a quem amamos, ver nossas crianças de volta às escolas, sentir a recuperação das atividades produtivas, retomar sem medo o trabalho e fazer nossas reuniões sem culpa.
Por último, é de extrema importância uma atitude que pode fazer toda a diferença no caso de contaminação e ao surgirem os primeiros sintomas ⎯ procurar ajuda médica imediata.