Até o fechamento destas notas, não se tinha notícia de manifestação do BB, o patrocinador, sobre a proposta de consenso das entidades representativas dos funcionários e aposentados, formatada em 20 de novembro passado e protocolada no banco e na Cassi [veja matéria postada aqui no site em 28/11].
Pelas informações disponíveis, a maioria dos pontos polêmicos havia sido pacificada. Não haveria consenso, porém, entre o banco e as entidades em relação a três importantes temas: as contribuições adicionais que incluem a contribuição por dependentes; o voto de minerva [alternativa à chamada ‘não decisão’]; e a permuta de diretorias entre os eleitos e os indicados pelo banco [este passaria a administrar uma das diretorias da área-fim].
Até a semana que passou havia expectativa de que o banco sinalizasse às entidades a intenção de reabrir a Mesa de Negociações, o que não aconteceu. O impasse prevalece e, pelo andar da carruagem, o banco já estaria acomodando o problema financeiro da Cassi para ser administrado em outro cenário político. Ou seja, no cerne da política econômica do governo eleito.
E a Cassi deve fechar este exercício com mais um resultado negativo, aí abarcados os problemas de liquidez, de margem de solvência e de reservas negativas, apesar dos esforços da diretoria para a reorganização das despesas assistenciais e administrativas. Segundo informações, não houve postergação de pagamentos das despesas assistenciais neste mês de dezembro.
A sobrevivência da Cassi, não é mistério algum, passa pela aprovação de novo plano de custeio, peça essencial para a sua estabilidade financeira. Sem a suficiência de recursos não haverá como modernizar a gestão, prover investimentos na Estratégia de Saúde da Família-ESF, com foco na prevenção, nem investimentos em tecnologia para atualizar processos e serviços.
A expectativa é que não ocorra qualquer forma de ruptura nas negociações e prevaleça o bom senso para que a Cassi possa retomar a tão esperada sustentabilidade financeira.